vinculada à prova dos autos, observadas as regras jurídicas perti- nentes e as experiências comum aplicáveis".
Requer, assim, o provimento do recurso. Sem contrarrazões.
Decido.
O recurso não merece seguimento.
Cumpre registrar, inicialmente, que, nos termos do art. 16 do RITNU, as petições e os processos devem ser recebidos no protocolo do Conselho da Justiça Federal, não se admitindo o protocolo de recurso interposto contra decisão da TNU na origem.
Outrossim, a Constituição Federal atribui competência ao Supremo Tribunal Federal, em seu art. 102, III, para julgar, em recurso ex- traordinário, as causas decididas em única ou última instância pelos tribunais, o que não ocorreu na espécie, por ausência de manifestação do colegiado.
Dessa forma, não tendo havido o exaurimento das vias recursais na instância ordinária, é inadmissível o recurso extraordinário, conforme o disposto na Súmula 281/STF, "É inadmissível o recurso extraor- dinário, quando couber, na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada".
Ante o exposto, com base no art. 7º, X, do RITNU, nego seguimento ao recurso extraordinário.
Intimem-se.
Brasília, 9 de dezembro de 2013.
Min. ARNALDO ESTEVES LIMA
Presidente da Turma
PROCESSO: 5009419-95.2011.4.04.7122
ORIGEM: RS - SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO SUL
REQUERENTE: INSS
PROC./ADV.: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL REQUERIDO (A): MARCELO DORNELES PALHANO PROC./ADV.: NÃO CONSTITUÍDO
DECISÃO
Trata-se de agravo interposto de decisão que inadmitiu o incidente de uniformização nacional suscitado pelo INSS, pretendendo a reforma de acórdão oriundo de Turma Recursal dos Juizados Especiais Fe- derais da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul.
A Turma de origem manteve a sentença que julgou procedente o pedido inicial, sob o fundamento de que, para a comprovação da situação de desemprego e ampliação do período de graça, não é necessário o registro no Ministério do Trabalho, bastando, para tanto, a ausência na CTPS de efetivo vínculo empregatício.
Sustenta o requerente que o entendimento firmado no acórdão re- corrido encontra-se divergente da jurisprudência do STJ segundo a qual a mera ausência de registro de contrato de trabalho na CTPS não é suficiente para comprovar a situação de desemprego. Aduz, ainda, que é necessário o registro no órgão próprio do Ministério do Tra- balho e da Previdência Social.
Requer, assim, o provimento do recurso. Decido.
A Turma Nacional de Uniformização pacificou sua jurisprudência no sentido de que, embora não seja exigível exclusivamente o registro no Ministério do Trabalho, a ausência de anotação laboral na CTPS, CNIS ou a exibição do Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho não são suficientes para comprovar a situação de desemprego. Con- cluiu assim que deve haver dilação probatória, por provas docu- mentais e/ou testemunhais, para comprovar tal condição e afastar o exercício de atividade remunerada na informalidade. Nesse sentido: PEDILEF 200870950035921 e PEDILEF 200771950003942. Referidos julgados, seguindo o entendimento adotado pelo STJ no julgamento da Pet 7.115/PR, decidiu que, embora o registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho seja dispensável para a extensão do período de graça, a simples inexistência de anotação em CTPS ou de registro de novos vínculos no CNIS não provam, por si sós, a si- tuação de desemprego. Entendeu, ainda, que, nos casos em que te- nham as instâncias ordinárias admitido tão somente a ausência de registro na CTPS ou no CNIS como suficiente à comprovação em comento, a orientação que estava sendo uniformizada não poderia ser aplicada de imediato, violando o direito de defesa da parte cujo pleito, até então, havia sido atendido (já que não poderia ser re- pentinamente surpreendida pela exigência de provas complementares que não foram oportunamente produzidas). Destarte, em casos tais, deve ser reaberta ampla instrução probatória com o objetivo de con- ferir à parte a oportunidade de produzir prova plena da situação de desemprego.
Dessa forma, considerando-se a sistemática dos recursos sobrestados por força de repercussão geral, dos representativos da controvérsia, dos repetitivos e dos incidentes de uniformização processados na TNU, em que se devem observar as diretrizes estabelecidas nos arts. 543-B, § 3º, e 543-C, § 7º, do CPC e 7º, VII, a, e 15, §§ 1º a 3º, da Resolução 22/08 do Conselho da Justiça Federal, os autos devem ser devolvidos à Turma Recursal de origem para aplicação do enten- dimento pacificado no âmbito da Turma Nacional de Uniformiza- ção.
