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Kelsey et al.34 (1989) realizaram um estudo com a finalidade de comparar a resistência à compressão, a resistência à tração diametral, a resistência flexural transversa e o módulo de elasticidade de uma resina composta de micropartículas (Silux Plus – 3M Dental Products, St. Paul, MN) e uma resina composta de partículas pequenas (P-50 - 3M Dental Products, St. Paul, MN) fotoativadas durante 10 segundos pelo laser de argônio HGM (HGM Corporation, Satl Lake City, UT), operando com 7 W de potência e fotoativadas durante 40 segundos por uma unidade de luz visível convencional Prismatics Lite, modelo EM 001 (L. D. Caulk Division, Dentsply International, Milford, DE). Todas as propriedades examinadas nesse estudo foram aumentadas pela polimerização com a utilização do laser de argônio. A resistência à tração diametral, de ambas as resinas compostas foi significantemente maior, quando polimerizadas pelo laser de argônio, assim como foram superiores a resistência flexural transversa e o módulo de elasticidade para a resina de micropartículas. Estes resultados superiores à polimerização com uma unidade de luz convencional, ainda foram obtidos utilizando-se ¼ do tempo de exposição utilizado para a unidade de luz convencional. Baseados nos resultados, os autores puderam concluir que o laser de argônio é um meio potencialmente vantajoso para iniciar a reação de polimerização das resinas compostas.

Com a finalidade de comparar o grau de polimerização de resinas compostas fotoativadas por uma fonte de luz convencional e pelo laser de argônio, Blankenau et al.8 (1991) separaram e quantificaram os componentes dos monômeros pela utilização de um sistema de cromatografia de alta performance líquida. Os autores confeccionaram 100 amostras utilizando-se as resinas compostas Silux Plus e P-50. Vinte e cinco amostras da resina composta Silux Plus e 25 da P-50 foram fotoativadas por um sistema de luz visível (Prismatics Lite) por 40 segundos, enquanto as outras 50 amostras de ambas as resinas compostas, foram fotoativadas pelo laser de argônio (HGM Argon) durante 10 segundos. O grau de polimerização da resina composta de micropartículas foi significantemente maior, quando fotoativada pelo laser durante 10 segundos, quando comparada com a técnica de fotoativação convencional durante 40 segundos. Entretanto, as amostras de resina composta com partículas pequenas foram polimerizadas tão bem como, ou levemente melhor com a utilização do laser de argônio, porém, as diferenças encontradas parecem ser insignificantes. Com base nos resultados, os autores acreditam que o laser de argônio pode ser considerado um método potencialmente vantajoso para iniciar a reação de polimerização das resinas compostas.

Com a finalidade de determinar a melhor combinação de potência e tempo de exposição necessário para polimerizar quatro resinas

compostas pela utilização do laser de argônio, Kelsey et al.35 (1992), utilizaram três resinas compostas híbridas (Prisma APH-Caulk/Dentsply; Herculite-Kerr e P-50-3M) e uma resina composta de micropartículas (Silux Plus-3M), para confeccionar as amostras em um molde de teflon com 2 mm de espessura e 5 mm de diâmetro. Foram confeccionadas 15 amostras para cada material restaurador, sendo fotoativadas pelo laser de argônio durante 10 segundos e à potência de 50 mW e a intervalos de 100 mW a 1 W (100, 150, 200, 250 mW, etc.). A primeira etapa do trabalho foi direcionada na determinação da mais adequada combinação de potência do laser de argônio necessária para encontrar maior grau de polimerização. As amostras permaneceram armazenadas por 24 horas e os valores de resistência à tensão diametral foram determinados utilizando-se uma máquina de testes Instron. A segunda etapa do trabalho foi iniciada após a determinação da melhor potência, a qual foi determinada na primeira etapa do trabalho. Nessa etapa do trabalho, a polimerização mais efetiva foi encontrada para a resina composta Prisma APH, quando fotoativada a 310 mW pelo tempo de 7 segundos, seguida das resinas Herculite a 160 mW e tempo de 12 segundos; P-50 a 525 mW pelo tempo de 13 segundos e a resina de micropartículas Silux Plus a 270 mW pelo tempo de 13 segundos. Pelos resultados obtidos, os autores puderam concluir que os parâmetros de potência e tempo de exposição exatos para a utilização do laser de argônio na polimerização das resinas compostas é específico do material, com maior variação verificada na

potência do que no tempo de exposição.

