• Nenhum resultado encontrado

027 Capítulo 01 Planejamento telefonico

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "027 Capítulo 01 Planejamento telefonico"

Copied!
75
0
0

Texto

(1)

CAPÍTULO PRIMEIRO

PLANEJAMENTO TELEFÔNICO

Como sabemos os investimentos em redes telefônicas são muito grandes e conseqüentemente é importante fazer planos completos baseados em previsões sobre a demanda futura, conforme mostra a figura 1. Para satisfazer o crescimento da demanda e ao mesmo tempo as exigências das qualidades de tráfego e transmissão, há uma necessidade de instalar novos e mais sofisticados equipamentos na rede, a um custo tão baixo quanto possível. Os seguintes fatores devem sempre ser considerados quando do estudo do problema: recursos financeiros, recursos humanos e recursos materiais.

Figura 1 – Crescimento da demanda dos serviços de telecomunicações.

As inter-relações no campo das telecomunicações são extremamente complexas. Para se dar uma visão nítida dos princípios dessas relações deve-se seguir uma metodologia levando-se em conta todas as variáveis que afetam a rede. A entrada ou variáveis de estado tais como as funções de demanda, outras necessidades nacionais (podendo ou não ser descritas em termos econômicos) e quaisquer outras variáveis iniciais como o progresso tecnológico. Tipicamente cada uma dessas variáveis é descrita na forma de uma previsão como uma seqüência no tempo. Elas são geralmente tão importantes quanto os controles das decisões tomadas.

O modelo da estrutura dos sistemas de telecomunicação descreve o trabalho de relacionamento entre os diferentes sistemas de componentes, e dependendo do problema especifico em consideração, possibilita uma previsão das conseqüências que a interação entre as variáveis de entrada fornecem a um conjunto especifico de decisões.

As variáveis de decisão são devidas ao controle das decisões feitas. No contexto deste estudo elas podem fornecer o valor dos diferentes serviços de comunicação, a distribuição regional dos serviços, e ainda a reestruturação do sistema de comunicação tanto no sentido técnico como no econômico.

As saídas são os diferentes resultados ou conseqüências da adoção de um conjunto especifico de decisões variáveis. Cada uma se constitui numa seqüência temporal. Algumas saídas típicas são as futuras ofertas, o grau de satisfação das necessidades nacionais, o custo, a fonte de rendas, e o investimento total. Certas saídas podem ser de difícil quantificação, sendo em alguns casos descritas qualitativamente.

Estas saídas são transladadas para seus valores presentes com auxilio da função de preferência atual por uma ponderação subjetiva vinculada ao órgão encarregado das decisões para o futuro próximo versus o futuro distante.

Suas importâncias atuais são expressas em termos de suas utilidades, ao órgão de decisão, através do auxilio de uma função que descreve a utilidade relativa de alguns itens com relação a um nível absoluto.

As importâncias das saídas individuais são combinadas com auxílio de funções de trocas comerciais. Estas funções expressam a prioridade relativa atribuída pelo órgão de decisão. A preferência atual, a escolha de risco, e as funções de troca comerciais são itens julgados pelo órgão de decisão. Elas podem ser

encaminhadas ao administrador do sistema de telecomunicações (que pode por si mesmo fazer uma estimativa da composição de importâncias) ou podem ser implícitas no processo de decisão (no caso da função do especialista ser apenas apresentar as saídas continuas no tempo). Uma vez que a importância total de um dado programa de ação tiver sido estabelecida, sucessivos aperfeiçoamentos podem ser feitos para otimiza-la.

Fluxograma da interação dos fatores na estrutura do sistema de telecomunicações.

(2)

telecomunicação e o desenvolvimento econômico em vários países do mundo torna necessário atingir-se certo nível econômico mínimo antes de iniciar-se uma demanda para acessos telefônicos, por outro lado, certas facilidades de telecomunicações básicas são necessárias para o posterior desenvolvimento do país.

Atualmente, todos os países têm alcançado o estágio no qual existe alguma espécie de equipamento telefônico nas suas mais importantes comunidades.

Quando o equipamento de telecomunicações existente no país é insuficiente provocará empecilhos para o seu desenvolvimento econômico. Muitas razões podem ser dadas para o atraso das telecomunicações, e uma das mais importantes é que outros investimentos são considerados (correta ou incorretamente) de maior prioridade. Os seguintes investimentos podem ser mencionados como exemplo:

9 Desenvolvimento da agricultura;

9 Educação;

9 Potencial energético;

9 Outros meios de comunicação (rodovias; ferrovias; portos; aeroportos).

Todos esses investimentos como os em telecomunicações modernas são imperativos para conduzir um país em estágio de desenvolvimento a uma nação com predominância de atividades econômicas. N afigura 2a,b é mostrado a evolução dos investimentos em telecomunicações públicas , no mundo.

Figura 2a: Evolução dos investimentos em telecomunicações públicas, no mundo.

Com relação ao padrão de desenvolvimento de uma nação cabe aqui lembrar as etapas de desenvolvimento econômico (Willian Rostow), onde a primeira delas é chamada de Sociedade Tradicional.

Na sociedade tradicional o nível de vida do povo está nos limites de subsistência, sendo a economia baseada em atividades primárias exercidas por técnicas adquiridas pura e simplesmente pelos costumes do povo. O comércio é reduzido e realizado a base de trocas, a industria não existe assim como não há formação de capital, e a política é praticada muito mais ativa nas regiões do que nos centros urbanos, uma vez que os senhores da terra são os detentores do poder. Historicamente, já que não encontramos essa sociedade atualmente, na época pré-newtoniana e no mundo medieval.

Figura 2b: Evolução dos investimentos em telecomunicações públicas, no mundo.

A segunda etapa na classificação é a "sociedade de transição” onde surge uma classe empresarial no comércio e depois na indústria, a população começa a se transformar lentamente nos seus hábitos e costumes proliferando os centros urbanos, a produtividade agrícola já é bem mais dirigida e a indústria extrativa começa a existir. Desta forma uma nova elite dirigente começa a canalizar as atividades econômicas para todos setores tendo como nacionalismo à força propulsora embora com imitação de padrões externos. Podemos constatar que os EUA passaram por essa etapa no século XVIII e a Alemanha, juntamente com o Japão, no início do século XIX.

No Brasil segundo alguns historiadores, vivemos nesta etapa até os anos 1930 com o advento do tenentismo enquanto outros a adotam até o governo do presidente Jucelino K. de Oliveira.

(3)

conforme os mesmos historiadores respectivamente em finais da década 1930 e meados da década de 1950. O que realmente marca a decolagem é a poupança e o investimento, o equilíbrio seria mantido se ambos fossem iguais, entretanto um foco inflacionário é causado quando o investimento é maior que a poupança isto é importamos poupança. Por outro lado se a poupança for maior teremos um fator deflacionário.

A quarta etapa é caracterizada como a “marcha para maturidade”. Nela há uma extensão de progresso a todos setores e áreas da economia com aplicação de processo de profundidade tecnológica e diversificação de aplicação para usufruir a economia de escala. É dada grande importância aos problemas ligados a oferta e procura dos bens, com o aço substituindo o ferro e gerando a própria história da engenharia moderna.

A seguinte etapa é dita “era do consumo em massa” que é derivada da própria conjuntura da sua sociedade. O consumo de bens duráveis é elevado, os setores de serviços e o de bens de consumo passam a ser os lideres da economia, o nível de vida é estável e seguro, possibilidades iguais para todos na ascensão das escalas social e profissional, evolução rápida de costumes e gostos dos consumidores, são as características gerais dessa fase. Historicamente os EUA saíram desta fase por volta de 1945 sendo que a Europa Ocidental começou a entrar a partir dos anos 60.

Figura 3: Base de acessos de telecomunicações. Cerca de 1.100 milhoes de acessos instalados em 1995.

A última etapa aqui descrita, chamada de “sociedade de serviços”, é um complemento da era de consumo em massa da classificação de Willian Rostow. As suas características básicas são: a demanda por bens cresce menos que a demanda por serviços, mais de 1/3 da mão de obra é empregados no setor terciário da economia, grande absorção da mão de obra com igualdade entre os sexos, oportunidade para os mais idosos e para os autônomos e tecnologia voltada para eliminação de tarefas rotineiras e repetitivas.

Isto posto, é imprescindível ao planejador o bom senso de saber quais os padrões em que se enquadra o país e assim enunciar um plano que ao ser executado não fuja as especificações iniciais. A base de acessos de telecomunicações é mostra na figura 3.

