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Futuros professores de música: preenchendo lacunas na formação pedagógica intercultural

Além de ofertar o ensino de voz e canto para crianças da comunidade externa à universidade, um dos objetivos do Coral Infantil da UFRN é de prover um ambiente contextualizado (laboratório de ensino-aprendizagem) no qual professores de música em formação possam desenvolver as suas aptidões pedagógicas através da educação musical intercultural.

Relembro, assim, o fato de uma ex-bolsista do coral ter relatado aos coordenadores do grupo que só foi capaz de montar um coro em uma escola particular de educação básica após as experiências vivenciadas neste coral. Este exemplo, de fato, corrobora com a importância deste projeto de extensão para a formação de futuros educadores musicais. Por isso, decidi incluir, neste trabalho, um pequeno relato da uma professora de música em formação que atuou no grupo durante 2019.

Além disso, trago também minha autonarrativa, pois durante a construção deste trabalho conciliei as posições de estudante em iniciação científica e educador musical em formação. Neste cenário, considero impossível dissociar estas duas “identidades acadêmicas”, porque ter

atuado como pesquisador iniciante no contexto do Coral Infantil da UFRN também foi de grande importância para a minha formação profissional.

Primeiramente, sobre a importância da educação musical intercultural, a professora em formação enfatiza como esta abordagem propicia interações mais aprofundadas entre as culturas e identidades culturais presentes na sala de aula:

Eu acho muito importante essa vivência musical pois há um enriquecimento cultural tanto brasileiro quanto estrangeiro, promovendo assim diversas aprendizagens. No nosso coro é muito bonito ver as crianças tão pequenas tendo contato com povos distintos e conhecendo essas culturas e se dedicando a elas. Assim, elas aprendem desde cedo o respeito e a importância da interação entre culturas distintas (LORENA).

De fato, a interculturalidade implica em enriquecimentos, transformações e hibridizações culturais individuais e coletivas por meio da troca de saberes, hábitos, valores pessoais, crenças e, no caso da música, conhecimentos sonoros e estéticos. O relato desta professora enfoca a particularidade do coral em destaque em propor interações culturais entre crianças brasileiras e culture bearers estrangeiros. Considerando que apenas cerca de 0,4% da população brasileira é composta por imigrantes10, quais as chances de um futuro educador musical, em especial na educação básica brasileira e em uma escola especializada de música, ter estrangeiros como alunos?

Frisamos que a proposta da educação musical intercultural também enfatiza as interações culturais locais e regionais. Quando estamos diante de um caso específico como o do Coral Infantil da UFRN, as diferenças culturais que dialogam neste contexto são mais evidentes devido ao maior contraste entre, por exemplo, a cultura brasileira e as culturas coreana e moçambicana. Porém, as escolas de educação básica e escolas especializadas de música também apresentam os seus mosaicos culturais locais, por vezes muito mais complexos do que um projeto de extensão realizado em uma universidade brasileira.

O repertório do coral também é composto por músicas e gêneros musicais brasileiros, como, por exemplo, maracatu, baião e samba, os quais são estudados nos cursos de graduação em Música no Brasil. Além disso, canções tradicionais e eruditas da Europa foram trabalhadas com as crianças, sendo que o que mais me chamou a atenção durante a pesquisa foi a postura dos professores em não considerarem um tipo de música “melhor” ou “superior” culturalmente

10 Mais informações: <https://www.uol/noticias/especiais/imigrantes-brasil-venezuelanos-refugiados-

do que outros. Esta é uma abordagem que incorporarei à minha prática como futuro educador musical, tendo refletido sobre isso graças a esta oportunidade de atuação em iniciação científica. A imersão no contexto do Coral Infantil da UFRN me possibilitou entender a interculturalidade como um processo em que o ser humano se dá conta das particularidades nas diversas manifestações culturais que existem ao seu redor. Quando crescemos, por exemplo, somos expostos, desde cedo, aos movimentos artísticos e musicais que o nosso núcleo familiar consome e isso nos molda através da enculturação (QUEIROZ, 2017b), que é aprender livremente, de forma empírica, e ressignificar ou reproduzir determinado elemento cultural. Sendo assim, a educação intercultural permite que o ser humano expanda essa noção e possa aprender sobre a cultura do outro, principalmente de um local, povo, etnia ou nação diferente.

