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Um dia com Freud: Porto Alegre terá leitura de obra do pai da psicanálise em projeto que envolve 24 cidades do mundo

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A capital gaúcha é o único município brasileiro a integrar o ciclo "Freud 24Hours"; no dia 6, Unisinos receberá atividade em torno de escritos que mestre enviou a Einstein

Freud por FragaGilmar Fraga / Arte ZHPor Zelig Libermann

"Em minha juventude, senti uma necessidade absorvente de compreender algo dos enigmas do mundo em que vivemos e talvez mesmo de contribuir com alguma coisa para a solução dos mesmos."

Freud, em "A Questão da Análise Leiga" (1927)

O século 19 testemunhou o desenvolvimento intelectual de personagens que marcaram a história do pensamento do Ocidente e que, de formas diversas, seguem presentes nos debates da contemporaneidade. Sigmund Freud, que nasceu em 6 de maio de 1856, foi um desses oitocentistas de destaque ao criar a Psicanálise, disciplina que adquiriu espaço na cultura ocidental e segue desempenhando um relevante papel em diferentes áreas do conhecimento humano.

Para marcar a data de nascimento de Freud, neste dia 6 a Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA) e a Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre (SBPdePA) realizarão uma atividade conjunta que insere a capital gaúcha como a cidade brasileira convidada do Free Association (grupo que congrega psicanalistas da International Psychoanalytical Association, a IPA) a participar de uma homenagem internacional ao criador da Psicanálise - o evento Freud 24Hours.

Seguindo o fuso horário leste/oeste, 24 cidades de vários continentes darão a volta ao mundo nesse dia, com a leitura pública consecutiva de textos de Freud, em atividades gratuitas, abertas ao público, iniciando-se sempre às 19h de cada local. A ideia é chegar às comunidades, sensibilizar o público para a psicanálise e celebrar o trabalho de Freud. Os participantes estarão livres para ir e vir durante a leitura, e, depois, haverá tempo para compartilhar ideias entre os ouvintes.

Em Porto Alegre, o evento terá lugar até as 21h, no Espaço Unisinos, e contará com a leitura pública do artigo Por que a Guerra?, réplica de Freud à carta que recebeu de Albert Einstein em 1932, época em que, como se sabe, viviam-se as feridas da I Guerra Mundial e os precursores da ascensão do nazi-fascismo e da II Guerra Mundial.

Nascido em Freiberg (atual Príbor, na República Tcheca), aos três anos, Freud mudou-se com a família para Viena, onde viveu até ser forçado a se exilar na Inglaterra, em junho de 1938, devido à perseguição nazista. Aproximadamente um ano depois, em 23 de setembro de 1939, ele faleceu em sua residência em Londres. Em seus escritos, desenvolvidos em mais de 40 anos dedicados à Psicanálise, Freud evidencia a grande capacidade de reflexão e de questionamento de seu próprio pensamento, característica que o levaria a transformações em sua forma de compreender a mente humana, de estruturar as bases da técnica para o tratamento psicanalítico e de formular ideias sobre a cultura e a civilização.

Iniciando a vida profissional como neurologista, Freud voltou seu interesse para o campo dos distúrbios de origem psíquica, notadamente para síndromes até então menosprezadas como os quadros histéricos. Esse interesse constituiu o início de um trabalho que o levou a repensar a mente humana, tanto em seus aspectos estruturantes quanto patológicos, defendendo a ideia de uma porção inconsciente do psiquismo que impacta sobre o livre-arbítrio daquilo que conhecemos de forma consciente.

Com essa nova visão, e estimulando os pacientes a fazerem associações livremente, Freud deu voz e palavras aos pacientes neuróticos que sofriam por deslocar seus conflitos inconscientes para o corpo (conversões), para pensamentos obsessivos e condutas compulsivas, tornando a psicanálise um recurso terapêutico importante para tratar o sofrimento humano.

