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Formação de capacidades e prestação de apoio aos países, incluindo à sua participação na elaboração de normas internacionais, para reforçar a sua capacidade de avaliação dos riscos nas áreas

despesas de 2006-2007, e continuarão a crescer no período do plano estratégico de médio prazo, ainda que em menor percentagem do que outras áreas Esta área continua a absorver a maior

R ECURSOS ( EM MILHARES DE DÓLARES ) Custos 2008-2009 19

6. Formação de capacidades e prestação de apoio aos países, incluindo à sua participação na elaboração de normas internacionais, para reforçar a sua capacidade de avaliação dos riscos nas áreas

das doenças zoonóticas e não zoonóticas transmitidas pelos alimentos e da segurança alimentar, e para criar e implementar sistemas nacionais de controlo alimentar, com ligações a sistemas internacionais de emergência.

INDICADORES 6.1 Número de países seleccionados que recebem

apoio para participar em actividades de criação de normas internacionais relacionadas com a alimentação, tais como as da Comissão do Codex Alimentarius.

6.2 Número de países seleccionados que recebem apoio da OMS e que criaram sistemas nacionais, com ligações internacionais, para a segurança alimentar e para as emergências criadas pelas doenças zoonóticas transmitidas pelos alimentos. DADOS INICIAIS METAS AATINGIR EM 2009 90 0 METAS AATINGIR EM 2013 110 50

RECURSOS(EM MILHARES DE DÓLARES)

Custos 2008-2009 24 000 Estimativas 2010-2011 ~ 000 Estimativas 2012-2013 ~ 000

JUSTIFICAÇÃO A maioria dos recursos será usada para apoiar uma participação eficaz dos países em actividades de criação de normas internacionais e para criarem sistemas eficazes de segurança alimentar, nutricional e veterinária. Os recursos necessários durante os três biénios para apoiar a participação em actividades de criação de normas serão gradualmente reduzidos, visto que mais países conseguirão financiar-se a si próprios. Espera-se que os recursos para a criação de sistemas se mantenham os mesmos, para fazer face ao nível de necessidades previsto.

OBJECTIVO ESTRATÉGICO 10

Melhorar a organização, a gestão e a prestação dos serviços de saúde

Âmbito Indicadores e metas

O trabalho a realizar como parte deste objectivo estratégico incidirá sobre o modo como os sistemas de saúde funcionam em resposta às necessidades e solicitações das populações, sendo sustentado pelos princípios dos Cuidados Primários de Saúde e da Saúde para Todos e pela preocupação com a redução das desigualdades no acesso e da exclusão dos benefícios dos cuidados de saúde.

Procura o alargamento equitativo do acesso em todos os serviços necessários para melhorar os resultados da saúde e dar resposta à procura legítima de cuidados, fazendo corresponder a capacidade de resposta dos serviços às necessidades e à procura, aumentando as capacidades de organização e de gestão das instituições e das redes de prestadores, e reforçando a procura informada; abrange a organização e a gestão de todos os serviços de saúde pessoais e baseados nas populações - prestadores individuais, instituições e redes de prestadores públicos, privados e voluntários, a todos os níveis, desde o comunitário aos hospitais terciários e serviços especializados. Preocupa-se com: a promoção de todos os aspectos da qualidade, em relação à prestação de serviços; a incidência nos doentes e na comunidade, a capacidade de resposta, os cuidados continuados e a segurança, eficácia e eficiência; a superação da fragmentação que resulta da multiplicação de programas e iniciativas para doenças específicas, de modo adaptado às circunstâncias e prioridades locais e nacionais; e a previsão do modo como a inovação tecnológica, as novas necessidades e a procura crescente influenciarão a prestação de serviços.

Em última análise, a medida do êxito dos serviços de saúde é a obtenção de melhores resultados na saúde, conforme reflectidos na consecução dos outros objectivos. Os progressos conseguidos neste objectivo estratégico serão avaliados pelo número de países que possam apresentar progressos em cinco dimensões principais do desempenho:

• expansão da cobertura;

• redução da exclusão e das disparidades no acesso;

• aumento da produtividade e da eficácia dos serviços de saúde;

• melhoria da capacidade de resposta a expectativas legítimas; e

• aumento da conformidade com as normas de serviços, qualidade e segurança.

Ligações com outros objectivos estratégicos

O trabalho desenvolvido no âmbito deste objectivo estratégico está ligado a vários outros objectivos estratégicos:

• apoia-se no êxito de todos os objectivos estratégicos relacionados com a consecução de resultados específicos na área da saúde, sobretudo nos objectivos estratégicos 1-4. Estes objectivos dizem directamente respeito à prestação de serviços, através da criação e implementação de intervenções específicas;

• traduz as realizações do objectivo estratégico 7 – nomeadamente, em relação à equidade, políticas de saúde favoráveis aos pobres e realização progressiva do direito à saúde – em prestação de serviços;

• complementa o trabalho do objectivo estratégico 5, que trata das circunstâncias específicas da prestação de serviços nos estados frágeis;

• depende dos progressos dos objectivos estratégicos 13 e 14, e particularmente dos progressos do objectivo estratégico 11, que trata dos dados factuais, da informação e da gestão dos sistemas de saúde; e

• está ligado ao objectivo estratégico 15 sobre o fornecimento de liderança, reforço da governação e incentivo às parcerias e colaboração nas relações com os países, para cumprir as atribuições da OMS.