Não obstante, ao comparar as experiências vivenciadas no coral com as disciplinas que cursei durante a graduação, acredito que este projeto de extensão foi fundamental para preencher algumas lacunas na minha formação, tanto teóricas como práticas, no tocante à questão das diversidades dos discursos e poéticas musicais presentes nas salas de aula.

Um dos caminhos que a educação musical intercultural possibilita é de nos aprofundarmos sobre os significados sociais e humanos que outros grupos sociais interpretam e exploram em suas músicas, além de nos concentrarmos apenas nos aspectos estéticos e artísticos. Ao me deparar com canções chinesas, coreanas e japonesas, por exemplo, a única reação que tive durante a graduação foi a de refletir sobre questões musicais: Quais acordes e quais escalas são utilizadas nas músicas orientais? Quais instrumentos foram utilizados? De fato, esses conteúdos são de extrema importância para a formação integral do professor de Música. Porém, também acredito na necessidade de entendermos os aspectos históricos das músicas do mundo e como estas músicas constituem-se como patrimônios culturais das sociedades em que estão inseridas e onde são praticadas.

De maneira complementar à grade curricular da licenciatura, no decorrer da minha atuação como pesquisador em iniciação científica, a educação musical intercultural me possibilitou entender que a música chinesa, por exemplo, está muito além do uso de escalas ou acordes específicos. As influências dos aspectos filosóficos que permeiam a cultura chinesa, por exemplo, são de grande valia para os compositores e músicos da China. Portanto, ao interpretarmos, ressignificarmos e interagirmos com valores culturais diversos, além dos conteúdos musicais, estamos constituindo uma educação musical com olhares para pluralidade, empatia e respeito humano.

Durante a graduação em Música, pude aprender sobre métodos ativos, planejamento das aulas e avaliação, além de estratégias didáticas diversas. Entretanto, a partir das minhas

reflexões, acredito que o currículo da licenciatura ainda está um pouco engessado e focado nas músicas ocidentais, sobretudo o repertório tradicional europeu. Nos diversos eventos internacionais e atividades extracurriculares de que pude participar, lembro-me de sempre estar me questionando o porquê de algumas músicas e culturas com as quais eu interagia na EMUFRN não estarem sendo contempladas no currículo da Licenciatura. A experiência que vivenciei durante o GLOMUS, por exemplo, quando a interculturalidade significou um fator chave para a interação entre pessoas que carregavam em si diversas poéticas musicais, foi um desses momentos onde pude refletir sobre o nosso currículo.

Mellizo (2018) relembra que alguns pesquisadores já entendem que as sensitividades e a maturidade intercultural do professor de música devem ser trabalhadas de forma plena e contextualizada durante a sua formação inicial e continuada. Este entendimento perpassa por opiniões sobre, por exemplo, a necessidade de todo professor de música aprender a tocar, durante a sua formação, pelo menos um instrumento musical que não seja de tradição ocidental (PALMER, 1994), aulas práticas e performances musicais em conjunto que incluam canções não ocidentais e músicas populares (WANG; HUMPREYS, 2009), a participação e imersão em experiências culturais diversas (EMMANUEL, 2005; CAMPBELL, 2010) e discussões sobre raça, privilégio e justiça social (BRADLEY, 2006; SEARS, 2016), com o intuito de “ajudar os professores de educação básica a melhor entender as realidades vividas pelos estudantes que um dia eles irão ensinar” (MELLIZO, 2018, p. 48, tradução minha).

