• Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os
praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o
ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus
direitos. (“TIRA A MACAÚBA DA BOCA!”)
• (Art. 955. Procede-se à declaração de insolvência toda vez que as dívidas excedam à importância dos
bens do devedor)
• Trata-se de alienação (gratuita ou onerosa) ou oneração de bens, ou remissão de
dívida feita por quem está insolvente ou próximo da insolvência (“LISO, XEXÊRO”), a
fim de prejudicar credores que não possuem garantia certa (quirografários). (ex.:
deve R$ 200 mil ao banco e aliena o único bem que dispunha para o cumprimento
da obrigação).
• Para a caracterização da fraude, necessários dois elementos: insolvência do devedor
+ má-fé dos contratantes, intenção de prejudicar.
• Para anular o negócio, o credor prejudicado deverá provar que já era credor na
época da alienação.
• Para a caracterização da fraude contra credores não é preciso que haja ação judicial
cobrando a dívida; basta que haja uma dívida, nem precisando estar vencida.
Simulação:
• Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se
válido for na substância e na forma. § 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos
quando:
• I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais
realmente se conferem, ou transmitem;
• II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
• III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
• Simular é fingir. Ocorre a simulação quando há uma declaração inexata da
vontade, por conluio das partes, com o objetivo de aparentar perante a
coletividade um negócio jurídico diferente do que era a intenção, ou até mesmo
aparentar um negócio que não existe de fato.
• Ex.: compra e venda feita para a amante, sem o pagamento do valor descrito no
contrato, para encobrir uma doação;
• Ex.: compra e venda de um imóvel com previsão de um valor menor, a fim de
incidirem menos impostos.
• A intenção da simulação é iludir terceiros ou violar a lei.
• Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do
negócio jurídico simulado.
• Diversamente de todos os demais defeitos do negócio jurídicos, que são
ANULÁVEIS, a simulação torna o negócio NULO.
Dolo
Erro ou Ignorância
ANULÁVEL Fraude contra Credores
Lesão
Estado de Perigo
Coação
• (BNB - 2010) Sobre vícios que anulam o negócio jurídico, relacione as colunas a
seguir.
• 1. Erro ( ) Pressão física ou moral exercida sobre a pessoa para obrigá-la a
praticar ato jurídico que não queira.
• 2. Dolo ( ) Noção inexata sobre um objeto, que leva a uma distorção da
formação da vontade do declarante.
• 3. Coação ( ) Expediente astucioso para induzir alguém a praticar ato danoso a si
próprio.
• 4 Simulação ( ) Declaração enganosa da vontade, visando produzir efeito diverso
do ostensivamente indicado.
• Assinale a alternativa com a sequencia CORRETA.
A) 1-2-3-4
B) 2-1-3-4
C) 3-1-2-4
D) 3-4-2-1
E) 2-1-4-3
• (CESPE – 2018 – ADVOGADO) Considerando o que dispõe o Código Civil
acerca de negócios jurídicos e contratos, julgue o item a seguir.
• É nulo o negócio jurídico quando uma parte se obriga, por inexperiência,
a prestação excessivamente onerosa, não sendo possível, nesse caso,
uma revisão judicial desse negócio jurídico, uma vez que o erro prejudica
sua validade.
• (CESPE – 2018 – PROCURADOR) Quando alguém obtém lucro
exagerado, desproporcional, aproveitando-se da situação de
necessidade real e notória do outro contratante, configura-se o vício do
negócio jurídico denominado
• A) abuso de direito.
• B) lesão.
• C) dolo de aproveitamento.
• D) coação.
• (CESPE – 2018 – STM - ANALISTA) Determinada entidade bancária
ofereceu a um cliente a oportunidade de financiar dívida vencida de
trinta mil reais, informando que, caso não ocorresse a regularização da
situação de inadimplência, tomaria as medidas cabíveis para a inclusão
do consumidor em cadastro de devedores.
• Nessa situação hipotética, embora a oferta de financiamento seja válida,
a cobrança da dívida está viciada pela presença do vício de
consentimento denominado coação.
• (CESPE – 2017 – DEFENSOR) Pedro, recém-chegado a Rio Branco, adquiriu de
Ana um apartamento na cidade e, posteriormente, descobriu que havia
pagado, pelo imóvel, valor equivalente ao dobro da média constatada no
mercado, uma vez que desconhecia a real situação imobiliária local e tinha
pressa em adquirir um apartamento para abrigar sua família.
• Nessa situação hipotética, o negócio poderá ser anulado, uma vez que
apresenta o vício de consentimento denominado
• A) dolo.
• B) lesão.
• C) fraude contra credores.
• D) estado de perigo.
• (CESPE – 2017 – ANALISTA TRT) Com a finalidade de se eximir de pagar
as verbas trabalhistas devidas, uma pessoa jurídica simulou a venda dos
veículos registrados em seu nome.
• Nessa situação hipotética, o negócio jurídico da venda é
• A) nulo.
• B) anulável no todo.
• C) válido.
• (CESPE – 2016 – DELEGADO - ADAPTADA) Assinale a opção correta a
respeito dos defeitos dos negócios jurídicos.
• Os negócios jurídicos eivados pelo dolo são nulos.
• ( ) CERTO ( ) ERRADO
• Se em um negócio jurídico, ambas as partes agem com dolo, ainda
assim podem invocar o dolo da outra parte para pleitear a anulação da
avença.
• (CESPE – 2016 – DELEGADO - ADAPTADA) Assinale a opção correta a
respeito dos defeitos dos negócios jurídicos.
• Age em estado de perigo o indivíduo que toma parte de um negócio
jurídico sob premente necessidade ou por inexperiência, assumindo
obrigação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta
ferindo o caráter sinalagmático do contrato.
• (CESPE – 2016 – ANALISTA TRE) A remissão de dívida que leve o
devedor à insolvência configura
• a) abuso de direito.
• B) má-fé.
• C) fraude contra credores.
• D)dolo.
• (CESPE – TJ) Com relação a negócios jurídicos, seus defeitos e validades,
assinale a opção correta.
• Considera-se absolutamente nulo o negócio jurídico praticado por
pessoa com capacidade relativa ou mesmo aquele contaminado por vício
de consentimento, como o erro, o dolo e a coação.
• (CESPE – CÂMARA - ANALISTA) Acerca de negócio jurídico e de ato
jurídico lícito e ilícito, julgue os itens seguintes
O dolo essencial torna o negócio jurídico nulo, enquanto o dolo acidental
somente obriga o pagamento de indenização pelas perdas e danos