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Fonte: Print da publicação da​ Salon Line ​ no ​Instagram​ retirado em 18 de novembro de 2019. Disponível em: <https://www.instagram.com/p/BtoAja4AhXK/>.

Na figura 12, a publicação da ​digital influencer​Juliana Louise com a legenda “A @julianalouiise ama o cheirinho ma-ra-vi-lho-so e duradouro da Geleia Xô, FRIZZ! Vinagre de Maça! E você, migs, também está in love por essa fragrância conquistadora? ​#Repost @julianalouiise with ​@get_repost ・・・ A make de hoje pra combinar com minha best Geleia de Vinagre de Maçã da ​@salonlinebrasil ✨ ​#jujubasdaju ​#salonline ​#todecacho #salonline​” ​com a curvatura do tipo 3b (cacheado), teve um total de 8.333 pessoas curtindo.

Apesar da curvatura ser igual a da Steffany Borges, há uma notável diferenciação de fibra capilar, podendo abranger pessoas que possuem o cabelo semelhante. Juliana possui o cabelo mais fino, volumoso e frizzado, possivelmente devido a coloração.

Dentro das 4 publicações analisadas acima do período de fevereiro, é possível identificar o alcance pessoal que cada publicação terá no espectador com o cabelo cacheado ou crespo, pois houve uma grande variação de modelos, mesmo que a maior aparição seja de

um padrão de cacho mais definido e brilhoso sendo apenas uma das modelos com o cabelo

fora do parâmetro de beleza do cabelo natural. Destaca-se também que o número de curtidas em um cabelo logo, definido e

brilhoso é exorbitantemente maior do que de um cabelo crespo e volumoso, tendo uma

diferença de até 10 mil curtidas na publicação, comprovando que o nível de aceitação do

cacho é superior ao crespo. É previsível que as mulheres compartilhem sentimentos de liberdade, aceitação e

identidade cada vez mais, aumentando o estímulo de suas autoestimas, promovendo o

exercício do amor próprio. Nessa perspectiva, a análise de conteúdo foi feita com publicações

na classe de ​digital influencers​, por ocorrer um sentimento de descontração com o público,

levando aos mais genuínos engajamentos. 5.1 IDENTIDADE, ACEITAÇÃO E LIBERDADE A identidade negra que é construída, evidentemente, desde o nascimento , sendo 9

nesse processo educativo, de acordo com Gomes (2003, p. 40), “que aprendemos e

compartilhamos não só conteúdos e saberes escolares, mas, também, valores, crenças e

hábitos, assim como preconceitos raciais, de gênero, de classe e de idade.” A autora

complementa: (...) a identidade negra se constrói gradativamente, num processo que envolve

inúmeras variáveis, causas e efeitos, desde as primeiras relações estabelecidas no

grupo social mais íntimo, em que os contatos pessoais se estabelecem permeados de

sanções e afetividade e no qual se elaboram os primeiros ensaios de uma futura visão

de mundo. Geralmente tal processo se inicia na família e vai criando ramificações e

desdobramentos a partir das outras relações que o sujeito estabelece. (GOMES, p.

171, 2003) A cor da pele e o cabelo afro são os dois pontos que marcam uma identificação

racial, sobretudo o cabelo, pois “carrega uma forte marca identitária e, em algumas situações,

é visto como marca de inferioridade” (GOMES, 2003, p. 173). Esse entendimento é

9 Como se sabe na sociedade brasileira, esses problemas se iniciam na família e se ramifica na comunidade,

dificultoso por implicar numa reflexão interna e externa, onde os negros se encontram em uma sociedade em que historicamente foi levado a negar sua identidade para ser aceito.

A identidade negra notada nos cabelos foi objeto de preconceito estabelecido no seio da sociedade brasileira. Todavia, há um movimento nas redes sociais que permite que os cabelos afros se apresentem, sejam valorizados e sejam representados.

A corporeidade do ser humano não vem só de fatores biológicos, mas também de questões éticas e morais, pois “a forma de manipular o corpo, os sinais nele impressos e o tipo de penteado podem significar hierarquia, idade, símbolo de status, de poder e de realeza entre sujeitos de um mesmo grupo cultural ou entre diferentes grupos” (GOMES, 2003, p. 79).

Neste sentido, a sociedade utiliza artifícios para afetar a autoestima da pessoa negra, julgando aspectos ditos “negróides” como cabelo crespo, nariz largo, boca carnuda, entre outros, perpetuando o racismo vindo desde o começo da humanidade, dificultando o processo de aceitação, como Gomes (2003) explica:

Sabendo que a identidade negra em nossa sociedade se constrói imersa no movimento de rejeição/aceitação do ser negro, é compreensível que os diferentes sentidos atribuídos pelo homem e pela mulher negra ao seu cabelo e ao seu corpo revelem uma maneira tensa e conflituosa de “lidar” com a corporeidade enquanto uma dimensão exterior e interior da negritude. (GOMES, p. 80, 2003)

A liberdade é sinal de diversas formas de cercear os modos de apresentar os cabelos a que as mulheres negras foram submetidas. Como dito em alguns momentos dessa monografia, a necessidade de encaixar os cabelos afros em um padrão eurocêntrico acabaram aprisionando a expressão de várias mulheres negras. No entanto, há formas de vergar esse cerceamento e trazer à tona alguma liberdade.

