• Nenhum resultado encontrado

4.4 Forma Legal, instrumentos de divulgação e gestão

Embora os museus físicos estejam sujeitos à autorização do Ministro da Cultura, para a sua criação, e a instrução do processo deverá obedecer ao estipulado nos Artigos 85.º a 90.º da Lei n.º 47/2004 de 19 de agosto, o mesmo não acontece com os museus virtuais que, por enquanto, não têm legislação que se lhes aplique.

4.4.1 - Tutela

Este é um museu particular, e como tal terá uma tutela privada, sem fins lucrativos, concebido e gerido pela autora do projeto, que acompanhará de perto a sua elaboração para que o mesmo seja executado de acordo com o estipulado no presente trabalho. Não se pretende que este venha a ser um mero espaço de divulgação de uma terra e das suas atividades, para todos os efeitos este é um museu e como tal deverá cumprir as funções museológicas estipuladas na Lei n.º 47/2004 de 19 de agosto. Mesmo que no futuro este venha a ser tutelado pela Junta de Freguesia de Santa Margarida da Serra ou outra entidade deverão ficar salvaguardados, através de documento legal, todos os princípios em que o mesmo assenta.

4.4.2 - Denominação

Designar-se-á como Museu Virtual de Santa Margarida da Serra, pois reflete algumas das principais características deste projeto, como identificar claramente a comunidade e o território que abrange, que existe, apenas, no espaço virtual e que é um museu e como tal deve prosseguir as funções museológicas estipuladas por lei.

77 4.4.3 - Logótipo

Uma instituição deverá ter uma designação e um logótipo que a identifique e particularize no seio das outras. O reconhecimento e divulgação do museu passam, pelo estudo e construção da sua imagem, e pela conveniente difusão através dos meios de comunicação.

A imagem deverá ser original, legível em termos gráficos, consonante à vocação museológica, simples e de fácil leitura. O logótipo deve, ainda, identificar o Museu Virtual de Santa Margarida da Serra em qualquer local, e ser legível sobre qualquer suporte em que seja aplicado.

4.4.4 - Marketing

Durante muito tempo os gestores dos museus não perceberam a importância do marketing e da publicidade clássica para promoverem as instituições em que trabalham, divulgarem atividades e cativarem mais e diversificados públicos. Esta realidade está em mudança, os grandes museus do mundo já incluem esta prática como fundamental para o seu sucesso e em Portugal começa-se a tomar consciência das vantagens destas técnicas. Como refere (Serra, 2007, p.187)

“os responsáveis dos museus portugueses começam finalmente a compreender que o marketing não é um mal necessário, mas um instrumento, um poderoso meio de comunicação ao serviço da tal acepção mais convencional de divulgação. Para esta não chega apenas fornecer informação. É necessário provocar a curiosidade, fazer reflectir ou, igualmente, estimular e aproximar.”

Este é um meio que facilita a difusão da missão do museu, a sua consolidação, manter e captar públicos e o reforço da sua imagem. O museu que se propõe terá que ser inovador, ter uma imagem apelativa, reconhecida qualidade e criar atividades interessantes e cativantes, certamente este será um processo evolutivo, mas que terá como objetivo final o enunciado, só assim poderá concorrer de forma saudável e inspiradora para o aperfeiçoamento, com outros museus virtuais (concorrentes diretos) e outras atividades da Internet na área da cultura (concorrência indireta). A visita a este museu deverá ser uma experiência muito agradável e estimulante. A sua divulgação e

78 das suas atividades far-se-á, de forma regular, através de emails, redes sociais, e outros meios disponíveis na internet, jornais e rádio local.

4.4.5 - Plano de atividades e orçamento

O museu terá instrumentos de gestão, como o orçamento e plano de atividades, que deverá ser apresentado anualmente em espaço próprio criado para este efeito, e que terá em conta o equilíbrio e a maximização entre as ações a desenvolver e a sua rentabilidade social e cultural. No plano de atividades inserem-se as ações a serem desenvolvidas (investigação, estudo, elaboração de filmes, desenhos, textos realização de fotografias, atividades educativas e interativas e exposições), os recursos humanos e financeiros e a calendarização de aplicação. Pode, também, prever a conservação de um espaço, edifício, contexto, tradição ou objetos nos quais se baseiam as coleções virtuais do museu, pois este terá a responsabilidade, dentro das suas limitações, de as preservar fisicamente para que possam ser transmitidas às gerações futuras. No orçamento devem constar todos os custos inerentes às atividades previstas e as receitas para as suportar.

Embora não seja uma instituição com fins lucrativos, necessitará de verbas para fazer face aos custos da sua atividade e manutenção. Assim quando for oportuno e se tenha efetuado os procedimentos legais, será criada uma loja para vender produtos online criados especificamente para este museu, (entre outros poderão existir postais, objetos escolares ou do quotidiano com um designer inovador, produtos tradicionais da região, livros ou outras publicações). Haverá, também, um campo específico para a eventualidade de existirem instituições ou empresas que pretendam fazer publicidade no site do museu, e mecenato.

4.4.6 - Regulamento Interno

O regulamento interno37 do museu é um instrumento fundamental na gestão de instituições museológicas, e nele deverá constar, entre outros elementos, a vocação, a missão, os objetivos, o enquadramento orgânico, as funções museológicas, o horário e regime de acesso público e a gestão de recursos humanos e financeiros. Para este museu

79 online será elaborado um pequeno regulamento, com os elementos enunciados, com exclusão do horário e acesso público por não se aplicar no caso.