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GERENCIAMENTO DE RISCOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS

No documento LDC-SEV Bioenergia S.A. e Controladas (páginas 56-67)

I - Gerenciamento de riscos

A Companhia está exposta aos riscos decorrentes de suas operações e considera como mais relevantes os riscos de mercado, de crédito, de liquidez e de capital.

A moeda funcional da Companhia é o real, e, portanto, a estratégia de proteção cambial é estabelecida para proteger ativos, passivos, direitos, obrigações e fluxos de caixa denominados em dólares norte-americanos. A moeda de apresentação destas demonstrações financeiras é o real.

O objetivo do programa de gestão de riscos da Companhia é proteger seu resultado em relação à variação de preço do açúcar, câmbio e juros. Esses riscos são gerenciados através da utilização de instrumentos financeiros para proteção disponíveis no mercado financeiro, tais como “swaps” de juros e termos de moeda, além de contratos futuros, opções de mercadorias, juros e câmbio. As operações executadas no mercado de balcão são contratadas por meio de bancos nacionais e internacionais classificados como de baixo risco, e as operações contratadas no mercado de bolsa são negociadas principalmente nos mercados futuros e de opções das Bolsas de Mercadorias de Nova York (NYSE: ICE) e na BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros. Com o objetivo de produzir melhor sinergia de negócios, a Companhia opera de maneira consolidada os instrumentos de “hedge”, concentrando a maioria de suas operações na controladora.

A utilização desses instrumentos é orientada pela Política de Gestão de Riscos formal sob a gestão da Administração da Companhia, do Comitê Financeiro e de Gestão de Riscos e do Conselho de Administração. Adicionalmente, a Companhia não realiza operações com nenhum tipo de alavancagem.

29.1. Risco de mercado

A Companhia está exposta principalmente aos riscos relacionados à variação do câmbio, das taxas de juros e dos preços das “commodities” agrícolas. Para proteger-se contra esses riscos de mercado, a Companhia utiliza uma variedade de instrumentos financeiros derivativos, que inclui:

• Contratos a termo e futuros de câmbio para proteger itens de valor justo e fluxo de caixa contra a variação cambial.

• Contratos futuros de juros para complementar a proteção dos itens mencionados.

• Contratos de “swap” de juros para mitigar o risco de variação da taxa Libor.

• Contratos futuros de derivativos de “commodities” para proteção de operações de estoque e entrega futura de “commodities” agrícolas.

A exposição de risco de mercado é mensurada por meio da metodologia do “Value at Risk - VaR”, porém também são utilizados como ferramentas de monitoramento de riscos análise de sensibilidade, testes de estresse e escala de “hedge”, que visam proteger o valor futuro da produção de açúcar, assim como das vendas.

O VaR mensura a perda potencial em um dado período de tempo com um certo nível de confiança para condições normais de mercado. A metodologia do VaR é baseada em cálculos estatísticos de probabilidade que levam em consideração a volatilidade de cada fator de risco da mesma maneira que a diversificação da carteira, através da análise de correlação entre todos os produtos e mercados. O risco pode ser calculado para todos os mercados e produtos em forma de risco individual e também para todos eles em conjunto de forma diversificada. O VaR 95% significa 95% de probabilidade de que uma perda diária não excederá o VaR reportado.

Enquanto o VaR captura a exposição diária da Companhia em relação à moeda, aos juros e às “commodities”, a análise de sensibilidade avalia o impacto de uma possível mudança em moedas, em juros e no preço das “commodities” para o próximo ano. A análise de escala de “hedge” e a análise de sensibilidade, bem como o cálculo de VaR, estimam expectativas de longo prazo. A Companhia realiza também testes de estresse semanais para complementar a análise de risco.

Na análise de sensibilidade, foram considerados os requerimentos da IFRS 7. O cenário provável está baseado nas expectativas do Grupo para cada uma das variáveis indicadas, considerando o período de 12 meses. Detalhes adicionais sobre a análise de sensibilidade de cada risco de mercado podem ser observados nos parágrafos subsequentes.

29.1.1.Gestão de risco cambial

As atividades da Companhia, denominadas em moeda estrangeira, estão expostas ao risco de flutuação cambial. As posições cambiais são todas administradas dentro dos parâmetros da Política de Gestão de Riscos, aprovada pela Administração da Companhia.

