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Gabarito das Questões de Concursos

1. (Cespe/2014/Funcab/Engenheiro Elétrico) “...ao criar um espaço de DISCUSSÃO...” (§ 7)

No trecho acima, o termo em destaque está corretamente grafado com SS.

Das opções abaixo, aquela em que os três vocábulos também são escritos com SS é:

a) submi__ão / exce__ão / sece__ão.

b) posse__ão / compre__ão / obse__ão.

c) intromi__ão / emi__ão / encena__ão.

d) ere__ão / progre__ão / opre__ão.

e) viola__ão / suce__ão / admi__ão.

Comentário – Alternativa A: submissão / exceção / secessão.

Alternativa B: possessão / compressão / obsessão.

Alternativa C: intromissão / emissão / encenação.

Alternativa D: ereção / progressão / opressão.

Alternativa E: violação / sucessão / admissão.

Resposta – B

[...]

16 crítica. Quanto mais for levado a refletir sobre sua situacionalidade, sobre seu enraizamento espaçotemporal, mais

“emergirá” dela conscientemente “carregado” de compromisso

19 com sua realidade, da qual, porque é sujeito, não deve ser simples espectador, mas na qual deve intervir cada vez mais.

Paulo Freire. Educação e mudança. 2.ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979, p. 61 (com adaptações).

2. (Cespe/2014/MEC/Nível Superior) O termo “porque” (l.19) poderia, sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido do texto, ser substituído por por que.

Comentário – Você não precisar ir ao texto. Basta ter a convicção de que as formas junta e separada não são permutáveis. No primeiro caso, a expressão expressa a causa ou a explicação de outra declaração feita. Já a forma separada é usada em interrogações direta ou indireta. No texto, o termo “porque”

esclarece o fato de alguém não ser mero espectador da própria realidade:

“porque é sujeito” [dela].

Resposta – Item errado.

3. (Cespe/2016/Funpresp-EXE/Conhecimentos Básicos) Sem prejuízo para a correção gramatical do período, a expressão “por quê" (l.23) poderia ser substituída por o porquê.

Comentário – Subentende-se que o uso da expressão “por quê”, formada por uma preposição e um advérbio, traz para o texto sentido de motivo ou razão.

Da mesma forma, a expressão “porquê”, precedida do artigo definido “o”, classifica-se como substantivo e tem como sinônimos as palavras causa, motivo

ou razão. Além disso, a forma junta e com acento é precedida por artigo, exatamente como a banca propôs. Assim sendo, a reescritura não prejudicaria o texto. Veja: “Não sei o porquê” (o motivo, a razão).

Resposta – Item certo.

[...]

4. (Cespe/2016/IRB/Diplomata) No trecho “porque eu, Dom Pedro Quaderna”

(l.54), a conjunção “porque” é expressão de realce, empregada de modo expletivo, visto que não estabelece relação entre a oração que ela introduz e outra oração do período.

Comentário – Bela questão! Nela, a expressão “porque” serve apenas para introduzir a fala do personagem, sem de fato estabelecer relação entre duas orações. Ela é um elemento discursivo e não necessariamente gramatical. Tem caráter expletivo, por isso é até possível ser excluída da sentença sem causar prejuízo ao enunciado.

Resposta – Item certo.

5. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo) Com base no que dispõe o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, julgue o próximo item.

Está correta a grafia dos seguintes vocábulos: bilíngue, sagui, sequência, quinquênio, Müller, colmeia, joia, paranoico, papéis, feiúra, perdoo, pera, pôde (3.ª pessoa do sing. do pretérito), sobre-humano, co-herdeiro, subumano, coedição, capim-açu, semi-analfabeto, vice-almirante, contrarregra, infrassom, semi-interno, sub-bibliotecário, panamericano.

Comentário – Existem quatro erros dentre as palavras apresentadas. O certo é feiura, sem acento agudo. A letra U deixou de receber acento quando surge após ditongo decrescente e representa a sílaba tônica de uma paroxítona. O prefixo co une-se sem hífen a toda e qualquer palavra seguinte, mesmo que esta comece também com a letra O. Além disso, se a palavra seguinte começa com H, esta letra desaparece: coerdeiro. Em relação ao prefixo semi, o hífen só deve ser empregado quando a palavra seguinte começa com H ou com I. Por isso a grafia correta é semianalfabeto. Já o prefixo pan recebe hífen diante de palavra iniciada por H, M, N ou vogal: pan-americano.

