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4 MATERIAL E MÉTODOS

5.3 Fotomicrografias em MEV.

Figura 5: Falha adesiva entre dentina e cimento (AD).

Figura 07: Falha mista (M).

6 – DISCUSSÃO

A Odontologia moderna além de minimamente invasiva segue uma tendência nas simplificações das técnicas, ou seja, há uma predisposição para o uso de técnicas com menores chances de erro por parte do operador, aliadas a uma otimização do tempo clínico e que gerem resultados igualmente satisfatórios. É seguindo essa premissa de descomplicar os procedimentos clínicos que surgiram inúmeras alternativas para a hibridização dos tecidos dentais como: sistemas adesivos de frasco único – autocondicionantes simplificados, cimentos resinosos duais, seguido dos autoadesivos, e por fim, o advento dos adesivos multifuncionais – universais. Porém, é necessário cautela e conhecimento das aplicações desses materiais, bem como de suas associações. Está bem estabelecido que não se deve associar sistemas adesivos autocondicionantes simplificados a cimentos resinosos duais no interior de canais radiculares (Van Meerbeek, et al., 2011) pois, os monômeros ácidos da última camada do sistema adesivo reagem com as aminas terciárias do cimento resinoso dual, co-iniciadoras na reação com o peróxido de benzoila, neutralizando e prejudicando a polimerização química, numa reação ácido- base.

Os sistemas adesivos multifuncionais - denominados universais, entretanto, vieram como uma alternativa igualmente simples para essas incompatibilidades. Os sistemas adesivos multifuncionais são considerados sistemas autocondicionantes ultra-suaves, devido ao pH relativamente mais alto (pH ≥2,5) em relação aos sistemas adesivos antecessores, o que poderia contribuir com a compatibilidade entre os monômeros ácidos residuais e os componentes binários peróxido-amina e amina terciária do cimento resinoso. Além do maior pH, esses sistemas universais possuem na composição o monômero funcional 10-MDP (Metacriloxidecil Di-hidrogênio Fosfato) que permite ligação mais estável com a hidroxiapatita que recobre as fibrilas de colágeno na área da união (Yoshihara, 2011). Além do alto potencial de união química à hidroxiapatita, o sal de cálcio do 10-MDP é altamente insolúvel (Van Landuyt, 2008).

Um cimento resinoso de dupla ativação (RelyX Ultimate) foi produzido e proposto para a utilização juntamente com esses sistemas adesivos universais, desenvolvido com um sistema de oxi-redução formado pelo ter-butil peróxido trimetilhilhexanoato e persulfato de sódio para suprir as interações adversas entre o

sistema adesivo e o cimento resinoso polimerizado quimicamente que utiliza na reação de autopolimerização a amina terciária (ativador) e peróxido de benzoíla (iniciador). Com o intuito de avaliar a eficácia dessa associação, e comparar com outra associação simplificada: entre um cimento autoadesivo (RelyX U200), com um sistema adesivo universal (Single bond Universal), foi proposto o seguinte estudo.

O grupo Ultimate B demonstrou que sua média de resistência de união na região cervical foi estatisticamente superior à média dos grupos: Ultimate A, U200 A, em que o adesivo e o cimento não foram fotoativados. Alguns estudos mostram a eficácia da ativação química dos cimentos duais (De Durao, et al., 2007; Wang, et al., 2008). Entretanto, o sistema adesivo single-bond universal se trata de um sistema adesivo fotoativado e a sua não polimerização, nem mesmo a do cimento, poderia justificar os menores valores de resistência de união, devido a uma redução no grau de conversão dos monômeros e consequentemente da resistência de união dos espécimes (Rueggberg, et al., 1999). Além disso, os grupos Ultimate A e U200 A, apresentaram maiores índices de fraturas do tipo AD (adesivas entre dentina e cimento), fato que confirmaria a deficiência de polimerização do adesivo e do cimento e uma adesão mais fragilizada com o substrato dentinário, que são caracterizadas por esse tipo de fratura (Rasimick, et al., 2010; Sarkis-Onofre, et al., 2014).

