• Nenhum resultado encontrado

Figura 18c – Mapa geral de Polilândia.

No documento 027 Capítulo 01 Planejamento telefonico (páginas 36-48)

Entretanto, não é suficiente conhecer a presente população, desde que o plano deva cobrir uma expansão de assinantes para um período de 20 anos.

A coluna (3) da tabela (2) mostra o crescimento médio da população ao ano dado em porcentagem. Estas quantias são baseadas em estatísticas, mas atenções não devem ser dispensadas para possíveis mudanças na estrutura econômica do país.

Podemos citar como exemplo, o planos do Governo para explorar os poços de petróleo de Isotope ou de aumentar a manufatura de produtos em Abambacho.

Figura 18d – Atividades econô-micas de Polilândia. O atual serviço telefônico de Polilândia

A situação presente é caracterizada por pequena quantidade de telefones e alguns equipamentos de telecomunicações. O serviço telefônico local automático existe na Capital e em Zurcatans. A Capital possui 3 centrais com um total de 27.975 linhas de assinantes e Zurcatans possui 2 centrais automáticas para 7.029 terminais. Todas as outras cidades da tabela (3) possuem alguns tipos de serviços telefônicos manuais, que em muitos lugares são deficientes. O numero total de assinantes dentro do país é de aproximadamente 60.000 e há uma demanda de 10.000 assinantes esperando por um aparelho telefônico.

tância consta atualmente com os seguintes números de circuitos:

O serviço telefônico de longa dis

Posedaro - Abambacho - 40

Posedaro - Rouro - 12

Posedaro - Isotope - 12

Abambacho - Zurcatans - 12

Isotope - Ajira - 12

Todo serviço de longa distância é manual e o tempo de espera para uma chamada ê normalmente muito demorado. O desenvolvimento econômico do país é dificultado por um mal serviço telefônico e o Governo decidiu que o planejamento a longo prazo deverá ser traçado para ser implantado um moderno serviço telefônico no país.

Cálculo do número de assinantes

Existem diferentes métodos de cálculo do desenvolvimento telefônico a avaliação que se deseja sobre a densidade telefônica, deve corresponder a posição econômica e cultural do país. O método a ser adotado dependerá primeiramente dos dados estatísticos disponíveis. Com referencia aos dados anteriores é evidente que Polilândia é um país de excelentes perspectivas para uma rápida expansão econômica. Entretanto não existem detalhes estatísticos no qual mostra o desenvolvimento demográfico e econômico do passado. Referindo-se aos distritos rurais há poucas informações, exceto sobre a população. O motivo é que as comunicações são tão pobres que muitos dos habitantes rurais estão silenciados em suas básicas subsistências.

Mesmo que um país com características especiais tenha grande influência no planejamento de telecomunicações, a presente situação de telefones em Polilândia é tão precária, que devemos aumentar a densidade telefônica, em igualdade com a sua geral posição econômica. O planejamento preliminar deve cobrir um período de 20 anos. Dentre os vários métodos de previsão da densidade telefônica existente foi escolhido aquele que relaciona a densidade telefônica com o PIB per-capita. Sendo também aconselhável comparar a futura densidade de telefones de Polilândia com a tendência histórica dos paises mais desenvolvidos (método de comparação). Devido ao desenvolvimento econômico desigual em Polilândia aconselha-se a fazer a comparação somente das maiores cidades do país com as maiores cidades dos paises mais desenvolvidos.

Normalmente 80 - 90% dos telefones de um país desenvolvido são instalados nas maiores cidades.

Na coluna (4) da tabela (3) deve ser fixada a população futura (20 anos) para cada cidade de acordo com o crescimento médio da população ao ano dado em percentagem.

A densidade telefônica esperada para o período de 20 anos é mostrada na coluna (5) da tabela (3), onde a densidade telefônica e dada pelo número de linhas de assinantes por 100 habitantes. O número de terminais futuro por cidade deve ser marcado na coluna (6) da tabela (3).

No fim dos próximos 20 anos teremos uma grande quantidade de linhas automáticas de assinantes, em comparação com as linhas manuais que existiam no início do período, nas pequenas cidades e nos distritos rurais. Entretanto é tarefa difícil o estabelecimento de um plano preliminar das localidades que utilizarão as

centrais manuais. Para cobrir esta necessidade a administração telefônica poderá utilizar os equipamentos desativados, nas cidades que tiverem seus serviços automatizados. Aconselha-se também aos planejadores a compra de certo número de pequenas centrais para serem instaladas rapidamente, em casos de emergência.