Determino, pois, a restituição dos autos à origem. Brasília, 17 de dezembro de 2013.
Min. ARNALDO ESTEVES LIMA
Presidente da Turma
PROCESSO: 2011.51.67.000901-1
ORIGEM: RJ - SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO REQUERENTE: EMMA COSTA MARIANO
PROC./ADV.: LEANDRO PORTUGAL JAEGGEROAB: RJ 150.821
REQUERIDO (A): INSS
PROC./ADV.: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
DECISÃO
Trata-se de incidente de uniformização de jurisprudência dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, com fundamento no art. 14, § 4º, da Lei 10.259/01, suscitado contra decisão da Presidência da Turma Na- cional de Uniformização que negou provimento ao agravo, por au- sência de cotejo analítico.
Apresentadas contrarrazões. Decido.
O pedido não merece acolhimento.
Cumpre registrar, inicialmente, que o pedido de uniformização di- rigido ao Superior Tribunal de Justiça foi protocolado na Turma de origem, em desacordo com o art. 16 do RITNU que estabelece que os processos e petições devem ser protocoladas no Conselho da Justiça Federal.
Ainda que assim não fosse, inexistindo decisão colegiada da TNU que verse sobre a questão de mérito acerca da qual se pleiteia a pacificação de entendimento, descabe o pedido de uniformização di- rigido ao STJ, a teor do que dispõe o art. 36, caput, do Regimento Interno da Turma Nacional de Uniformização.
Ante o exposto, com fundamento no art. 7º, IX, do RITNU, nego seguimento ao incidente de uniformização.
Intimem-se.
Brasília, 6 de dezembro de 2.013.
Min. ARNALDO ESTEVES LIMA
Presidente da Turma
PROCESSO: 2008.51.51.051066-5
ORIGEM: RJ - SEÇÃO JUDICIÁRIA DO Rio DE JANEIRO RECORRENTE: ESPERANÇA DE JESUS ANTUNES PROC./ADV.: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃODPU RECORRIDO: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
PROC./ADV.: ADVOGADO DA CAIXA ECONÔMICA FEDE- RAL
DECISÃO
Trata-se de "recurso ordinário constitucional" interposto pela parte autora, com fundamento no art. 105, II, b, da Constituição Federal, contra decisão referendada pela 1ª Turma Recursal dos Juizados Es- peciais Federais do Rio de Janeiro que indeferiu a petição inicial do mandado de segurança impetrado contra ato da Juíza Federal do 1º Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro que deixou de receber o recurso inominado interposto pela ora requerente por entendê-lo in- tempestivo.
A parte recorrente alega, em síntese, ofensa aos arts. 184, § 1º, do CPC, 62, III, da Lei 5.010/66 c.c 81, § 1º, III, do Regimento Interno do TRF da 2ª Região.
Decido.
O recurso não merece seguimento.
A Constituição Federal prevê a seguinte hipótese para a interposição do recurso ordinário, in verbis:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: ... II - julgar, em recurso ordinário:
...
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Dis- trito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
Por outro lado, a Lei 10.259/01 estabelece:
Art. 14. Caberá pedido de uniformização de interpretação de lei federal quando houver divergência entre decisões sobre questões de direito material proferidas por Turmas Recursais na interpretação da lei.
... § 4º. Quando a orientação acolhida pela Turma de Uniformização, em questões de direito material, contrariar súmula ou jurisprudência do- minante no Superior Tribunal de Justiça - STJ, a parte interessada poderá provocar a manifestação deste, que dirimirá a divergência. Com efeito, verifica-se que a legislação de regência não prevê a possibilidade de interposição de recurso ordinário em mandado de segurança para impugnar decisão da Turma Nacional de Uniformi- zação, razão pela qual o presente recurso não merece prosseguir, por ausência de previsão legal.
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso ordinário em mandado de segurança.
Intimem-se.
Brasília, 19 de dezembro de 2013.
Min. ARNALDO ESTEVES LIMA
Presidente da Turma
PROCESSO: 0508136-02.2011.4.05.8201
ORIGEM: PB - SEÇÃO JUDICIÁRIA DA PARAÍBA REQUERENTE: INALDA ALVES TRAJANO
PROC./ADV.: SEBASTIÃO FIGUEIREDO DA SILVA OAB: PB- 11 . 4 5 4
REQUERIDO (A): INSS
PROC./ADV.: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
DECISÃO
Trata-se de agravo interposto de decisão que inadmitiu o incidente de uniformização nacional suscitado pela parte autora, pretendendo a reforma de acórdão oriundo de Turma Recursal dos Juizados Es- peciais Federais da Seção Judiciária da Paraíba.