Resposta – Item errado.

6. (Cespe/2017/SEDF/Professor) Presentes no último parágrafo do texto, os vocábulos “qualidade”, “perspectiva”, “essas”, “conjunto” e “chamada”

contêm grupos de duas letras que representam um só fonema, constituindo o que se denomina dígrafo ou digrama.

Comentário – A bem da verdade, esta questão tem mais a ver com fonética/fonologia do que propriamente com ortografia. Mas como a banca não tem costume de cobrar esse assunto, achei que não valeria a pena abrir uma sessão para o assunto. Prefiro apresentar as devidas explicações de acordo com o surgimento de questões interessantes sobre o tema.

Façamos, primeiramente, uma diferenciação entre letra e fonema (som). Aquela é a representação gráfica deste. Essa representação não é perfeita. Letras são visíveis; fonemas são audíveis.

HOJE = a letra H não representa fonema (mantida por questões etimológicas: hodie = latim).

QUERO e CASA = as letras Q e U representam juntas o mesmo fonema que a letra C: /K/.

TÁXI = a letra X representa dois fonemas: /K/

e /S/.

Agora vejamos como o dígrafo se caracteriza. Ele ocorre quando escrevemos duas letras para representar apenas um fonema: quilo - /k/;

pássaro, carro etc. Podemos dividi-los em grupos:

1 – Consonantais  a base (primeira letra) é uma consoante.

Ex.: China, milho, venho, descendente, cresça, excesso, exsudar (suar, transpirar), questão, guerra.

2 – Vocálicos  a base (primeira letra) é uma vogal.

Ex.: campo, canto, sempre, tento, limpo, fim, bombom, íon, sunga, álbum.

Então, nos dois primeiros vocábulos do exercício, inexiste dígrafo. Neles, cada letra representa um som. Nas demais palavras, há dígrafos (vocálicos e consonantais): “ss”; “on” e “um”; “ch”.

Resposta – Item errado.

7. (Cespe/2015/Telebras/Assistente Técnico) A palavra “está” recebe acento gráfico em decorrência da mesma regra que determina o emprego do acento no vocábulo “três”.

Comentário – Não! A palavra “três” enquadra-se na regra dos monossílabos tônicos. Já o acento agudo na palavra “está” é justificado porque ela é uma oxítona terminada em “a”.

Resposta – Item errado.

8. (Cespe/2015/Depen/Agente e Técnico) As palavras “indivíduos” e

“precárias” recebem acento gráfico com base em justificativas gramaticais diferentes.

Comentário – Não! Essas palavras são acentuadas porque são paroxítonas terminadas em ditongo (in-di-ví-duos; pre-cá-rias). O detalhe é que as terminações em ditongo crescente também podem ser separáveis. Isso torna possível considerar essas palavras como proparoxítonas (in-di-ví-du-os;

pre-cá-ri-as). Mas geralmente elas são tratadas como paroxítonas mesmo.

Resposta – Item errado.

9. (Cespe/2013/STF/Técnico Judiciário)O emprego do acento gráfico nos vocábulos “próprio” e “decorrência” atende à mesma regra de acentuação gráfica.

Comentário– As palavras citadas são paroxítonas terminadas em ditongo oral.

Resposta – Item certo.

10. (Cespe/DPF/Agente/2014) Os termos “série” e “história” acentuam-se em conformidade com a mesma regra ortográfica.

Comentário – Sim, as duas palavras também são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo oral.

Resposta – Item certo.

11. (Cespe/Anatel/Nível Médio/2014) O emprego do acento gráfico em

“indústria” e “rádio” justifica-se com base na mesma regra de acentuação.

Comentário – Sim, os dois vocábulos são paroxítonos terminados em ditongo oral. Perceba como o examinador vem apresentando reiteradamente este tipo de cobrança.

Resposta – Item certo.

12. (Cespe/2015/MPU/Técnico Administrativo) A palavra “cível" recebe acento gráfico em decorrência da mesma regra que determina o emprego de acento em amável e útil.

