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despesas de 2006-2007, e continuarão a crescer no período do plano estratégico de médio prazo, ainda que em menor percentagem do que outras áreas Esta área continua a absorver a maior

O BJECTIVO E STRATÉGICO

Reduzir as consequências para a saúde das situações de emergência, catástrofes, crises e conflitos, minimizando o seu impacto social e económico.

Âmbito Indicadores e Metas

Os esforços conjuntos dos Estados-Membros e do Secretariado neste objectivo estratégico abrangem os seguintes aspectos: preparação do sector da saúde para situações de emergência, acção intersectorial para redução de riscos e vulnerabilidades, no quadro da Estratégia Internacional para a Redução de Catástrofes, resposta às carências da saúde (incluindo nutrição, água e saneamento), situações de emergência e crises, avaliação das necessidades das populações afectadas, actividades sanitárias de transição e recuperação em situações de pós-conflito e pós- catástrofe, cumprimento do mandato da OMS no quadro da Reforma Humanitária, sistema mundial de alerta e resposta a Situações de Emergência da Saúde Pública em segurança ambiental e alimentar, redução de ameaças específicas de riscos e programas de preparação e resposta a situações de emergência da saúde pública, de natureza ambiental e de segurança alimentar.

• Mortalidade diária bruta. Meta: Manter a mortalidade das populações afectadas por situações de grande emergência abaixo de 1/1.000/dia, na fase inicial de resposta à situação de emergência.

• Acesso a serviços de saúde funcionais. Meta: no prazo de 1 ano, 90% das populações afectadas atingem níveis de acesso semelhantes às da situação anterior à emergência, ou melhores.

• Relação peso/altura. Meta: Menos de 10% das populações afectadas abaixo de 80% do peso correspondente à altura.

Ligações com outros objectivos estratégicos

As actividades deste objectivo estratégico terão ligações às seguintes:

• objectivo estratégico 1: em relação ao Regulamento Sanitário Internacional e à resposta a situações de emergência de epidemias;

• objectivo estratégico 3: em relação à violência entre os géneros, resposta às carências psicossociais das populações afectadas, às necessidades dos incapacitados, tratamento em massa de sinistrados e cuidados a doenças crónicas;

• objectivo estratégico 4: em relação à resposta às carências em saúde das populações vulneráveis, em especial mães e crianças em situações de emergência;

• objectivo estratégico 8: em relação às actividades intersectoriais de preparação e redução dos riscos, e às emergências ambientais, químicas e radiológicas; e

• objectivo estratégico 9: em relação à nutrição em situações de emergência.

PROBLEMAS E DESAFIOS

A principal área de incidência deste objectivo estratégico consiste em contribuir para a segurança humana,

minimizando o impacto sobre a saúde e resolvendo as carências sanitárias e nutricionais das populações vulneráveis afectadas por situações de emergência, catástrofes, conflitos e outras crises humanitárias.

Um em cada cinco Estados-Membros sofre, anualmente, uma crise que põe em risco a saúde das suas populações. Segundo a Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução das Catástrofes (UN/ISDR), em 2005 houve um aumento de 18% nas catástrofes naturais. Uma série de crises políticas e sociais resultaram em quase 25 milhões de pessoas internamente deslocadas e mais de 9 milhões de refugiados em todo o mundo.

No sector da saúde, as situações de emergência podem impor exigências súbitas e intensas aos sistemas de saúde. Estas situações revelam as debilidades existentes nos sistemas e podem causar a rotura da actividade económica e do desenvolvimento. Nos países com infra-estruturas sanitárias frágeis, a resposta da saúde às situações de emergência vem muitas vezes desorganizar a rotina dos serviços de saúde e dos programas humanitários, durante muitos meses. A experiência mostra que, para se recuperar dos efeitos desastrosos de situações e crises complexas de grande emergência, é preciso muito mais tempo do que a comunidade internacional pensa; o seu impacto nos serviços e no nível da saúde das populações prolonga-se durante anos.

ABORDAGENS ESTRATÉGICAS

No âmbito da reforma Humanitária, tem sido solicitado à OMS que assegure a coordenação, eficiência e eficácia das actividades sanitárias durante as crises, nas áreas da preparação, resposta e recuperação. A OMS lidera o

Agrupamento da Saúde da Comissão Permanente Inter-Agências.