Depois de uma trajetória centenária, e ainda que a cultura atual seja bastante diferente da era vitoriana de transição entre os séculos 19 e 20, e que a teoria e a técnica psicanalíticas tenham experimentado inúmeras transformações e acréscimos, podemos constatar a relevância da psicanálise em dar voz e palavras também àqueles que sofrem por conflitos do tempo atual de um relativismo extremado em que se perdem os limites, as responsabilidades e as funções atribuídas a certos papéis sociais.

Homenagear a Freud é prestar tributo à inestimável produção científica que ele nos legou, a qual mantém sua vivacidade e evidencia seu caráter atemporal que a faz permanecer como elemento relevante da cultura de nosso tempo.

Freud 24HoursLeitura do artigo Por que a Guerra?, réplica de Freud à carta que recebeu de Albert Einstein em 1932. Trata-se de um evento realizado em sequência junto a outros 24 semelhantes, que terão lugar em cidades como Guadalajara (México), Kolkata (Índia), Moscou (Rússia) e Teerã (Irã).

Dia 6 de maio, das 19h às 21h.

Evento gratuito e aberto à comunidade. Outros artigos publicados no caderno DOC

26/04/2019 | GZH | gauchazh.clicrbs.com.br | Geral

Titãs revisita "Acústico MTV" em Novo Hamburgo e Porto Alegre

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Banda volta ao Estado com turnê que celebra lançamento de um dos mais importantes discos de sua trajetória

Sérgio Britto, Branco Mello e Tony Bellotto passam em revista grandes sucessos dos Titãs em Novo Hamburgo e Porto AlegreSilmara Ciuffa / DivulgaçãoVinte e dois anos depois do lançamento de um dos mais importantes discos dos anos 1990 no rock brasileiro, o seu Acústico MTV, os Titãs decidiram atender os pedidos dos fãs e fazer uma turnê especial para relembrar o álbum. Diferentemente daquela época, em que o CD reinava absoluto no mercado e o grupo contou com grandes nomes da música nacional para a gravação do disco, o formato do novo show é mais enxuto.

Mas nem por isso gera menos empolgação em Sérgio Britto (voz, piano e contrabaixo), Branco Mello (voz, violão e contrabaixo) e Tony Bellotto (voz, guitarra acústica e violão). A versão trio é específica para esse projeto. Nos demais shows, sobe ao palco a formação completada por Beto Lee (guitarra) e Mario Fabre (bateria).

Em entrevista por telefone, Belotto adianta que nos shows desta sexta-feira (26), em Novo Hamburgo, e sábado (27), em Porto Alegre, serão apresentadas novas versões para sucessos do Acústico, que vendeu mais de dois milhões de cópias e que reuniu faixas como Marvin, Televisão, Família e Go Back, além de Pra Dizer Adeus, que virou hit a partir do disco. Confira!

O Acústico MTV é um dos discos mais marcantes da trajetória dos Titãs. Por que celebrar a data agora e não em 2017, nos 20 anos do lançamento?

Vínhamos sendo cobrados pelos fãs, há algum tempo, para lançar algo que marcasse os 20 anos do álbum. Em 2017, estávamos muito envolvidos com o disco Doze Flores Amarelas, e não estávamos com tempo para pensar em outro projeto, além de não sermos muito ligados em efemérides. Porém, com o passar do tempo, passamos a achar que poderia ser uma boa ideia, porque poderíamos fazer um show muito diferente do que foi o Acústico MTV. Vimos que poderia ser um show muito essencial, só nós três, pois, além de tocar muita coisa que estava presente no Acústico, a gente poderia tocar coisas que foram sucesso depois daquele disco, como Epitáfio e É Preciso Saber Viver.

No palco, os fãs notarão uma grande diferença, pois aquele show tinha orquestra, convidados especiais como Fito Paez, Marisa Monte, Jimmy Cliff e Arnaldo Antunes, por exemplo. Agora, é mais intimista...

Exato, acho que um dos grandes diferenciais desse show é o fato de ser intimista. A gente está próximo do público, pode falar e até faz parte do show a gente falar bastante, no intervalo entre uma música e outra. E é uma coisa que a gente nunca fez em 37 anos de carreira, conversar com o público, contar como certas músicas foram feitas, fazer comentários. E tem sido muito legal. Começamos esse projeto meio de brincadeira e vem tendo uma receptividade muito grande. É como tocar na sala de casa, para amigos.