A fotoativação exclusiva do sistema adesivo e não do cimento não produz benefícios na resistência de união (Arrais, 2008). Porém, é enaltecido que tais resultados são referentes aos cimentos utilizados no estudo, e que outros estudos deveriam ser realizados. Lührs et al. (2014) encontraram resultados semelhantes quanto a fotoativação prévia do adesivo e não do cimento, em concordância com os resultados deste estudo, em que o grupo Ultimate B foi superior ao grupo U200 D. Além do mais, um alto grau de conversão provocado pela fotoativação do adesivo e do cimento, pode ter afetado negativamente o mecanismo de auto-polimerização, a rápida formação de um polímero “cross-linked” pela exposição a luz pode ter levado ao aprisionamento de moléculas reativas, incluindo ativadores e iniciadores necessários para a reação dual (De Jager, et al., 2004; Soh, et al., 2004; De Jager, et al., 2005; Elliott, et al., 2005). Um período de espera entre a espatulação do cimento e a fotoativação poderia aumentar a concentração de radicais livres, que levaria a melhores níveis de grau de conversão melhorando as propriedades mecânicas do cimento (Stavridakis, et al. 2005; Moraes, et al., 2009). Visto que no

presente estudo a fotoativação foi realizada imediatamente após a inserção do cimento, não havendo esse tempo de espera. Tal fator, também pode justificar que os grupos com a fotoativação de ambos os compósitos resinosos não obtiveram os melhores resultados de resistência de união, como os grupos C e D.

Deste modo, uma alternativa para obter melhores valores de resistência de união nos grupos fotoativados, seria um tempo de espera para a fotoativação do compósito (Stavridakis, et al. 2005; Moraes, et al., 2009; Faria-e-Silva, et al., 2011; Pereira, et al. 2015) e essa forma de polimerização dos componentes adesivos ou conjunto deles deveria ser testada.

A média da resistência de união do grupo U200 B foi estatisticamente superior à média do grupo U200 tanto no terço cervical como médio. Esses dados mostram que o uso de um adesivo universal, previamente polimerizado, em associação com o cimento resinoso autoadesivo, promoveu melhores resultados de resistência de união em comparação ao uso de apenas o cimento resinoso autoadesivo. Esse comportamento é semelhante em alguns estudos que mostram melhores valores de resistência de união nos grupos em que a dentina sofria algum tipo de tratamento prévio à aplicação do cimento autoadesivo (Pavan, et al., 2010; Broyles, et al., 2013). Da mesma forma, Oskoee et al. (2016) concluíram que um cimento autoadesivo não poderia ser utilizado sozinho para a cimentação de pinos de fibra de vidro, seria preciso um adesivo (sugestão era um adesivo universal), justificando também os resutados de superioridade na região do grupo Ultimate B sobre o grupo U200.

Da mesma maneira em que ocorreu nos grupos U200 A e Ultimate A, na região apical do grupo U200 B houve maior predominância de fraturas do tipo adesivas (AD), mostrando a fragilidade dessa adesão na região apical, provavelmente ocasionada pela dificuldade do controle de quantidade da umidade, de adesivos e solventes nessa região, assim como a limitada ação da luz.

Ademais, a aplicação ativa do sistema adesivo pode ter influenciado com uma melhor ação de seus monômeros acídicos, permitindo uma melhor infiltração do sistema adesivo na dentina, gerando uma melhor resistência de união. Os cimentos autoadesivos possuem pH ácido, porém, não são capazes de dissolver smear layer, desmineralizar a dentina ou formar uma camada híbrida (Monticelli, et al., 2008; Ferracane, et al., 2011; Broyles, et al., 2013), o que poderia prejudicar sua resistência de união. Da mesma forma, alguns autores atribuem essa menor