TABELA 3 – Cidades de Polilândia – população – densidade telefônica.

1 2 3 4 5 6 7 Zona e Po o Pop ra Cidad pulaçã atual % (*) ulação futu (20 anos) Densidade futura p/ 100 habitante (20 anos) Nº de Terminais –

futuros (20 anos) Obs.

Abambacho 350.430 4,2 15.0 Abiuca 29.060 2,0 5.0 Acachecol 29.421 4,3 7.5 Acinede Ependim 26.743 3,2 5.0 Aclapal 3.020 4,0 4.0 Ajibo 22.302 2,0 5.0 Ajira 159.020 3,0 10.0 Alacachau 23.115 1,3 5.0 Allida 18.524 4,2 5.0 Anabacapo 16.500 4,0 5.0 Anara 16.630 3,0 5.0 Anatanas 27.922 1,3 5.0 Aneladam 33.351 1,3 5.0 Apaiupana 29.952 3,2 7.5 Aparamo 27.030 2,0 5.0 Arotote 10.493 2,3 5.0 Atapalcha 31.083 2,0 5.0 Atapianas 27.032 2,0 5.0 Atiagato 23.115 4,8 5.0 Atlarebir 101.372 2,0 10.0 Atonipace 24.960 3,2 7.5 Atosca 36.665 4,0 7.5 Avnacata 15.569 3,0 5.0 Ayacau 10.622 2,3 3.0 Aycada 22.151 1,2 5.0 Aznarepsla 16.133 1,1 4.0 Azodemede 10.550 1,2 3.0 Azuputi 19.777 1,2 4.0 Datrinte 143130 3,3 10.0 Edangrela 36.043 2,0 7.5 Eliquia 20.017 3,0 5.0 Ercus 162.782 4,3 10.0 Erobor 33.709 1,7 5.0 Esojans 9.041 1,5 3.0 Gozozi 6.111 4,0 3.0 Ichacacha 27.500 4,0 7.5 ílocipecom 23.534 1,3 7.5 Inamulu 13.900 3,0 4.0 Inullim 8.020 4,0 4.0 Inuyu 33.023 1,6 5.0 Iranuti 14.192 2,0 5.0 Irima 20.470 4,0 7.5 Iuquage 21.387 4,0 7.5 Ivanara 11.265 2,0 3.0 Ivisiquim 31.137 3,0 5.0 Izotope 133.379 5,0 12.0 Niquajo 7.911 1,2 3.0 Nitram 11.867 1,2 4.0 Nozali 41.450 2,0 7.5 Ocioro 13.901 3,0 4.0 Ocirotreu 12.104 1,1 3.0 Odelote 26.965 2,5 5.0 Odugaetom 15.436 4,2 5.0 Ograma 32.249 3,0 5.0 Oicanginas 14545 1,3 4.0 Oicangis 13.277 1,6 4.0 Olbapans 6.466 1,3 3.0 Olocoro 25.946 3,0 7.5 Olopa 6.095 1,6 3.0 Opopo 30.926 1,8 5.0 Ordepans 40.712 3,5 7.5 Orotroin 126.916 2,3 10.0 Posedaro 1.025.720 4,0 4.0

Rouru 323.976 3,0 12.0 Saganra 19.654 2,3 5.0 Saitans 4.115 1,0 3.0 Salia 23.673 1,7 5.0 Samaixi 13450 1,1 3.0 Sazeba 17.341 2,3 4.0 Setomalli 21.086 1,3 5.0 Seyre 11943 1,7 3.0 Soirertem 11.635 1,3 3.0 Solarcans 126.010 2,3 10.0 Yabiru 22.240 3,0 5.0 Zeraus 16.220 2,0 5.0 Zurcatans 608.723 3,8 15.0 TOTAL 4.636.209

(*) - Crescimento médio da população ao ano dado em %.

Tabela 3: Mostra todas as cidades com suas respectivas densidades futuras (20 anos) e suas populações atuais. As cidades relacionadas na tabela 3 são as mais significativas do país, sendo que nestas se considerou, na maioria das vezes, os habitantes das cidades menores nas suas circunvizinhanças.