A Turma de origem confirmou a sentença quanto ao indeferimento do pedido de concessão/restabelecimento de benefício auxílio-doen- ça/aposentadoria por invalidez, em virtude da ausência de incapa- cidade laborativa.
Sustenta a parte agravante que o acórdão recorrido diverge da ju- risprudência do STJ e da TNU. Alega que, mesmo no caso de ca- pacidade, o julgador deve levar em consideração as condições pes- soais do segurado.
Requer, assim, o provimento do recurso. Decido.
Não prospera a irresignação.
A Turma Nacional de Uniformização firmou o entendimento no sen- tido de que "o julgador não é obrigado a analisar as condições pes- soais e sociais quando não reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual" (Súmula 77/TNU).
Dessa forma, incide, à espécie, a QO 13/TNU: "Não cabe Pedido de Uniformização, quando a jurisprudência da Turma Nacional de Uni- formização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais se fir- mou no mesmo sentido do acórdão recorrido".
Ante o exposto, com base no art. 7º, VII, c, do RITNU, nego pro- vimento ao agravo.
Intimem-se.
Brasília, 17 de dezembro de 2013.
Min. ARNALDO ESTEVES LIMA
Presidente da Turma
PROCESSO: 0501308-56.2012.4.05.8200
ORIGEM: PB - SEÇÃO JUDICIÁRIA DA PARAÍBA REQUERENTE: JOSÉ TERTULIANO DE SOUZA
PROC./ADV.: MARCOS ANTÔNIO INÁCIO DA SILVA OAB: PB- 4007
REQUERIDO (A): INSS
PROC./ADV.: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
DECISÃO
Trata-se de agravo interposto de decisão que inadmitiu o incidente de uniformização nacional suscitado pela parte autora, pretendendo a reforma de acórdão oriundo de Turma Recursal dos Juizados Es- peciais Federais da Seção Judiciária da Paraíba.
A Turma de origem confirmou a sentença que julgou improcedente o pedido inicial sob o fundamento de ausência de incapacidade da parte autora.
Sustenta a parte agravante que o acórdão recorrido diverge de julgado da TRMT e da Súmula 47/TNU. Alega que, mesmo no caso de inexistir incapacidade total, o julgador deve levar em consideração as condições pessoais do segurado.
Requer, assim, o provimento do recurso. Decido.
Não prospera a irresignação.
A Turma Nacional de Uniformização firmou o entendimento no sen- tido de que "o julgador não é obrigado a analisar as condições pes- soais e sociais quando não reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual" (Súmula 77/TNU).
Dessa forma, incide, à espécie, a QO 13/TNU: "Não cabe Pedido de Uniformização, quando a jurisprudência da Turma Nacional de Uni- formização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais se fir- mou no mesmo sentido do acórdão recorrido".
Ante o exposto, com base no art. 7º, VII, c, do RITNU, nego pro- vimento ao agravo.
Intimem-se.
Brasília, 17 de dezembro de 2013.
Min. ARNALDO ESTEVES LIMA
Presidente da Turma
PROCESSO: 0502149-16.2010.4.05.8202
ORIGEM: PB - SEÇÃO JUDICIÁRIA DA PARAÍBA REQUERENTE: AGENOR TRAJANO DA SILVA
PROC./ADV.: SEBASTIÃO FIGUEIREDO DA SILVA OAB: PB-11 454
REQUERIDO (A): INSS
PROC./ADV.: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
DECISÃO
Trata-se de agravo interposto de decisão que inadmitiu o incidente de uniformização nacional suscitado pela parte autora, pretendendo a reforma de acórdão oriundo de Turma Recursal dos Juizados Es- peciais Federais da Seção Judiciária da Paraíba.
A Turma de origem reformou a sentença que julgou parcialmente procedente o pedido inicial sob o fundamento de ausência de in- capacidade da parte autora.
Sustenta a parte agravante que o acórdão recorrido diverge de julgado do STJ e da TNU. Alega que, mesmo no caso de inexistir inca- pacidade total, o julgador deve levar em consideração as condições pessoais do segurado.
ISSN 1677-7042
EXEMPLAR DE ASSINANTE DA IMPRENSA NACIONAL
Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html , Documento assinado digitalmente conforme MP no-2.200-2 de 24/08/2001, que institui a
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Decido.Não prospera a irresignação.
A Turma Nacional de Uniformização firmou o entendimento no sen- tido de que "o julgador não é obrigado a analisar as condições pes- soais e sociais quando não reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual" (Súmula 77/TNU).
