• Nenhum resultado encontrado

38 16 20 FIGURA 17 Parâmetros de caracterização dos blocos de aligeiramento

IV – ESTRUTURA RESISTENTE

LA 4 38 16 20 FIGURA 17 Parâmetros de caracterização dos blocos de aligeiramento

Laura Santos Página 87

DEFINIÇÃO DE PORMENORES CONSTRUTIVOS

A nível de planeamento de trabalhos, viria a ser conveniente que as lajes de escadas fossem betonadas, não juntamente com as lajes de piso, mas sim posteriormente. Assim, o perímetro da laje de pavimento que confina com a laje de escadas foi cofrado e foram deixados varões ligados à laje de piso com o comprimento de amarração necessário à ligação com a respectiva armadura da laje de escadas.

Esta solução foi tida em conta no planeamento da obra sendo consensual entre o empreiteiro e fiscalização.

COLOCAÇÃO DE ARMADURAS

FIGURA 18 - Pormenor das armaduras do tarugo

Laura Santos Página 88 A colocação das armaduras respeitou criteriosamente o projecto de estabilidade. Como foi atrás referido, a armadura de nervuras seria constituída superiormente por 2 Φ 12 e nas zonas maciças as armaduras são as seguintes: 5 Φ 12 /m.

Na lâmina de compressão, seria ainda colocada rede de malha electrossoldada, tendo como principal objectivo a degradação e dissipação de eventuais cargas concentradas resultantes da normal utilização da estrutura.

CONTROLO DE FISCALIZAÇÃO

FIGURA 20 - Pormenor de laje maciça

Laura Santos Página 89 Quarenta e oito horas antes da data prevista de betonagem, a entidade Fiscalizadora foi informada que os trabalhos estariam concluídos, e que a obra estaria pronta para inspecção. Nas vinte e quatro horas prévias à betonagem, a obra viria a ser fiscalizada, com especial incidência nos seguintes pontos:

• Segurança geral; • Armaduras resistentes; • Escoramento.

No que toca à segurança geral da obra nada houve a apontar digno de registo. Ficaria, contudo acordado, que após descofragem dos topos da laje seriam colocados guarda-corpos em todo o seu perímetro.

No que concerne às armaduras resistentes, foi feita, por parte da fiscalização, uma chamada de atenção aquando da inspecção do primeiro piso no que diz respeito aos varões que serviriam de amarração à laje de escadas não terem o comprimento suficiente e por isso foram substituídos.

No que diz respeito ao escoramento, este foi rectificado e aquando da inspecção tinham sido reforçado e estava de acordo com as indicações do fabricante, ou seja a distância entre prumos definitiva era de metro numa direcção e de dois metros na direcção perpendicular.

BETONAGEM

Como referido a betonagem de cada laje foi realizada em simultâneo com a betonagem das vigas. A betonagem foi realizada no menor tempo possível devido à ocupação da via pública e em condições de segurança. A correcta execução da betonagem depende em grande parte da maior exactidão da cubicagem do betão para que não haja falhas no fornecimento, nem desperdícios de material. A cubicagem foi de 10m3 de betão para cada piso (incluiu o material necessário ao enchimento das vigas). A execução de toda a estrutura foi realizada a temperaturas médias que rondaram os 14ºC.

Laura Santos Página 90

FIGURA 22- Betonagem da laje

Os trabalhos de betonagem foram realizados com o auxílio de uma auto-bomba e um camião betoneira posicionados na via pública, o que exigiu presença policial no local de estacionamento do camião. Nos dois primeiros pisos a betonagem das lajes foi um tanto complicada uma vez que a imposição de manutenção da fachada dificultou o alcance do braço-mangueira uma vez que o seu acesso era feito pelos vãos existentes na fachada mantida. A mão-de-obra requisitada para as betonagens das lajes foi de 3 homens da equipa de betonagem e vibração e mais dois manobradores da auto-bomba e camião betoneira.

LAJES DE ESCADAS

O processo construtivo aplicado nas lajes de escada foi semelhante ao realizado para outros pavimentos.

COLOCAÇÃO DE ARMADURAS E BETONAGEM

A colocação das armaduras respeitou criteriosamente o projecto de estabilidade. As lajes de escadas foram executadas como indicado nas peças desenhadas apresentadas no anexo II (folha 07).

Laura Santos Página 91 A sua betonagem foi realizada no mesmo dia que a betonagem da laje de piso seguinte, ou seja a laje de escadas de acesso ao 1.º piso foi betonada no seguimento da betonagem da laje do 2.º piso e assim sucessivamente.

V – SEGURANÇA

Actualmente, a segurança, saúde e a garantia da integridade física de todos os intervenientes na indústria da construção é uma preocupação crescente. A prática da construção envolve um vasto, e diversificado, conjunto de actividades, cada uma com as suas especificações e riscos inerentes à sua prática.

