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Formação Discursiva (FD) – Cultura da Escola: ações de sustentabilidade

No documento clemildo ultima versão 7 junho (páginas 119-122)

CAPÍTULO V ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

5.2. ANÁLISE DOS DADOS QUALITATIVOS

5.2.5. Formação Discursiva (FD) – Cultura da Escola: ações de sustentabilidade

Sobressai na análise dessa FD, a importância da cultura da escola para as ações de sustentabilidade no âmbito escolar, direcionando para o processo de ensinar e aprender com mais eficiência para os sistema educacional, na formação cidadã do aluno e para o exercício consciente da mesma.

Nessa perspectiva, Carvalho (2012, p. 171) nos informa que a introdução da problemática socioambiental na esfera pública não apenas denuncia os riscos ambientais, mas também amplia a consciência de riscos compartilhados pode atuar como força agregadora, cooperando para a formação de redes de ações solidárias. Tais ações, por sua vez, contrapõem-se aos mecanismos de desintegração social e degradação ambiental relativos à apropriação dos bens ambientais relativos à apropriação dos bens ambientais por parte dos interesses privados, contribuindo assim para a preservação tanto do planeta quanto dos vínculos de solidariedade social, indispensáveis à convivência humana. Nesses casos, evidencia-se a interdependência entre as bases de sustentação material do planeta e a sustentação de um projeto solidário e emancipador para a sociedade.

Complementando ainda sobre Cultura Escolar: práticas de interdisciplinaridade de Educação Ambiental no Ensino Médio, a mesma autora na mesma obra expressa nas páginas 171-172 que Justiça Ambiental, no caso, significa a responsabilidade de todos na preservação dos bens ambientais e a garantia de seu caráter coletivo. Esse tem sido um dos novos conceitos utilizados na luta ambiental, evidenciando a distribuição desigual do acesso aos bens ambientais e de seu uso e a precariedade dos padrões de qualidade de vida a que têm sido submetidas as populações mais pobres do planeta. Ao destacar a dimensão ambiental das lutas sociais e apoiar as ações em prol da justiça no acesso aos bens ambientais e no uso desses bens, a EA crítica está contribuindo para a ampliação da noção de cidadania e justiça social.

Quadro 5. Apresentação de ED dos professores agrupados na FD “Cultura Escolar: ações de sustentabilidade

FD: Cultura Escolar: ações de sustentabilidade Identificação

do Docente

Excerto de Depoimentos

P1 [...] Há uma colaboração sim, um apoio de todos eles. Mas é uma coisa ainda lenta. Não é um coisa que está acontecendo 100%. Mas ela está caminhando.

P2 Quase todos os professores participam sim das atividades [..]

Geralmente os pontos comuns em determinadas atividades são construídas e consolidadas em pequenos ou médios grupos de professores e nem sempre todos são unânimes em relação a uma ou outra atividade. Os discentes colaboram sim com todas as atividades. P3 Durante os projetos, eles estão muito bem empenhados e fazem muito bem, muito bem mesmo. Não resta dúvida. Agora, passando o projeto, tem essa diferença. Aqui eu vivencio todos os anos o projeto do meio ambiente e quando se fala em manter a prática do meio ambiente, da sustentabilidade, de manutenção do meio ambiente. Ou seja, proteção. Alunos aguam as plantas, manter os ambientes limpos. P4 A educação ambiental, ela não consegue viver se não for de forma

interdisciplinar. Sabe. É impossível eu trabalhar, é, por exemplo, agora com o lixeiro. É impossível trabalhar a questão do lixeiro só com a abordagem da economia e energia que é o conceito da física que a gente está fracionando quando está produzindo esses lixeiros. Você tem que olhar vários aspectos: aspecto químico, aspecto biológico, aspecto quantitativo, né, da matemática.

P5 A produtividade em relação aos trabalhos realizados, vivenciados dentro da escola, a gente tem assim, 70% [...] Está dentro de um contexto razoável, acima da média porque o que queremos é mais [...] Em relação às atitudes, não é nada muito bom porque ainda precisa um processo de conscientização do aluno, da família, porque a base do aluno é a família [...]

P6 A escola vem tentando e desenvolvendo vários projetos com esse intuito quando a gente sabe que os resultados são a longo prazo. P7 Eles sabem o que é educação ambiental, inclusive eles buscam, eles

pra que os projetos eles sejam realizados novamente porque eles sentem a necessidade e eles compreendem que o ambiente está precisando ser discutido, a questão ambiental precisa ser discutida no momento em que estamos passando pelo aquecimento global [...] P8 [...] A gente tem que se esforçar mais, tem que ter uma melhora da

direção até o discente que passa por todos os setores da escola e esses conceitos, esses procedimentos, dá pra perceber que houve uma melhora sim, mas não, digamos 100%. A gente tem que fazer um trabalho cada vez mais forte com relação a isso aí. Tem que ter muita conversa, tem que ter muita ação pra poder ter essa melhora.

Nessa Formação Discursiva os professores entrevistados, em seus relatos, concordaram que cultura escolar dessa escola, ocorrem ações de sustentabilidade e que as Relações Interpessoais entre professor-aluno, professor-gestão pedagógica de confiança como uma das formas de favorecimento para o processo de ensino aprendizagem de qualidade.

Dessa forma, podemos citar a fala expressa por P3 “Durante os projetos, eles estão muito bem empenhados e fazem muito bem, muito bem mesmo. Não resta dúvida”.

Considerando a abordagem de P2“Quase todos os professores participam sim das atividades [..] Geralmente os pontos comuns em determinadas atividades são construídas e consolidadas em pequenos ou médios grupos de professores e nem sempre todos são unânimes em relação a uma ou outra atividade. Os discentes colaboram sim com todas as atividades”.

Com base no que foi exposto acima, nos reportamos ao pensamento de Leff (2010, p. 91):

“Essa produtividade ecológica articula-se com uma produtividade tecnológica, porque não se deve renunciar a todas as possibilidades da ciência e da técnica, e sim reencaminhar muitas delas para a construção social, porém, não pode ser guiada por um planejamento centralizado da tecnologia normatizada pela ecologia. A alma dessa economia humana são os valores culturais. Cada cultura dá significado a seus conhecimentos, a seus saberes, a sua natureza, recriando-a e abrindo o fluxo de possibilidades de coevolução, articulando o pensamento humano com o potencial da natureza. Reabrir esse processo é um grande desafio para a sustentabilidade: significa desconstruir a globalização unitária guiada pelo valor de mercado, para construir uma globalização unitária guiada pelo valor de mercado, para construir uma globalização orientada pela interconexão de uma diversidade de possibilidades de recriação produtiva dos povos com suas naturezas”.

No documento clemildo ultima versão 7 junho (páginas 119-122)