A Companhia opera com derivativos de moedas, objetivando reduzir a variabilidade de seu resultado ocasionada pelo reconhecimento contábil de ativos e passivos, continuamente a valor justo, e valorizados conforme a evolução da taxa de câmbio entre o real e o dólar norte-americano. Esses ativos e passivos são atualizados continuamente no curso normal de negócios da Companhia e, portanto, suas correspondentes proteções de “hedge” são corrigidas através da contratação de novos instrumentos derivativos ou liquidação de posições em instrumentos derivativos previamente contratados.

29.1.2.Gestão de risco de taxa de juros

A Companhia opera com derivativos de taxas de juros negociados na BM&FBOVESPA (contratos futuros “DI de um dia”), objetivando complementar o “hedge” de taxas de câmbio realizado através de contratos cambiais negociados na mesma bolsa (contratos futuros de dólar futuro (DOL) e contratos futuros de cupom cambial (DDI)). O uso consolidado de tais contratos futuros visa proporcionar efeitos similares ao de um único contrato futuro DOL negociado na mesma bolsa. Essa estratégia é empregada na Companhia sem alavancagem. Ela é necessária porque o contrato futuro DOL negociado isoladamente não apresenta

Essa prática é regulamentada pela BM&FBOVESPA e amplamente disseminada entre os participantes do mercado de futuros financeiros no Brasil há mais de uma década.

Adicionalmente, a Companhia opera com derivativos de taxas de juros Libor. Esses contratos são negociados no mercado de balcão brasileiro, tendo bancos de baixo risco como contraparte registrada na CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos, conforme a legislação vigente. Tais contratos não apresentam nenhuma característica similar a um contrato de opções.

A Companhia monitora as flutuações das taxas Libor atreladas a contratos de dívida existentes no seu passivo e, em consonância com sua política de “hedge”, opera com tais derivativos, com o objetivo de minimizar a variabilidade da despesa financeira futura com juros sobre tais dívidas. Em virtude do financiamento do tipo pré-pagamento com exposição à oscilação da taxa de juros Libor, a Companhia optou por proteção com a contratação de “swap”.

29.1.3.Gestão de risco de “commodities” agrícolas

A Companhia opera com contratos futuros de “commodities”, objetivando reduzir a variabilidade de seu resultado, ocasionada pelo reconhecimento contábil de ativos e passivos, continuamente a valor justo e valorizados conforme a evolução dos preços de “commodities” em bolsas nacionais ou internacionais. Além disso, são também executadas operações para a trava de preços relacionados a fluxos futuros.

29.2. Risco de crédito

O risco de crédito é administrado através da análise criteriosa da carteira de clientes, da determinação de limites de crédito e do acompanhamento permanente das posições em aberto, em conformidade com a política de crédito da Companhia, utilizando uma metodologia de mensuração de risco, semelhante à adotada pelas principais agências de classificação de riscos. A Companhia adota mecanismos de proteção, tais como garantias reais, para mitigar potenciais exposições de crédito. Historicamente, a Companhia não registra perdas significativas no recebimento de clientes.

29.3. Risco de liquidez

A gestão de risco de liquidez implica manter um nível seguro de disponibilidade de caixa, aplicações financeiras e acessos a recursos imediatos. Dessa forma, a Companhia utiliza esses recursos para fazer face às necessidades eventuais de caixa e a empréstimos e financiamentos de curto prazo.

29.3.1. Liquidez e tabelas de juros

O quadro a seguir mostra em detalhes o prazo de vencimento esperado para os passivos financeiros não derivativos do Grupo:

Controladora (BR GAAP) Menos de 1 mês De 1 a 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total 31 de março de 2011: Empréstimos e financiamentos 2.562 5.177 92.956 561.453 1.197.762 1.859.910 Fornecedores 175.181 61.600 3.701 - - 240.482 Total 177.743 66.777 96.657 561.453 1.197.762 2.100.392 31 de março de 2010: Empréstimos e financiamentos - 7.349 19.144 365.384 1.310.961 1.702.838 Fornecedores 155.238 2.587 268 - - 158.093 Total 155.238 9.936 19.412 365.384 1.310.961 1,860.931

Consolidado (BR GAAP e IFRS)