O período inicial é sempre difícil, pois a necessidade de capital e mão de obra excede os recursos locais. Além disso, muitos dos investimentos de infra-estrutura não são comercialmente, atrativos como, por exemplo, na educação, rodovias e ferrovias os resultados econômicos favoráveis só serão obtidos após um longo período.

A escassez de capital no mercado interna torna necessária a obtenção de ótimos retornos para todos os investimentos efetuados. Podemos, entretanto, dizer pouco a respeito da distribuição dos recursos entre os vários grupos de investimentos, uma vez que esta é uma questão conduzida a nível governamental.

(4)

Panorama mundial

9 As dez maiores empresas operadoras de acessos telefônicos fixos:

9 As dez maiores empresas operadoras de acessos telefônicos móveis:

9 Provedores de internet:

Panorama brasileiro

A demanda de telecomunicações depende primariamente, dos grupos ocupacionais da população, sendo menor em localidades autônomas de pequeno porte, com maior atividade no setor agrícola, sofrendo aumentos a medida que mais e mais pessoas abandonem esse setor por outras atividades (indústria, comércio, serviços públicos, etc) . A razão para o acréscimo de demanda é dupla, pois a solicitação aos serviços de comunicação é diretamente proporcional ao grau de especialização dos artigos produzidos e o serviço de assinantes residenciais aumentará, tendo em vista que, parte da população emigrante alcançara um padrão social mais elevado, vindo a obter, conseqüentemente, um melhor nível cultural.

Torna-se interessante, nesta altura, introduzir com precisão, um dos mais importantes conceitos no contexto deste estudo, qual seja o de demanda de serviços telefônicos. Demanda ê função das condições sócio-econômicas dos usuários e se desenvolve em dependência, com a política imprimida a região. Devido às variáveis que afetam a demanda é cabível uma divisão de acordo com o ponto de vista para sua abordagem.

Demanda potencial: Consiste na necessidade de posse de um acesso de telecomunicações supondo a não repressão quer na oferta quanto na procura.

Demanda real: Corresponde a possibilidade de posse de um acesso de telecomunicações supondo-se a não repressão na oferta e a procura reprimida por condições econômicas.

Demanda reprimida: Situação na qual tanto a oferta como a procura encontram-se reprimidas, correspondendo a realidade em cidades em fase de início de desenvolvimento.

É importante salientar que a demanda se constitui no estudo, que exige os critérios mais condizentes com a efetiva necessidade mercadológica. Uma previsão baseada em pesquisas historicamente omissas, acarreta investimentos sem retorno em curto prazo, caso se implante equipamentos em demasia, ou um atendimento insatisfatório, por insuficiência de equipamentos, gerando prejuízos aos serviços prestados e conseqüentes descontentamentos dos usuários. A previsão da demanda torna-se mais complexa por sua evidente dependência com os hábitos e preferências nacionais, e com um último, mas não menos importante fator, representado pelas tarifas dos serviços telefônicos. Para evitar a influência deste ultimo, todas as investigações e prognósticos devem ser baseados em suposições de que a tarifa dos serviços telefônicos não seja proibitiva, mas suficiente para possibilitar uma razoável, expansão da rede telefônica, além da amortização dos seus custos de gastos de manutenção.

Figura 4 - Fluxograma de Demanda

(5)

conhecer o "status" econômico e os planos gerais de desenvolvimento, ao se estimar as reais necessidades de equipamentos de telecomunicações na atualidade, bem como, em futuras expansões.

Métodos de medida da densidade telefônica

A unidade mais comum para medidas da densidade telefônica é o número de acessos em serviço por 100 habitantes. O número total de telefones em serviço, geralmente, não indica o número total de assinantes, pois cada assinante pode ter mais de um telefone/serviço. Isto se aplica especialmente aos assinantes comerciais, sendo extensivo aos residenciais quando a densidade telefônica é alta. Desta forma, torna-se essencial conhecer tanto o número de assinantes comerciais como os residenciais.

Uma diferença entre o número total de assinantes e o número total de terminais instalados ocorre, principalmente quando muitos assinantes comerciais possuem mais que uma linha. Observando os telefones residenciais, o número de linhas equivale ao número de assinantes.

Do ponto de vista de tráfego telefônico, é também importante, conhecer a proporção de linhas pertencentes a assinantes comerciais, por concorrerem para essas linhas maior quantidade de tráfego do que nas linhas residenciais.

Para proporcionar maior clareza a situação telefônica interna de um país, é recomendável que, em ordem, as seguintes informações sejam investigadas:

1. Número de assinantes comerciais em serviço; 2. Número de assinantes residenciais em serviço; 3. Total de telefones em serviço;

4. Número de assinantes comerciais (em potencial); 5. Número de assinantes residenciais (em potencial); 6. Total de assinantes (em potencial);

7. Linhas para assinantes comerciais (em implantação); 8. Linhas para assinantes residenciais (em implantação); 9. Total de linhas (em implantação).

Por meio destas estatísticas detalhadas é possível para a administração, concluir como os serviços telefônicos podem ser desenvolvidos nas duas principais categorias de assinantes, durante as diferentes fases de desenvolvimento econômico. Ainda que gráficos sejam geralmente inaplicáveis para a época inicial da industrialização em países que possuem atualmente, alta densidade telefônica, existem razões para acreditar, que o serviço telefônico comercial (incluindo serviços públicos) cresça rapidamente no período inicial, enquanto os telefones, residenciais terão seu principal período de crescimento numa fase posterior ao desenvolvimento econômico.

Densidade telefônica em relação à renda per-capita nacional

A renda per-capita nacional é um fator apropriado para previsão da densidade telefônica. Existem duas razões para isto, em primeiro lugar as investigações empíricas mostram que existe uma relação simples entre elas e em segundo lugar um grande número de economistas hoje, encontra-se ocupado em estudos do crescimento da renda nacional em diferentes partes do mundo, possibilitando grande quantidade de informações com alto grau de confiabilidade. Considerando o importante papel das previsões do crescimento econômico nos atuais planos de desenvolvimento econômico de todos os países, parece ser possível obter um quadro demonstrativo bastante real acerca desse desenvolvimento que deve ser alcançado nos próximos anos, isto nos permite também prever o desenvolvimento da densidade telefônica através de uma fórmula realística que é obtida relacionando-se a renda nacional per-capita e a densidade telefônica, aplicada para cada país específico. De acordo com a análise de regressão obtemos:

Log (D) = K . log (R) – K1 2

Onde:

D = Número de telefones para cada 100 habitantes R = Renda per-capita nacional

K1= Coeficiente de relação do log D e log R

K2 = Fator de correção

O emprego desta fórmula requer cuidados especiais para previsões em curto prazo (5 - 10 anos), pois o

revisão a longo prazo.

(6)

Observações: Com relação à renda per-capita faremos algumas ilustrações a fim de obter maiores esclarecimentos.

9 Renda individual: é aquela que o indivíduo obtém para o seu próprio sustento.

9 Renda familiar: é aquela que o chefe de família obtém para o seu sustento e dos seus familiares.

9 Renda ocupacional: é aquela obtida mediante um ordenado proveniente da relação de emprego independente da habilitação do indivíduo.

9 Renda profissional: obtida pelo profissional liberal prestando realmente serviços liberais.

9 Renda do autônomo: obtida sem relação de emprego pelo indivíduo sem habilitação.

9 Renda per-capita nacional: é aquela obtida da divisão da renda nacional (produto nacional bruto - PNB) de um ano pelo número de habitantes. Em algumas vezes ela é dada pela divisão do PNB anual pela população ativa estimada onde não estão computados os menores de 14 anos e os maiores de 70 anos, outras vezes pela divisão do PNB pela população economicamente ativa (PEA) que são aqueles indivíduos registrados como trabalhadores.

9 Produto interno bruto (PIB): é dado pela soma do PNB com o investimento externo liquido, podendo ser maior ou menor que o PNB conforme o resultado do investimento externo líquido.

9 Investimento externo líquido: é o resultado da diferença entre a soma de exportações com a renda dos domiciliados no país e a soma das importações com a renda dos domiciliados no exterior.

9 Domiciliado do exterior e do país: são aqueles indivíduos que estão fora do seu país de origem e em termos econômicos o que conta é o seu domicílio e não sua cidadania.

Densidade telefônica em relação à população da indústria e comércio.

Como notamos, comunicações modernas são necessárias para elevar um país de sociedade agrícola tradicional as condições de industrialização. Existe, portanto uma correlação entre a densidade telefônica e o número de pessoas empregadas na indústria comercio, transporte, e comunicação.

