Com relação à fronteira tecnológica, a presente edição da Sondagem de Inovação investigou junto às empresas pesquisadas a difusão do conhecimento e uso da Nanotecnologia, assim como já havia sido feito no segundo trimestre de 2010, 2011, 2012 e 2013. Dessa forma, podemos ter, com a repetição da questão 14 específica sobre Nanotecnologia, um exame da evolução ano a ano acerca do uso e conhecimento dessa tecnologia de fronteira.
O objetivo é investigar em que medida as empresas estão caminhando rumo a novas fronteiras tecnológicas, aqui representadas pela Nanotecnologia – definida como o entendimento e controle da matéria em dimensões entre 1 e 100 nanômetros4. Em escala nano, as propriedades físicas, químicas e biológicas dos materiais diferem de forma fundamental das propriedades desses mesmos materiais em escala macroscópica. Por esta razão, a pesquisa em nanotecnologia se direciona em grande medida para o entendimento e a criação de novos materiais, mecanismos e sistemas que explorem essas novas propriedades, e tem sido
4 Um nanômetro corresponde a um bilionésimo de um metro.
38,1 33,4 33,9 28,4 24,6 24,6 25,7 24,3 25,7 23,3 20,1 26,3 24,8 20,5 54,4 56,8 53,7 59,8 61,1 62,2 57,2 58,0 55,3 55,6 61,8 54,7 55,7 55,0 2,4 3,2 4,3 4,8 6,7 5,2 6,8 5,4 6,2 6,7 6,2 4,3 5,9 11,0 5,1 6,6 7,9 7,0 7,6 8,0 10,2 12,4 12,9 14,4 11,9 14,8 13,6 13,4 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 1º Tri
2011 2º Tri2011 3º Tri2011 4º Tri2011 1º Tri2012 2º Tri2012 3º Tri2012 4º Tri2012 1º Tri2013 2º Tri2013 3º Tri2013 4º Tri2013 1º Tri2014 2º Tri2014
Aumentou Manteve Diminuiu Não fez
Fonte: Sondagem de Inovação da ABDI.
F. FRONTEIRA TECNOLÓGICA: NANOTECNOLOGIA
Com relação à fronteira tecnológica, a presente edição da Sondagem de Inovação investigou junto às empresas pesquisadas a difusão do conhecimento e uso da Nanotecnologia, assim como já havia sido feito no segundo trimestre de 2010, 2011, 2012 e 2013. Dessa forma, podemos ter, com a repetição da questão 14 específica sobre Nanotecnologia, um exame da evolução ano a ano acerca do uso e conhecimento dessa tecnologia de fronteira.
O objetivo é investigar em que medida as empresas estão caminhando rumo a novas fronteiras tecnológicas, aqui representadas pela Nanotecnologia – definida como o entendimento e controle da matéria em dimensões entre 1 e 100 nanômetros4. Em escala
nano, as propriedades físicas, químicas e biológicas dos materiais diferem de forma fundamental das propriedades desses mesmos materiais em escala macroscópica. Por esta razão, a pesquisa em nanotecnologia se direciona em grande medida para o entendimento e a criação de novos materiais, mecanismos e sistemas que explorem essas novas propriedades, e tem sido considerada como de grande potencial para influenciar inúmeras áreas do conhecimento científico da física, química e biologia e domínios tecnológicos derivados, com aplicações no campo da energia, comunicações, computação, eletrônica, engenharia de materiais, indústria farmacêutica, entre outros. Em nível mundial, observa-se a aplicação crescente de nanotecnologia em produtos
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Sondagem de Inovação - ABDI • www.abdi.com.brvoltados ao consumidor final, com destaque para a fabricação de cosméticos, artigos de vestuário, tintas e vernizes, e eletrodomésticos.
As empresas foram solicitadas a responder: (i) se utilizam nanotecnologia em algum produto ou processo e, caso positivo, descrever tal uso; (ii) se, no momento da pesquisa, estavam desenvolvendo algum projeto para utilização da nanotecnologia; e (iii) se conhecem algum uso dessa tecnologia em alguma outra empresa do setor (e, caso positivo, descrever tal uso).
Os resultados deste trimestre indicam que a grande maioria das empresas não utiliza nanotecnologia em seus produtos ou processos (91,2%), nem está desenvolvendo projetos que utilizem nanotecnologia (89%). Ademais, outra constatação importante é a evidência de que o conhecimento do uso da nanotecnologia em outra empresa do setor é ainda muito baixo – apenas 12,3% das firmas declararam conhecer o uso da nanotecnologia em outra empresa do seu setor.
Quando se compara os resultados deste trimestre com os anos anteriores em que a Sondagem examinou o uso da nanotecnologia (2010, 2011, 2012 e 2013), percebe- se modesta evolução nos indicadores. Os percentuais de firmas que declararam desenvolver projetos utilizando nanotecnologia ou que afirmaram conhecer seu uso em outras empresas têm oscilado em torno de um patamar relativamente estável ao longo desses últimos quatro anos. O melhor resultado se refere ao indicador de uso da nanotecnologia pelas empresas, que tem apresentado tendência crescente no período. Mais especificamente, o percentual de empresas que declarou utilizar nanotecnologia em seus produtos ou processos se elevou em cerca de 4 p.p. entre 2010 e 2014, passando de 4,7% para 8,8%.