Comentário – Todos os acentos foram empregados porque as palavras são paroxítonas terminadas em L.

Resposta – Item certo.

13. (Cespe/2013/SEE-AL/Todos os Cargos) Os vocábulos “Observatório”,

“plenário”, “urgência” e “vigência” são acentuados em decorrência da mesma regra de acentuação gráfica.

Comentário – Segundo a regra de acentuação gráfica, os vocábulos terminados em ditongo oral, seja crescente ou decrescente, recebem acento agudo ou circunflexo.

Resposta – Item certo.

14. (Cespe/2016/DPU/Analista) Presentes no texto, os vocábulos “caráter”,

“intransferível” e “órgãos” são acentuados em decorrência da regra gramatical que classifica as palavras paroxítonas.

Comentário – Não se prenda ao texto, pois ele é desnecessário aqui. Segundo as regras de acentuação gráfica, levam acento as palavras paroxítonas terminadas em “-r”, “-l” e “-ão(s)”, o que ocorre nos vocábulos em destaque presentes no enunciado.

Resposta – Item certo.

15. (Cespe/2013/Funasa/Todos os Cargos) O emprego do acento em

“Uberlândia” e “água” justifica-se com base na mesma regra ortográfica.

Comentário – As palavras citadas são paroxítonas terminadas em ditongo oral.

Nessa condição, todas são acentuadas.

Resposta – Certo

16. (FCC/2009/TRT 16ª Região/Técnico Judiciário) A frase em que há palavras escritas de modo INCORRETO é:

a) A aridez que sempre caracterizou as paisagens do Nordeste brasileiro aparece agora, para assombro de todos, na região Sul, comprometendo as safras de grãos.

b) Alguns estudiosos reagem com sensatez às recentes explicações, considerando se o papel da bomba biótica é realmente crucial na circulação do ar.

c) Se for comprovada a correção da nova teoria, a preservação das florestas torna-se essencial para garantir a qualidade de vida em todo o planeta.

d) O desmatamento indescriminado, que reduz os índices de chuvas e altera o ciclo das águas, pode transformar um continente em um estenso e inabitável deserto.

e) Com ventos mais próximos ao mar, o ar úmido resultante da evaporação da água do oceano é puxado para o continente, distribuindo a chuva ao redor do planeta.

Comentário – A alternativa D apresenta dois problemas. A palavra

“indescriminado” deve ser grafada assim: indiscriminado (= sem controle, sem ordem, sem critério, descontrolado, desordenado, desregrado). Veja outro exemplo da aplicação dessa palavra: Ministério Público quer reprimir o uso indiscriminado de agrotóxicos na capital e no interior de Sergipe. O segundo erro está na grafia do vocábulo “estenso”, que deve ser escrito com x: extenso (=

que tem (grande) extensão, amplo, espaçoso, vasto). Veja outra aplicação desse palavra: planície extensa.

Resposta – D

17. (FCC/2004/TRT 22ª Região (PI)/Analista Judiciário – adaptada) Quanto à ortografia, julgue as alternativas abaixo:

a) Nós não nos insurjimos contra esse despropositado aparato de leis porque não temos quaisquer convicções quanto aos nossos fundamentos morais.

b) A lengalenga de leis, em que se vão transformando nossos códigos, opõe-se à concisão das normas que vijem de modo implícito na sociedade sudanesa.

Comentário – Grafa-se com G o verbo insurgir (= rebelar(-se) contra a ordem estabelecida, ou seu(s) representante(s); revoltar(-se); insubordinar(-se);

revolucionar(-se)). Em suas flexões, tal letra deverá ser mantida, exceto diatne de A ou O: nós nos insurjamos; eu me insurjo.

Recomendação semelhante vale também para o verbo viger (=

vigorar). Tradicionalmente considerado verbo defectivo, tem ocorrido, todavia, também no presente do subjuntivo: ...para que a lei vija...

Resposta – Itens errados.

18. (FCC/2013/PGE-BA/Assistente de Procuradoria) No Brasil, a falta de educação entre as pessoas vem aumentando. Por uma ..., ainda que superficial, podemos ... com ... a falta de um ... de discrição dos ...

de pais despreparados para educá-los.