Utilizando a porcentagem da população acima referida, como um fator econômico, torna-se fácil fazer comparações internacionais, uma vez que as questões relativas às taxas de cambio são evitadas. Um fato que contribui para o aumento de pessoal dedicado ao trabalho nos centros urbanos é a migração rural, embora este não seja primordial para afetar o desenvolvimento da densidade telefônica deve ser considerado durante período em que esse fenômeno ocorra com intensidade. Quando um país atinge um estagio tal que a migração rural não mais contribua para o seu crescimento econômico (pois a agricultura lvez seja tão rentável quanto as atividades urbanas) a abordagem se tornará falha na obtenção de dados, ta

pois o crescimento econômico ocorrerá pelo aperfeiçoamento dos métodos de planejamento e aprimoramento do setor industrial do país.

Pode-se considerar um índice representativo de desenvolvimento a relação do número de empresas que nascem pelo numero de empresas que desaparecem em um período considerado. Se ele for maior que 1 significa que houve prosperidade no período em caso contrário o período foi de crise. Para este tipo de análise é importante que os dois números referiram-se a empresas de mesmo porte. Assim a seguinte cla sificação pode ser adotada: s

1. Empresas infinitesimais: onde o capital é reduzido (são exemplos: bar, salão de beleza, etc). 2. Empresas pequenas: onde a folha de pagamento não ultrapassa 35.000 salários mínimos anuais. 3. Empresas médias: não apresentam folha de pagamento superior a 85.000 salários mínimos anuais. 4. Grandes empresas: são aquelas que se dedicam a uma atividade apresentando uma folha de

pagamento anual superior a 85.000 salários mínimos.

5. Empresas de grande estrutura: são aquelas formadas por um conglomerado de empresas.

Densidade telefônica em relação à distribuição da renda

A distribuição de renda dentro de um país é um fator adequado quando considerarmos uma previsão em curto prazo (5 - 10 anos) desde que existam estatísticas de renda detalhadas e reais. A demanda para telefones residenciais é principalmente governada pelo nível de renda familiar, devido ao fato de certas classes sociais estarem mais inclinadas a usar telefones como meio de comunicação que outras. Quando um país atravessa período em que a maior demanda para telefones é originada por assinantes comerciais e institucionais, o crescimento do número de telefones é influenciado pela demanda de assinantes residenciais.

(7)

Considerando que o número de assinantes residenciais, cresce, com o aumento do nível de renda para o qual uma família possa possuir um telefone, de tal forma que o número de famílias sem o nível de renda, as com telefones, seja igual ao número de famílias com o nível renda, mas sem telefones. O numero total m

de telefones poderia ser assim igual ao numero de famílias com renda igual ou superior aquele nível acrescido do número de assinantes comerciais.

Neste caso torna-se importante o conhecimento da renda familiar e como está distribuída a renda, pois se houver muita desigualdade na distribuição a renda familiar não será um fator representativo. Para maior facilidade de análise apresentaremos aqui a curva das desigualdades das rendas (curva de Lorens) e o coeficiente de desigualdade (coeficiente de Gini).

Lorens pesquisou e procurou associar em um gráfico a renda, a população e a sua participação na renda. A

do segmento circular (formado pelo segmento de reta OQ e pela curva de o triângulo OPQ). É fácil concluir que para desigualdade perfeita

CG=1 e para a igualdade perfeita CG= r a distribuição de renda no país mais

próximo de zero estará seu CG.

figura 5 ilustra os casos da desigualdade perfeita (OPQ), a igualdade perfeita (segmento de reta OQ) e as curvas de distribuição para dois países com diferentes distribuições.

O coeficiente de Gini fornece um valor através do qual pode-se ter idéia de como a renda está distribuída e é obtido pela divisão entre a área

distribuição de renda do país e a área d

0, portanto quanto melhor fo

Figura 5 - Curva de Lorens

Em muitos países em desenvolvimento, atualmente o principal, problema é financiar uma expansão da rede visando atender às necessidades mais urgentes. Cedo ou tarde, entretanto, é necessário planejar, para uma expansão futura, um caminho mais sofisticado de forma a evitar investimentos antieconômicos. Para planejamento em longo prazo é imperativo conhecer as previsões do desenvolvimento econômico e demográfico do país. O método de prognóstico a ser usado será na maioria dos casos dependente das informações acessíveis.

Métodos de previsão

No decorrer do tempo um grande número de modelos para previsão da quantidade de tráfego tem sido esboçado, com características comuns e baseado nas previsões do número de assinantes. Quando se faz previsão telefônica local (ou previsão de assinantes) nota-se a necessidade de se iniciar com uma previsão para todo o país.

A aproximação mais natural, para o esboço de uma previsão nacional do número de centrais principais, deve ser iniciada com previsões locais e a partir destas estimar a nacional. Este procedimento, entretanto envolveria prognósticos individuais para cada área especifica baseados em informações relativamente escassas, implicando em incertezas consideráveis. Além disso, essas previsões deveriam também ser baseadas em planejamentos locais separados e a experiência mostra que tais planejamentos tendem a ser muito otimistas. Uma previsão nacional constituída de previsões locais forneceria, portanto com grande certeza, valores muito altos.

Uma confiabilidade maior é obtida ao se traçar primeiramente, uma previsão nacional e então dividi-la em diferentes áreas de acordo com um método conveniente. Os métodos mais freqüentemente utilizados para previsão do número de aparelhos telefônicos são:

1. Método de comparação: O número de telefones em um país é prognosticado por comparação com o desenvolvimento histórico de outro país mais evoluído.

2. Método de crescimento e tendência: Isto é, método não causal onde o número de telefones é somente explicado pelo tempo.

3. Método causal ou analítico; Quando fatores logicamente relacionados com a densidade telefônica são utilizados na tentativa de se obter o prognóstico do número de telefones no país.

Métodos de comparação

Este método de prognóstico leva em consideração, para previsão do número de telefones em um país "A", o desenvolvimento, histórico em um país "B" mais desenvolvido.

(8)

ser feito um prognóstico para o número otal de telefones nos próximos 25 anos para o país "A" desde que previsões seguras do crescimento futuro

cia de desenvolvimento da Suécia entre 934 e 1962, a França alcançaria em 1990 o padrão de densidade

igura 6 - Método da comparação, densidade de telefones na t

da população sejam acessíveis.

Na figura 6 é mostrado o desenvolvimento da densidade telefônica na França e Suécia. A França tinha em 1962 a mesma densidade que a Suécia em 1934. Se a densidade telefônica na França seguisse a mesma tendên

1

telefônica sueca de 1962.

F

Suécia 1890 - 1962 e na França 1921 - 1962.

As desvantagens desse método residem no fato de dificilmente existirem dois países quaisquer com desenvolvimentos em paralelo. Além disso, desenvolvimentos técnicos no campo telefônico tornam possíveis atualmente, boas comunicações a baixo preço para longas distâncias, fato fora de cogitação no início do século. O método pode, entretanto ser de grande valia na idealização do desenvolvimento a longo prazo em um país deficiente de estatísticas apropriadas para outros métodos.

Devido a sua extensão territorial, o Brasil, poderia ser comparado apenas a países como Estados Unidos, Canadá ou Rússia mas seria difícil um confronto, devido as discrepâncias no campo social, cultural, econômico e político. Além disso, o desenvolvimento do serviço telefônico brasileiro tem sofrido várias limitações provenientes de tarifas inadequadas e fenômenos inflacionários. Da impossibilidade de comparação total entre dois países, pode-se, entretanto estabelecer previsões do desenvolvimento telefônico das cidades mais importantes, com tendências históricas em cidades similares de um país mais desenvolvido.

É evidente que a quantidade de telefones em um grande número de países, é em grande parte concentrada nas maiores cidades. A maneira mais prática de prever a demanda futura em muitos países em desenvolvimento consiste, portanto em excluir a população rural e concentrar o prognóstico nas grandes cidades nas quais o principal investimento ocorrerá durante o período inicial de uma expansão econômica. Deve ser dada, naturalmente, a devida consideração para o tráfego longa distância necessário entre as maiores cidades e os distritos rurais para os propósitos administrativos e comerciais.

Método de crescimento e tendência

Neste método, o número de aparelhos telefônicos é calculado sob a hipótese que a porcentagem de crescimento anual de telefones será aproximadamente a mesma no futuro como o foi no passado. Desta forma a determinação da previsão é obtida pela extrapolação do desenvolvimento histórico. Várias funções ão adaptadas para descrever a evolução do número de telefones, sendo as mais freqüentes indicadas na

da, para países em esenvolvimento, pois há insuficiência de estatísticas representativas da evolução e as poucas existentes

e s

figura 7.