Figura 20 - Mapa de Polilândia com a divisão dos seus estados e uas respectivas capitais.

s

Cálculo do número de chamadas locais e interurbanas

A baixa densidade de telefones em Polilândia implica alto tráfego dos assinantes conectados aos centros telefônicos. Estatísticas de outros países indicam que cada assinante originará em média 250 chamadas por mês.

Para estimativa de chamadas interurbanas necessita-se de investigações mais sofisticadas. Existem diferentes regras para a classificação das chamadas interurbanas. Será natural classificar em Polilândia, que chamadas dentro de cada distrito urbano ou dentro de cada área rural, como local, e as outras como interurbanas.

De acordo com experiências em outros países estabelecemos a seguinte relação; a menor central telefônica origina por assinante a maior quantidade de chamadas interurbanas. Um diagrama empírico é mostrado na figura (21). A deficiência de telefones e de circuitos interurbanos neste país impossibilita uma distribuição precisa do futuro tráfego telefônico interurbano, neste caso somos forçados a utilização do diagrama da figura (21), para uma orientação sobre o tráfego interurbano por zona. Este método deverá ser completado por experiências práticas.

Figura 21 - Número de chamadas de longa distância por ssinante e por mês dependendo do tamanho da central.

nos e da ualidade de transmissão dos troncos de sinalização.

a

Uma aplicação do referido diagrama para Polilândia proporcionará o número de chamadas interurbanas originado por cidade. A tabela (4) a ser preenchida incluirá exclusivamente as chamadas automáticas. Em adição a estas, também existem as chamadas originadas por intermédio de telefonistas. São de difíceis estimativas, pois dependem muito do número de circuitos interurba

q

Tabela 4 - Número estimado de chamadas LD originadas por mês

1 2 3 4 5

Zona Cidade Nº de linhas de Nº estimado de chamadas LD originadas por assinante Obser ções

assin ntes a e por mês va

. . .

Distribuição das chamadas de longa distância

Tendo calculado o número de chamadas originadas a longa distância, uma estimativa deve ser feita para sua distribuição geográfica ou mais simplesmente: com quem o assinante esta falando? Esta é uma questão muito difícil para responder, e avançadas administrações têm obtido um grande número de observações de tráfego para encontrar os hábitos de chamadas, para as redes de longa distância. Em um país como

Polilândia, com apenas uma pequena quantidade de circuitos a longa distância, não existem informações a

respeito da distribuição do futuro tráfego de longa distancia, pode-se obte-las pela observação do tráfego nos circuitos existentes. Melhores conclusões, entretanto, são obtidas das experiências em países mais desenvolvidos e dos planos gerais para o desenvolvimento social e econômico de Polilândia.

Existem usualmente dois métodos para o cálculo da distribuição do tráfego local originado. A quantidade originada de tráfego é ainda distribuída de acordo com o número de assinantes nas diferentes centrais, ou de acordo com o volume de tráfego originado por central. Isto não pode ser absolutamente correto no caso do tráfego de longa distância, desde que o interesse do assinante em fazer uma chamada interurbana é governado proporcionalmente a distância do assinante chamado e pelo acréscimo de tarifa sobre estas chamadas. Em Polilândia, podemos classificar as chamadas LD em três grupos principais, a saber:

1. Chamadas dentro da zona local, 2. Chamadas para a zona capital, 3. Chamadas para outras zonas.

As chamadas para a zona capital são especificadas separadamente, pois as experiências em outros paises mostram que existe maior interesse de chamada para o centro administrativo do país, que para os lugares mais remotos.

A estimativa do número de chamadas para cada um dos grupos das diferentes zonas deverá ser mostrada na tabela 5.

úmero de chamadas do centro administrativo é 33% menor que o úmero de chamadas para o centro.

Na tabela 6 deveremos apresentar uma completa distribuição de tráfego entre as zonas. Para levantar o número de chamadas da zona capital para outras zonas serão usados valores empíricos de outros paises. Eles mostram que normalmente o n

n

Demonstrativo do percentual de distribuição das chamadas para algumas das principais cidades de Polilândia, lembrando que a maioria das cidades adjacentes, obviamente, deverão seguir a mesma distribuição.