resistência de união ao diminuído potencial de condicionamento ácido desses cimentos (Munck, et al., 2004; Goracci, et al., 2005; Calixto, et al., 2012). Apesar disso, Sarkis-Onofre et al. (2014), em uma revisão sistemática, concluíram que os sistemas autoadesivos possuem os maiores valores de resistência de união quando comparados a outros cimentos resinosos, o que pode ser explicado pelo seu mecanismo de adesão, que tem suas propriedades adesivas baseadas nos monômeros ácidos que desmineralizam e infiltram no substrato dentinário criando uma retenção micromecânica e uma união química com a hidroxiapatita (Ferracane, et al., 2011). A água resultado das interações ácido-base pode melhorar a interação entre cimento e dentina e a tolerância do cimento à umidade. (Bitter, et al., 2006 e Forberger, & Gohring, 2008;), mas a literatura ainda não possui um consenso sobre isso.

Uma recente revisão de literatura sobre adesão na dentina (Ekambaram, et al., 2015), demonstrou uma grande variedade de resultados quando diferentes regiões da dentina eram analisadas: diversos estudos mostravam maiores valores de resistência de união na região cervical em comparação às outras: (Gaston, et al. 2001; Manocci, et al., 2004; Muniz, et al., 2005) outros estudos superioridade da região apical (Mallman, et al., 2005; Kremeier, et al., 2008; Santos, et al., 2009), e outros com nenhuma diferença entre os terços (Yoshiyama, et al., 1996; Burrow, et al., 1996; Ngoh, et al., 2001; Foxton, et al., 2003; Kanno, et al., 2004; Aksornmuang, et al., 2004; Foxton, et al., 2005). A superioridade da região cervical era atribuída às diferenças na dentina intratubular, densidade de túbulos dentinários, e a fotoativação mais eficaz, enquanto que nos trabalhos em que região apical era superior, a justificativa era relacionada à uma área de dentina intertubular mais densa, do que a quantidade de túbulos (Ekambaram, et al., 2015). Em geral, os valores numéricos obtidos neste estudo, demonstram uma homegeneidade, sendo a resistência de união maior no terço cervical do que no médio que era maior que da região apical, porém, estatisticamente só houve diferença da região cervical em relação a região apical dos grupos Ultimate B e Ultimate D; e no grupo U200 B, a região cervical e média foi estatisticamente superior à sua região apical, corroborando com a diversidade de resultados encontrados na literatura, mas mantendo um padrão de superioridade da região cervical, devido às características citadas acima.

Protocolos diferentes além da recomendação do fabricante devem ser estudados, como foi realizado neste trabalho, e até definidos, no intuito de otimizar o

sucesso clínico. As simplificações das etapas clínicas são uma tendência atual porém, nem sempre proporcionam os índices mais altos de resistência de união – como no caso do cimento autoadesivo isolado neste estudo. Associações entre diferentes e novos materiais devem ser realizados buscando excelência nos procedimentos restauradores.

Portanto, pode-se concluir que o uso de cimentos resinosos e sistemas adesivos universais possuem aplicações promissoras, na tentativa de melhorar a performance das restaurações intrarradiculares. Porém, mais estudos são necessários para investigar mais propriedades e interações entre suas associações, antes de serem aplicados na clínica. Ensaios como termociclagem mecânica, e avaliações mecânicas de maneira mediata, seriam interessantes no intuito de tentar simular os desafios que ocorreriam in-vivo. Além de comparações entre os cimentos quanto a sua composição e comportamento.

7 CONCLUSÃO

Baseado nos resultados encontrados neste estudo pode-se concluir que:

1. O protocolo de fotoativação influenciou a resistência de união.

2. A fotoativação exclusiva do sistema adesivo universal se mostrou um fator significativo na resistência de união dos cimentos resinosos.

3. A associação entre o sistema adesivo universal – Single bond universal, e o cimento auto adesivo RelyX U200, demonstrou resultados de resistência de união superiores, apenas quando polimerizado o adesivo e não polimerizado o cimento.

4. O uso unicamente do cimento resinoso autoadesivo promoveu os valores maios baixos de resistência de união.

5. Para se obter uma melhor união é recomendado o uso prévio de um sistema adesivo.

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