Evidentemente é um método que se aplica para estimativas a curto prazo, tendo fornecido resultados satisfatórios quando realizados em países industrializados/ nos quais se conhece o desenvolvimento de

serviços telefônicos que não sofre profundas alterações devido as variações nas condições sociais e econômicas. A aplicação do método descrito também não é recomenda

d

inflacionárias. não refletem o crescimento que ficou restrito por questões tarifárias

Figura 7: Ilustração de tendências mais freqüentes.

Método causal ou analítico

Para países que possuem estatísticas da densidade telefônica e variáveis que influem na demanda telefônica, podem ser utilizados modelos mais avançados para cálculos de demanda.

(9)

são efetuadas regularmente, obtendo-se uma previsão para densidade telefônica por meio do relacionamento calculado entre o desenvolvimento econômico e a densidade telefônica.

A relação entre a densidade telefônica e o PNB por habitante é aproximadamente linear em termos logaritmos e pode ser expressa da seguinte forma:

Log (Aparelhos telefônicos / 100 habitantes) = Log (A+B) . Log (PNB / hab)

Onde: A e B são constantes.

Caso a relação anterior seja insuficiente ou incompatível com a realidade, são determinadas ntecipadamente quais variáveis explicativas afetam os parâmetros. A analise de múltipla regressão passo a

a passopode ser utilizada como segue:

9 Passo 1 - Escolher as variáveis explicativas possíveis X1, X2,...Xn; (número de assinantes; numero de habitantes; etc), para as quais são acessíveis boas previsões.

9 Passo 2 - Calcular os coeficientes de correlaçãoentre a variável dependente Y1 (no exemplo o número de chamadas locais) e todos os fatores explicativos X1, X2,...Xn .

9 Passo 3 - Escolher dentre os fatores explicativos, o de maior coeficiente de correlação com Y1.

9 Passo 4 - Se este fator é suposto ser X2, faz-se a tentativa 1utilizando a função de regressão.

9 Passo 5 - Calcular os resíduos R1 para um Y1 conhecido (ou mais atualizado). ÆR = Y1 1 - (a1 + b1 . X2)

9 Passo 6 - Calcular os coeficientes de correlação entre R1 e todos fatores explicativos restantes, neste caso X1, X2,...Xn

9 Passo 7 - Escolher o fator explicativo que tenha o maior coeficiente de correlação com R1.

9 Passo 8 - Supondo ser este fator X1 faz-se tentativa 2utilizando a função de regressão: R1 = a2 + b2 . X1

+ R2

9 Passo 9 - Com o valor de R1 da tentativa 2 substituído na tentativa 1 temos: Y1 = a1 + a2 + b1 . X2 + b2 .

X1 + R2 Æ Que é geralmente melhor do que a primeira tentativa.

9 Passo 10 - Calcular os resíduos R2 para o valor de Y1 conhecido e que foi utilizado na primeira tentativa.

R2 = Y1 - (a1 + a2 + b1 . X2 + b2 . X1)

9 Passo 11 - Prosseguir com a tentativa 3, e continuar no mesmo processo, enquanto os resíduos calculados não sejam suficientemente pequenos.

Dependendo do período para o qual a previsão se destina, deve-se tomar o cuidado necessário ao calcularem-se os vários coeficientes de correlação entre a variável dependente e as variáveis explicativas, pois cada período pode apresentar coeficientes de correlação com características diferentes de outros períodos.

Em uma formula prática é impossível incluir todos os fatores que influenciam a demanda futura de telefones. Por meio de pesquisas experimentais, principalmente na Suécia, mas extensível a outros países industrializados, conclui-se que os fatores econômicos mais apropriados para previsões a longo prazo(10 - 20 nos) são os seguintes: a

1. Renda per-capita nacional.

2. Percentagem da população na indústria, comércio, transportes e comunicação. 3. Consumo de papel de jornal per-capita,

Para previsões em curto prazo (5 - 10 anos) é preferível utilizar os seguintes fatores:

4. Distribuição de renda (numero de pessoas com renda superior ao nível crítico). 5. Densidade telefônica por categoria profissional.

Os fatores 1, 2 e 4 são os considerados mais importantes, enquanto, por exemplo, o consumo de papel per-capita não é fator fundamental pois, mesmo que seu desenvolvimento ocorra em paralelo com a densidade telefônica, não se pode afirmar que eles são interdependentes.

A densidade telefônica por categoria profissional, é em alguns casos, mais facilmente determinada que a densidade telefônica por grupo de renda, todavia, pode ser mais fácil prever a média de crescimento da renda, que as permutas das ocupações efetuadas pela população.

Um outro método analítico, usualmente chamado matemático, baseia a determinação do número de terminais per-capita, na fórmula matemática;

(10)

p = ½ [1 + tanh (wt - K)]

Onde:

p = exprime a probabilidade de um assinante potencial instalar um telefone e aumenta com o número de assinantes.

d = número de assinantes per-capita A = quantidade real de assinantes N = número de habitantes

t = tempo

w = parâmetro que é função do padrão de vida k = constante de integração

Os parâmetros W e K devem ser estimados a partir do desenvolvimento da densidade telefônica anterior.

Para se obter o prognostico da densidade telefônica futura é necessário adotar um valor para o grau de saturação (A / N), este é o ponto fraco do método, uma vez que o grau de saturação é dificilmente obtido com aproximação satisfatória.

Nenhum dos métodos anteriores apresenta resultados completamente satisfatórios para o prognóstico da densidade telefônica a longo prazo. Uma extrapolação de um modelo mecânico pode dar bons resultados durante um certo período de tempo, mas fatalmente, novos fatores surgirão causando um desvio na tendência geral. Torna-se então indispensável que o método prognostico leve em consideração tanto quanto possível à influência desses novos fatores. Num modelo completo de previsão do desenvolvimento telefônico de um país, todos os fatores pertinentes a esse desenvolvimento devem ser considerados.

Períodos de previsão

Uma administração de telecomunicações deve sempre adaptar a rede telefônica as necessidades dos assinantes, tal que recebam um serviço aceitável com o mínimo custo possível. Dessa forma são necessárias previsões das necessidades futuras do tráfego telefônico, que estão fundamentadas em análises ocorrido no passado até o momento atual e de quem as faz e como faz.

As estimativas podem ser feitas para um país, rede multi-central ou rede com uma central, ou pequenas partes destas, a curto ou a longo prazo.

Uma previsão é chamada a curto prazo quando se refere a períodos que variam entre 3 e 6 anos. Ela é mais incidente para implantação e ampliação de pequenas centrais com tendências limitadas, em casos onde não existe o problema de prédios, etc. Em linhas gerais previsões a curto prazo são etapas de uma previsão a longo prazo.

Por outro lado uma previsão é dita a longo prazo,quando o período está enquadrado, geralmente, entre 10 e 30 anos (planejamento de rede) . Normalmente deve-se dividir o período de uma previsão a longo prazo m várias etapas (previsões a curto prazo), tomando-se os devidos cuidados com os vários fatores que

planejamento da rede deve ser feito. e

possam sofrer alterações, e assim um

Estudo de demanda de terminais

Os métodos utilizados para a localização da demanda telefônica são dependentes da filosofia adotada pela concessionária. Basicamente existem cinco métodos mais empregados:

1. Método de localização por unidade de loteamento. 2. Método de localização por face de quarteirão. 3. Método de localização por área sócio-econômica.

4. Método de avaliação baseando na qualidade de habitação. 5. Método de avaliação de demanda baseado no PIB.

Método de localização de demanda por unidade de loteamento

Consiste em se percorrer as ruas da localidade analisando os tipos de unidades residenciais e não residenciais, baseando-se em critérios preestabelecidos e estimados para cada uma delas um número de acessos telefônicos. Os critérios mais comuns são apresentados na tabela a seguir:

TIPO DE ASSINANTE PREVISÃO DE ACESSOS (*)

(11)

Hotéis, clubes, restaurantes; etc. Supermercados

Unidades comerciais de grande porte Unidades comerciais de médio porte Unidades comerciais de pequeno porte Profissionais liberais

Inst. industriais de grande porte Inst. industriais de médio porte Inst. industriais de pequeno porte Cinemas

Postos de gasolina

Residências de 1a. categoria – classe a Residências de 2a. categoria – classe b Residências de 3a. categoria – classe c Residências de 4a. categoria – classe d, e, f Conjuntos habitacionais

Prédios residenciais Prédios comerciais Órgãos governamentais

Hospitais, clínicas, consultórios, etc. Outros (especificar)

Tabela 1: Estimativa do número de assinantes

(*) – Acesso = terminal: voz, ISDN, xDSL, TCP/IP, FR, x25, nx64 kbps, E1, T1, ...etc.

Etapas de Demanda

As etapas de localização da demanda são definidas pela concessionária, normalmente, porém a demanda é localizada para três etapas; 3, 5 e 7 anos ou 5, 7 e 10 anos ou ainda 5, 10 e 15 anos, dependendo da política adotada pela empresa.