As palavras que preenchem, respectivamente, as lacunas do texto acima estão corretamente grafadas em:

(A) análise - enxergar - clareza - gesto - discípulos (B) análise - enchergar - claresa - gesto - dicipulos (C) análise - enchegar - clareza - jesto - disípulos (D) análize - enxergar - clareza - jesto - discípulos (E) análize - enxergar - claresa - gesto - dissípulos

Comentário – Primeira lacuna: o sufixo grego –ise entra na formação da palavra análise, como em eletrólise, por exemplo. Sendo assim, despreze as alternativas D e E.

Segunda lacuna: após a sílaba EM, normalmente usamos X, como em enxame e enxergar, por exemplo. As exceções ficam por conta das palavras encher, encharcar, enchova, enchumaçar e outras delas derivadas (enchente, encharcado...). Portanto você também pode desprezar as alternativas B e C. A resposta ficou evidente: letra A

Terceira lacuna (só para você confirmar a resposta): grafa-se com Z, e não com S, a terminação EZA do substantivo abstrato que deriva de adjetivo (puro > pureza; rico > riqueza; duro > dureza).

Resposta – A

19. (FCC/2009/PGE-RJ/Técnico Superior – Administrador) É adequado o emprego e correta a grafia de todas as palavras da frase:

(A) Os poetas românticos eram obsecados por imagens que, figurando a distância, expressavam com ela a gososa inatingibilidade de um ideal.

(B) É prazeroso o reconhecimento de uma pessoa que, surgindo longínqua, parece então mais próxima que nunca – paradoxo pleno de poesia.

(C) A abstensão da proximidade de alguém não impede, segundo o cronista, que nossa afetividade aflore e haja para promover uma aproximação.

(D) Nenhuma distância dilui o afeto, pelo contrário: o reconhecimento da amada longeva avisinha-a de nós, fá-la mais próxima que nunca.

(E) O cronista ratifica o que diz um velho provérbio: a distância que os olhos acusam não exclue a proximidade que o nosso coração promove.

Comentário – Alternativa A: grafa-se com C no lugar do “s” o adjetivo obcecados (que está com a consciência obscurecida; paralisado do intelecto;

cego de entendimento); já a palavra gozosa (em que há gozo, prazer, satisfação) deve ser escrita com Z no lugar do primeiro “s”.

Alternativa B: não há erro ou inadequação aqui. Destaque para o acréscimo do sufixo OSO ao substantivo prazer, o que derivou o adjetivo

“prazeroso”.

Alternativa C: deve ser escrito com Ç em vez do segundo “s”

o vocábulo abstenção (ação ou efeito de privar a si mesmo de algo – comida,

bebida, hábito ou vício etc.); além desse, outro erro sutil: o verbo agir deve ser escrito sem “h”, mesmo conjugado no presente do subjuntivo: aja. Com “h”

(“...que nossa afetividade aflore e haja...”), a referência é ao verbo haver, que não se adéqua ao sentido da frase.

Alternativa D: o verbo avizinhar (fazer ficar mais perto ou chegar mais perto – física, espacial, temporal ou moralmente) é grafado com Z em vez de “s”.

Alternativa E: emprega-se a letra I na sílaba final de formas conjugadas dos verbos terminados em –UIR (diminui; influi, influis; possui, possuis, instiui; exclui etc.).

Resposta – B

20. (FCC/2014/TRF-3ª Região/Contador) Em nossa cultura, ... experiências ... passamos soma-se ... dor, considerada como um elemento formador do caráter, contexto ... pathos pode converter-se em éthos.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) às - por que - a - no qual b) as - por que - a - do qual c) às - porque - a - em que d) às - pelas quais - à - de que e) as - que - à - com que

Comentário – Antes de tudo, observe que a segunda lacuna não pode ser preenchida pela forma “porque”. Ela deve ser preenchida com a preposição por e um pronome relativo. Este retoma o antecedente “experiências”. Pense assim:

quem passa, passa por alguma coisa. Então, descarte as opções C e E. Agora, olhe para a última lacuna. Pense comigo: pathos pode vonverter-se em éthos em que contexto? Fica evidente a necessidade da preposição em antes do pronome relativo. Descarte as letras B e D.