PROBLEMASEDESAFIOS

inacessíveis, inconvenientes, de má qualidade ou muito caros; (ii) os serviços, o pessoal e o material não existem ou são escassos; (iii) a exclusão social impede o acesso dos indivíduos ou grupos aos serviços de que precisam; e/ou (iv) os prestadores de serviços não conseguem adaptar-se ao comportamento de procura de cuidados das populações. Embora os fundos sejam frequentemente dirigidos para a consecução de resultados na saúde relativamente a certas doenças específicas, muitas intervenções são realizadas pelo mesmo – muitas vezes limitado – grupo de

trabalhadores e estabelecimentos de saúde. O modo como os serviços são organizados e geridos afecta o acesso, determina a medida em que a cobertura do serviço é genuinamente favorável aos pobres ou equitativo e influencia a obtenção de melhores resultados na saúde.

Muitos serviços são prestados em condições de instabilidade e de mudança. Nos países com alguma forma de descentralização, as funções e as relações entre o nível central e outros estão a mudar. Os Ministérios da Saúde podem estar a adoptar uma política de encomenda de serviços e instalações aos sectores público e privado.

Embora não exista um modelo universal único para organizar a prestação de serviços, há, contudo, alguns princípios que estão bem estabelecidos. Em primeiro lugar, é preciso ter em atenção a procura, assim como o fornecimento de serviços: os indivíduos e as comunidades precisam de conhecimentos suficientes para usar os serviços quando é necessário e ultrapassar as barreiras de ordem cultural, social ou financeira que possam existir. Em segundo lugar, é importante ter em conta toda a variedade de prestadores de serviços e não apenas aqueles que trabalham no sector público. Os gestores do sector público têm de compreender e trabalhar com diferentes prestadores não públicos, para resolver os problemas relacionados com a qualidade, a eficácia e os custos e para aproveitar qualquer eventual contribuição para a consecução dos objectivos da saúde pública. Em terceiro lugar, existe a crescente necessidade de garantir que os serviços se encontrem na “proximidade do cliente” e evitar duplicações e fragmentações

desnecessárias.

A formação – para tarefas clínicas, de gestão ou de apoio – é necessária, mas muitas vezes insuficiente, para melhorar a qualidade. Quer trabalhem no sector público ou não, todos os gestores têm de lidar com o volume e a cobertura dos serviços, as dotações e a utilização eficaz dos recursos (pessoal, orçamentos, medicamentos, equipamento) e uma grande variedade de parceiros e interessados. Para que isso seja feito convenientemente, precisam de informação de boa qualidade, sistemas de apoio ao funcionamento e autonomia de gestão suficiente, para encorajar as tomadas de decisão ao nível local e a inovação; ao mesmo tempo, é preciso que haja mecanismos criados para garantir a devida responsabilidade.

ABORDAGENSESTRATÉGICAS

A consecução deste objectivo requer que os Estados-Membros criem mecanismos, procedimentos e incentivos que encorajem todos os interessados - incluindo os prestadores de serviços públicos e não públicos e as organizações de prestadores – a trabalhar em conjunto, para melhorar a prestação de serviços e eliminar a exclusão do acesso aos cuidados. Os Estados-Membros terão de desenvolver grandes esforços para melhorar as suas práticas organizativas e de gestão, criando mecanismos que assegurem sinergias entre os prestadores públicos e não públicos, integrando os programas específicos de doenças nos serviços gerais de saúde e preocupando-se em obter melhorias visíveis no seu desempenho, em termos de prestação de serviços.

Ao apoiar os esforços dos Estados-Membros, o Secretariado da OMS concentrar-se-á em:

Manter uma abordagem específica dos países e reconhecer que os serviços e sistemas de saúde são, normalmente, o espelho de problemas mais vastos que existem nas sociedades de que fazem parte; o apoio e o aconselhamento aos Estados-Membros terá de ser sensível ao contexto político, cultural e social em que o reforço dos serviços de saúde tem lugar, incluindo o potencial para dar poder às famílias e comunidades para aproveitarem melhor os serviços de saúde, quer sejam promotores, preventivos ou curativos.

Facilitar mecanismos que permitam aprender com a experiência dos outros e divulgar as melhores práticas; na ausência de um modelo universal único para a prestação de serviços, a OMS tem um papel fundamental na facilitação dessa aprendizagem e troca de experiências, particularmente em relação a modelos inovadores, para expandir o acesso e melhorar a qualidade dos serviços de saúde.

Incentivar o trabalho entre os prestadores públicos e não públicos, para promover um maior entendimento mútuo e, consequentemente, políticas e abordagens mais bem informadas para a consecução dos objectivos da saúde pública. A OMS reunirá e avaliará os dados factuais sobre modelos alternativos da prestação de serviços, para assegurar orientações e apoio de base factual aos Estados-Membros.

Avaliar o potencial impacto das novas tecnologias, tais como a telemedicina, especialmente na medida em que podem melhorar a eficácia ou o alcance dos serviços em ambientes de fracos recursos e ajudar os Estados- Membros a prepararem-se para o futuro.

Aplicar a sua função normativa ao trabalho sobre prestação de serviços; isso incluirá a definição de normas de serviço, estratégias de medição e outras abordagens que garantam a qualidade.