A segurança dos intervenientes nesta indústria depende da prevenção dos riscos. Uma correcta prevenção passa pela minimização das consequências dos riscos ou, sempre que possível, pela sua eliminação. A prevenção implica um conjunto de acções em todas as fases da realização de um empreendimento, sendo particularmente relevante o envolvimento efectivo de todos os intervenientes que, directa ou indirectamente, participam no processo da construção.

A construção civil é reconhecidamente uma actividade com elevado índice de sinistralidade laboral. Esta sinistralidade é provocada essencialmente pela falta de cuidado e planeamento, sempre sem esquecer o risco inerente a grande parte das actividades envolvidas na construção.

Os princípios gerais de prevenção constituem, o núcleo central da metodologia da prevenção constante na Lei 102/2009 de 10 de Setembro, e de seguida se enunciam:

Laura Santos Página 92

“a) Identificação dos riscos previsíveis em todas as actividades da empresa, estabelecimento ou serviço, na concepção ou construção de instalações, de locais e processos de trabalho, assim como na selecção de equipamentos, substâncias e produtos, com vista à eliminação dos mesmos ou, quando esta seja inviável, à redução dos seus efeitos;

b) Integração da avaliação dos riscos para a segurança e a saúde do trabalhador no conjunto das actividades da empresa, estabelecimento ou serviço, devendo adoptar as medidas adequadas de protecção;

c) Combate aos riscos na origem, por forma a eliminar ou reduzir a exposição e aumentar os níveis de protecção;

d) Assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos e aos factores de risco psicossociais não constituem risco para a segurança e saúde do trabalhador;

e) Adaptação do trabalho ao homem, especialmente no que se refere à concepção dos postos de trabalho, à escolha de equipamentos de trabalho e aos métodos de trabalho e produção, com vista a, nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o trabalho repetitivo e reduzir os riscos psicossociais;

f) Adaptação ao estado de evolução da técnica, bem como a novas formas de organização do trabalho;

g) Substituição do que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;

h) Priorização das medidas de protecção colectiva em relação às medidas de protecção individual;

i) Elaboração e divulgação de instruções compreensíveis e adequadas à actividade desenvolvida pelo trabalhador.”

Laura Santos Página 93

15.º Artigo da Lei 102/2009 de 10 de Setembro

Em termos gerais, estes princípios estabelecem a metodologia da prevenção, fornecendo-lhe implicitamente uma estrutura em que se devem destacar as seguintes etapas:

 Análise de riscos:

o Eliminar os perigos;

o Avaliar os riscos não evitados.  Controlo dos riscos:

o Combater os riscos na origem;

o Adaptar o Homem ao trabalho;

o Atender ao estado da evolução da técnica,

o Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;

o Planificar a prevenção.  Controlo pela protecção:

o Dar prioridade à protecção colectiva face à protecção individual. A legislação actual em vigor define como:

 Acidente grave: todo o acidente que produza perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho. (que implica a perda de pelo menos um dia de trabalho) ou de morte.

 Acidente ligeiro: todo o acidente que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza directa ou indirectamente lesão corporal (que não implique a perda de um dia de trabalho).

No decorrer dos trabalhos apenas ficaram registados pequenos ferimentos resultantes de acidentes ligeiros nomeadamente pequenas escoriações e nódoas negras.

Laura Santos Página 95

CONCLUSÃO

Os conhecimentos adquiridos ao longo do meu processo curricular, bem como todas as orientações e pesquisas ao longo do estágio que aqui termina permitiram desenvolver o presente relatório, o que demonstrou ser de grande enriquecimento profissional pois permitiu-me adquirir uma excelente base, na perspectiva da engenharia civil, no que diz respeito ao conhecimento prático nesta área.

O presente relatório não é mais que o resumo das actividades realizadas em seis curtos meses de estágio, que embora me tenham permitido uma primeira abordagem à prática da Engenharia Civil adquiriram particular relevância no que diz respeito à minha preparação para entrar no mundo desta tão vasta profissão, com a autoconfiança e coragem necessária à sua prática, sempre sem esquecer a responsabilidade e relevância de todas as minhas atitudes durante todo o processo.

Laura Santos Página 96

BIBLIOGRAFIA

Decreto-lei n.º 220/2008 de 12 de Novembro (Estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edifícios).

Portaria n.º 1532/2008 de 29 de Dezembro (Regulamento técnico de segurança

contra incêndio em edifícios).

Portaria n.º 64/2009 de 22 de Janeiro (Estabelece o regime de credenciação de entidades para a emissão de pareceres, realização de vistorias e de inspecções das condições de segurança contra incêndio em edifícios).