Menos de 1 mês De 1 a 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total 31 de março de 2011: Empréstimos e financiamentos 3.307 6.665 101.299 606.681 1.240.751 1.958.703 Fornecedores 209.252 64.194 3.808 - - 277.254 Total 212.559 70.859 105.107 606.681 1.240.751 2.235.957 31 de março de 2010: Empréstimos e financiamentos - 9.992 27.332 416.796 1.358.906 1.813.026 Fornecedores 172.007 2.572 268 - - 174.847 Total 172.007 12.564 27.600 416.796 1.358.906 1.987.873

Os detalhes da análise de liquidez da Companhia para os instrumentos financeiros derivativos estão apresentados a seguir. A tabela foi elaborada com base nos fluxos de caixa contratuais não descontados e nas entradas (saídas) líquidas dos instrumentos derivativos.

Controladora (BR GAAP) De 1 a 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total 31 de março de 2011-

Liquidação pelo valor líquido:

“Swaps” de taxa de juros - (15.508) (11.726) 20.572 (6.662)

Contratos de futuros (594) 15.261 (2) - 14.665

Total (594) (247) (11.728) 20.572 8.003

31 de março de 2010-

Liquidação pelo valor líquido-

Contratos de futuros 2.890 1.033 - - 3.923

Total 2.890 1.033 - - 3.923

Consolidado (BR GAAP e IFRS)

De 1 a 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total 31 de março de 2011:

Liquidação pelo valor líquido:

“Swaps” de taxa de juros - (15.508) (11.726) 20.572 (6.662)

Contratos de futuros (594) 15.261 (2) - 14.665

Total (594) (247) (11.728) 20.572 8.003

31 de março de 2010:

29.4. Risco de capital

A análise de risco de capital é efetuada de forma consolidada no nível da controladora LDC Bioenergia S.A., a qual administra sua estrutura de capital, com o objetivo de salvaguardar a sua capacidade de continuidade e oferecer retorno aos acionistas. A Companhia monitora o capital por meio da análise de índices de alavancagem financeira; esses índices correspondem à razão da dívida líquida pelo patrimônio líquido. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos e financiamentos (incluindo empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos) com os contratos de “swap” designados como “hedge accounting” (vide nota explicativa nº 29.7), subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa.

A Companhia pode alterar sua estrutura de capital, conforme condições econômico- -financeiras, visando otimizar sua alavancagem financeira e/ou sua gestão de dívida.

II- Instrumentos financeiros

Os instrumentos financeiros registrados no balanço patrimonial, tais como caixa e equivalentes de caixa e empréstimos e financiamentos, apresentam-se pelo valor contratual, que, dados o curto prazo e as características dos instrumentos, é próximo do valor de mercado.

Os instrumentos financeiros derivativos, especificamente, estão registrados ao valor de mercado com base nas informações de mercado e/ou metodologias de avaliação apropriadas para cada instrumento financeiro. As metodologias empregadas constituem prática comum de avaliação de valor justo no mercado financeiro.

O uso de diferentes informações de mercado e/ou metodologias de avaliação poderá resultar em valores diferentes dos registrados no montante da realização do instrumento financeiro.

O valor justo dos instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos (por exemplo, derivativos de mercado de balcão) é determinado mediante o uso de técnicas de avaliação. A Companhia utiliza diversos métodos e define premissas que são baseadas nas condições de mercado existentes nas datas das demonstrações financeiras. O valor justo de contratos de câmbio a termo é determinado com base em taxas de câmbio a termo, cotadas nas datas das demonstrações financeiras.

29.5. Categoria de instrumentos financeiros

Controladora (BR GAAP) Consolidado (BR GAAP e IFRS) 31.03.11 31.03.10 31.03.11 31.03.10 Ativos financeiros:

Caixa e equivalentes de caixa 219.142 156.071 220.590 156.621 Valor justo por meio do resultado-

Mantidos para negociação 23.511 1.316 23.511 1.316 Investimentos mantidos até o vencimento 2.416 3.693 2.416 3.693 Empréstimos e recebíveis 287.361 212.507 288.362 216.550

Controladora (BR GAAP) Consolidado (BR GAAP e IFRS) 31.03.11 31.03.10 31.03.11 31.03.10 Passivos financeiros:

Valor justo por meio do resultado-

Instrumentos derivativos - “swaps” 8.846 - 8.846 - Instrumentos derivativos - “swaps”

designados como “hedge accounting” (vide

nota explicativa nº 29.7) 6.663 - 6.663 - Outros passivos financeiros 485.571 219.773 621.135 346.715