Dessa forma, incide, à espécie, a QO 13/TNU: "Não cabe Pedido de Uniformização, quando a jurisprudência da Turma Nacional de Uni- formização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais se fir- mou no mesmo sentido do acórdão recorrido".
Ante o exposto, com base no art. 7º, VII, c, do RITNU, nego pro- vimento ao agravo.
Intimem-se.
Brasília, 17 de dezembro de 2013.
Min. ARNALDO ESTEVES LIMA
Presidente da Turma
PROCESSO: 5010583-40.2011.4.04.7108
ORIGEM: RS - SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO SUL
REQUERENTE: JUSSARA MARIA NUNES DE SOUZA PROC./ADV.: MARIA SILESIA PEREIRA OAB: RS 33.075 PROC./ADV.: MELISSA PEREIRA OAB: RS-59469 REQUERIDO (A): INSS
PROC./ADV.: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
DECISÃO
Trata-se de agravo interposto de decisão que inadmitiu o incidente de uniformização nacional suscitado pela parte autora, pretendendo a reforma de acórdão oriundo da Turma Recursal dos Juizados Es- peciais Federais da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul. A Turma de origem confirmou a sentença que julgou improcedente o pedido inicial sob o fundamento de ausência de incapacidade da parte autora.
Sustenta a parte requerente que o entendimento firmado no acórdão recorrido encontra-se divergente da jurisprudência do STJ, da TNU e da TRGO segundo a qual deve ser considerado todo o conjunto probatório na hipótese de haver outros meios de prova além do laudo pericial.
Requer, assim, o provimento do recurso. Decido.
Incensurável a decisão agravada.
A pretensão de se alterar o entendimento firmado pelas instâncias ordinárias acerca da incapacidade da parte autora não é possível em virtude da necessidade de revisão de provas dos autos. Aplica-se, assim, a Súmula 42/TNU ("Não se conhece de incidente de uni- formização que implique reexame de matéria de fato"). Nesse sentido: PEDILEF 200663020129897.
Ante o exposto, com fundamento no art. 7º, VII, c, do RITNU, nego provimento ao agravo.
Intimem-se.
Brasília, 17 de dezembro de 2013.
Min. ARNALDO ESTEVES LIMA
Presidente da Turma
PROCESSO: 5009749-37.2011.4.04.7108
ORIGEM: RS - SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO SUL
REQUERENTE: ACHILLE CARELLI MEROLA
PROC./ADV.: MARIA SILESIA PEREIRA OAB: RS-33.075 PROC./ADV.: MELISSA PEREIRA OAB: RS-59.469 REQUERIDO (A): INSS
PROC./ADV.: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
DECISÃO
Trata-se de agravo interposto de decisão que inadmitiu o incidente de uniformização nacional suscitado pela parte autora, pretendendo a reforma de acórdão oriundo da Turma Recursal dos Juizados Es- peciais Federais da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul. A Turma de origem confirmou a sentença que julgou improcedente o pedido inicial sob o fundamento de ausência de incapacidade da parte autora.
Sustenta a parte requerente que o entendimento firmado no acórdão recorrido encontra-se divergente da jurisprudência do STJ, da TNU e da TRGO segundo a qual deve ser considerado todo o conjunto probatório na hipótese de haver outros meios de prova além do laudo pericial.
Requer, assim, o provimento do recurso. Decido.
Incensurável a decisão agravada.
A pretensão de se alterar o entendimento firmado pelas instâncias ordinárias acerca da incapacidade da parte autora não é possível em virtude da necessidade de revisão de provas dos autos. Aplica-se, assim, a Súmula 42/TNU ("Não se conhece de incidente de uni- formização que implique reexame de matéria de fato"). Nesse sentido: PEDILEF 200663020129897.
Ante o exposto, com fundamento no art. 7º, VII, c, do RITNU, nego provimento ao agravo.
Intimem-se.
Brasília, 19 de dezembro de 2013.
Min. ARNALDO ESTEVES LIMA
Presidente da Turma
PROCESSO: 2010.33.00.700466-8
ORIGEM: BA - SEÇÃO JUDICIÁRIA DA BAHIA REQUERENTE: TANIA REGINA SANTOS DE MELO PROC./ADV.: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO REQUERIDO (A): INSS
PROC./ADV.: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
DECISÃO
Trata-se de agravo interposto de decisão que inadmitiu o incidente de uniformização nacional suscitado pela parte autora, pretendendo a reforma de acórdão oriundo de Turma Recursal dos Juizados Es- peciais Federais da Seção Judiciária da Bahia.