Percentual de distribuição das chamadas para algumas das principais cidades de Polilândia

Zona Local Capital Outras Zonas Internacional

Posedaro 33,0 _ 65,0 2,0 Ichacacha 20,0 69,0 10,0 1,0 Zurcatans 54,0 25,0 20,0 1,0 Rouro 46,0 32,0 21,4 0,6 Ajira 55,0 30,0 14,0 lrO Abambacho 45,0 30,0 24,5 0,5 Odugaeton 56,0 29,5 14,0 0,5 Datrinte 37,0 50,0 12,5 0,5 Irima 60,0 20,0 19,5 0,5 Aznarapsela 60,0 20,0 20,0 — Oretrom 60,0 20,0 19,4 0,6 Zeraus 60,0 20,0 19,5 0,5 Atosca 37,0 50,0 12,5 0,5 Niquajo 37,0 50,0 13,0 — Atrarebir 37,0 50,0 12,5 0,5 Isotope 55,0 30,0 14,0 1,0 Ercus 55,0 30,0 14,0 1,0 Atomipace 46,0 32,0 21,7 0,3 Anabacapo 19,0 70,0 9,5 1,5

Matriz percentual de distribuição das chamadas entre s estadoo s Para

De Capital Ajibo Abambacho Ercus Isotope Datrinte Zurcatans

Capital 41,40 5,90 17,31 7,87 7,87 3,93 15,80 Ajibo 50,00 30,00 7,45 2,00 2,00 6,55 ! 2,00 Abambacho 31,60 1,00 53,40 2,40 2,40 1,20 8,00 Ercus 28,50 0,55 7,90 30,00 30,00 0,50 2,55 Isotope 28,50 0,55 7,90 30,00 30,00 0,50 2,55 Datrinte 27,60 5,00 9,45 2,00 2,00 30,00 23,95

Zurcatans 22,20 1,00 7,96 1,50 1,50 1,00 64,84

Tabela 5 - Estimativa da distribuição de tráfego das chamadas originadas por mês

Zona Chamadas da zona para Percentagem Nº de chamadas

Tabela 6 - Distribuição das chamadas de longa distância milhares por mês) (

Para

De Zona I Zona II TOTAL

Zona I Zona II

TOTAL

O estagio intermediário e o futuro planejamento

Conforme foi visto, o prognostico para o período de 20 anos do número de assinantes e do tráfego interurbano entre as cidades somente podem ser estimados. Todavia a comparação de planos é um fator imperativo no dimensionamento da rede telefônica. Contudo não são realizáveis de uma só vez e no caso de Polilândia com situação precária, sua administração deverá iniciar, imediatamente, com projetos interinos, em ordem, para encontrar as mais urgentes necessidades das telecomunicações. Estes projetos estarão vinculados ao plano de 20 anos de desenvolvimento da rede nacional, com um perfeito desenvolvimento técnico, operacional e organizacional. Uma medida razoável a incluir nos projetos seria do aproveitamento dos equipamentos existentes. Futuramente, quando a empresa telefônica tiver experiência sobre os hábitos telefônicos da população e do desenvolvimento econômico em diferentes partes do país, o plano de 20 anos deverá ser readaptado totalmente para as características especiais do país.

Tão logo quanto possível o plano de tentativa, acima mencionado, seria substituído por um novo plano mestre, cobrindo a totalidade do país e estendendo-se por um período mais longo.

Tráfego telefônico, encaminhamento, numeração e plano de transmissão.

No passado da telefonia, a rede telefônica era de uma constituição muito simples. Havia uma central telefônica manual instalada em uma cidade e um pequeno número de assinantes conectados a ela. Com o passar do tempo aumentava-se o número de assinantes tornando-a tão grande que precisava ser substituída em duas ou mais centrais em diferentes partes da cidade.

No processo contínuo da comunicação havia necessidade de ser estabelecido uma rede de troncos entre diferentes cidades. O serviço telefônico também deveria ser introduzido nos distritos rurais. Estes três tipos de sistema local, linha tronco e rural cresciam independentemente sem nenhuma coordenação entre eles. Com a mudança do tráfego telefônico para automático e a introdução de aparelhos telefônicos automáticos na rede nacional e internacional, as redes telefônicas devem ser totalmente planejadas em diferentes fundamentos e satisfazer tanto o ponto de vista técnico como econômico, assim como fornecer ao usuário diferentes graus de serviço, para os diferentes tipos de chamadas. O propósito final deve ser a completa automatização da rede. Entretanto, a construção de uma rede nacional telefônica com plena automatização é um empreendimento muito longo e envolve considerável investimento.

