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Capítulo V – Considerações Finais

Anexo 9 Ficha de trabalho relativa à classificação de triângulos e suas propriedades

Classificação de triângulos

1. Observa os triângulos seguintes, quanto aos seus lados:

2. Observa os triângulos seguintes, quanto aos seus ângulos:

A B C

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Propriedades dos triângulos

1. Observa os seguintes triângulos:

1.1. Soma o valor dos ângulos internos de cada triângulo.

1.2. Soma o valor dos três ângulos externos de cada triângulo.

1.3. Relaciona um ângulo externo de um triângulo com os dois ângulos internos não adjacentes. O que verificas?

_____________________________________________________________ _____________________________________________________________ 1.4. Relaciona os comprimentos dos lados de um triângulo com as

amplitudes dos ângulos opostos e vice-versa. O que verificas?

_____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ O que verificas?_________________________________________________ ______________________________________________________________ O que verificas?_________________________________________________ ______________________________________________________________

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Anexo 10 - Reflexão da semana de intervenção de 20 a 31 de março de

2017

Esta reflexão surge no âmbito da unidade curricular Prática Pedagógica de 2.ºCEB II e é relativa às minhas semanas de intervenção, na área de Matemática, com uma turma de 5.º ano de escolaridade, nos dias 20, 27, 29 e 31 de março de 2017. Neste sentido, pretendo refletir acerca das minhas dificuldades e aprendizagens desenvolvidas durante a prática, refletindo sobre o que poderia ter feito de maneira diferente, bem como as dificuldades e aprendizagens que os alunos revelaram durante a minha intervenção.

Durante a minha quinzena foram sistematizados e explorados com os alunos vários conteúdos, nomeadamente, a classificação de triângulos quanto aos lados e quanto aos ângulos, as propriedades dos triângulos, os critérios de igualdade de triângulos e os quadriláteros, mais particularmente, os paralelogramos e as suas propriedades.

Para a exploração de novos conteúdos, recorri sempre a uma ficha de trabalho, uma vez que considerei ser uma ferramenta útil tanto para mim, enquanto professora, como para os alunos, visto organizar a forma como serão explorados os diferentes conteúdos e levar os alunos à descoberta de conceitos e de algumas propriedades essenciais para a compreensão de várias situações matemáticas, através de uma atividade exploratória. De acordo com Canavarro (2011) numa atividade exploratória “Os alunos têm a possibilidade de ver os conhecimentos e procedimentos matemáticos surgir com significado e, simultaneamente, de desenvolver capacidades matemáticas como a resolução de problemas, o raciocínio matemático e a comunicação matemática” (p.11).

O ensino-aprendizagem exploratório promove, assim, nos alunos a descoberta e a construção do conhecimento (Ponte, 2005). No entanto, para que seja privilegiada a construção do conhecimento, é importante que exista, por parte do professor, uma escolha criteriosa da tarefa e o uma boa condução na exploração desta para que seja cumprido o seu propósito matemático (Canavarro, 2011).

Considero que a maioria das fichas por mim elaboradas ou adaptadas, estavam bem organizadas e apresentavam uma boa atividade exploratória, permitindo que fosse possível uma boa exploração do conteúdo abordado. No entanto, a minha dificuldade no diálogo com os alunos e na própria condução da exploração da atividade, levava a que muitas vezes a exploração não fosse realizada da melhor forma, ou seja, revelava algumas dificuldades em ser coerente aquando o esclarecimento de dúvidas, apresentando um discurso confuso e muitas vezes, pouco organizado ao longo das explorações.

O meu discurso apresentava-se muitas vezes confuso para os alunos, talvez, devido ao facto de me sentir nervosa com a minha intervenção, uma vez que estou constantemente a ser alvo de avaliação, seja dos alunos como professores que me acompanham. Tenho dificuldades em lidar com os meus erros, pelo que sofro muito por antecipação dos acontecimentos, pois pretendo que corra tudo bem e, na verdade, acaba sempre por alguma coisa não correr tão bem. Frequentemente, em sala de aula, trocava alguns termos aquando um diálogo com os alunos. Ora lhes pedia que me indicassem um ângulo quando pretendia um lado, ora lhes pedia um lado quando pretendia que me indicassem um ângulo. Na verdade, domino bem o significado de ambos os conceitos, mas sentia-me tão atrapalhada e nervosa durante a minha intervenção que os termos estavam constantemente a surgir de forma errada.