De forma a diferenciar as etapas, utiliza-se cores distintas para cada uma delas. O código de cores mais utilizado é o seguinte:

1a. etapa - Vermelha 2a. etapa - Azul 3a. etapa - Verde

A demanda existente é anotada sempre em cor preta.

Para localização da demanda a documentação necessária consiste de uma planta geral da cidade (mapa) e na subdivisão em plantas na escala 1: 1000 (quadrículas), tamanho A1 padronizado pela ABNT. A numeração das quadrículas pode ser feita na forma numérica ou alfa numérica.

Cada equipe normalmente tem como base três elementos: 1 motorista, 1 engenheiro e 1 técnico. Dependendo da localidade a equipe pode ser diminuída para 1 motorista e 1 engenheiro. O número de equipes é função do tamanho da demanda e da extensão da cidade.

Prédios residenciais ou comerciais, órgãos públicos, indústrias, conjuntos habitacionais, etc, são considerados como demandas especiais. Para anotação destas demandas, devem ser utilizados formulários específicos, como os mostrados nos modelos de formulários 1, 2 e 3.

Após a composição das equipes, faz-se a divisão das quadrículas, de forma que cada equipe fique com a documentação de uma parte da cidade.

Antes do início dos trabalhos, as equipes devem receber um treinamento adequado, de como localizar a emanda, buscando com isso uma homogeneidade no trabalho. Deverá haver também

d quanto a

uma orientação

do de se percorrer as ruas do setor, o qu r fe o a

o mo e deve se ito n sentido m tricial.

PRÉDIO ENDEREÇO Nºde

Andares Aptos Salas Lojas

Existente

(preto) Vermelho Azul Verde

Redes telefônicas urbanas

Prédios Data: Local: Estação:

(12)

CONJUNTOS Nº de Casas Área média da casa

Renda familiar

Casas Comércio

Existente

(preto) Vermelho Azul Verde

Redes telefônicas urbanas

Conjuntos habitacionais Data: Local: Estação:

Modelo 2 - Levantamento de conjuntos habitacionais

INDÚSTRIA ENDEREÇO PABX (voz)

Serviços não voz

Existente

PRETO VERM. AZUL VERDE

Redes telefônicas urbanos

Indústrias ou Repartições Data : Local: Estação:

Modelo 3 - Levantamento de indústrias e repartições

Método de localização de demanda por face de quarteirão

Pesquisa de mercado

A pesquisa de mercado é um instrumento fundamental para se obter a localização da demanda, uma vez que, a mesma consiste no levantamento das condições socioeconômicas das diversas micro-regiões em que se divide a cidade.

Um levantamento em campo, cobrindo a área da central em estudo, é à base da pesquisa de mercado e por ele são colhidos os dados necessários para o dimensionamento do mercado atual, suas características e potencial de expansão. Os dados coletados para análise de mercado de uma região são basicamente:

1. Quantidade de residências. 2. Quantidade de negócios.

3. Características dos prédios em construção e dos terrenos vagos. 4. Dados básicos de prédios, grandes empresas e indústrias.

As informaçõe oradores da regiã

s socioeconômicas e opiniões da população são obtidas por meio de entrevistas aos o, escolhidos aleatoriamente dentro de cada camada, para a formação de uma amostra

O sistema de coleta de dados para a pe quisa de mercado é semelhante ao do censo do IBGE, cuja rotina

ltrapassado, mas algumas concessionárias ainda fazem uso dele, m

da população.

s aplicada segue o esquema da figura 9:

Figura 9: rotina de pesquisa de mercado.

O procedimento para levantamento por face de quarteirão já está u

o que torna relevante o seu conhecimento.

As áreas da central são subdivididas em regiões de contagem, abrangendo em média dois a três quarteirões. Estas seções de contagem são classificadas de acordo com as suas características socioeconômicas: residencial de alto poder aquisitivo, residencial de regular poder aquisitivo, comercial, industrial, etc.

O conjunto das seções de contagem com características homogêneas denomina-se de Zona econômica.

Uma área de estação contém, em média, de três a quatro zonas econômicas, com diferentes características.

(13)

Os quarteirões também são numerados, em seqüência dentro de cada zona econômica. No levantamento em campo, pesquisadores anotam na ficha de quarteirão, o número de residências e negócios que existem nas ruas que contornam os quarteirões.

Quando se trata de prédio ou indústria de grandes dimensões, é obrigatória a obtenção de dados complementares, por meio do preenchimento dos formulários Prédio Coletivo e Levantamento Industrial. Visando apurar as características socioeconômicas da região, são escolhidas moradores da mesma, para prestarem as informações contidas no chamado Questionário do Levantamento.

Os totais de linhas telefônicas existentes e promitentes por logradouros, são levantados através de relatórios de computador e acrescentados nas fichas de quarteirão.

A seguir os totais das fichas de quarteirão são listados ordenadamente no formulário Resumo do Mercado de Linhas.

Exemplos padrões dos formulários são apresentados a seguir:

FICHA DE QUARTEIRÃO 1-Dados Gerais

Mercado LINHAS Linhas para Total Estim.

Logradouro

CASA APTO NEG CASA APTO NEG Res. Neg. Res. Neg. Res. Neg.

Totais

2-Contagem de mercado

3-Distribuição de mercado

Existente Transf. Provável Previsão de Mercado

Logradouro

Residência Negócios Próxima Futura Res. Nea. Res. Nea.

Totais

Resid Mercado potencial de linhas (por amostragem)

Negoc. Residências

Negócios

Rede telefônica urbana

Quarteirão: Área: Estação: Local e Data:

Ficha de prédio coletivo NOME:

ENDEREÇO:

SITUAÇÃO: Construído ( m2); Em construção ( m2); Projeto ( m2). Nº DE PAVIMENTOS: Sub Solo( ); Térreo( ); Superiores( ). PRÉDIO RESIDENCIAL: Apartamentos Ocupados( ); Em construção( ); Vagos( ).

PRÉDIO COMERCIAL:

LOJAS: Ocupadas( ); Em construção( ); Vagas( ). SALÕES; Ocupados( ); Em construção( ); Vagos( ). SALAS: Ocupadas( ); Em construção( ); Vagas( ). CONJUNTOS; Ocupados( ) Em construção( ) Vagos( )

RESUMO DO MERCADO

ATUAL: Residencial:______; Negócios;________; Total:________. EM CONST. E VAGAS: Residencial:______; Negócios;________; Total: ________. POR CLASSE: Residencial:______; Negócios;________; Total:________. PEDIDOS: Residencial:______; Negócios;________; Total:________. TOTAL; Residencial:______; Negócios;________; Total:________.

Redes Telefônicas Urbanas: Quarteirão; Área; Estação: Local e Data

(14)

Ficha de levantamento industrial

NOME: ENDEREÇO: ATIVIDADE:

MATRIZ( ) FILIAL( ) OUTRA( )

ÂREA OCUPADA: Atual ( m2) Em construção ( m2) Projeto ( m2) Nº de funcionários atuais: a) Administração: b) Produção: c) Outros: Nº de funcionários previstos: a) Administração: b) Produção: c) Outros:

Sistema de Comunicação – voz:

Fabricante

Capacidade (troncos e ramais): Atual; Prevista: Geração de Tráfego:

Principais direções de tráfego:

Sistema de Comunicação – dados:

Fabricante

Capacidade protocolo + velocidade): Atual; Prevista: Geração de Tráfego:

Principais direções de tráfego:

Redes Telefônicas Urbanas: Quarteirão: Área: Estação: Local e Data:

Questionário de levantamento

(O entrevistador deve explicar detalhadamente o plano de expansão)

Nome: Endereço:

1. O Sr(a) deseja inscrever-se no plano de expansão? Sim (2) Não (4)

2. Que tipo de telefone deseja adquirir? Residencial (3) Comercial (3) Celular (3) 3. Em que endereço esse telefone deve ser instalado? Endereço: Bairro:

Æ Passar para a pergunta 9,Å

4. Porque?

a. Quase não uso (9)

b. Pretendo mudar de residência (9) c. Esta casa é alugada (9)

d. Não da sossego (9)

e. Tenho telefone em outro lugar (9) f. Serviços telefônicos são ruins (9) g. ________________________ (9) h. Não tenho dinheiro para comprar (5) i. É muito caro (5)

5. Se o custo fosse R$ xx,00 (80%) o Sr. se inscreveria ? Sim (8) Não (6) 6. E se o custo fosse R$ yy,00 (60%)? Sim (8) Não (7)

7. E se fosse cobrada apenas a taxa de manutenção (por volta de___)? Sim (8) Não (9).

8. Quando pretende fazer a inscrição? Imediatamente ( ) De 1 a 6 meses ( ) até 1 ano ( ) Não sabe ( ) 9. A sua residência é própria ou alugada? Própria ( ) Alugada ( )

10. Quantas pessoas de sua família residem em sua casa? R: 11. Quantas delas, tem rendimento próprio? R:

12. Classifique a soma dos rendimentos dessas pessoas de acordo com a tabela abaixo: A - 0 a 4 salários mínimos

B - 4 a 6 salários mínimos C - 6 à 10 salários mínimos D - mais de 10.