Lei n.º 102/2009 de 10 de Setembro (Regulamenta o regime jurídico da promoção e prevenção da segurança e da saúde no trabalho).

Decreto-lei n.º50/2005 de 25 de Fevereiro (Regulamenta as prescrições mínimas de segurança e saúde dos trabalhadores na utilização de equipamentos de trabalho)

Portaria n.º 987/93 de 6 de Outubro (Transposição das normas técnicas da directiva 89/654/CEE)

Ferry do Espírito Santo Borges, Júlio; Vieira Anastácio Monteiro, Vítor Manuel. (1983). “Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado”, Porto Editora. Pré-Norma Europeia ENV 1992-1-1:1991 (1991), “Eurocódigo 2: Projecto de

Laura Santos

Laura Santos

Laura Santos

m cm cm m kN/m2 kN/m2 kN/m2 kNm/m kN/m kNm/m kN/m kN/m Designação kNm/m kN/m kNm/m kNm2/m mm mm Hz cm2/m Nº cm2 cm2/m LA1 6,00 20 4 0,5 4,00 2,50 2,00 0,3 8,0 57,4 38,3 32,0 19,5 6,02P3R-BL23X20-24 81,3 63,2 44,3 23457 14,5 1,4 8,2 2,55 2 5,45 1,61 LA1* 5,65 20 4 0,6 3,50 2,50 2,00 0,3 8,0 47,9 33,9 26,3 17,0 5,72P3R-BL38X20-24 62,4 50,2 34,6 19800 12,5 1,3 8,9 1,86 2 3,74 1,36 LA2 6,50 28 3 0,5 4,48 2,50 2,00 0,3 8,0 71,1 43,8 40,0 22,7 6,52P3R-BL23X25-28 98,5 75,4 56,2 35715 14,0 1,3 8,3 1,98 3 3,42 1,33 LA2* 6,20 25 5 0,6 3,74 2,50 2,00 0,3 8,0 59,4 38,3 32,9 19,3 6,22P3R-BL38X20-25 65,6 52,5 37,0 22740 16,3 1,7 7,7 1,45 3 2,40 1,29 LA3 6,00 20 3 0,5 3,76 1,50 5,00 0,3 8,0 69,3 46,2 30,4 15,8 15,02P3R-BL23X20-23 76,7 60,3 41,0 20193 14,4 4,2 8,5 2,38 2 5,08 1,99 LA3* 5,60 20 3 0,6 3,26 1,50 5,00 0,3 8,0 57,4 41,0 24,5 13,3 14,02P3R-BL38X20-23 59,2 48,0 32,1 16969 11,9 3,8 9,4 1,75 2 3,49 1,67 LA4 6,50 28 3 0,5 3,78 1,50 5,00 0,3 8,0 81,4 50,1 35,8 17,2 16,32P4A-BL38X25-28 87,4 56,6 47,8 29600 13,6 3,9 8,7 1,73 3 2,99 1,54 LA4* 6,20 25 5 0,6 3,75 1,50 5,00 0,3 8,0 73,9 47,7 32,4 16,3 15,52P4A-BL38X20-25 75,9 52,5 40,4 22823 14,5 4,2 8,4 1,71 3 2,83 1,64 LC1 6,05 21 5 0,5 3,43 0,80 2,00 0,0 8,0 42,8 28,3 19,4 12,8 6,12P3R-BL23X16-21 68,2 55,1 35,5 16309 13,6 2,1 8,3 1,93 3 3,11 1,09 LC1* 5,65 20 4 0,6 2,98 0,80 2,00 0,0 8,0 34,6 24,5 15,1 10,7 5,72P3A-BL38X16-20 44,5 41,6 23,3 11764 12,8 2,3 8,6 1,27 2 2,54 0,95 LC2 6,25 20 3 0,6 3,26 0,80 2,00 0,0 8,0 44,4 28,4 19,8 12,7 6,32P3R-BL38X20-23 59,2 48,0 32,1 16969 14,3 2,3 8,1 1,75 3 2,92 1,25 LC2* 5,60 20 3 0,6 2,98 0,80 2,00 0,0 8,0 34,0 24,3 14,8 10,6 5,62P3A-BL38X16-20 44,5 41,6 23,3 11764 12,3 2,2 8,8 1,27 2 2,52 0,93

N. B. - As lajes poderão ser executadas com outra marca de pavimentos com características equivalentes, ou seja: a) os valores dos esforços resistentes, dados pelo respectivo DOCUMENTO DE HOMOLOGAÇÃO (LNEC), igualam ou excedem os esforços solicitantes; b) os pavimentos têm iguais espessuras totais

freq>5Hz fs0<L/1000

Documentos relacionados