Para relacionar as propriedades gerais de diferentes lasers, Kutsch40 (1993) relata que a luz laser é uma energia eletromagnética coerente, monocromática e colimada. Ainda relata que a luz laser se desloca em comprimentos de onda específicos, sendo por esta razão coerente. Além disto, a luz laser expressa uma cor, ou seja, é monocromática e é altamente direcional. O autor relacionou as vantagens da utilização de vários lasers e as suas interações com os tecidos dentais, demonstrando que o laser de Argônio pode ser utilizado para a fotoativação de resinas compostas.

Com o objetivo de verificar os fatores que afetam a profundidade de polimerização de uma resina composta, Ping et al.62 (1994) utilizaram o laser de argônio (HGM a 0,5 W, 2 W e 4 W) para fotoativar a resina composta Heliomolar (Vivadent) em diferentes cores (W, LY, G, BG), por 4 tempos de exposição diferentes (0,5; 2; 5 e 10 segundos) e a diferentes distâncias entre a fibra óptica e a superfície da resina composta (1 mm, 3 mm e 5 mm). Como resultados, os autores encontraram que: 1) a profundidade de polimerização aumentou com o aumento da potência do aparelho; 2) a profundidade de polimerização aumentou, quando o tempo

de exposição foi aumentado de 0,5 para 10 segundos; 3) existiu um aumento significante na profundidade de polimerização quando a fibra óptica foi colocada a 1mm da superfície da resina composta e 4) a profundidade de polimerização, segundo à variação de cor do material, seguiu a seguinte ordem W>LY>G>BG. Pelos resultados, os autores puderam concluir que a profundidade de polimerização pode ser obtida por aumento da potência e do tempo de exposição, bem como pela diminuição da distância entre a ponta da fibra óptica e a superfície da resina composta e pela seleção de cores mais claras.

Com os objetivos de comparar e avaliar a resistência à tração diametral de quatro resinas compostas fotoativadas pelo laser de argônio e por um sistema de luz visível convencional, Powell et al.66 (1995) polimerizaram as resinas compostas Silux Plus, Aelitefil, Charisma e TPH utilizando-se o laser de argônio (HGM Modelo 8) por 10 segundos e a unidade de luz visível (Max) por 20 e 40 segundos. Após a confecção das amostras, estas permaneceram armazenadas em recipientes à prova de luz por período de 24 horas, à temperatura ambiente. Após o período de armazenamento, os testes foram realizados em uma máquina de ensaios Universais Instron. Baseados nos resultados, os autores puderam concluir que apesar da redução no tempo de exposição das resinas compostas ser de 50 a 75%, quando se utilizava o laser de argônio, os

valores de resistência à tração diametral foram equivalentes ou superiores aqueles encontrados com o sistema de luz visível convencional.

Com o objetivo de comparar a resistência de união ao cisalhamento de uma resina composta híbrida (Estilux VS) à superfície do esmalte dental, condicionada com ácido fosfórico a 37% por período de 30 e 60 segundos, respectivamente, polimerizada com um sistema de luz visível e um sistema de polimerização com laser de argônio, Shanthala & Munshi76 (1995) utilizaram 80 dentes recentemente extraídos, sendo 40 dentes anteriores permanentes e 40 dentes anteriores decíduos. Após o preparo das superfícies de esmalte e condicionamento ácido, foi realizada aplicação do sistema adesivo, sendo este fotoativado por 20 segundos com o sistema de luz visível e por 5 segundos com o laser de argônio. Em seguida, a resina composta foi inserida pela técnica incremental e fotoativada por 40 segundos pelo sistema de luz visível e por 10 segundos pelo laser de argônio. As amostras foram armazenadas em água destilada à temperatura ambiente por 48 horas. Passado o período de armazenamento, os testes de cisalhamento foram realizados. Os resultados demonstraram uma resistência de união mais alta ao cisalhamento com polimerização a laser por 10 segundos, quando comparada à luz visível convencional por 40 segundos. Esta resistência de união aumentada foi estatisticamente significante nos dentes decíduos,

mostrando-se insignificante nos dentes permanentes. Com relação ao tempo de condicionamento ácido, tanto para o tempo de 30 segundos como para o de 60 segundos, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes na resistência de união, para ambos os sistemas de polimerização.