E - não respondeu

13. Qual o grau de instrução do chefe da casa? Pontos Fundamental incompleto 0

Médio incompleto 1

Colegial incompleto 2 Superior incompleto 4

Superior completo 8

14. A família tem:

1 televisor ( ) 1 2 ou mais televisores ( ) 3

Videocassete ( ) 2

DVD ( ) 3

Geladeira ( ) 1

Máquina de lavar ( ) 3 Batedeira elétrica ( ) 3 Aspirador de pó ( ) 3

1 empregada ( ) 4

(15)

Automóvel valor superior a R$ ( ) 6

15. Quais dos seguintes itens o Sr(a) tenciona comprar nos próximos 12 meses? Televisor ( )

Geladeira ( )

DVD ( )

Enceradeira ( ) Máquina de lavar ( ) Batedeira elétrica ( ) Aspirador de pó ( ) Casal apartamento ( ) Telefone ( ) Automóvel de valor inferior ( ) Automóvel de valor superior ( ) Fogão ( ) Móveis de sala ( ) Outros ( )

16. Ao receber seu aparelho telefônico, o Sr(a) pretende pedir outro serviço? Sim ( ) Não ( ) Æ Se sim, quais e quantos? ( ). 17. Qual a cor de sua preferência?

Cinza ( ) Vermelha ( ) Preta ( ) Azul ( ) Amarela ( ) Rosa ( ) Indiferente ( ) Não sabe ( ) Observações adicionais: Pesquisador nº: Questionário nº:

Classe do Entrevistado: A ( ) B ( ) C ( ) Rubrica do Entrevistador;

Rubrica do Coordenador:

Redes Telefônicas Urbanas: Quarteirão: Área: Estação: Local e Data:

RESUMO DO MERCADO DE LINHA

CIDADE_____________ CENTRAL______________ ÁREA ______________ ÁREA ____________ FOLHA _______

MERCADO LIMHAS FUTURO

ATUAL EM CONST. E

VAGOS RES. NEG. LIN. + PEO. DIST. DO MERCADO PREVISÃO RES NEG TOTAL RES NEG TOTAL FUNC PE D TOTAL FUNC PED TOTAL RES NEG TOTAL 20 20 20 20 20

ÁRE

A

SEC

Ç

ÃO

QUARTE

IRÃO

Procedimento para o levantamento por quadrículas

O sistema mais utilizado é o da agregação dos dados por quadrículas, por ter sido este o que demonstrou maior racionalidade.

Neste método as áreas da central são subdivididas em quadriculas na escala 1:1000, tamanho A1, padronizado pela ABNT. Estas quadrículas são obtidas através da planta da área da estação. As áreas econômicas são mantidas da mesma forma que para os métodos anteriores.

Como as informações são obtidas por logradouros, não existe necessidade de se numerar quarteirões. As quadrículas são numeradas em seqüência por área de estação.

Os dados coletados em campo são os mesmos dos levantamentos anteriores. Os pesquisadores devem percorrer os logradouros da quadrícula do início ao fim, anotando as informações na Ficha de quadricula.

Para cada logradouro os dados são agrupados em dois conjuntos, correspondentes aos dados de numeração par e ímpar.

Quando o logradouro ultrapassar as extensões da quadricula, efetua-se o levantamento apenas para a parte pertencente à quadrícula. Nota-se que as informações são agrupadas por quarteirões.

(16)

Os totais de linhas existentes e promitentes são acrescentados as fichas de quadrículas por intermédio de relatórios de computador que possui a listagem dos assinantes existentes e dos futuros assinantes da área da central, ordenados por ordem alfabética de logradouros.

As informações das fichas de quadrícula são reunidas em ordem, obtendo-se os resultados finais por quadricula. Os dados assim obtidos devem ser transcritos para o Long Sheet, onde deverão constar os códigos da quadricula, número de quarteirões envolvidos e demais informações necessárias.

FICHA DE QUADRÍCULA

Prédios Coletivos Comerciais - residenciais

Prédios Existentes Bairro

Terminados Em construção Projetos Vagos Total

Total de Prédios Total de Fachada (m) Nº de Pavimentos Total de Apartamentos

Total de Lojas, Salões salas etc. Total de Firmas Funcionando Médias

De Fachada por Prédio De Aptos por Prédio Nº Pavimentos por Prédio Nº Aptos por Pavimento De Aptos por m de Frente

De Firmas Funcionando p/m Frente De Firmas Funcionando p/ apto.

Redes Telefônicas Urbanas

Cidade: Área: Estação: Data:

LONG SHEET

DEZEMBRO DE 2.0.. DEZEMBRO DE 2.0..

SECÇÃO QUART.

RES NEG TOTAL LINHAS % .... RES NEG TOTAL LINHAS %

Redes telefônicas Urbanas Cidade: Estação: Local de data:

Procedimento para elaboração de estimativas

Estimativa detalhada

A seguir, é apresentada uma rotina utilizável para a realização de uma estimativa detalhada.

Estimativa teórica

Cabe ao departamento comercial da concessionária definir áreas de estrutura socioeconômicas homogêneas, denominadas Zonas para as quais são feitas estimativas para a taxa de crescimento do número de residências e negócios e renda "per-capita" devem ser levadas em consideração para os cálculos de estimativa os diversos fatores que possam vir a influenciar no desenvolvimento da zona em estudo, como:

9 Nível de saturação de residências e negócios.

9 Requisições impostas, por possíveis leis de zoneamento existentes.

9 Empreendimentos de grande porte.

9 Estrutura econômica da zona.

(17)

Os resultados finais obtidos pela estimativa teórica, efetuada no escritório devem ser comparados com aqueles resultantes da estimativa "in loco".

Distribuição de mercado

Para zonas de grande demanda telefônica em potencial, realiza-se uma estimativa "in loco", chamada distribuição de mercado.

Durante a distribuição de mercado, um avaliador deve deslocar-se para a região de levantamento com a finalidade de observar suas peculiaridades socioeconômicas e, com base nessas observações, estimar o crescimento esperado do número de residências e negócios anotando-os nas respectivas fichas de quarteirão.

Coerência de dados

Apôs serem reunidas ordenadamente, as estimativas feitas em campo, são confrontadas com as estimativas teóricas, elaboradas anteriormente. Se os dados comparados forem por demais divergentes, deverá ser feito um julgamento para verificação da necessidade em se proceder a uma nova distribuição de mercado.

Procedendo-se da forma recomendada, chega-se a uma projeção final do crescimento no número de residências e negócios das diversas zonas, que em seguida são lançados no formulário Resumo do Mercado de Linhas, em espaços correspondentes.

Calculo da demanda telefônica

Com as estimativas de crescimento do mercado em mãos, pode-se aplicar uma fórmula para o cálculo, por quadrícula, da demanda de linhas telefônicas:

Onde:

D(t) = demanda por linhas telefônicas no ano T

Do = demanda de linhas telefônicas na época da estimativa. No = total de residências e negócios na época da estimativa. N(t) = total de residências mais negócios no ano T.

E = coeficiente de Elasticidade pela renda per-capita característica da zona. R(t) = renda "per-capita" dos moradores da zona.

A aplicação desta fórmula baseia-se na hipótese de que a instalação da linha telefônica seja feita através do autofinanciamento do usuário.

Os resultados obtidos por meio destes cálculos são submetidos a uma análise de consistência, onde condições, como índice de saturação do mercado e comparação com resultados anteriores, são verificadas. Quando a evolução da demanda telefônica é bem característica, como ocorre com zonas residenciais de altíssimo ou muito baixo poder aquisitivo, aplica-se a estimativa semidetalhada.

ESTIMATIVA BÁSICA DE MERCADO

DEMANDA NA DATA DO ESTUDO ESTIMATIVA DE MERCADO

RES NEG. TOTAL DEZEMBRO 20__

Exis. Insc.

Pot. Total Exis.

Insc.