A participação do sector da saúde em situações de emergência e acção humanitária deve ser abrangente. Torna-se necessária uma resposta melhor numa vasta gama de aspectos, entre os quais o tratamento em massa de sinistrados, água, saneamento e higiene, nutrição, doenças transmissíveis e não-transmissíveis, saúde materna e dos recém- nascidos, saúde mental, fármacos, tecnologias da saúde, logística da saúde, serviços de informação sanitária e gestão da infra-estrutura da saúde.

O financiamento dos aspectos relacionados com a saúde na preparação e resposta a situações de emergência é uma grande preocupação. A este respeito, é essencial que a avaliação das necessidades e a formulação dos projectos tenham uma boa ligação a processos mais abrangentes, tanto no seio do sistema das Nações Unidas como na OMS. Isso exige um esforço de parcerias e de coordenação, que pode resultar num maior fluxo do financiamento

previsível, em especial para as situações crónicas de emergências complexas. Ao apoiar os esforços dos Estados-Membros, o Secretariado da OMS deverá:

apoiar activamente os Estados-Membros no reforço das suas capacidades na área da preparação e resposta a situações de emergência, por meio de abordagens multissectoriais e multidisciplinares a todos os riscos;

criar e sustentar capacidade operacional, a nível nacional e internacional, para dar resposta rápida e liderar a acção coordenada de múltiplos intervenientes nas situações de emergência da saúde pública relacionadas com o ambiente e a segurança dos alimentos, e em caso de catástrofes, conflitos e outras crises;

criar bases de conhecimentos e competências em preparação e resposta a situações de emergência;

criar parcerias e mecanismos de colaboração com governos, sociedade civil, redes de centros colaboradores e outros centros de excelência, para garantir intervenções eficazes em tempo oportuno, quando necessárias;

adquirir capacidades técnicas e operacionais de apoio aos países em crise, sobretudo quanto à avaliação da situação sanitária, coordenação das actividades da saúde, preenchimento de lacunas, orientação e monitorização do desempenho da acção humanitária sobre a saúde e a nutrição das populações afectadas; e

impulsionar a vasta gama de competências de toda a OMS, no apoio à resposta a situações de emergência (saúde mental, nutrição, água e saneamento, segurança dos alimentos, medicamentos, prevenção da violência e traumatismos, tratamento em massa de sinistrados, doenças transmissíveis, saúde materna e das crianças).

PRESSUPOSTOS, RISCOS E ANÁLISE DE OPÇÕES

Este objectivo estratégico será alcançado caso se verifiquem os seguintes pressupostos:

existência de um sistema nacional de saúde sólido, bem concebido e devidamente financiado. Investir em programas de resposta do próprio país é essencial para as actividades da OMS nestas áreas. A actividade sanitária durante as crises e a resposta eficaz a situações de emergência de natureza sanitária são parte integrante do mandato da OMS. Foram identificados os riscos a seguir referidos, que podem afectar negativamente a concretização deste objectivo estratégico:

o conceito errado de que as actividades de preparação e resposta a situações de emergência são mais uma responsabilidade a adicionar à acção normativa e de desenvolvimento que cabe à Organização;

preparação insuficiente de mecanismos de competência e prontidão em toda a OMS, para uma acção eficaz e expedita em situações de emergência; e

financiamento deficiente das funções nucleares necessárias às actividades de preparação e resposta a situações de emergência, para a Organização cumprir o seu mandato de líder do Agrupamento da Saúde na Comissão Permanente Inter-Agências.

RESULTADOS ESPERADOS A NÍVEL DA ORGANIZAÇÃO

1. Elaboração de normas e modelos, reforço das capacidades e apoio técnico aos Estados-Membros na formulação e reforço de planos e programas de preparação e resposta a situações de emergência.

INDICADORES 1.1 Percentagem de

países com planos nacionais de preparação e resposta que abordem perigos múltiplos. 1.2 Percentagem de países com planos abrangentes de tratamento em massa de sinistrados. 1.3 Percentagem de países em situações de emergência humanitária com normas, directrizes e estratégias para reduzir o seu impacto na saúde materna, dos recém- nascidos e das crianças.

1.4 Número de países que formularam e

implementaram programas para reduzir a

vulnerabilidade das infra- estruturas sanitárias, de água e saneamento . DADOS INICIAIS METAS A ATINGIR EM 2009 60% 40% 80% 40 METAS A ATINGIR EM 2013 70% 55% 90% 60

RECURSOS (EM MILHARES DE DÓLARES)