Em última instância, a utilização e o conhecimento da nanotecnologia na indústria brasileira ainda se encontram em estágio embrionário e vêm se alterando de forma tímida ao longo dos últimos quatro anos.
Gráfico 14: Utilização de nanotecnologia nas grandes firmas industriais– 2010-2014
Gráfico 14: Utilização de nanotecnologia nas grandes firmas industriais– 2010-2014
Fonte: Sondagem de Inovação
Assim como nos anos anteriores, no segundo trimestre de 2014 se verifica significativa diferença entre empresas que possuem P&D formalizado e empresas que não o possuem, tanto em termos de utilização de nanotecnologia e projetos em desenvolvimento com nanotecnologia, quanto em conhecimento da utilização de nanotecnologia no setor. No primeiro caso, referente ao uso de nanotecnologia, enquanto 11,2% das empresas com P&D afirmaram utilizar nanotecnologia em algum produto ou processo, apenas 6,7% das empresas sem P&D utilizam nanotecnologia. Em relação ao desenvolvimento de projetos envolvendo nanotecnologia, enquanto 15,8% das empresas com P&D afirmaram desenvolver tais projetos, apenas 6,7% das empresas sem P&D o fazem. Por fim, no que se refere ao conhecimento de utilização de nanotecnologia em outras empresas do setor, enquanto 16,7% das empresas com P&D afirmaram que conhecem usos de nanotecnologia em outras empresas do setor, este percentual cai para 8,4% entre as empresas sem departamentos de P&D. Dessa forma, evidencia-se que o processo inovativo das empresas com P&D estruturado apresenta vantagens no que se refere tanto ao uso, como ao desenvolvimento de projetos e no conhecimento sobre a utilização de nanotecnologia em outras empresas do setor.
As empresas que informaram o uso de nanotecnologia descreveram processos e produtos 10,9 7,7 9,5 8,4 11,0 4,7 5,8 7,2 7,9 8,8 15,5 11,1 13,4 10,7 12,3 89,1 92,3 90,6 91,5 89,0 95,5 94,2 92,8 92,0 91,2 84,5 88,9 86,6 89,3 87,7 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2 trim
2010 2 trim2011 2 trim2012 2 trim2013 2 trim2014 2 trim2010 2 trim2011 2 trim2012 2 trim2013 2 trim2014 2 trim2010 2 trim2011 2 trim2012 2 trim2013 2 trim2014
Não Sim Conhecem o uso da nanotecnologia no setor Desenvolvem projetos utilizando nanotecnologia Utilizam nanotecnologia em algum produto ou processo
Desenvolvem projetos utilizando nanotecnologia
Utilizam nanotecnologia em algum produto ou processo
Conhecem o uso da nanotecnologia no setor
Fonte: Sondagem de Inovação da ABDI.
Assim como nos anos anteriores, no segundo trimestre de 2014 se verifica significativa diferença entre empresas que possuem P&D formalizado e empresas que não o possuem, tanto em termos de utilização de nanotecnologia e projetos em desenvolvimento com nanotecnologia, quanto em conhecimento da utilização de nanotecnologia no setor. No primeiro caso, referente ao uso de nanotecnologia, enquanto 11,2% das empresas com P&D afirmaram utilizar nanotecnologia em algum produto ou processo, apenas 6,7% das empresas sem P&D utilizam nanotecnologia. Em relação ao desenvolvimento de projetos envolvendo nanotecnologia, enquanto 15,8% das empresas com P&D afirmaram desenvolver tais projetos, apenas 6,7% das empresas sem P&D o fazem. Por fim, no que se refere ao conhecimento de utilização de nanotecnologia em outras empresas do setor, enquanto 16,7% das empresas com P&D afirmaram que conhecem usos de nanotecnologia em outras empresas do setor, este percentual cai para 8,4% entre as empresas sem departamentos de P&D. Dessa forma, evidencia-se que o processo inovativo das empresas com P&D estruturado apresenta vantagens no que se refere tanto ao uso, como ao desenvolvimento de projetos e no conhecimento sobre a utilização de nanotecnologia em outras empresas do setor.
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Sondagem de Inovação - ABDI • www.abdi.com.brAs empresas que informaram o uso de nanotecnologia descreveram processos e produtos relacionados à produção de têxteis, artigos de couro e calçados, produtos químicos, alimentos, fármacos, fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, e fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, entre outros. Alguns exemplos incluem a fabricação de tecidos especiais na indústria têxtil, produção de corantes e perfumes na indústria química, embalagens para melhor conservação de carnes na indústria alimentícia, filtragem por meio de nanomembranas em diversos setores industriais, além do uso em cosméticos e fármacos.