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Objectivos a Atingir

No documento ASA - Análise de Sistemas Automática (páginas 66-75)

Capítulo 4: Refinamento do Método

4.1 Objectivos a Atingir

Um dos principais objectivos a atingir com este método é facilitar ao máximo o trabalho dos utilizadores. Pretende-se mesmo que seja o "perito de domínio" quem trabalhe e dialogue com ASA, tal como está representado na Fig. 15:

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"perito de domínio" - tem como função fornecer informação à

ferramenta e receber os resultados;

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interface - tem como objectivo validar a informação que entra na

ferramenta e formatar a informação que sai;

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processamento - propõe-se gerar informação de uma forma automática,

desde processos e ficheiros a diagnósticos de redundâncias e omissões.

"Perito de Interface Processamento Entrada Saída DFI Descrição Inf.. Validação DFII Matriz de Red.Mult. Tabela Rel. E/S Inf.

Preparação Document. Análise Diagnósticos

Fig. 15 - Funcionamento de ASA domínio"

Capítulo 4: Refinamento do Método 61

Outro objectivo é não obrigar o utilizador a fornecer mais informação do que a indispensável para o processo de automatização e geração de documentação. Por outro lado, pretende-se possibilitar a descrição da informação pela ordem pretendida, havendo somente limitações quando o "perito de domínio" não conhecer suficientemente bem o sistema a estudar.

Assim, tal como foi visto no capítulo anterior, ASA utiliza técnicas simples tanto para a entrada de informação como para a automatização. Dessas técnicas algumas sofreram alterações profundas de forma a melhorar o próprio método e são essas alterações que vão ser descritas neste capítulo.

4.2 ENTRADA DE INFORMAÇÃO

A entrada de informação é uma tarefa crítica, sobretudo quando se pretende dirigir este método a "peritos de domínio" em vez de peritos em informática e/ou métodos de análise. No entanto, é esta característica que distingue este método de outros existentes.

A entrada de informação está dividida em duas partes:

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Diagrama de Fluxos de Informação - este é um diagrama iminentemente gráfico, daí ser um dos objectivos a possibilidade do diagrama ser fornecido através de um editor gráfico.

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Descrição da Informação - Esta técnica permite retirar dos documentos que circulam o máximo de informação possível, sofrendo consequentemente grandes alterações em relação ao apresentado no capítulo anterior.

Capítulo 4: Refinamento do Método 62

4.2.1 DIAGRAMA DE FLUXOS DE INFORMAÇÃO

Para entender o funcionamento deste diagrama consulte, no capítulo anterior, o subcapítulo 3.2.1. Para além da possibilidade de representação e manutenção de um modo gráfico, a alteração considerada pertinente nos DFI foi a atribuição de pesos às frequências dos documentos.

Os pesos permitem definir qual é a frequência que ocorre mais vezes. Um valor de peso próximo de 0 indica que é uma frequência muito alta, se o valor de peso for elevado indica que a frequência é baixa. Se houver a composição de duas ou mais frequências o valor do peso seleccionado corresponde à frequência que ocorre mais vezes. Podem ser vistos exemplos de frequências e pesos na Tabela 5.

Clock1 Anualmente no dia 15 de Janeiro 30

Clock2 Mensalmente no dia 20 15

Clock3 Trimestralmente a partir de Janeiro 22

Clock4 Diariamente às 15 horas 5

Nome Descrição Peso

Tabela 5 - Frequências e seus respectivos pesos 16

Clock5 Semanalmente à Segunda-Feira

Clock6 Mensalmente no dia 10

8

Clock3 + Clock5 19

Clock4 + Clock7 5

Capítulo 4: Refinamento do Método 63

4.2.2 DESCRIÇÃO DA INFORMAÇÃO

A informação de um documento, está nos campos desse documento. Assim, os campos são a estrutura elementar de um documento e podem ser caracterizados pelas suas propriedades:

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Tipo - tipo elementar ou definido pelo utilizador, e pode conter os tipos: caracter, numérico, número de telefone, morada, data, hora, etc.

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Classe - identifica se o campo pode ter uma das seguintes classes:

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Constante - o conteúdo de um campo com esta classe é sempre

igual no objecto documento e nas suas instâncias sendo normalmente composto por texto;

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Fórmula - permite descrever o processo de cálculo para se obter o campo;

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Variável - o campo pode ter valores diferentes nas várias instâncias do documento.

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Identificador - informa se o campo identifica o documento.

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Número de repetições - indica se o número de vezes que o campo se repete no documento.

Capítulo 4: Refinamento do Método 64

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Restrições - identifica diversas restrições existentes nos campos, por exemplo: se o campo for do tipo numérico, o número de casas decimais pode ser uma restrição.

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Écran - todo um conjunto de propriedades que caracteriza um campo, como por exemplo: cor, tipo e tamanho do caracter, coordenadas x-y, etc.

Sublinha-se que as fórmulas têm ainda a particularidade de definirem o processo de cálculo de um campo, e a sua representação ser semelhante à utilizada nas fórmulas de uma folha de cálculo.

4.3 AUTOMATIZAÇÃO

Como foi visto no capítulo anterior a etapa de automatização utiliza as seguintes técnicas:

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Matriz de Redundância Múltipla - não foi alterada em relação ao proposto no capítulo anterior.

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Tabela de Relações de Entrada/Saída de Informação - não foi alterada em relação ao descrito no capítulo anterior.

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Diagrama de Fluxos de Informação Interna - sofreu profundas alterações de forma a afinar e validar o processo de geração e automatização, como se pode verificar no ponto que se segue.