Pot. Total Res Neg. Total Res. Neg. Total

1-Nº HABITANTES 2-MERCADO 3-LINHAS

NORMAIS TRONCOS T. P PRIVADO TOTAL % LIN. MERC. TERM / 100 HABIT 4-TELEFONES

ASSINANTES ACESSOS isdn / dsl PBX

(18)

5-TEL/ MERCADO (%) TEL. 100 HABIT. TEL. Isdn / dsl TOTAL

6-RELAÇOES PORCENT. TEL. PBX

ACESSOS isdn / dsl TEL. LP

TEL. PRIVADO 7-MESAS PARTICUL.

TRONCOS/Callcenter TR/LINHA REG.% TEL. PBX TRON. OBSERVAÇÕES

REDE TELEFÔNICA URBANA: CIDADE

ÁREA ESTAÇÃO LOCAL E DATA

Em zonas tipicamente residenciais de alto poder aquisitivo, regulamentadas por leis de Zoneamento, o desenvolvimento da demanda é bastante previsível, por se conhecer o número máximo de residências que poderão ser construídas na área, facilitando a determinação do limite de saturação da demanda telefônica. Não há, neste caso, a necessidade de se efetuar levantamento de mercado e estudos de projeção que onerariam o projeto.

Nas áreas de baixo poder aquisitivo, poucas são as residências em condições de autofinanciarem uma linha telefônica. Para estas zonas, promovem-se apenas levantamentos e estimativas de crescimento.

As estimativas de mercado e as projeções da demanda dos estudos anteriores são agregadas por quadrícula no formulário "Long Sheet". No caso de futuros estudos, os dados contidos no "Long Sheet”

serão reunidos por quadriculas.

Os "Long Sheet" referentes a uma mesma área de central, são por sua vez, reunidos em um formulário único, aqui chamado Estimativa Básica de Mercado, e cujo exemplo foi apresentado na planilha acima.

Método de localização de demanda por áreas socioeconômicas

O método consiste na localização da demanda para várias áreas socioeconômicas da cidade, baseada nas unidades residenciais e não residenciais pertencentes a cada uma delas, pela ocupação futura dos lotes vagos e nos estudos econométricos realizados visando determinar a evolução das mesmas.

Cadastramento

Consiste no levantamento em campo de todas as edificações e lotes vagos da cidade, além dos loteamentos aprovados e em estudos.

Deve ser feita a identificação de ruas, avenidas, praças, rios, córregos, lagos e edifícios públicos, além de serem indicadas as fachadas dos edifícios e casas existentes nos respectivos lotes com a numeração e codificação correspondente a cada uma das edificações.

No mapa da cidade na escala 1:5000, subdividido em quadrículas, na escala 1:1000, são anotadas as fachadas das edificações e os lotes vagos, com indicação de seus limites.

Para a elaboração do cadastramento é necessária uma codificação uniformizada. Os lotes vagos recebem a designação L.V. Os edifícios recebem um Índice da forma (X + Y), onde:

X = número correspondente à quantidade de unidades não residenciais do edifício. Y = número indicativo da quantidade de unidades residenciais da edificação.

Notar que a soma X + Y é composta por duas parcelas que formam um par ordenado e cuja inversão provoca erro grave.

No caso de Y=0 (nenhuma residência) é aconselhável a anotação dos nomes dos estabelecimentos.

As equipes de pesquisadores técnicos utilizados para cadastramento tem sua quantidade definida pelo tamanho da cidade a ser cadastrada.

(19)

numeração e respectiva codificação. Cuidados especiais devem ser tomados com numeração dupla das residências e com a codificação (X + Y) que não pode ser invertida.

Eventuais erros na denominação de logradouros devem ser corrigidos e denominações inexistentes devem ser acrescentadas. Os órgãos municipais responsáveis pela aprovação de loteamento deverão ser consultados, de forma que possam ser incluídos na planta geral da cidade e nas respectivas quadriculas, aqueles que já estão aprovados ou em estudo para aprovação e que ainda não constam da planta em questão.

Classificação de edificações

Terminado o cadastramento, a equipe volta ao campo para fazer a classificação das edificações numa das seguintes categorias:

RA - Residência ótima RB - Residência boa RC - Residência regular RD - Residência fraca

NA - não residencial de grande porte NB - não residencial de bom porte NC - não residencial de porte regular ND - não residencial de pequeno porte NE - não residencial de porte fraco

Na avaliação dos edifícios, de forma a inclui-lo em uma das categorias, devem ser observados os seguintes itens: existência de garagem, tamanho da fachada, conservação, área aproximada, acabamento externo, etc.

Durante a fase de avaliação é necessário fazer também uma aferição do cadastramento, corrigindo possíveis distorções ocorridas. A distribuição de quadrículas, neste caso, deve ser feita de maneira que o pesquisador que efetuar o cadastramento numa dada quadrícula não faça a classificação das edificações da mesma.

Divisão em áreas socioeconômicas

Com base, no cadastramento e na classificação das edificações a cidade pode ser dividida em diferentes áreas de estrutura socioeconômica, segundo o seu poder, que é dimensionado por estudos econométricos, alicerçados em dados dos órgãos competentes, fixando-se a taxa de crescimento das edificações residenciais e da renda per-capita.

Para os cálculos da taxa de crescimento, são levados em conta, os vários fatores que possam influenciar no desenvolvimento da área:

9 Nível de saturação de edificações na área.

9 Restrições da lei do zoneamento.

9 Empreendimentos de porte.

9 Estrutura econômica da área

Localização dos assinantes

Simultaneamente a divisão da cidade em áreas socioeconômica, é locada em planta os assinantes existentes e em carteira, fornecidos pelo Departamento Comercial da concessionária, por ordem alfabética de logradouro. Com as estimativas de crescimento do mercado em mãos, pode-se calcular a demanda de linhas telefônicas por área socioeconômica da forma como foi descrito no cálculo da demanda.

Método de avaliação baseada na qualidade da habitação

Quando da ausência de uma demanda explícita pela existência de listas de espera com confiabilidade questionável, é possível, para uma região em estudo, tentar uma avaliação com base na qualidade da habitação.

(20)

elementos aparentes de status, etc. O índice é tão mais alto quanto os moradores dedicam ou dedicaram em recursos, para satisfazer as suas necessidades de "habitat".

Um estudo efetuado em 10 pequenas cidades francesas mostrou a existência de uma relação, quase linear, entre a escala das superfícies ponderadas e a propensão a demandar telefones.

Para o caso francês, a quantidade de demanda varia com o índice de ponderarão por meio de uma correlação sempre superior a 0,9. Comparações entre cidades de porte semelhante mostram que as razões entre as quantidades demandadas e o número de famílias, podiam ser intercambiadas com erros menores que 1% o que pode simplificar extraordinariamente os trabalhos de avaliação da demanda. Em pesquisa de intenção, verificou-se uma correlação muito estreita com os padrões habitacionais (0,95).

Para aplicação do método devemos adotar uma tabela de padrões de construções, dividir os padrões em faixas, relativamente a área construída e atribuir índices esperados de terminais (porcentagens) para cada faixa.

TABELA DE PADRÕES DE CONSTRUÇÃO 1- PRÉDIOS DESTINADOS Ã HABITAÇÃO HORIZONTAL

11- Baixo 12- Normal 13- Alto

2- PRÉDIOS DESTINADOS Â HABITAÇÃO VERTICAL

21- Baixo 22- Normal 23- Alto

3- COMÉRCIO HORIZONTAL

31- Baixo 32- Normal 43- Alto

4- COMÉRCIO VERTICAL

41- Baixo 42- Normal 43- Alto

5- INDUSTRIA

51- Baixo 52- Normal 53- Alto

6- ARMAZÉNS GERAIS, DEPÓSITOS E OFICINAS.

61- Baixo 62- Normal 63- Alto

7- EDIFICAÇÕES ESPECIAIS

71- Baixo 72- Normal 73- Alto

Para melhor compreensão do processo, tomemos como exemplo o padrão 11, que é o padrão de prédios destinados à habitação horizontal, estima-se que na faixa 01 (até 72 m2 de área construída), apenas 5% das habitações comportam telefone, na faixa 02 porcentagem sobe a 70% e nas demais residências do padrão possível esperar 1 terminal por célula residencial. Obtemos assim um subtotal referente ao padrão 01. O procedimento análogo para os demais padrões, leva a obtenção dos subtotais relativos a cada um dos padrões envolvidos. A soma desses valores fornece a demanda esperada de terminais para a cidade em estudo.

A utilização deste método para obtenção da demanda de terminais telefônicos residenciais pode sofrer alguns desvios, por não se poder desprezar o fato de que, grande parte das residências brasileiras, foi adquirida mediante financiamento, o que contribui substancialmente para diminuir a renda familiar líquida e assim a possibilidade de aquisição de telefone.

