Graduada em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual do Piauí (laisinhass@yahoo.com.br) Teresina,PI, Brasil

2 Fisioterapeuta, mestre e docente do curso de fi sioterapia da Faculdade de Ciências Médicas - FACIME (erika_bona@yahoo.com.br) Teresina,PI, Brasil

3 Fisioterapeuta, mestre e docente do curso de fi sioterapia da Faculdade Integral Diferencial – FACID (ft.rafaelvictor@hotmail.com) Teresina,PI, Brasil

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Laís Sousa Santos, Érika Bona Coutinho, Rafael Victor Ferreira do Bonfi m.

14 clinically healthy individuals, aging 18 to 30 years old. These individuals passed through an evaluation, which corre- sponded to a questionnaire and a physical exam, and were monitored with the Polar S810i and submitted to the exper- iment. The electrocardiographic signals were transferred to a computer equipped with the Polar Precision Performance Software exported in text fi les and fi ltered with Microsoft Excel. The analysis of heart rate variability was calculated through the continuous transformed Wavelet on Matlab platform 6.1. The obtained data were submitted to D’Agostino Normality Test and were compared using Student’s t-test with level of signifi cance of 5% (p < 0,05). Results: The dis- covered results turned evident the predominance of parasympathetic nervous activity in all phases of the study. Be- tween the phases of relax and performance of the technique, it was observed a signifi cative decrease in spectral po- tention in the band of low frequence (LF)with signifi cative increase after the withdraw of the stimulus. The analysis of the reasons of spectral bands of low and high frequence (LF/HF) shows a signifi cative reduction in the relax phase for the technique and a signifi cative increase in the technique for recovery. Conclusion: The results of this study in ex- perimental conditions used permitted to suggest that the use of CV-4 maneuver provokes a decrease in sympathetic activity increasing the heart rate variability of the individuals studied.

Keywords: CV4 maneuver, Heart rate variability, craniosacral therapy

o controle autônomo da respiração e parece relaxar o tônus do siste- ma nervoso simpático em grau sig- nifi cativo além de melhorar a circu-

lação linfática pelo corpo (1)_.

O Sistema Nervoso autôno- mo é dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático, sendo responsável pelo controle, total ou parcial das funções viscerais do corpo, entre elas a freqüência car- díaca (FC), tendo como principal função a manutenção do equilíbrio corporal, mantendo a homeostase. O controle nervoso afeta as funções mais globais do sistema cardiovas- cular, aumentando a força de con- tração cardíaca, o volume de san- gue bombeado e a pressão de eje- ção, podendo aumentar a freqüên- cia cardíaca com uma estimulação simpática, ou causar uma diminui- ção acentuada da freqüência cardí- aca e ligeira diminuição da contra- tilidade do músculo cardíaco com a

estimulação parassimpática (2-3)_.

Através da liberação de acetil- colina pelo nervo vago, que causa a despolarização diastólica e diminui a frequência dos batimentos cardí- acos, o sistema nervoso parassim- pático altera a frequência cardíaca. Em condições de repouso, existe uma predominância parassimpática

no controle da homeostase (4)_.

O sistema nervoso autôno- mo, através dos seus componen- tes simpático e parassimpático, desempenha um importante papel

nos ajustes do sistema cardiovas- cular sendo considerado o principal meio pelo qual a freqüência cardía-

ca é controlada (5,6,7)_.

A freqüência cardíaca é a ve- locidade na qual o coração pulsa. Quando se está relaxado, o cora- ção pulsa mais lentamente e diante de um estímulo emocional ou ativi- dade de maior energia, pulsa mais

rápido (8)_.

A variabilidade da frequência cardíaca (VFC), caracteriza as fl utu- ações dos intervalos R-R, e refl ete a modulação da função cardíaca pelo sistema autonômico e outros siste- mas fi siológicos, e é avaliada, de maneira não invasiva, por meio das variações instantâneas, batimento a batimento, da amplitude dos in- tervalos R-R eletrocardiográfi cos, através da identifi cação da ativida- de dos componentes do SNA sobre

o nodo sinoatrial do coração (9,10)_.

A VFC permite análises apro- fundadas, que podem ser determi- nadas através de registros eletro- cardiográfi cos, resultando em sé- ries de tempo (intervalos RR) que são geralmente analisados em do- mínios freqüência e tempo. A ener- gia em diferentes bandas de freqü- ência corresponde à atividade de nervos simpáticos, de baixa freqü- ência (Low Frequency - LF) com va- riação de 0.04-0.15Hz e parassim- páticos, de alta freqüência (High

Frequency - HF) com variação de

0.15-0.4Hz (11)_.

INTRODUÇÃO

Todo sistema nervoso cen- tral é envolvido por membranas fi - brosas denominadas meninges. A camada mais externa, dura-má- ter, possui estreita relação com os ossos da caixa craniana, esta es- treita adesão permite que se use os ossos do crânio como suporte para acesso ao sistema composto pelas meninges e pelo líquor na te- rapia craniossacral.

A terapia craniossacral tem como preceito básico a existência de um ritmo palpável, decorrente da mobilidade existente entre os ossos cranianos, que persiste ao longo da vida e se distingue dos ritmos fi siológicos relacionados à respiração e à atividade cardiovas- cular. Esta atividade rítmica apare- ce no sacro como um suave movi- mento oscilante sobre o eixo trans- verso, esse movimento se correla- ciona ritmicamente a um alarga- mento e estreitamento da dimen- são transversal da cabeça. Quan- do a cabeça se alarga, o vértice do sacro se move na direção anterior (fl exão), o contrário é a extensão do sistema craniossacro.

A técnica de compressão do quarto ventrículo (CV-4) reduz a habilidade da placa occipital se aco- modar, aumentando a pressão hi- dráulica do fl uido intracraniano, re- direcionando o fl uxo por outros ca- minhos disponíveis. O uso da técni- ca afeta a atividade do diafragma e

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Análise da variabilidade da frequência cardíaca em indivíduos submetidos à manobra do IV ventrículo.

Os valores da VFC dependem da duração do intervalo RR, quan- to menor o intervalo menor o limite de variação que pode ser medido. Um aumento no impulso simpático, que reduz os intervalos RR também reduz a VFC. A redução da freqü- ência cardíaca por um aumento na atividade parassimpática leva a um aumento dos intervalos RR e uma

maximização da VFC (12,13)_{. Segun-}

do Petry(9)_{, uma baixa variabilida-}

de da freqüência cardíaca indica a existência de depressão da ativida- de vagal e/ou exacerbação da ativi-

dade simpática no coração (9)_.

Esta pesquisa, por sua vez, teve por objetivo estudar o com- portamento do sistema nervo- so simpático e parassimpático, através da análise da variabilida- de da freqüência cardíaca em jo- vens do sexo masculino submeti- dos à manobra do IV ventrículo, uma vez que sabe-se que a ma- nobra do quarto ventrículo promo- ve um relaxamento sistêmico após ser realizada, e segundo Upledger

e Vredevoogd(1) _{parece relaxar o}

tônus do Sistema nervoso Simpá- tico e Parassimpático. No entanto, até presente momento, não exis- tem dados que mensurem essa in- fl uência da manobra sobre o siste- ma nervoso autônomo.