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GOVERNANÇA E GESTÃO ADAPTATIVA

PROGRAMA 4.4.3| GESTÃO DO CONHECIMENTO

7. GOVERNANÇA E GESTÃO ADAPTATIVA

O Programa Nacional de Ação, de alto nível, define os projetos com o detalhe adequado ao nível

nacional. Os Programas Regionais de Ação (PRA) e os Programas Sub-regionais de Ação (PSA) detalham

esses projetos com informação cada vez mais granular à medida que se aproximam da realidade local,

sendo nos PME - os Programas Municipais de Execução, transpostos para os Planos de Atividades e

Orçamentos dos Municípios - que os projetos ganham operacionalidade, tornam-se obra, havendo

lugar à calendarização, objetivos, identificação de locais onde fazer, com que recursos fazer, e com

quem fazer.

Este planeamento é dinâmico, assente num movimento circular de propostas e consensos sempre que

possível; considera um movimento top-down - transpondo a visão estratégica até à dimensão tática -

que orienta, a partir de um enquadramento comum, a construção dos programas de nível inferior, e um

movimento bottom-up que atribui aos planos de nível superior a consistência e harmonização com a

realidade percebida e vivida localmente.

1. O PNA identifica enquadramento estratégico, os principais programas e projetos, respetivas

metas, orçamentos e fontes de financiamento preferenciais. Identifica também as metas para

2030 e metas intercalares. Um exercício anual permitirá identificar as metas dos projetos que

contribuirão anualmente para a concretização da visão para 2030.

2. Com base neste Programa Nacional construir-se-ão os Programas Regionais e Sub-Regionais

de ação onde se definem os projetos, metas, orçamentos e fontes de financiamento,

incorporando já o contributo das autarquias promovido no processo de programação sub-

regional, onde as mesmas têm papel ativo.

3. Estes programas servirão de guia para a construção dos Programas Municipais de Execução

(PME), essencialmente orientados para a concretização de atividades. Os PME estruturam à

escala municipal o programa Sub-Regional de ação que lhes dá origem, identificando de entre

os projetos nele inscritos, aqueles que devem ser prioritariamente implementados. Para além

dos projetos que derivam dos PSA, os PME podem incluir outros projetos localmente definidos

e fundamentados.

Depois de validados os PME são transpostos e incluídos nos Planos de Atividades e Orçamentos

dos Municípios, peças fundamentais deste novo modelo de planeamento que estão na base de

toda a sua arquitetura e a unidade que dá coerência a este modelo orientado para a

concretização. Desta forma a operacionalização das medidas e ações de Gestão Integrada de

Fogos Rurais são inscritas, através do PME, em instrumentos de planeamento que já existem,

não sendo acrescentado nenhum novo instrumento ao nível municipal, o que só viria a

confundir o cidadão e acrescentar complexidade desnecessária.

4. A construção e a monitorização subsequente do PME servirão para identificar metas concretas

e o seu grau de concretização, constrangimentos e oportunidades de melhoria e de se

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proporem revisões aos programas sub-regionais, regionais e consequentemente nacional

(movimento bottom-up), de forma a garantir as metas previstas para 2030.

Estas revisões anuais serão igualmente a base para as propostas a apresentar para o orçamento

de estado do ano seguinte, negociação de fundos comunitários e verbas a transferir para as

autarquias. Estas propostas terão sempre uma visão plurianual a quatro anos.

5. O resultado deste processo irá orientar a revisão dos programas às diferentes escalas

territoriais, reiniciando-se no ponto 1.

No ciclo de planeamento, os Programas de Ação são elaborados pelas diferentes comissões do

SGIFR, cujas responsabilidades neste âmbito, são as que abaixo se elencam:

Articular a atuação das entidades com competências ou responsabilidades em matéria de

gestão integrada de fogos rurais na sua região

Elaborar a proposta de Programa Regional de Ação, enquadrado pelas diretrizes estratégicas

nacionais, definindo as prioridades para cada região e submetendo-a à comissão nacional para

apreciação

Apreciar e emitir parecer vinculativo relativo aos Programas Sub-Regionais

Promover e monitorizar o desenvolvimento das ações dos Programas Regionais e Sub-

Regionais de Ação

Elaborar a proposta do Programa Nacional de Ação submetida à AGIF definindo prioridades

Promover, monitorizar e comunicar o desenvolvimento das ações do Programa Nacional de

Ação

Apreciar regulamentos e normativos técnicos produzidos no âmbito dos Programas de Ação

Apreciar e emitir parecer vinculativo relativo aos Programas Regionais de ação e à produção

técnica e científica, nos capítulos, entre outros, da qualificação, melhoria contínua, informação

e comunicação

Articular a atuação das entidades com competências ou responsabilidades em matéria de

gestão integrada de fogos rurais na sua sub-região

Elaborar uma proposta de Programa Sub-regional de Ação, enquadrada pelas diretrizes

regionais, definindo as prioridades da respetiva sub-região NUTS III submetendo-a à comissão

regional para apreciação

Apreciar e emitir parecer vinculativo relativo aos Programas Municipais de Execução

Promover, acompanhar e monitorizar o desenvolvimento dos Programas Sub-Regionais e dos

Programas Municipais de Execução

Articular a atuação dos organismos e entidades com âmbito de intervenção no município as

competências em matéria de gestão integrada de fogos rurais;

Elaborar um Programa Municipal de execução vinculativo, a integrar no Plano de Atividades e

Orçamento Municipais, submetendo-o à comissão sub-regional para apreciação

Promover, acompanhar e monitorizar o desenvolvimento das ações inscritas no Programa

Municipal de Execução

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Nas diversas Comissões participam as entidades do SGIFR de acordo com a sua orgânica e respetiva

escala territorial.

No que concerne ao ciclo de monitorização, este está assente num acompanhamento e reporte do grau

de execução dos projetos e dos seus resultados, o que significa que a monitorização do projeto deverá

ser feita pela respetiva equipa, atendendo ao seu RASCIF, constituída pelas entidades coordenadores,

responsáveis e envolvidas nesses mesmos projetos.

Esta metodologia possibilita um acompanhamento e monitorização com um fluxo de informação e

alinhamento entre as entidades envolvidas nos projetos nas suas várias dimensões regionais

garantindo-se assim uma maior uniformização neste processo. Para além disso, ao existir uma

plataforma de acompanhamento às diferentes escalas regionais - com o conhecimento próximo das

necessidades do território e constrangimentos na execução - será mais eficaz e célere a atuação sobre

os problemas e tomadas de decisão conducentes ao atingimento alcançar de resultados.

Com este mesmo objetivo, serão apresentados periodicamente os resultados da monitorização em sede

do conselho de coordenação da AGIF, mantendo as entidades e áreas governativas com atuação no

SGIFR, na posse de informação atualizada e fidedigna, apoiando assim o processo de decisão

estratégica deste fórum.

Prevê-se ainda a apresentação pública, a realizar periodicamente, do balanço das atividades previstas

no PNA.

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8. GESTÃO DE RISCO DO PNA