Do ponto de vista histórico dos vários estágios sucessivos que envolvem a comunicação telefônica podemos fazer as seguintes distinções:

a) Rede local manual. b) Rede tronco manual. c) Rede local automática.

d) Operação automática e semi-automática do tráfego de curta distância. e) Operação semi-automática do tráfego de longa distância.

f) Rede tronco semi-automática com comutação automática em centrais trânsito. g) Rede tronco automática.

condicionado pelas circunstâncias econômicas que prevaleciam na época seguido pelo desenvolvimento Na decisão destes estágios, não é preciso seguir os primeiros padrões de desenvolvimento adotado pelos paises avançados, quando efetivaram automatização em suas redes, porque o desenvolvimento era

técnico das telecomunicações. Dessa forma é justificada tecnicamente a eliminação de certos estágios de acordo com as características de cada país.

Para os países "desenvolvidos" não há necessidade de passar através dos estágios acima mencionados. A futura divisão do plano em estágios não significa necessariamente que um estágio deva estar completo quando o outro tiver inicio. Ao contrário, sobreposição deve ser considerada. Por exemplo, automatização dos troncos deve ser começada antes que a rede local principal esteja completamente automatizada. É essencial, entretanto, que o desenvolvimento da rede local se processe em compasso com os circuitos troncos.

Naturalmente, é impossível antecipar todos os detalhes dos diferentes estágios de desenvolvimento. É necessário preparar um plano mestre com todos os recursos disponíveis para uma máxima garantia de eficiência. A base para todo o planejamento é o prognostico de assinantes, ou seja, a previsão do desenvolvimento da densidade telefônica para as diferentes partes do país. A previsão deve ser feita cobrindo um considerável período. Há, uma grande dificuldade em determiná-lo, porém o período de planejamento para 20 anos é considerado como sendo o mais razoável levando-se em conta a situação de Polilândia.

Para a execução dos diferentes projetos de investimento, o manual do ITU-T sobre Rede Telefônica Nacional fornece os tempos necessários para os períodos de planejamento. A escolha de um período ótimo é muito difícil, pois depende de um julgamento de características técnicas e condições favoráveis de economia. A tabela (7) fornece uma indicação geral sobre os períodos considerados.

Tabela (7) - Período de Planejamento

Fonte: Manual do ITU-T sobre Rede Telefônica Nacional

ITENS Período em ANO

Plano de numeração 50

Prédios e terrenos 40

Capacidade de uma Central local ou interurbana 20

Capacidade dos cabos troncos ou interurbanos (*) 15-20

Capacidade dos dutos 20

Capacidade dos cabos locais (assinantes e troncos) (**) 3-7

Equipamento de comutação 3-5

Equipamento terminal de transmissão 3-5

(*) - Circuitos de interconexão entre centrais locais são chamados circuitos de junção. Circuitos entre uma central local e um centro de zona são chamados circuitos interurbanos. Todos os outros são circuitos troncos.

(**) - Dependerá principalmente das condições locais.

O plano mestre e seus detalhes devem ser regularmente revisados e ampliados, seguindo as tendências do desenvolvimento.

Todos os pontos normalmente incluídos em um plano mestre devem ter as seguintes divisões: a) Distribuição do tráfego.

b) Plano de encaminhamento do tráfego. c) Plano de transmissão.

d) Plano de numeração. e) Plano de tarifação f) Plano de sincronismo g) Plano de sinalização

Antes de iniciarmos com a primeira das partes, acima mencionadas, é necessário recordar alguns aspectos do tráfego telefônico, como é medido, etc. Discutiremos rapidamente métodos de cálculo do número de circuitos ou quantidade dos equipamentos.

Tráfego telefônico

Os resultados obtidos anteriormente mostraram o numero de chamadas locais e de longa distância durante o mês, porém não são suficientes para o cálculo do número necessário de circuitos IU. Estes são dependentes do número de conexões simultâneas em um certo período e do grau de serviço estipulado. Variação do tráfego - Hora de Maior Movimento

Quando referimos a distribuição do número de chamadas durante o mês é necessário considerarmos as variações periódicas de diferentes espécies.