Resposta – A

21. (FCC/2010/TRE-RS/Técnico Judiciário – Programação de Sistemas) A lacuna que deve ser preenchida pela forma grafada como na piada − Por quê −, ou pela forma por quê, para que esteja em conformidade com o padrão culto escrito, é a da frase:

(A) Eu não sei o ... de sua indecisão.

(B) ... foi tão inábil na condução do problema?

(C) Ele está tão apreensivo ...?

(D) Decidiu-se somente ontem ... dependia de consulta à família.

(E) A razão ... partiu sem avisar ainda é desconhecida.

Comentário – Como o examinador indicou a grafia separada e com acento, o melhor a fazermos é encontrar uma lacuna no final de uma pergunta. Ela só aparece na letra C, na frase Ele está tão apreensivo por quê? Veja agora a grafia correta referente às outras lacunas:

- alternativa A: porquê (substantivo). Note que o vocábulo está antecedido do artigo “o”.

- alternativa B: Por que (pronome interrogativo). A expressão encontra-se no início de uma frase interrogativa.

- alternativa D: porque (conjunção). Quando se trata de uma explicação, justificativa, causa ou razão, a expressão é escrita sem separação, como um vocábulo apenas.

- alternativa E: por que (preposição + pronome relativo).

Observe que é possível a substituição por pela qual.

Resposta – C

22. (FCC/2010/TCM-CE/ACE – adaptada) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

Sendo também ele próprio funcionário público e escritor, Carlos Drummond de Andrade escreveu uma crônica aonde fala de tal caso.

Comentário – Não precisamos do texto para analisar o item. Basta perceber que a expressão “aonde” foi usada erroneamente. Não existe verbo de movimento que exija a preposição “a”.

Resposta – Item errado.

23. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira – adaptada) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

Estão nos destinos extraordinários toda a argúcia das fábulas populares, aonde as reviravoltas simbolizam igualmente transtornos sociais.

Comentário – Aqui também não precisamos do texto para analisar o item.

Basta perceber de novo que a expressão “aonde” foi usada erroneamente. Não existe verbo de movimento que exija a preposição “a”. Além disso, o sujeito da forma verbal “Estão” é o termo “toda a argúcia das fábulas populares”, cujo núcleo é o substantivo singular “argúcia” (= perspicácia, sagacidade, argumento astucioso, matreiro). Isso obriga o verbo a se flexionar na terceira pessoa do singular: “Está”.

Resposta – Item errado.

24. (FCC/2015/TRT-3ª Região/Técnico Judiciário) Está redigida com correção e clareza a frase:

a) Alguns alimentos vinculam-se à infância de certas pessoas de uma maneira tão surpreendente que as transportam, de imediato, ao passado.

b) A cabeceira da mesa era aonde se sentava o pai, enquanto irmãos e demais parentes ocupavam os lugares nas laterais, que os eram designados segundo um critério hierárquico.

c) O cronista disposto de escrever um livro de memórias deve rememorar sobre os hábitos alimentares da família, dando-os um papel de destaque em seu texto.

d) Nas famílias brasileiras, um gesto de que se pretende demonstrar respeito ou afeto a algum familiar é reservá-lo um lugar especial à mesa.

e) Em sua crônica “O céu da boca”, Drummond faz alusão de alguns alimentos que lhe remetem ao tempo em que era menino em Minas Gerais.

Comentários – Alternativa A: correta.

Alternativa B: errada. A expressão aonde expressa ideia de movimento e deve ser empregada com um verbo que exija a preposição a (Vai aonde?). Correto estaria o emprego de onde. Além disso, o pronome oblíquo os deveria ser substituído por lhes, por causa da função sintática desempenhada na oração.

Alternativa C: errada. Há problemas quanto à regência. Veja a correção: O cronista disposto a escrever um livro de memórias deve rememorar [sem a preposição sobre] os hábitos alimentares da família, dando-lhes um papel de destaque em seu texto.

Alternativa D: errada. Há problemas de regência também aqui.

Perceba as correções possíveis: Nas famílias brasileiras, um gesto com que se pretende demonstrar respeito ou afeto a algum familiar é reservar-lhe um lugar especial à mesa.

Alternativa E.: errada. As regências nominais corretas são alusão a e que o remetem.

