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3 METODOLOGIA DE PESQUISA UTILIZADA

3.1 Fonte de dados e amostra

A presente pesquisa utilizou como fonte de dados a pesquisa PINTEC para dados de inovação e a pesquisa PIA para dados de desempenho. Ambas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Para obter acesso aos dados de ambas as pesquisas foi necessária a submissão de um projeto de pesquisa a avaliação do IBGE e, após aprovação, o acesso aos dados foi realizado em uma “sala de sigilo” nas dependências do IBGE.

A Pesquisa de Inovação Tecnológica – PINTEC consiste num sistema de informações sobre as atividades de inovação tecnológica das empresas no Brasil. Seu objetivo é construir indicadores setoriais nacionais das atividades de inovação tecnológica pesquisando as empresas industriais brasileiras e as de serviços de alta tecnologia.

O foco da pesquisa é sobre os fatores que influenciam o comportamento inovador das empresas, sobre as estratégias adotadas, os esforços empreendidos, os incentivos, os obstáculos e os resultados da inovação.

Na PINTEC, segundo informações do IBGE, o tamanho da amostra nas indústrias extrativas e de transformação foi fixado em 12 mil empresas e, nos serviços de telecomunicações e informática, em 700 empresas. Já na divisão 73 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE - pesquisa e desenvolvimento - o levantamento foi censitário, cobrindo 42 empresas.

Como a inovação é um fenômeno que não se verifica em todas as unidades selecionadas, realiza-se uma amostra estratificada desproporcional por meio dos seguintes procedimentos:

No cadastro de seleção, são previamente identificadas as empresas que possuem maior probabilidade de serem inovadoras, para aumentar a fração amostral para este subconjunto. Diante da impossibilidade de uma operação de screening, são utilizadas informações oriundas de diversas fontes para gerar indicadores capazes de identificar este subconjunto (banco de dados de patentes e de contratos de transferência de tecnologia, relação de empresas que se beneficiaram de incentivos fiscais para P&D, empresas inovadoras na PINTEC, etc.).

A população é então dividida em três estratos:

a) Estrato certo, formado pelas empresas com 500 ou mais empregados e por aquelas com forte indicação de serem inovadoras, que são incluídas com probabilidade 1 (um) na amostra;

b) Estrato amostrado elegível, onde constam as empresas com indicadores de probabilidade secundária de serem inovadoras;

c) Estrato amostrado não elegível, formado pelas empresas que não possuem nenhum indicador.

A distribuição da amostra é feita de modo que 80% das empresas da amostra são originárias dos estratos elegíveis e 20% dos estratos não elegíveis.

Para assegurar a obtenção de informações em 12.700 empresas e minimizar problemas de coleta que implicam em perdas, estimou-se em 12% a taxa de perda na indústria, enquanto nas atividades de serviços de telecomunicações e informática, a taxa de perda estimada foi de 15%. Assim, o tamanho das amostras originais da Pintec foi aumentado nesta proporção e a distribuição destas 1.545 empresas foi feita proporcionalmente ao tamanho das amostras dos estratos não elegível e elegível.

Com vistas a fornecer estimativas para as atividades econômicas no nível Brasil e, no caso da indústria, também para as Unidades da Federação com 1% ou mais do Valor de Transformação Industrial (VTI) da indústria nacional, em um segundo nível de estratificação da população, foram consideradas explicitamente a localização geográfica e as atividades econômicas. Nos estratos finais, foram considerados também os indicadores de inovação.

Por fim, a seleção da amostra em cada estrato final foi feita de forma independente, com probabilidade de seleção proporcional à raiz quadrada do número de pessoas ocupadas.

Para a indústria, o tamanho final da amostra foi de aproximadamente 13,5 mil empresas com uma fração de 13,5% do universo. No grupo 64.2 (telecomunicações) e na divisão 72 (atividades de informática e serviços relacionados), a amostra foi de 759 empresas, representando uma fração de 16% da população de empresas do cadastro.

A outra publicação utilizada, Pesquisa Industrial Anual - PIA, reúne um conjunto de informações econômico-financeiras que permite estimar as características estruturais básicas do segmento empresarial da atividade industrial no País, bem como acompanhar a sua evolução ao longo do tempo.

Esta pesquisa apresenta dados tais como: pessoal ocupado, salários, retiradas e outras remunerações, receitas, custos e despesas, valor da produção e valor da transformação industrial. Os resultados são pautados na versão 2.0 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE e estão acompanhados de análise estruturada em duas seções. Na primeira, os resultados gerais da Pesquisa Industrial Anual - Empresa para o ano de 2009 são comparados com os do ano anterior, relativamente ao número total de empresas e à estrutura das receitas, dos custos e despesas e dos investimentos, entre outras informações, com destaque para os fatores conjunturais de maior influência sobre esses resultados. A segunda seção discorre sobre os destaques regionais notáveis, tanto sob a ótica setorial quanto no que diz respeito às variáveis econômicas selecionadas para análise, tendo como foco o ano de 2009.

O plano tabular da pesquisa contempla o período de 1996 a 2009, assim como os resultados referentes às empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas e/ou que auferiram receita bruta proveniente das vendas de produtos e serviços industriais superior a um determinado valor, no ano anterior ao de referência da pesquisa. Na versão da CNAE 1.0 é apresentada a série histórica de 1996 a 2007, e, na versão da CNAE 2.0, as informações referem-se ao período de 2007 a 2009.

No presente trabalho, foram utilizadas as PINTECs de 2003 e 2005 e dados da PIA de 2003 a 2007. Após a união das bases, eliminação de valores faltantes e

observações aberrantes, a amostra para análise incluiu 37.080 observações de 7.665 empresas.

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