29.6. Valor justo dos instrumentos financeiros contabilizados ao custo amortizado

Controladora (BR GAAP) Consolidado (BR GAAP e IFRS)

31.03.11 31.03.10 31.03.11 31.03.10 Valor contábil Valor justo Valor contábil Valor justo Valor contábil Valor justo Valor contábil Valor justo Ativos financeiros- Empréstimos e recebíveis: Contas a receber 236.740 236.740 145.675 145.675 237.533 237.533 147.483 147.483 Outros (a) 50.621 50.621 66.832 66.832 50.829 50.829 69.067 69.067 Total 287.361 287.361 212.507 212.507 288.362 288.362 216.550 216.550 Passivos financeiros-

Passivos financeiros mantidos ao custo amortizado: Empréstimos e financiamentos (b) 245.089 245.089 61.680 61.680 343.881 343.881 171.868 171.868 Fornecedores e outros 240.482 240.482 158.093 158.093 277.254 277.254 174.847 174.847 Total 485.571 485.571 219.773 219.773 621.135 621.135 346.715 346.715

(a) Referem-se a valores a receber por vendas de ativos e depósitos judiciais.

(b) Referem-se aos empréstimos deduzidos da parcela contabilizada a valor justo (dívida reestruturada da LDC-SEV). 29.7. Contratos derivativos para proteção à taxa de juros

A Companhia apresentava instrumentos de “swap” Libor conforme segue:

Contratos de “swap” designados como “hedge” de fluxo de caixa

Contratos em aberto que recebem taxa de juros Libor e pagam taxas prefixadas:

Controladora (BR GAAP) Taxa prefixada

média

contratada -% Valor nocional Valor justo 31.03.11 31.03.10 31.03.11 31.03.10 31.03.11 31.03.10 Vencimento: Menos de 1 ano 5,29 4,73 612.000 - (15.508) - De 1 a 2 anos 612.000 - (11.813) - De 2 a 5 anos 612.000 - 86 -

Consolidado (BR GAAP e IFRS) Taxa prefixada

média

contratada -% Valor nocional Valor justo 31.03.11 31.03.10 31.03.11 31.03.10 31.03.11 31.03.10 Vencimento: Menos de 1 ano 5,29 4,73 612.000 - (15.508) - De 1 a 2 anos 612.000 - (11.813) - De 2 a 5 anos 612.000 - 86 - Mais de 5 anos 482.000 - 20.572 - Total (6.663) -

Os valores apresentados como “hedges” de fluxo de caixa representam todos os contratos de “swap”, para os quais a Companhia adota a contabilização de “hedge accounting”, em conformidade com o pronunciamento técnico CPC 38, para proteção contra os efeitos das oscilações das taxas de juros Libor, sobre os pagamentos de juros de contratos de pré-pagamento de longo prazo; para os contratos não designados como “hedge accounting”, a Companhia contabiliza os efeitos da variação da posição de “swap” Libor contra o resultado.

29.7.1. Contratos derivativos para proteção de “commodities”

A Companhia apresentava nos exercícios em referência contratos futuros e de opções conforme segue:

Contratos de “commodities” em aberto

Controladora (BR GAAP) Valor nocional

Moeda estrangeira Moeda do País Valor justo

31.03.11 31.03.10 31.03.11 31.03.10 31.03.11 31.03.10

Contratos de futuros em aberto

ICE RAW Açúcar- Vencimento: Menos de 3 meses (4.038) (14.095) (6.578) (25.103) (594) 8.568 De 3 a 6 meses 35.084 9.443 57.141 16.819 15.069 (4.667) Acima de 6 meses (6.889) - (11.219) - 190 - Total 24.157 (4.652) 39.344 ( 8.284) 14.665 3.901

Consolidado (BR GAAP e IFRS) Valor nocional

Moeda estrangeira Moeda do País Valor justo

31.03.11 31.03.10 31.03.11 31.03.10 31.03.11 31.03.10

Contratos de futuros em aberto

ICE RAW Açúcar- Vencimento: Menos de 3 meses (4.038) (14.095) (6.578) (25.103) (594) 8.568 De 3 a 6 meses 35.084 9.443 57.141 16.819 15.069 (4.667) Acima de 6 meses (6.889) - (11.219) - 190 - Total 24.157 (4.652) 39.344 ( 8.284) 14.665 3.901

29.7.2. Margens em garantia

As operações de derivativos em bolsas de mercadorias (NYSE: ICE e BM&FBOVESPA) requerem margem inicial em garantia. As corretoras com as quais a Companhia opera nas referidas bolsas oferecem limites de créditos para essas margens. Em 31 de março de 2011, o total de limite de crédito tomado para margem inicial é de R$4.738 em 31 de março de 2011 (R$926.832 em 31 de março de 2010).

