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FASE 6 – Fase de desinvestimento (de 35 a 40 anos de profissão)

4- Realização da prática profissional

4.2.2 Ginástica

Relativamente à Ginástica não existiu dificuldades de grande relevo a serem referidas. Mas existiam grandes preocupações de como organizar o espaço, e a segurança dos alunos e as respectivas ajudas. A sua planificação estava condicionada devido a rotação dos espaços existentes na escola, a unidade didáctica iria ser aplicada em dois períodos. Num período uma abordagem mais à Ginástica de solo e no outro os aparelhos.

Sendo a Ginástica uma modalidade onde o professor deve ter bastante atenção à segurança do material e dos alunos, e também uma modalidade onde o empenho motor se revela relativamente menor, em relação às outras modalidades, optei na leccionação dos conteúdos usando estações. Usar 3 a 4 estações seria o ideal para a turma, sendo que uma delas, seria de aplicação para os alunos que já conseguiam ultrapassar a dificuldade do elemento técnico.

Houve a necessidade de realizar uma alteração à planificação inicialmente prevista, no que diz respeito a conteúdos.

Em primeiro lugar, este facto deve-se a alterações que tivemos de efectuar devido a imposição por parte do Ministério da Educação de não ser poder usar colchões devido à possibilidade de transmissão da Gripe A.

Até ao dia 21-10-09, havia sido feito uma planificação (diferente, com a inclusão de vários elementos gímnicos de solo. Nessa altura, numa reunião de agrupamento, falou-se sobre a questão dos colchões, na qual, ficou decidido até novas ordens, que os alunos não poderiam usar os colchões.

Foi então que ficou decidido abordar mais elementos no minitrampolim, e incluir o salto entre mãos no 2º período, esperando que os alunos atingissem com sucesso no 1º período o salto ao eixo.

Posto isto, e visto que os colchões também podem ser utilizados, para queda, foram retirados, os elementos onde o contacto com o colchão é maior, como rolamentos. Passando-os para o 2ºperíodo, onde à partida, já seria possível o uso dos colchões, tendo-se verificado que não existiu mudança de

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política por parte do Ministério ficando então a abordagem do salto entre mãos que poderia em termos de tempo, ser mais trabalho assim como consolidar elementos no mini trampolim, acrescentando o salto com pirueta vertical.

Visto que a maioria dos elementos do solo não iria ser abordados no 1º período, os elementos que estavam planeados para o 2ºperíodo transitaram para o 1ºperíodo. Visto também que a única proibição seria os colchões, retirei o que tinha planeado de mini trampolim para o segundo período de modo a abordar já no primeiro período.

Em todas as actividades da aula, os colchões serviram apenas, para queda, sendo a única superfície de contacto com o colchão os membros inferiores.

Falando do processo ensino aprendizagem, como já referido, escolhi como estratégia a utilização de estações. Na formação de grupos não houve diferenciação por níveis, por considerar que os alunos de uma maneira geral estavam ao mesmo nível, colocando uma estação específica de aplicação para os alunos que fossem demonstrando um nível superior.

O maior receio na ginástica seria a segurança, nomeadamente as ajudas aos alunos. De foro teórico sabia perfeitamente como realizá-las, agora em prática, apenas no 2ºano do curso (Estudos Práticos), foi possível aplicá-la, e muito pouco no 3ºano (Didáctica de Ginástica). E passados dois anos, sem aplicação teria algumas dúvidas. Essas dúvidas dissiparam-se à medida que as ia aplicar tendo sempre ajudado os alunos da melhor maneira.

De uma maneira geral, foi uma unidade de ensino que correu da melhor maneira, apesar das grandes dificuldades sentidas por eles na ginástica a evolução foi bastante boa.

De realçar uma alteração efectuada no 2ºperíodo relativamente ao salto entre mãos. Foi proposto à turma, que alguns alunos realizassem um ―salto de barreira‖. Este salto tinha como função saltar o plinto como se fosse a saltar um muro, efectuando na mesma os primeiros passos do salto entre mãos. No momento do salto, esses alunos colocariam os membros superiores no plinto, efectuando de seguida transposição lateral dos membros inferiores.

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Esta proposta teve em conta, a grande dificuldade anatómica sentida por alguns dos rapazes, devido ao facto de serem bastante obesos. Logo ao executarem a acção motora de fecho, eles não conseguiam realizá-la da melhor maneira, sendo para eles impossível assumir a posição engrupado,

Visto que seria de certa forma injusto, avaliar da mesma maneira este tipo de salto com os alunos que trabalharam arduamente para realizar o salto entre mãos, decidi complementar a nota com um trabalho sobre ―Desporto, nutrição e obesidade‖. Os alunos responderam positivamente e aplicaram-se bastante em ambas as componentes.

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4.2.3 Atletismo

No meu entender o Atletismo é das modalidades a serem abordadas na escola que maior resistência oferece, tanto pela parte dos professores como dos alunos.

Justificando a afirmação, deve-se um pouco ao mito que os alunos têm do Atletismo, pensando eles que esta modalidade é só correr. Já no caso dos professores, tem mais a ver com as condições da própria escola.

No caso da Escola Fontes Pereira de Melo, as condições para a abordagem do atletismo eram bastante complicadas, não havendo espaço exterior, devido as obras de remodelação existentes, seria complicado abordar outras vertentes do Atletismo, por exemplo saltos, lançamentos e mesmo corridas. Mas no nosso entender, não seriam motivos suficientes para não o abordar. Tendo em conta a obra não publicada, mas que servia de um excelente guia para as aulas de Atletismo realizada por Rolim R. & Garcia, Rui (2007-2008) intitulado de ―O Atletismo em Idades Púberes e Pós-Púberes” tendo em conta que são dois Doutores da Universidade do Porto – Faculdade de Desporto, não vi qualquer problema em seguir as suas orientações pedagógicas.

Estes dois autores, propõem soluções lúdicas, de maneira fácil, para o ensino do Atletismo na escola, podendo leccionar qualquer vertente do atletismo mesmo dentro do pavilhão.

Sendo o Atletismo uma modalidade individual e onde a técnica possui um carácter especial, para a execução de diversos gestos no Atletismo. Seria necessário trabalhar de uma forma molecular, ―partindo‖ o movimento nas suas partes, até chegar à técnica correcta.

Sendo assim no 1º período a que corresponde as aulas 1 a 4, vai ser dada importância a técnica corrida, partida de blocos e corrida de barreiras, havendo uma maior exercitação no primeiro ponto.

No 2º período onde incidem as restantes aulas, decidiu-se aprofundar um lançamento e um salto para um maior contacto dos alunos com o atletismo, e estes não pensarem que o atletismo é só corrida.

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De lançamentos decidiu-se pelo lançamento do peso, devido as condições materiais da escola, sendo possível com as condições que existem usar material de apoio à sua aprendizagem, podendo usufruir á vontade o espaço disponível, sem perigo para os alunos.

De salientar que a abordagem do Atletismo fez com que algumas estratégias fossem alteradas, nomeadamente no aquecimento e unidades de ensino a abordar em cada aula. Isto é, nas aulas de 90 minutos abordar metade da aula, Atletismo e na outra metade da aula, outra modalidade previamente planeada.

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No documento Relatório de Estágio Profissional (páginas 58-63)