A Turma de origem reformou a sentença quanto ao deferimento do pedido de concessão/restabelecimento de benefício auxílio-doen- ça/aposentadoria por invalidez, em virtude da ausência de incapa- cidade laborativa.
Sustenta a parte agravante que o acórdão recorrido diverge de julgado da TRSP. Alega que, mesmo no caso de capacidade, o julgador deve levar em consideração as condições pessoais do segurado.
Requer, assim, o provimento do recurso. Decido.
Não prospera a irresignação.
A Turma Nacional de Uniformização firmou o entendimento no sen- tido de que "o julgador não é obrigado a analisar as condições pes- soais e sociais quando não reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual" (Súmula 77/TNU).
Dessa forma, incide, à espécie, a QO 13/TNU: "Não cabe Pedido de Uniformização, quando a jurisprudência da Turma Nacional de Uni- formização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais se fir- mou no mesmo sentido do acórdão recorrido".
Ante o exposto, com base no art. 7º, VII, c, do RITNU, nego pro- vimento ao agravo.
Intimem-se.
Brasília, 17 de dezembro de 2013.
Min. ARNALDO ESTEVES LIMA
Presidente da Turma
PROCESSO: 0510234-51.2011.4.05.8300
ORIGEM: 2ª TURMA RECURSAL SEÇÃO JUDICIÁRIA DE PER- NAMBUCO
REQUERENTE: INSS
PROC./ADV.: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL REQUERIDO (A): HELDER COSME GOMES DE ARAÚJO PROC./ADV.: MARCOS ANTÔNIO INÁCIO DA SILVA.. OAB: PE-573-A
DECISÃO
Trata-se de agravo interposto de decisão que inadmitiu o incidente de uniformização nacional suscitado pelo INSS, pretendendo a reforma de acórdão oriundo de Turma Recursal dos Juizados Especiais Fe- derais da Seção Judiciária de Pernambuco.
A Turma de origem manteve a sentença que julgou procedente o pedido inicial, sob o fundamento de que, para a comprovação da situação de desemprego e ampliação do período de graça, não é necessário o registro no Ministério do Trabalho, bastando, para tanto, a ausência na CTPS de efetivo vínculo empregatício.
Sustenta o requerente que o entendimento firmado no acórdão re- corrido encontra-se divergente da jurisprudência do STJ segundo a qual a mera ausência de registro de contrato de trabalho na CTPS não é suficiente para comprovar a situação de desemprego. Aduz, ainda, que é necessário o registro no órgão próprio do Ministério do Tra- balho e da Previdência Social.
Requer, assim, o provimento do recurso. Decido.
A Turma Nacional de Uniformização pacificou sua jurisprudência no sentido de que, embora não seja exigível exclusivamente o registro no Ministério do Trabalho, a ausência de anotação laboral na CTPS, CNIS ou a exibição do Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho não são suficientes para comprovar a situação de desemprego. Con- cluiu assim que deve haver dilação probatória, por provas docu- mentais e/ou testemunhais, para comprovar tal condição e afastar o exercício de atividade remunerada na informalidade. Nesse sentido: PEDILEF 200870950035921 e PEDILEF 200771950003942. Referidos julgados, seguindo o entendimento adotado pelo STJ no julgamento da Pet 7.115/PR, decidiu que, embora o registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho seja dispensável para a extensão do período de graça, a simples inexistência de anotação em CTPS ou de registro de novos vínculos no CNIS não provam, por si sós, a si- tuação de desemprego. Entendeu, ainda, que, nos casos em que te- nham as instâncias ordinárias admitido tão somente a ausência de registro na CTPS ou no CNIS como suficiente à comprovação em comento, a orientação que estava sendo uniformizada não poderia ser aplicada de imediato, violando o direito de defesa da parte cujo pleito, até então, havia sido atendido (já que não poderia ser re- pentinamente surpreendida pela exigência de provas complementares que não foram oportunamente produzidas). Destarte, em casos tais, deve ser reaberta ampla instrução probatória com o objetivo de con- ferir à parte a oportunidade de produzir prova plena da situação de desemprego.
Dessa forma, considerando-se a sistemática dos recursos sobrestados por força de repercussão geral, dos representativos da controvérsia, dos repetitivos e dos incidentes de uniformização processados na TNU, em que se devem observar as diretrizes estabelecidas nos arts. 543-B, § 3º, e 543-C, § 7º, do CPC e 7º, VII, a, e 15, §§ 1º a 3º, da Resolução 22/08 do Conselho da Justiça Federal, os autos devem ser devolvidos à Turma Recursal de origem para aplicação do enten-