O conceito de liberdade para pessoas negras é algo altamente complexo, visto que, mesmo com a abolição da escravatura, os afrodescendentes permanecem sofrendo preconceitos como na escravidão. Por isso, uma das formas de “lidar” com esse fato é comemorando a liberdade, sendo “gestos políticos que contribuem para preservar a memória coletiva e para reafirmar o compromisso dos afrodescendentes com a liberdade e com a igualdade de direitos” (ZUBARAN, 2008). O jornal O Exemplo, de final do século XIX,

apresenta desse modo as sensações após o fim da escravidão : “Os fatos têm demonstrado 10

que a liberdade surgida a 13 de maio de 1888 para a parte do povo diretamente interessada

dos seus efeitos, é um verdadeiro mito, que não passava de uma ficção deslumbrante sem o

proveito material e moral para os seus descendentes” (O EXEMPLO, 1910, p. 1). A partir do momento em que o negro tem o sentimento de pertencimento a sua

própria identidade, a liberdade se torna algo além do que foi a abolição da escravatura, pois a

libertação também é de si mesmo como forma de eternizar seus descendentes. Sendo assim,

“as memórias da liberdade negra não aparecem mais referenciadas no passado, mas passam a

ter como referência as condições do presente e a defesa dos direitos dos afrodescendentes

como cidadãos brasileiros” (ZUBARAM, 2008, p. 181-182). Ser uma pessoa negra é diariamente resistir. O racismo é tanto explícito quanto

também velado, no qual pode te impedir de ter um emprego decente ou até mesmo viver em

condições precárias de vida apenas por ter nascido negro, nos levando as considerações finais. 10 ​As evidências deste estudo originam-se dos relatos das lideranças negras no jornal O Exemplo, editoriais e

artigos comemorativos do 28 de setembro e do 13 de maio, na última década do século XIX e primeira década do século XX em Porto Alegre.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme a mulher negra se torna visível em campanhas publicitárias, o nível de

aceitação de sua identidade tende a aumentar consideravelmente quando se explicita a mulher

“real”, como também leva a um padrão de cacho perfeito. O que chamamos de mulher “real”

aqui está em nossa reafirmação do papel da construção de uma identidade estética negra que

se comunique com mulheres negras, que fale diretamente a seus anseios e possa auxiliar na

reabilitação de sua autoestima, muito combalida por uma História inteira de desprestígio social. Ao longo dessa pesquisa, notamos como é necessária a apresentação, a

valorização e a conscientização das mulheres negras sobre a força de sua identidade, e como

isso é importante para reparar dinâmicas sociais que confinam e invisibilizam as pessoas

negras. Afirmar a pele, o cabelo, os rituais e as características da negritude são estratégias

importantes para empoderar e conformar resistência do povo negro dentro de espaços

dominados pela branquitude e ocidentalização, conceitos que falamos ao longo do texto. As campanhas aqui analisadas trazem consigo a manifestação da potencialidade

da identidade negra, comunicadas em uma chave atual e que fala a uma geração voltada para a

conscientização e a reformulação de certas práticas sociais, embora essa militância esteja

pautada em elementos do mercado e do capitalismo, muitas vezes. Mas como a narrativa

capitalista é um dos principais meios de comunicação e reconstrução dos costumes na

sociedade contemporânea, essa etapa de valorização dos corpos subalternos deve ser analisada

criticamente e louvada, quando consegue representar estratos sociais até então dissociados dos

centros de poder. O objetivo crítico deste trabalho foi demonstrar como a comunicação para um

público alvo minoritário têm papel importante na construção do empoderamento desses grupos subalternos. Criando relações intrínsecas entre as vivências de seu público-alvo,

constantemente relegado a atender expectativas sociais que não correspondem às suas

identidades, e falando a essa população de modo direto e atingindo os afetos, a marca aqui em

questão demarca seu espaço político e social. O empoderamento feminino negro deve ser encorajado e tratado nas mídias, por

ser o local onde a informação é propagada de forma rápida e eficiente, ajudando no processo

publicitários que entrarem no mercado venham com a proposta de mudar o que é padrão, dado que a sociedade está em constante evolução e precisamos acompanhar tal progresso. Os cabelos, símbolo de força e expressão, dizem a nós muito mais do que pensamos. Há neles de uma só vez liberdade, identidade, ancestralidade e história.

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Print da publicação da Salon Line​. Acesso em 18 de novembro de 2019. Disponível em: <​https://www.instagram.com/p/Btjtz-UgT3l/​>.

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