Com os objetivos de avaliar e comparar a resistência à tração diametral, resistência à compressão e resistência flexural de uma resina composta híbrida (Herculite XRV-cor A2) e uma resina composta de micropartículas (Durafill VS-cor B2), Cobb et al.14 (1996) utilizaram laser de argônio (ILT Modelo 5500) por 10 e 20 segundos e uma fonte de luz visível convencional (Coltolux II) por 40 segundos, para promover a polimerização das resinas compostas. Foram preparados cinco corpos- de-prova para cada grupo pela injeção de resina composta em uma matriz de aço inoxidável, perfazendo um total de 90 corpos-de-prova. Os corpos- de-prova foram armazenados em um recipiente com água à prova de luz a 37°C durante 7 dias. Logo após o período de armazenamento, os testes foram realizados. Com base nos resultados encontrados, os autores puderam concluir que: 1) o laser de argônio é uma alternativa viável à fonte de luz convencional para a polimerização das resinas compostas; 2) para as propriedades testadas nesse estudo o tempo de exposição de 10 segundos, utilizando-se o laser de argônio foi comparável ao tempo de

exposição por 40 segundos utilizando-se a fonte de luz visível para a resina Herculite XRV; 3) a resina composta Durafill VS necessitou de 20 segundos de exposição utilizando-se o laser de argônio, para encontrar resistência à compressão e flexural comparáveis, enquanto 10 segundos de exposição foi adequado para a propriedade de resistência à tensão diametral.

Com a finalidade de comparar a polimerização de resinas compostas, sendo uma híbrida (TPH-A2) e a outra de micropartículas (Silux Plus - cor universal) pelo teste de microdureza Knoop em diferentes profundidades, Vargas et al.84 (1998) utilizaram laser de argônio vs. uma fonte de luz halógena para promover a polimerização dos corpos-de- prova. Foram confeccionados cinco (5) corpos-de-prova por grupo, preparados pela inserção da resina composta em uma matriz retangular de teflon medindo 3 mm de espessura, 3 mm de diâmetro e 8 mm de profundidade. Os corpos-de-prova foram fotoativados por 40 segundos com a fonte de luz convencional ou por 10, 20 ou 30 segundos com o laser de argônio. Em seguida, os corpos-de-prova foram armazenados em um recipiente à prova de luz, à temperatura de 37°C, por período de 24 horas. Após o período de armazenamento, os valores de microdureza Knoop foram determinados. Quatro medidas foram tomadas para cada corpo-de-prova nas profundidades de 0, 1, 2, 3 e 4 mm da superfície

exposta. Não foram encontradas diferenças significantes, na microdureza de superfície, para ambas as resinas utilizadas, independentes da fonte de luz e do tempo de exposição utilizado. Pelos resultados encontrados, os autores puderam sugerir que existe uma polimerização semelhante quando se utiliza o laser de argônio e uma fonte de luz halógena; as resinas híbridas polimerizam-se mais completamente e a uma profundidade maior, quando comparadas às resinas de micropartículas, independente da fonte de luz utilizada; economia no tempo necessário para polimerizar a resina composta em profundidades de 2 mm, tendo importância clínica, onde o laser pode polimerizar adequadamente a resina composta por um período de tempo menor, podendo ser considerada uma alternativa viável para polimerização de restaurações em resina composta.

Com o objetivo de avaliar três novas fontes de luz, duas das quais promovem fotoativação a altas intensidades (Laser de Argônio e Arco de Plasma) e uma fonte de luz que promove fotoativação gradual (Elipar Highlight), segundo uma publicação do Clinical Research Associates,2 em 1999, essas novas fontes de luz competirão com a fonte de luz halógena convencional, principalmente no que diz respeito ao tempo gasto na polimerização, à contração de polimerização, à tensão provocada nas margens da restauração, à formação de linhas brancas nas margens da

restauração e à fratura do esmalte devido às tensões desenvolvidas durante o processo de polimerização. Apesar de não existir nenhum significado clínico a respeito da alta intensidade vs. a intensidade gradual, os estudos realizados pelo CRA a mais de 2 anos, com base em estudos laboratoriais, pôde-se chegar à conclusão que a polimerização das resinas compostas pela utilização de aparelhos de luz convencional é dispendiosa, e que os lasers (Accu Cure 3000 e Brite Smile) e o arco de plasma PAC Light requerem menos tempo para a polimerização. Pelo mesmo estudo, ainda pôde-se observar que uma sobre-polimerização é melhor do que uma sub-polimerização e que os aparelhos de alta intensidade, bem como os de fotoativação gradual, não são capazes de eliminar problemas como tensão, contração ou fragilidade do material. Esses tipos de problemas são inerentes à polimerização das resinas composta e não à emissão da luz polimerizadora.