Capítulo 4: Refinamento do Método 65

4.3.1 DIAGRAMA DE FLUXOS DE INFORMAÇÃO INTERNA

A atribuição de um valor (peso) às frequências dos documentos, que circulam no DFI, permite saber de uma forma ordenada, qual a frequência de produção dos diversos documentos. Aos documentos, que tiverem um valor de peso próximo de 0, corresponde uma frequência bastante elevada (está constantemente a ser produzido) e o inverso corresponde uma frequência bastante baixa (raramente é produzido). Em termos de DFII produz-se, em primeiro lugar, o documento de menor peso e, de seguida, independentemente do domínio a que pertence, produz-se o seguinte (de menor peso) e assim sucessivamente.

Na Tabela 6, apresenta-se, como exemplo, um conjunto de documentos ordenados pelo peso das suas frequências. Deste exemplo verifica-se que o primeiro documento a ser produzido é Marcação de Ausências com peso 5, seguidamente o segundo documento a ser produzido é Mapa de Ausências com peso 8, este documento, em princípio, utilizará informação já disponibilizada pelo documento Marcação de Ausências. Este procedimento repete-se para todos os documentos representados na Tabela 6.

Clock2 Mensalmente no dia 20 15

Clock3 Trimestralmente a partir de Janeiro 22

Clock4 Diariamente às 15 horas 5

Nome Descrição Peso

Tabela 6 - Exemplo de atribuição de pesos a documentos com uma determinada 16

Clock5 Semanalmente à Segunda-Feira

Clock6 Mensalmente no dia 10

Documento

Recibo de Vencimento

Clock1 Anualmente no dia 15 de Janeiro 30

Atribuição de Aumento Marcação de Ausências

Devolução do IRS

Mapa de Ausências 8

Absentismo Mensal

Capítulo 4: Refinamento do Método 66

O resultado imediato da atribuição de pesos às frequências dos documentos, é a facilidade de identificar a origem da informação existente nos documentos, ou seja, identificar para um determinado campo, qual é o primeiro documento a ser produzido que o contém. Por exemplo, para produzir o documento Mapa de Ausências, em princípio, utiliza-se informação (campos) já existente no documento Marcação de Ausências, assim essa informação terá origem não no Mapa de Ausências, mas sim no documento Marcação de Ausências.

Em termos de representação gráfica do DFII, inseriram-se modificações para reproduzir as alterações atrás descritas. Na Fig. 16, representa-se o formato do diagrama onde se realçam as zonas A, C e D:

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A - identifica o sistema que se está a tratar;

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C0 - identifica o documento auxiliar necessário para produzir o documento existente no sistema com menor peso;

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C1 .. CN-1 - cada uma das divisões identifica um determinado valor de peso para todas as frequências dos documentos existentes, nessas divisões são representados os documentos produzidos e os documentos auxiliares necessários para produzir os documentos da divisão seguinte;

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CN - identifica o documento com maior valor de peso existente; e

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D1 .. DN - permite descrever os ficheiros que são criados e/ou utilizados em cada uma das divisões.

Capítulo 4: Refinamento do Método 67

Tal como no esquema anterior (ver Fig. 13, pág. 45), para desenhar o diagrama, traçam-se linhas que unem os documentos a serem produzidos com todos os documentos necessários para os produzir. Essas linhas indicam a fonte de informação necessária para a produção dos documentos de saída.

Para se compreender o funcionamento deste esquema, apresenta-se um exemplo com os documentos existentes na Tabela 6, no entanto realça-se que este exemplo é um exercício puramente teórico, devido ao facto de não se descrever a estrutura e conteúdo de cada um dos documentos, ver Fig. 17.

A

C0 C1

D1

Fig. 16 - DFII, descrição das zonas importantes

C2 CN

D2 DN

Sistema Fictício

Fig. 17 - Exemplo do funcionamento do DFII Marcação

Ausências Aux1

Mapa Ausências

Recibo Absentismo DevoluçãoIRS Aumento Vencimento Aux2 Fich_1 Fich_2 Mapa 1 2 3 3 4 5 6

Capítulo 4: Refinamento do Método 68

Os processos representados na Fig. 17 estão numerados, assim:

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Processo 1 (identificado na Fig. 17 pelo número 1) - Este processo

produz o documento Marcação de Ausências e executa as actividades: ler Aux1, escrever Aux1 em Fich_1. Todas estas actividades têm como factor comum a frequência do documento Marcação de Ausências.

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Processo 2 (identificado na Fig. 17 pelo número 2) - Este processo

produz o documento Mapa de Ausências a partir de informação contida no ficheiro Fich_1.

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Processo 3 (identificado na Fig. 17 pelo número 3) - Este processo

produz o documento Recibo e executa as actividades: ler Aux2, ler Fich_1 e escrever Aux2 em Fich_2.

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Processo 4 (identificado na Fig. 17 pelo número 4) - Este processo

produz o documento Mapa de Absentismo a partir de informação contida no ficheiro Fich_1.

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Processo 5 (identificado na Fig. 17 pelo número 5) - Este processo

produz o documento Devolução IRS a partir de informação contida no ficheiro Fich_1 e Fich_2.

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Processo 6 (identificado na Fig. 17 pelo número 6) - Este processo

produz o documento Aumento de Vencimento a partir de informação contida no ficheiro Fich_2.

Capítulo 4: Refinamento do Método 69

No documento ASA - Análise de Sistemas Automática (páginas 66-75)

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