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A história da fazenda

TEXTO 23 O GATO ROSA

Aluno 16

Certa vez um gato muito feio estava passeando sobre os lindos jardins do castelo de uma princesa. Ele andou muito e se cansou, quando de longe viu as rosas do jardim da princesa. Ele chegou perto delas e disse:

 Eu queria ser igual a vocês, rosas lindas e cheirosas. Só que por ali andava um fada, ouviu o desejo do gato e lhe disse:

 Gato, se você quiser eu poso lhe transformar, mas tem um porém, acho que um gato não vai se acostumar com a vida de uma rosa.

E o gato disse:  mesmo assim quero que me transforme numa rosa. E a rosa respondeu:  Tudo bem. E transformou o gato em rosa. Ele falou feliz e agradeceu. Dois dias depois ele estava muito triste porque a vida de rosa é muito parada, fica sempre no mesmo lugar, não tem emoção. A fada apareceu para ver como o gato estava. Foi então que o gato disse que não estava gostando da vida de rosa e explicou a situação. A fada lhe disse:  Vou lhe transformar em gato de

novo mais vai ser seu último desejo que realizo. A fada transformou a rosa em gato de novo e ele agradeceu e foi embora muito feliz.

Moral:Não queira ser o que não é.

Na fábula do aluno 16, texto 23, (O gato rosa), identificamos que o narrador de 3° pessoa inicia o texto situando o personagem principal e na ocasião apresenta o tempo indefinido e situa o lugar do acontecimento; “Certa vez um gato muito feio estava passeando sobre os lindos jardins do castelo de uma princesa”.

A complicação, uma das fases da narrativa responsáveis pelo início da tensão no texto realiza-se a partir do momento em que o gato encontra-se com as rosas e demonstra o desejo de se transformar em uma delas. “ Eu queria ser igual a vocês [...]” E como toda fábula se configura como um texto de ficção, eis que aparece uma fada que realiza o desejo do gato transformando-o em uma rosa.

Ao prosseguir com a narrativa, o aluno deixa transparecer o momento do clímax quando após dois dias o gato demonstra tristeza pela transformação e por achar que “ a vida de rosa é muito parada”. Na resolução, entendemos ser o momento em que a fada volta para saber como estava o gato com a vida de rosa e o mesmo explica-lhe da sua insatisfação enquanto que na situação final a fada lhe transforma em gato de novo e lhe garante: “... mais vai ser seu último desejo que realizo”. O gato agradece e vai embora feliz.

O último tópico analisado é a moral e a percebemos coerente com o assunto tratado no texto, “Não queira ser o que não é”, nos deixando uma reflexão sobre um ensinamento de que devemos gostar de ser quem realmente somos.

Como o nosso propósito é observar se o aluno soube realizar a interação entre as partes que formam o texto, podemos afirmar que estamos diante de um texto topicamente organizado. A organização do tópico é mantida, haja vista que o supertópico “O GATO ROSA” é desenvolvido na fábula em dois subtópicos: o primeiro engloba uma parte do texto com a expressão “certa vez um gato [...]” até “ele falou feliz e agradeceu”. O segundo supertópico começa com o enunciado “dois dias depois [...]” o que corresponde ao momento de reconhecimento da vida “parada” de uma rosa.

Texto 24 O GATO TRAÍDOR

Aluno 17

Era uma vez um gato, ele morava numa casa, essa casa era muito grande, luxuosa e bonita. Nessa casa só morava ele e o dono, e esse dono era muito carinhoso com ele, mais ele nem ligava, não tinha um amor por dono, ele falava:

 Não Amo ninguém nem eu me Amo ele é babaca de ter tanto carinho por mim.

Um Belo dia o dono decidiu adotar outro gato, porque ele achava que ele estava muito triste porque estava sozinho, mais se enganou porque ele ficou com ódio ele não queria ninguém para dividir a casa.

Então ele decidiu enganar esse novo gato para o dono ficar com ódio dele ele falou para o outro gato:  Mano você sabe né que o nosso dono sai de noite e volta de tarde do outro dia e nós ficamos em casa sozinho né então você pega leite porque ele não dar leite pra gente então você pega o leite e nós bebemos. O outro gato respondeu:

 Mais isso né roubo?

 É não a gente só vai pegar e depois devolve. Confie em mim.  Tá certo, confio.

Mais o dono saio de manhã não de noite ele foi para geladeira pegou o leite e quando tava bebendo o dono apareceu!!! ele asustado tentou explicar mais o dono não queria saber Pegou o gato e jogou para fora de casa. O outro gato olhando tudo morrendo de rir e falou:  Ou otário foi confiar em mim.

Moral:Não confie em qualquer pessoa, qualquer palavra, qualquer sorriso. As pessoas fingem muito bem

No texto 24, visualizamos a presença de um personagem cujas características marcantes são o fingimento e a traição. Identificamos neste texto todas as fases que contribuem para uma narrativa com sentido completo em sua sequência. Podemos começar pela parte introdutória da narrativa em que o aluno apresenta o personagem, “Era uma vez um gato”, e selecionando o lugar dos acontecimentos, “[...]ele morava numa casa, essa casa era muito grande, luxuosa e bonita”.