Existem variações semanais que normalmente dependem de atividades econômicas. Dias úteis da semana são exemplos de dias de grande atividade. Quando sábado era considerado um dia de trabalho, a maior concentração de tráfego da semana era usualmente neste dia pela manhã. Atualmente com a semana de cinco dias de trabalho tornou-se difícil determinar qual dia é o de maior movimento.

Além das variações semanais existem as variações periódicas para o intervalo de 24 horas. Apresentaremos na figura (22) as variações típicas semanais e diárias.

Figura 22 - Variação de Tráfego.

O tráfego apresenta grandes variações dentro da hora, de momento para momento. Para fins de cálculo uma média geral deve sempre ser estimada e será considerada como o tráfego telefônico, de conversação. A H.M.M. é a hora do dia quando a carga de tráfego atinge seu mais alto valor numa central. A H.M.M. está situada normalmente entre 9 -12 horas e/ou das 14 - 17 horas. Na figura (22) a H.M.M. está entre as 9,30 e 10,30.

Fator de concentração

Se o tráfego foi calculado em número de chamadas por dia ou por mês e se há necessidade de estimar a proporção deste tráfego que ocorrerá na H.M.M., devemos conhecer o fator de concentração. Para o tráfego diário o fator de concentração para as centrais públicas é em torno de 1/8 ou 12,5%, enquanto que para as centrais privadas, cujas chamadas são efetuadas durante as horas úteis do dia é de 1/6 ou 16,7%.

Os fatores de concentração para o número de chamadas por mês são de 1/200 para as centrais públicas e 1/150 para as centrais privadas.

Cálculo do número de Erlangs

Após a medida do número de chamadas na H.M.M. devemos conhecer o tempo de ocupação. Este tempo é composto do tempo de operação, tempo de conversação e uma parcela para as chamadas ineficientes. O produto do número de chamadas na H,M.M. pelo tempo médio de ocupação por chamadas, medido em horas, fornece o número de ocupações por hora. A medida é chamada "número de Erlangs".

A = (nHMM x tm) / 3.600 Erlangs Æ NHMM = Ntotal / FC

Muitos países estimam o tempo para as chamadas locais em torno de 2 minutos e para as chamadas interurbanas automáticas em 3 minutos.

Exemplo: Uma central pública com 3.000 chamadas por mês e um tempo médio de ocupação de 180 segundos tem um tráfego de:

A = (nHMM x tm) / 3.600 Erlangs

NHMM = Ntotal / FC = 3.000/200 = 15 chamadas na HMM. A = (15 x 180) / 3600 = 0,75 Erlangs

A = 0,75 Erlangs

Segundo o manual do ITU - T o valor em erlangs por linha de assinante na H.M.M. são os seguintes:

CATEGORIA TRAFEGO NA H.M.M

Assinante residencial 0,01 - 0,04 Erlangs

Assinante comercial 0,03 - 0,06 Erlangs

PABX 0,1 - 0,6 Erlangs

Grau de serviço

Como mencionado anteriormente, um outro fator importante para o cálculo do número de circuitos é o grau de serviço, que para uma determinada parte do sistema é a probabilidade de falha para estabelecer uma conexão. O grau de serviço é considerado alto se a probabilidade de falhas (a perda) e baixa e vice-versa. O grau de serviço "total" é determinado pela probabilidade de falha para estabelecer uma conexão entre o assinante chamador e as partes chamadas. É composto dos individuais graus de serviço nas várias partes do equipamento de comutação. A perda total é aproximadamente igual a soma das perdas nas sucessivas partes de uma conexão. Esta aproximação é suficientemente correta para propósitos práticos se as perdas são baixas.

O número de órgãos comutadores e de circuitos é calculado de acordo com o grau de serviço total requerido para as chamadas durante a H.M.M. A melhor forma de dividir a perda total dentro dos vários estágios é considerar a perda mais alta nas seções que tenha o mais alto custo anual. Como o custo de circuitos de juntores é geralmente mais alto que dos estágios das centrais, então é mais econômico fornecer-lhes um baixo grau de serviço (alta perda) no grupo padrão.

Os estágios das centrais telefônicas são geralmente calculados com um grau de serviço de 0,001 - 0,01,

No documento 027 Capítulo 01 Planejamento telefonico (páginas 36-48)

Documentos relacionados