O endividamento das famílias brasileiras evolui em termos absolutos, o que poderia evidenciar um aumento da renda familiar, porém informações sobre a concentração de renda devem ser estudadas, para que se possa tirar conclusões sobre o aumento real da renda familiar em geral.

ÍNDICES POR PADRÃO DE CONSTRUÇÃO E ÃREA CONSTRUÍDA Faixa

Padrão

01

Até 72 m2 73 a 150m02 2 151 a 300 M03 2 301a 500M04 2 500 a 1000 m05 2 > 1000 m06 2

11 0,05 T 0,7 T 1 T 1 T 1 T 1 T

12 0,2 T 0,7 T 1 T 1 T 1 T 1 T

13 1 T 1 T 2 T 2 T 2 T 2 T

(21)

22 0,2 T 0,8 T 1 T 1 T 2 T 2 T

23 1T 1 T 1 T 2 T 2 T 2 T

31 0,8 T 2 T 2 T 2 T 2 T 2 T

32 0,9 T 1 T 2 T 2 T 3 T 3 T

33 2 T 4 T 4 T 4 T 4 T 4 T

41 1 T 2 T 2 T 2 T 2 T 2 T

42 1 T 2 T 2 T 3 T 3 T 3 T

43 2 T 3 T 3 T 4 T 4 T 4 T

51 1 T 1 T 2 T 2 T 3 T 3 T

52 1 T 2 T 2 T 4 T 4 T 5 T

53 2 T 2 T 2 T 3 T 3 T 5 T

61 1 T 1 T 2 T 2 T 2 T 2 T

62 1 T 1 T 2 T 2 T 2 T 2 T

63 2 T 2 T 2 T 2 T 2 T 2 T

71 1 T 1 T 1 T 1 T 1 T 1 T

72 1 T 1 T 1 T 1 T 2 T 2 T

73 3 T 3 T 3 T 3 T 3 T 3 T

O endividamento, médio do brasileiro, atualmente ultrapassa os 115 % da renda liquida. Neste caso ocorreu um aumento da proporção do endividamento imobiliário, em detrimento do endividamento para compra de bens duráveis.

Embora o número de terminais não residenciais e troncos, não seja influenciado por este endividamento familiar, o mesmo contribui para estreitar o mercado de terminais telefônicos.

A atual filosofia de atendimento do mercado introduz outra limitação ao método, uma vez que a política de autofinanciamento restringe as quantidades, tendo em vista que o Brasil ocupa, o incômodo primeiro lugar quanto ao "custo de se ter" um telefone muito embora o custo associado a assinatura básica seja razoavelmente baixo.

Método de avaliação da demanda baseado no PIB

Em geral a principal característica dos sistemas telefônicos, em todas as partes do mundo, é que eles se expandem continuamente. O número de assinantes nas listas de espera nesses países não está aumentando, caracterizando a ausência de demanda reprimida pela oferta. Evidenciam-se as diferenças no desenvolvimento da densidade telefônica para os vários países. Esta tendência poderá algumas vezes ser tão uniforme, quanto aquela demonstrada pelo crescimento do PIB (total ou per-capita). Se este for o caso, a evolução do PIB será uma das variáveis mais importantes a influenciar a demanda telefônica.

Praticamente, além disso, pode-se utilizar uma projeção gráfica para obtenção da demanda futura, por exemplo, uma reta de tendência, baseada no desenvolvimento histórico da demanda. Como os países mais desenvolvidos em telecomunicações apresentam um crescimento de demanda não linear, mas aproximando-se de uma curva exponencial, torna-se usual plantar a demanda histórica numa escala logarítmica. Se no passado a demanda cresceu uniformemente, os dados plotados determinarão uma linha reta que pode ser obtida através do método dos mínimos quadrados e estendida para períodos futuros. A projeção poderá então ser comparada com o crescimento histórico de um outro país.

Relação entre renda per-capita e densidade telefônica

Em um grande número de países o processo de planejamento nacional já obteve uma firme base de controle. A maioria dos países em desenvolvimento são hoje em dia considerados como economias melhor planejadas, do que foram os países industrializados a 20 anos atrás.

Organizações nacionais de planejamento econômico publicam dados referentes aos planos de desenvolvimento econômico, que visam, por meio de cálculos, as perspectivas do crescimento econômico esperado por aquele país especificam, ao fim de certo período. A proporção desse crescimento é avaliada, após se levar em consideração a disponibilidade dos fatores de produção, tais como:

9 Mão-de-obra,

9 Recursos naturais,

9 Capital e progresso tecnológico.

(22)

Através de estudos realizados em vários países, verificou-se que a densidade telefônica, em geral, aumentou com o aumento da renda per-capita, a forma exata de como esse aumento ocorre deve, porém, ser melhor analisada.

Antes de se tentar estabelecer a relação entre renda per-capita e densidade telefônica é importante um estudo da expansão das séries de tempo de cada uma das variáveis envolvidas, Os dados deverão, então ser projetados num diagrama de dispersão, para verificar se realmente as variáveis sofrem variações em conjunto e neste caso, qual a lei que rege a relação entre as duas, de forma a se obter o tipo de equação a ser empregada para a estimativa da relação real.

Em geral a relação entre densidade telefônica e renda per-capita é linear em termos logarítmicos. A equação regressiva de cálculos pode ser expressa pela fórmula:

log D(t) = log A + b log R(t)

Onde:

D (t) = densidade telefônica na data t R(t) = renda per-capita na data t.

Log A e b são constantes e devem ser determinados pelo método dos mínimos quadrados para cada país, com base em seus dados históricos próprios. A equação poderá, então, ser usada para propósitos projetivos.

Note-se que a constante b, coeficiente angular da reta, nos diz em quanto à densidade telefônica aumenta pela ocorrência de um incremento na renda per-capita, sua grandeza é independente das unidades pelos quais as variáveis envolvidas são medidas.

Se o valor numérico de b é igual 1, podemos dizer que a densidade telefônica cresce exatamente proporcional a renda per-capita, ou seja, numa escala (log x log) teríamos uma reta bissetriz dos eixos. Caso "b" seja maior que 1 teremos o crescimento da densidade telefônica mais rápido que a renda per-capita.

Método dos Mínimos Quadrados

Visando a obtenção da melhor curva de ajustamentopara um dado estudo que envolve um grande número de dados, foi necessário instituir uma definição dentro das possibilidades.

Consideremos a figura 10 na qual os dados estão representados pelos pares (x1,y1, (x2/y2) ••• (xn,yn). Uma

curva C pode ser traçada na tentativa de que a mesma espelhe o melhor ajustamento entre os pontos dados.

Figura 10: Curva de ajustamento.

Para um dado valor de X, haverá uma diferença D entre o valor de Y e o valor correspondente determinado na curva C. As diferenças Di estão

representadas na figura 10 e são designadas como desvio, erro ou resíduo, podendo ser negativas, positivas ou nulas.

Uma medida da qualidade de ajustamento da curva C aos dados apresentados (aderência) é proporcionada pela quantidade D12 + D22 + D32+ ... + Dn2. Se ela é,

pequena o ajuste é bom, se ela é grande ajustamento é ruim. Pode-se, portanto adotar a seguinte definição:

"De todas as curvas que se ajustam a um conjunto de pontos, a que tem a propriedade de apresentar o mínimo valor de D1

2

+ D2 2

+ D3 2

+ ... + Dn 2

é denominada, a melhor curva de ajustamento. Esta curva é denominada curva de mínimos quadrados”.

Imagem

Figura 1 – Crescimento da demanda dos serviços de  telecomunicações.
Figura 2a: Evolução dos investimentos em  telecomunicações públicas, no mundo.
Figura 3: Base de acessos de telecomunicações. Cerca de 1.100 milhoes de  acessos instalados em 1995
Figura 4 - Fluxograma de Demanda
+7

Referências

Documentos relacionados

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for

Outras possíveis causas de paralisia flácida, ataxia e desordens neuromusculares, (como a ação de hemoparasitas, toxoplasmose, neosporose e botulismo) foram descartadas,

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

3.3 o Município tem caminhão da coleta seletiva, sendo orientado a providenciar a contratação direta da associação para o recolhimento dos resíduos recicláveis,

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

No final, os EUA viram a maioria das questões que tinham de ser resolvidas no sentido da criação de um tribunal que lhe fosse aceitável serem estabelecidas em sentido oposto, pelo

Taking into account the theoretical framework we have presented as relevant for understanding the organization, expression and social impact of these civic movements, grounded on

A análise mostrou a oportunidade de (i) adoção de uma estratégia de planejamento que reflita um modelo sustentável de desenvolvimento que inclua decisões sobre o futuro da Amazônia