A personagem protagonista da história era muito bem tratada pelo seu dono que em nenhum momento percebia que o gato fingia e que era alguém muito difícil até pelo fato de não amar a si próprio.

E a complicação é desencadeada pela presença de um novo gato que o dono adotou para fazer companhia ao gato traidor. A presença do amigo despertou um sentimento de inveja e competição, “[...]ele ficou com ódio ele não queria ninguém para dividir a casa”. E

eis que ele resolve armar uma cilada para o novo companheiro: “[...] você pega o leite e nós bebemos” e o novo amigo ingênuo, ainda questiona: “ Mas isso né roubo?”.

A fase das ações para o clímax acontece quando o novo gato resolve fazer tudo o que pede o gato traidor e entra em ação: “[...] pegou o leite e quando tava bebendo o dono apareceu!!!”. Houve uma tentativa de explicação não aceita pelo dono que imediatamente jogou o gato para fora de casa. E para explicitar o significado global da história identificamos a moral que consegue estabelecer uma articulação entre as ideias desenvolvidas, sendo possível visualizar o princípio da centração devido a essa organização hierárquica tópica que convergem para os sentidos do texto. A manutenção do tópico ocorre, pois em todas as partes da narrativa o gato aparece como referente, o que possibilita a construção em torno do supertópico “gato traidor”. Há três subtópicos identificados na hierarquia: a descrição da moradia do gato e do dono; a adoção do “outrogato” e o terceiro que consiste na complicação da fábula cujo enfoque é a ação do dono do gato ao sair pela manhã. Notamos que são momentos distintos da fábula que constituem o texto como um todo de sentido.

Texto 25 O LEÃO E A ONÇA

Aluno 18

Certo dia, uma onça que vivia muito feliz com sua família na floresta, ouviu uma conversa de dois animais que diziam assim:  Eu ouvi falar que dois caçadores iriam vir aqui na floresta para matar todos os leões e onças.

E a onça saiu correndo para avisar a sua família. Depois de avisar a todos, eles foram se esconder. E os caçadores chegaram e a família estava escondida. Mas os caçadores acharam toda a família da onça e mataram todos eles, menos a onça.

A onça voltou para ver sua família. Após chegar lá estavam mortos, e ela chorou muito. Dois anos depois... a onça vivia sozinha na floresta, até que um dia um leão muito lindo chegou na floresta e encontrou a onça sozinha chorando, e foi perguntar o que aconteceu, e ela respondeu:  Eu vivo sozinha pois toda minha família morreu e eu não tenho amigos. E o leão respondeu:  Agora você tem um amigo! E ela perguntou:  Quem? E ele disse:  Eu.

A onça ficou muito feliz.

Até que um dia eles se apaixonaram e começaram a namorar; um ano depois... eles se casaram e tiveram filhotes. A onça ficou muito feliz pois estava com sua nova família.

No texto 25, os acontecimentos se dão em uma floresta num tempo indefinido, “Certo dia, uma onça que vivia muito feliz com sua família na floresta [...]” As ações as quais denominamos de complicação iniciam-se com a onça que sai correndo para avisar a sua família sobre os caçadores que viriam à floresta matar leões e onças. Embora seu esforço tenha sido em vão, pois os caçadores descobrem a família da onça e a mata.

O desenrolar dos acontecimentos que desencadeia o clímax da narrativa ocorre quando a onça volta para ver a família e a encontra morta e ela vive alguns anos de solidão e tristeza. Após decorridos dois anos, eis que na história os ânimos tomam um novo rumo a que chamamos de resolução que é quando aparece o leão que se aproxima da onça e se propõe tornar-se amigo da onça: “E o leão respondeu: Agora você tem um amigo”. /” A onça ficou muito feliz”. A partir dessa avaliação/ comentário que se relaciona com os acontecimentos, com intuito de amenizar a tensão, a narrativa se encaminha para o final. Essse estado de equilíbrio acontece quando os personagens se apaixonam e começam a namorar, se casam e têm filhotes. “Até que um dia eles se casaram e tiveram filhotes”. “A onça ficou muito feliz pois estava com sua nova família”.

Além disso, convém observar que a moral da fábula converge para os sentidos do texto, uma vez que a união do leão com a onça consegue curar a dor.

Do ponto de vista da hierarquia tópica, observamos que o supertópico resumido no título é identificado na centração materializada na repetição do léxico: onça, floresta, família, caçadores, leão. Há dois subtópicos nesse texto, em dois momentos da narrativa, sendo o primeiro cujo foco é a história da família da onça, culminando com a morte desta. O segundo engloba o segmento que começa com o encontro do leão com a onça. Assim, se estabelece a coerência construída pela narrativa e suas partes específicas.

Texto 26

O LOBO APAIXONADO