Saliento, porém, que não estou propondo a simples substituição dos repertórios já estudados em nossa estrutura curricular e que, além disso, é impossível conhecermos todas as culturas ou todas as músicas e canções do mundo, mas pensar a diversidade cultural no ensino de Música é uma maneira de, enquanto futuro educador, buscar a ampliação dos discursos musicais presentes nas salas de aula (QUEIROZ, 2004) com o intuito de “gerar um equilíbrio na compreensão intercultural” (ONGATI, 2009, p. 13) para a equidade, pluralidade, empatia e respeito mútuo entre os seres humanos, valores estes que representam, definem e fortalecem a educação musical com olhares para a democracia.

Este pensamento também está ligado ao fato de que o Projeto Pedagógico de Curso (PPC) da Licenciatura em Música da UFRN sugere a produção do conhecimento teórico- metodológico do educador musical a partir de uma “dinâmica interdisciplinar globalizadora” (UFRN, 2004, p. 10). Neste sentido,

O Curso de Licenciatura em Música da UFRN se propõe não propriamente a romper pura e simplesmente com o modelo tradicional no que se refere à riqueza da tradição musical, mas sim com a mecânica prescritiva dos conteúdos pré-moldados, sejam eles de cunho tradicional europeu, sejam eles

de natureza regional ou local. Não é a pura substituição de um modelo prescritivo por outro que pode conduzir a uma formação que contemple em alguma extensão a diversidade da cultura musical, mas sim a integração nos processos educacionais da própria dinâmica das diferentes manifestações musicais a que todos os seres humanos são expostos (UFRN, 2004, p.11). Vivenciar uma educação musical intercultural enquanto pesquisador iniciante e estudante de graduação foi de tamanha importância que, ao pesquisarmos um dos documentos oficiais mais recentes que discorrem sobre a atuação do professor de Música na educação básica, contexto com o qual possuo maior afinidade e onde pretendo seguir após a minha formação acadêmica, encontramos 41 citações aos termos intercultural/interculturalidade. Sobre o campo das linguagens artísticas, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) afirma que a Música, enquanto componente curricular e área do conhecimento, deve propiciar a

[...] Interação crítica dos alunos com a complexidade do mundo, além de favorecer o respeito às diferenças e o diálogo intercultural, pluriétnico e plurilíngue, importantes para o exercício da cidadania. A Arte propicia a troca entre culturas e favorece o reconhecimento de semelhanças e diferenças entre elas (BRASIL, 2017, p. 193, grifo meu)

Além da pluralidade das culturas musicais globais, enfatizo também a necessidade do percurso formativo do professor de música interagir com as diversidades musicais locais, regionais e nacionais, sobretudo das culturas afro-brasileiras e dos povos indígenas. Identifico, neste sentido, uma lacuna a ser preenchida em minha formação continuada, principalmente sobre as músicas e culturas musicais dos povos originários do Brasil. Reafirmo esta necessidade ao relembrar a lei nº 11.645/2008, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (BRASIL, 1996) para incluir a obrigatoriedade da temática transversal “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, em especial nos componentes de educação artística (BRASIL, 2008).

Neste sentido, reconhecemos como aspecto fundamental para os professores de Música do século XXI a aptidão de traçar estratégias pedagógicas que considerem as interações culturais que ocorrem dentro e fora dos mais diversos contextos socioeducativos e salas de aula. A construção do saberes docentes (TARDIFF, 2002) perpassa por saberes disciplinares, curriculares e experienciais; dessa forma, o Coral Infantil da UFRN, enquanto laboratório de ensino-aprendizagem, constitui-se como importante espaço para formação complementar dos estudantes de licenciatura em Música da UFRN.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho de monografia, recorte da pesquisa em andamento intitulada “Desenvolvimento sociocultural e intercultural em um coral infantil”, buscamos investigar os impactos da educação musical intercultural no contexto do Coral Infantil da UFRN, em específico o desenvolvimento da maturidade intercultural entre crianças e culture bearers, além das contribuições deste projeto de extensão para a formação complementar dos estudantes de licenciatura em Música.