29.7.3. Mensuração de valor justo reconhecida no balanço patrimonial

O pronunciamento técnico CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação define o valor justo como o preço de troca que seria recebido por um ativo ou o preço pago por transferir um passivo (preço de saída) no principal ou o mais vantajoso mercado para o ativo ou passivo em uma transação normal entre participantes do mercado na data de mensuração. O CPC 40 também estabelece uma hierarquia de três níveis para o valor justo, a qual prioriza as informações quando da mensuração do valor justo pela empresa, para maximizar o uso de informações observáveis e minimizar o uso de informações não observáveis. O CPC 40 descreve os três níveis de informações que devem ser utilizados na mensuração ao valor justo:

• Nível 1 - preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos.

• Nível 2 - outras informações disponíveis, exceto aquelas do Nível 1, em que

os preços são cotados (não ajustados).

Mensurações de valor justo de Nível 2 são obtidas por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo diretamente, ou seja, como preços, ou indiretamente, ou seja, com base em preços.

• Nível 3 - informações indisponíveis em virtude de pequena ou nenhuma atividade de mercado e que são significantes para definição do valor justo dos ativos e passivos.

Os ativos e passivos financeiros da Companhia, mensurados a valor justo em bases recorrentes e sujeitos à divulgação, conforme requerimentos do CPC 40, em 31 de março de 2011, são os seguintes:

Controladora (BR GAAP) 31.03.11

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado:

Contratos de futuros “held for trading” 14.665 - 14.665

Consolidado (BR GAAP e IFRS) 31.03.11

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado:

Contratos de futuros “held for trading” 14.665 - 14.665

“Swap Libor” - 8.846 - 8.846

Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado-

Passivos financeiros derivativos - 15.509 - 15.509

29.8. Instrumentos financeiros derivativos e não derivativos com aplicação do “hedge accounting”

A Companhia aplica “hedge accounting” para os “hedges” de fluxo de caixa (vide nota explicativa nº 29.7), representado pelos contratos de “swap” Libor, contratados para mitigar os efeitos da oscilação da taxa de juros Libor sobre os pagamentos de juros nos contratos de pré-pagamento de longo prazo. A Companhia também passou a adotar a partir de janeiro de 2010 o “hedge accounting” para o “hedge” de risco cambial, designando as dívidas de exportação como instrumentos de “hedge” dos fluxos de exportações futuras.

Em janeiro de 2010,a Companhia designou operações de “hedge” de risco cambial em

conformidade com o pronunciamento técnico CPC 38. Tais operações têm como objetivo reduzir a variabilidade do valor futuro expresso em reais de parte das exportações a serem realizadas entre março de 2010 e junho de 2015. Diante desse objetivo, foram escolhidos instrumentos financeiros de dívida denominados em dólar norte-americano para desempenharem o papel de instrumentos de “hedge”.

Como resultado, parte da variação cambial passiva desses instrumentos financeiros passou a ser reconhecida em conformidade com os requerimentos do CPC 38. Dessa forma, a parcela efetiva do valor justo ainda não realizado do “hedge” passou a ser reconhecida na rubrica “Outros resultados abrangentes”; por sua vez, à medida que essa parcela se realizar, ela será reclassificada para o grupo “Receitas (despesas) operacionais”.

Ganhos e perdas das operações cobertas pelo “hedge accounting”

Em conformidade com o CPC 38, a Companhia registrou os ganhos e as perdas das operações de “hedge accounting” em rubricas específicas do patrimônio líquido, conforme demonstrado a seguir:

Controladora (BR GAAP) Saldo em 31.03.10 Diferido Reciclado Saldo em 31.03.11

“Swap” Libor (a) - 15.051 2.968 18.019

Variação cambial (b) (9.537) 36.495 - 26.958

Imposto de renda (34%) 3.243 (17.525) (1.010) (15.292)

Total (6.294) 34.021 1.958 29.685

(a) Marcação a mercado dos instrumentos derivativos inclusos no programa de “hedge accounting” (CPC 38).