Resposta – A

25. (FCC/2009/TRT 7ª Região (CE)/Analista Judiciário – adaptada) Julgue a assertiva seguinte.

Traduz-se corretamente o sentido do segmento destacado em:

Contra o trabalho infantil alinham-se = vão ao encontro do trabalho infantil.

Comentário – A expressão “ao encontro de” exprime ideia de favorabilidade, concordância. O sentido do segmento inicial é de oposição, marcada pela preposição “Contra”.

Resposta – Item errado.

“Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos específicos, de não reconhecer a vantagem de se empregar um termo técnico em vez de um termo impreciso, de abolir, em suma, o vocabulário especializado (...)”.

26. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Na construção Não se trata de ir contra (...), de não reconhecer (...), de abolir (3º parágrafo), os elementos sublinhados têm, na ordem dada, o sentido de

(A) contrariar - desconhecer - procrastinar (B) ir ao encontro - ignorar - suspender (C) contradizer - desmerecer - extinguir (D) contraditar - discordar - reprimir (E) ir de encontro - rejeitar - suprimir

Comentário – Se você ficou com dúvidas, quanto aos significados das expressões, sugiro resolver a questão eliminando as mais fáceis. Conforme explicado acima, ao encontro de exprime favorabilidade, concordância, o que altera o sentido do texto. Elimine a alternativa B. Abolir pode significar extinguir, suprimir, eliminar, deixar de lado, abandonar; mas não procrastinar (= deixar para depois, adiar, postergar) ou reprimir (= conter, refrear, coibir, controlar).

Elimine as alternativas A e D. Finalmente, desmerecer significa menosprezar, depreciar – por isso não serve como sinônimo de “não reconhecer”. Elimine a alternativa C.

Resposta – E

27. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) A informação negativa do segmento chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas deve-se, sobretudo, ao elemento sublinhado. O mesmo ocorre em:

(A) A tese foi rechaçada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda (...) (B) (...) não se dispunham a cumprir sequer metas modestas.

(C) (...) mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios (...) (D) (...) inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais.

Comentário – Ao utilizar a expressão “sobretudo”, a banca indicou que quer como resposta aquela em que há ênfase do sentido negativo. Note, na segunda alternativa, o elemento de negação “não” anteposto à palavra “sequer” (= ao menos). Permita-me falar um pouco mais sobre ela:

Essa palavra é sinônimo de ao menos e nem sempre é bem empregada na frase. Algumas pessoas pensam que ela, por si só, exprime sentido negativo, o que é um engano.

a) O resultado seria diferente se a equipe tivesse sequer um pouco de entusiasmo. (não há sentido negativo; substitua sequer por ao menos).

b) Como o time estava muito mal, a torcida sequer compareceu ao estádio. (a intenção era dizer que a torcida não compareceu, mas foi dito que a torcida ao menos compareceu).

Em “b”, o problema pode ser resolvido com a anteposição de uma partícula que exprima sentido negativo:

c) Como o time estava muito mal, a torcida nem sequer compareceu ao estádio. (...nem ao menos compareceu...)

Em “C”, o advérbio sequer poderia até ser dispensado, pois ele apenas enfatiza a ideia negativa.

Resposta – B

28. (FCC/2010/TRE-RS/Analista Judiciário – Área Judiciária) A frase em que a palavra destacada está empregada de modo equivocado é:

(A) Inerme diante da ofensiva tão violenta, não lhe restou nada a fazer senão render-se.

(B) Há quem proscreva construções linguísticas de cunho popular.

(C) Fui informado do diferimento da reunião em que o fato seria analisado.

(D) A descriminalização de algumas drogas é questão polêmica.

(E) A flagrância do perfume inebriava a todos os convidados.

Comentário – Alternativa A: a palavra “Inerme” foi empregada adequadamente e significa que não tem meios de se defender.

Alternativa B: a palavra “proscreva” foi empregada adequadamente e significa proíba, condene.

Alternativa C: a palavra “diferimento” foi empregada adequadamente e significa adiamento.

Alternativa D: a palavra “descriminalização” foi empregada adequadamente e significa ato ou efeito de descriminalizar, anular a

Alternativa D: a palavra “descriminalização” foi empregada adequadamente e significa ato ou efeito de descriminalizar, anular a

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