Kurachi et al.38 (1999) realizaram um estudo com o objetivo de estabelecer os parâmetros de trabalho do laser de argônio, sem provocar danos térmicos ao tecido pulpar para aplicações clínicas. Para isto, os autores utilizaram dentes pré-molares e molares, onde cavidades classe V foram preparadas e irradiadas com laser de argônio, a diferentes níveis de força, fixando-se na área exposta para todos os casos. Duas situações foram analisadas, sendo uma em cavidades abertas e outra em cavidades

restauradas. Termistors de alta precisão foram colocados em quatro diferentes posições, sendo uma delas no interior da câmara pulpar. A evolução da temperatura foi continuamente monitorada pela interposição de um computador durante toda à exposição ao laser. Os autores criaram um diagrama chamado de PTT (power-time-temperature) onde zonas de aumento de temperatura, pela irradiação com o laser de argônio, permitem a verificação de qual condição é segura para a sua aplicação clínica.

Pelo fato dos profissionais da Odontologia cada vez mais estarem utilizando resinas compostas fotopolimerizáveis, Fleming & Maillet19 (1999) relacionaram em seu trabalho as vantagens e desvantagens da utilização do laser de argônio para iniciar a reação de polimerização das resinas compostas, bem como suas implicações clínicas. Segundo os autores, o laser de argônio é uma unidade promissora. O comprimento de onda emitido pela luz laser é ótimo para iniciar a reação de polimerização das resinas compostas. Porém, a literatura relaciona uma série de divergências de opinião sobre muitos aspectos da efetividade de polimerização pelo laser, quando comparado com a fonte de luz convencional. Pesquisas indicam que o laser de argônio promove maior profundidade e grau de polimerização, necessidade de um menor tempo de exposição e aumento das propriedades físicas das resinas compostas.

Essas vantagens são em compensação pelos relatos que uma polimerização aumentada, provocada pela utilização do laser, resulta em contração aumentada, fragilidade e infiltração marginal. Os autores alertam para que os profissionais que se interessarem por essa nova tecnologia, necessitam realizar estudos monitorados.

Daronch et al.15 (2000) compararam a microdureza Vickers de espécimes de resina composta fotoativados com uma lâmpada halógena (Optilux 500, Demetron), com intensidade de luz da ordem de 600 mW/cm2 e 40 segundos de exposição; uma lâmpada de xenônio-halógena (Kuring Light, Kreative) com intensidades de luz de 1200 mW/cm2, durante 10 segundos (boost) e 350 a 1000 mW/cm2, durante 15 segundos e laser de argônio com intensidade de luz da ordem de 600 mW/cm2, durante 10 segundos. Foram confeccionados blocos na resina composta Z-100 (3M), na cor A3 com as seguintes dimensões: 5x4x4 mm, sendo contruídos pelas duas técnicas de inserção, incremental e em incremento único. A microdureza foi determinada na superfície (0 mm) e nas profundidades de 1, 2, 3 ,4 e 5 mm. A análise dos resultados mostrou que a técnica de inserção incremental, apresentou os valores mais altos de microdureza. A profundidade também foi um fator significante, principalmente quando utilizou-se a técnica de inserção em incremento único. No que diz respeito, às unidades de luz utilizadas, os resultados mostraram-se

similares, com exceção entre o laser e a lâmpada xenônio halógena modo “ramp”. Com base nesses achados, os autores puderam concluir que: 1) técnica incremental deve ser utilizada, devido aos baixos valores de microdureza obtidos acima de 2 mm com a técnica em incremento único; na técnica incremental, a distância entre a ponta ativa do aparelho fotopolimerizador e a resina composta, pode ser responsável pelos valores mais baixos de microdureza em profundidades maiores e 3) a vantagem da utilização da lâmpada xenônio-halógena e do laser está relacionada à redução no tempo de exposição utilizado.

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