(b) Variação cambial dos instrumentos de “hedge” natural inclusos no programa de “hedge accounting” (CPC 38).

30. ITENS QUE NÃO AFETAM O CAIXA

A Companhia realizou as seguintes atividades de investimento e financiamento não envolvendo caixa; portanto, essas não estão refletidas na demonstração dos fluxos de caixa:

Controladora (BR GAAP) Consolidado (BR GAAP e IFRS) 31.03.11 31.03.10 31.03.11 31.03.10

Ajuste reflexo de investida decorrente da adoção dos novos

pronunciamentos contábeis - (10.018) - -

Ajustes por adoção inicial dos novos pronunciamentos

contábeis - controladora e controladas - 60.427 - 43.870

Ajuste por adoção inicial dos novos pronunciamentos contábeis - parcela de acionistas não controladores da

Companhia - - - 910

Imposto de renda diferido sobre outros resultados

abrangentes - 3.243 - 3.243

Imposto de renda diferido reconhecido diretamente no

patrimônio líquido - (20.545) - (20.545)

Conversão de dívida em capital - 550.000 - 550.000

31. COMPROMISSOS

a) Vendas

Tendo em vista que o Grupo opera, principalmente, no mercado de “commodities”, as vendas são substancialmente efetuadas ao preço da data da venda. Entretanto, o Grupo tem diversos acordos no mercado de açúcar e etanol, por meio dos quais se compromete a vender volumes desses produtos em safras futuras. Os volumes desses compromissos totalizam 758.192 toneladas de açúcar e 33.227 metros cúbicos de etanol.

b) Compras

O Grupo tem diversos compromissos de compra de cana-de-açúcar de terceiros, com a finalidade de garantir parte de sua produção nas safras seguintes. A quantidade de cana-de- -açúcar a ser adquirida é calculada com base na estimativa da quantidade a ser moída por usina. O montante a ser pago pelo Grupo é determinado no fim de cada safra, de acordo com o preço publicado pelo CONSECANA.

Os compromissos de compra por safra, em toneladas, em 31 de março de 2011, são como segue: Safra Em toneladas 31.03.11 R$ 31.03.11 2011/2012 3.195.404 105.463 2012/2013 2.461.134 77.006 2013/2014 1.276.029 48.475 2014/2015 601.474 27.980 De 2015 até 2019 883.762 40.310 Total 8.417.803 299.235

c) Sociedade Operadora Portuária de São Paulo Ltda. (“SOP”)

No primeiro trimestre de 2010, foi obtida anuência de credores financeiros da Crystalsev Comércio e Representação Ltda. (“Crystalsev”), para continuidade das tratativas relacionadas ao fato de a LDC-SEV Bioenergia (controlada da Companhia) tornar-se, direta ou indiretamente, detentora de 85% das cotas representantes do capital social da SOP, atualmente de propriedade da Crystalsev, em conformidade com o acordo assinado em 26 de outubro de 2009. O valor da operação definido para 85% das cotas da SOP, em 31 de março de 2011, é de aproximadamente R$120 milhões. Até a data da aprovação dessas demonstrações financeiras, a transação não foi finalizada.

32. SEGUROS

Em 31 de março de 2011, a Companhia mantém cobertura de seguros contra incêndios e riscos diversos para bens do ativo imobilizado e para estoques de açúcar e etanol, para cobrir eventuais perdas significativas sobre seus ativos.

33. PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA

A Companhia oferece aos seus empregados o Plano Itaú Flexprev RF, que tem por objetivo minimizar as diferenças entre a renda que o empregado tem na ativa e a renda proporcionada pela Previdência Social, quando se aposentar. São oferecidas duas opções de investimento: o Plano Gerador de Benefícios Livres - PGBL e o Vida Gerador de Benefício Livre - VGBL, possibilitando a adequação do planejamento de renda futura ao planejamento tributário do empregado. O montante gasto consolidado pela Companhia com o plano de previdência privada foi de R$131 no exercício findo em 31 de março de 2011, registrado na rubrica

No documento LDC-SEV Bioenergia S.A. e Controladas (páginas 56-67)

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