Durante a pesquisa, pudemos observar a progressão das habilidades musicais das crianças e os benefícios da educação musical e do canto coral para a aquisição e maturação das suas aptidões linguísticas, para uma capacidade de escuta e memória ativas e para o início do desenvolvimento da maturidade intercultural dos alunos, principalmente no eixo cognitivo. Para os culture bearers que participaram deste trabalho, concluímos que o Coral Infantil da UFRN se constituiu como um ambiente socioeducativo em que as suas identidades culturais foram legitimadas, promovendo assim uma aprendizagem transformativa capaz de gerar um sentimento de pertencimento, através da interculturalidade musical, a imigrantes distantes de suas terras natais.

Sobre os professores em formação envolvidos no coral, em especial o autor desta pesquisa, reafirmamos a importância da educação musical intercultural como ferramenta essencial para interpretarmos e ressignificarmos as interações humanas e culturais que ocorrem dentro das salas de aula, pois as nossas músicas e as músicas dos outros são “fenômeno[s] da cultura e, como tal, est[ão] entranhada[s] às demais dimensões que constituem sua[s] inser[ções] na[s] sociedade[s] contemporânea[s]” (QUEIROZ, 2017b, p. 164).

Apesar de não podermos generalizar os resultados aqui discutidos a todos os participantes envolvidos nesta pesquisa, acreditamos que as experiências musicais interculturais relatadas representam e cumprem com coerência os objetivos gerais e específicos deste trabalho de monografia.

Ao mesmo tempo, em exercício crítico-reflexivo ao nosso trabalho, reconhecemos também algumas limitações desta pesquisa: primeiramente, o Modelo de Maturidade Intercultural (KING; BAXTER MAGOLDA, 2005; PEREZ et al., 2015) foi construído a partir de experiências com jovens adultos e, portanto, esta pesquisa representa uma adaptação deste modelo a partir da educação musical com pessoas de diversas faixas etárias, incluindo crianças; segundo, para reforçarmos a validade dos resultados encontrados, precisamos ampliar a quantidade de dados obtidos, visto que apenas cerca de 20% dos componentes do coral foram

investigados; enfim, o desenvolvimento pleno da maturidade intercultural de um indivíduo ocorre ao longo de sua vida e, portanto, faz-se necessário o acompanhamento dos agentes envolvidos neste projeto, sobretudo das crianças participantes do Coral Infantil da UFRN.

Como futuros desdobramentos desta monografia, planejamos a continuidade e aprofundamento deste projeto de pesquisa ao longo dos anos seguintes, principalmente a partir de novas experiências interculturais a serem vivenciadas no contexto que estudamos. Outra consequência está relacionada à necessidade de entendermos como os professores de música constroem as suas identidades docentes interculturais a partir das experiências e imersões culturais e, neste sentido, o projeto de extensão em destaque configura-se como um ambiente propício para os nossos estudos. Além disso, pretendemos pesquisar, construir e avaliar, especificamente, metodologias e materiais específicos que convergem para a educação musical intercultural.

Durante a pesquisa, refletimos constantemente sobre os nossos preconceitos musicais e culturais baseados no medo do desconhecido (CAMPBELL, 2018), processo fundamental para que sejamos capazes de propiciar experiências musicais interculturais através da educação musical. Retomamos Queiroz (2004, p. 101), que nos relembra a importância de constituirmos mosaicos culturais plurais em nossa atuação docente:

Não nos é possível compreender universalmente todas as músicas do mundo, por ser a linguagem musical de cada cultura adequada ao seu sistema singular de códigos. O que nos é possível, e que a educação musical deve nos proporcionar, é a interação com música de diferentes contextos culturais, ampliando a nossa dimensão e percepção musical, fazendo com que a partir do contato com outras linguagens possamos inclusive ampliar o nosso próprio discurso musical.

Dessa forma, sair da zona de conforto e furar as “bolhas musicais” em que estamos inseridos configura-se como uma tarefa essencial para o professor de Música na contemporaneidade. Dialogar com o novo ou o desconhecido não deve ser motivo de preconceitos, pois estamos em constante transformação social. Enfim, podemos sempre aprender com a música do outro, e consequentemente entender melhor o outro a partir das nossas diferenças culturais.

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