Tantos anos depois, e com muitas versões gravadas dos sucessos da banda, como vocês trabalharam os arranjos para as versões desta turnê especial?

Apesar de este show não contar com orquestra e com os convidados daquele espetáculo, a gente fez arranjos diferentes para canções como Família e Go Back, por exemplo. Mesmo não tendo orquestra, a gente recria algumas sonoridades típicas de orquestra, no piano e no violão

Mesmo com tantos discos fortes, principalmente nos anos 1980, o Acústico MTV marcou os fãs do grupo, não?

Certamente, muita gente fala desse disco. Nesses momentos, a gente vê como um disco é importante para uma pessoa, em determinado momento de sua vida. E relembrar esse disco é uma oportunidade muito legal de tocar aquelas músicas, de um jeito que consideramos especial.

Quando o Acústico MTV foi lançado, os Titãs tinham integrantes que cantavam músicas emblemáticas, como Nando Reis (Marvin e Família) e Paulo Miklos (Pra Dizer Adeus), mas que deixaram a banda. Como encaixar essas canções no formato trio?

Muitos dos sucessos que o Paulo gravou, por exemplo, são de minha autoria, como Isso e Pra Dizer Adeus, que foi o primeiro single daquele disco. E é curioso. No nosso primeiro disco (que leva o nome do grupo, lançado em 1984), eu cantava em alguns momentos. Mas como naquela época a banda tinha muitos cantores, acabei me concentrando na guitarra e não cantei mais. Desde a saída do Paulo dos Titãs (em 2016), eu já vinha cantando algumas faixas. E agora que estou perto de completar 59 anos de idade, estrear alguma coisa diferente é uma grande satisfação. Se provocar, se desafiar, é legal. E músicas que tinham o Nando e o Paulo nos vocais se ajustam muito bem nesse formato que estamos trabalhando.

Vocês já fizeram shows históricos por aqui, em diversas edições do Planeta Atlântida, no Gigantinho, e em uma turnê conjunta com os Paralamas do Sucesso, em 2008. Alguma lembrança especial dos shows no Rio Grande do Sul?

Os gaúchos sempre nos receberam muito bem. O Rio Grande do Sul é muito surpreendente, tem umas cidades incríveis. Lembro que, nos 80, quando a gente começou, duas cidades que tinham muita força no rock, além de São Paulo e do Rio de Janeiro, e que nos acolheram bem, eram Brasília e Porto Alegre. A cena roqueira daí sempre foi muito forte. Sempre nos anima muito tocar no Rio Grande do Sul. Uma das coisas mais marcantes que recordo foi quando lançamos o primeiro disco, que teve como grande sucesso, no resto do Brasil, Sonífera Ilha. Mas notamos que Marvin tinha uma receptividade bacana no Rio Grande do Sul, e ela estourou de maneira diferente aí.

TITÃSNOVO HAMBURGO

Sexta-feira, às 21h, no Teatro Feevale (ERS-239, Campus II da Universidade Feevale).

Ingressos: R$ 120 (plateia baixa, plateia alta, camarote), R$ 100 (frisas, segundo e quarto andar) e R$ 80 (balcão), com 20% de desconto para sócios do Clube do Assinante. À venda na bilheteria do Teatro Feevale e no site uhuu.com (com taxa).

PORTO ALEGRE

Sábado, às 21h, no Teatro do Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, 80).

Ingressos: R$ 80 (galeria mezanino direita e galeria mezanino esquerda), R$ 100 (galeria alta esquerda e galeria alta direta), R$ 120 (mezanino), R$ 160 (plateia alta), R$ 180 (camarote) e R$ 200 (plateia baixa), com 10% de desconto para sócios do Clube. À venda na bilheteria do Teatro do Bourbon Country e no site uhuu.com (com taxa).

26/04/2019 | GZH | gauchazh.clicrbs.com.br | Geral

Show da banda Moio e mais dicas para curtir em Porto Alegre neste