As explorações foram realizadas, com base na ficha de trabalho e através da participação oral dos alunos, sendo fundamental para identificar as ideias prévias destes acerca dos novos conteúdos a trabalhar bem como da capacidade de raciocino que estes possuem na resolução de diversas tarefas.

Considero que na exploração dos conteúdos com os alunos, faltou-me estar mais atenta à turma, de um modo geral, uma vez que na maioria das aulas, apenas me focava em alguns alunos. Esta situação talvez se devesse por as minhas questões não serem dirigidas, o que levava a que os alunos mais participativos estivessem sempre a querer participar, não sendo dada a oportunidade de outros alunos participarem. Desta forma, parece-me importante tentar tornar as

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minhas questões mais dirigidas, para que os alunos menos participativos, estejam mais ativos em sala de aula, uma vez que estes alunos, muitas vezes acabam por desmotivar e encontram-se distraídos.

Para explorar as propriedades dos paralelogramos, recorri a uma ficha de trabalho por mim adaptada (Anexo I), na qual pretendia que os alunos medissem lados e ângulos de vários paralelogramos, o que não resultou conforme esperado. A verdade é que eu tinha medido previamente em casa, tanto os lados como os ângulos, de cada paralelogramo da ficha, para que durante a aula pudesse confirmar mais facilmente os resultados em conjunto com os alunos e me sentisse mais confiante. No entanto, quando tirei cópias, no próprio dia, para entregar aos alunos, as mesmas apresentavam medidas diferentes do que aquelas que eu tinha medido anteriormente. Esta situação apenas foi verificada durante a aula, o que me deixou preocupada, uma vez que não compreendia o que se tinha passado para os valores se apresentarem diferentes. No entanto, para a exploração a realizar, as medidas não serem as que tinha previamente verificado em casa, não era importante, uma vez que apenas se pretendia verificar que num paralelogramo, lados opostos entre si são iguais.

Penso que não consegui conduzir da melhor forma a exploração desta tarefa, uma vez que me senti muito atrapalhada com a partilha de diferentes resultados pelos alunos na medição dos lados de um paralelogramo. Um exemplo desta situação foi quando alguns alunos referiram que um dos lados lhes estava a dar 0,9 cm e a outros lhes estava a dar 1 cm. Nesta situação, por impulso referi que “por vezes, temos de dar um jeitinho na régua”, afirmando que a diferença de 0,1 cm poderia se dever a um mau posicionamento da régua.

Considero que a minha resposta não foi adequada, uma vez que as medições têm de ser precisas. Uma possível justificação para esta diferença de resultados poderá dever-se às figuras dos paralelogramos por mim construídas, pois apresentavam uma linha poligonal fechada com uma largura de 2 pontos, o que me parece ser demasiado espessa, podendo influenciar as medições dos alunos.

Durante a minha quinzena, tenho sentido bastantes dificuldades na gestão de tempo em sala de aula, não conseguindo na maioria das vezes realizar a avaliação diária planeada para o dia. Parece-me que esta falta de gestão de tempo se deve a outra dificuldade minha, relativa ao diálogo com os alunos e exploração dos conteúdos com os mesmos, uma vez que o meu diálogo nem sempre é o mais claro, dificultando muitas vezes a compreensão dos alunos.

Apesar das dificuldades sentidas esta quinzena, que foram enumeras, considero que tive em atenção uma das sugestões da professora cooperante para melhorar a minha intervenção e as aprendizagens dos alunos, pelo que fui realizando pontos de situação com os alunos, como síntese do conteúdo abordado, sendo importante para os alunos o recordar constante dos novos conteúdos, para além da realização de exercícios para sistematização destes.

Sinto que as minhas dificuldades ainda são muitas ao nível da intervenção, pelo que me parece fundamental refletir cada vez mais sobre a minha prática para conseguir melhorar algumas atitudes minhas e aprendizagens dos alunos, bem como obter o feedback da minha parceira de estágio e professoras que me acompanham, uma vez que me permite obter uma maior noção das minhas dificuldades em sala de aula. A verdade, é que sozinha, existem situações que não me apercebo e como tal, o feedback de quem observa é sempre uma mais valia para nós.

Referências Bibliográficas

Canavarro, A. (2011). Ensino exploratório da Matemática: Práticas e desafios. Acedido em https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/4265/1/APCanavarro%202011%20E M115%20pp11-17%20Ensino%20Explorat%C3%B3rio.pdf

Ponte, J. P. (2005). Gestão curricular em Matemática. In GTI (Ed.), O professor e o desenvolvimento curricular (pp. 11-34). Lisboa: APM.

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Juntos na conquista do

5.º ano

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