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5.5 ANÁLISE DOS DADOS

5.5.1 Grau de Implantação

Quadro 4 – Síntese das técnicas e instrumentos de coleta e das fontes de dados utilizados por unidade de análise e etapa da análise de implantação

Unidade de Análise

Técnica de

Coleta Fonte de Informação Instrumento de

Coleta

Etapa da análise de implantação

Unidade de Saúde

Entrevista estruturada

Informante-chave da US sem setor de V.E indicado pelo diretor ou médico/enfermeiro, quando USF

Questionário estruturado (Anexo C)

Determinação do Informante-chave da US com setor de GI

V.E (coordenador do setor de V.E)

Questionário estruturado (Anexo

D) Consulta ao

Sinan Sinan, módulo violência __________

Distrito Sanitário

Entrevista estruturada

Informante-chave (supervisor da V.E)

Questionário estruturado (Anexo E)

Determinação do GI Entrevista

semiestruturada

Roteiro semiestruturado de entrevista (Apêndice

A)

Estudo do contexto de implantação Observação

direta Observação do local de trabalho Roteiro de observação (Apêndice E)

Determinação do GI e estudo do

contexto

Nível Central da

SMS

Entrevista estruturada

Informante-chave (coordenador do VIVA contínuo)

Questionário estruturado (Anexo F)

Determinação do GI Entrevista

semiestruturada

Informantes-chave (coordenador do VIVA contínuo e diretor da VS)

Roteiros semiestruturados de entrevista (Apêndices

B e C)

Estudo do contexto

Observação

direta Observação do local de trabalho Roteiro de observação (Apêndice E)

Determinação do GI e estudo do

contexto Dimensão

Unitária

Consulta a documentos

PMS (2006-2009 e 2010-2013)

Roteiro de consulta

(Apêndice D) Estudo do contexto RAG (2006 a 2012)

Atas de reuniões ordinárias e extraordinárias do CMS (2006 a 2012) Fonte: elaborado pela autora.

A análise das referidas variáveis foi feita a partir dos valores obtidos nos indicadores que compunham as dimensões “estrutura” e “processo” da matriz de análise e julgamento (Anexo B). Nessa matriz, além de constarem as variáveis de estrutura e de processo, constam os indicadores, fontes de verificação, parâmetros e pontos de corte adotados para a mensuração de cada indicador. Um ou um conjunto de indicadores compunham as variáveis e os subcomponentes que, por sua vez, se agrupavam em componentes e, por fim, em dimensões.

O número de indicadores variava por unidade de análise, mas, em todas elas, o escore máximo esperado para cada indicador por entrevistado foi de 1,0 (um). A pontuação máxima esperada por variável, subcomponente, componente, e dimensão dependia do número de indicadores contemplados em cada um desses aspectos. No caso da primeira unidade de análise, na qual as US por nível de complexidade e no total foram somadas, dependia, também, do número de US que compunham cada DS. Dependia, ainda, do número de US que possuíam setor de VE (para as que possuíam esse setor, o número de indicadores era maior).

Na segunda unidade de análise, quando se tratava de um DS somente, a pontuação máxima esperada era 1,0 (um) para cada indicador e no consolidado dos DS era 6,0 (seis). No caso do NC, a pontuação máxima esperada por indicador foi 1,0 (um).

Quando o participante da pesquisa não sabia responder à questão; quando informava que não realizava determinada ação porque nunca houve necessidade, mas se houvesse o faria (ex: nunca notificou nem encaminhou um caso de violência, porque nunca houve caso); ou quando não sabia informar a periodicidade da atividade e esta era exigida no parâmetro de análise, o indicador foi anulado.

Considerando que o número de US divergia bastante por DS, para fins de comparação, optou-se por apresentar a pontuação obtida em percentual. O cálculo desse percentual para cada indicador, variável, subcomponente, componente e dimensão em todas as unidades e subunidades de análise foi obtido pela relação entre o somatório da pontuação observada e o somatório da pontuação esperada multiplicada por 100, sendo 100,0% o percentual máximo esperado.

O exemplo abaixo ilustra a forma de cálculo da pontuação, em percentual, de um indicador do subcomponente “articulação intra e intersetorial”, no consolidado dos DS (Figura 5).

Figura 5 - Exemplo ilustrativo da forma de cálculo de um indicador

DIMENSÃO COMPONENTE SUBCOMPONENTE

INDICADOR

PONTUAÇÃO DOS DISTRITOS SANITÁRIOS

DS I DS II DS III DS IV DS V DS VI Total

Processo Geso do VIVA Articulação intra e intersetorial

Periodicidade de execução de medidas para prevenção da violência, promoção da saúde e cultura de paz

___ ___ 1 1 N ___ 2

Considerando que o DS V anulou o indicador, a pontuação esperada para o consolidado dos DS passou a ser cinco (um por DS), se obteve dois pontos (DS III e IV pontuaram um), o percentual obtido em relação ao esperado foi de 40,0% (2 / 5 x 100). Portanto, no quadro, os resultados foram apresentados da seguinte forma:

DIMENSÃO COMPONENTE SUBCOMPONENTE

INDICADOR

PONTUAÇÃO DOS DISTRITOS SANITÁRIOS (%)

DS I DS II DS III DS IV DS V DS VI Total

Processo Geso do VIVA Articulação intra e intersetorial

Periodicidade de execução de medidas para prevenção da violência, promoção da saúde e cultura de paz

___ ___ 100,0 100,0 N ___ 40,0

Fonte: elaborado pela autora.

O GI foi estabelecido de forma ponderada, por considerar que a dimensão processo era mais importante que a dimensão estrutura na implantação do VIVA contínuo. Nesse sentido, foi atribuído peso quatro para a dimensão estrutura e peso seis para a dimensão processo.

Assim, o GI de cada unidade e subunidade de análise foi obtido da seguinte forma:

∑ ¹ ∑ ¹ /

∑ ² ∑ ² / ∗ 100

Onde, ∑ E¹ = Somatório das pontuações observadas nos indicadores que compunham a dimensão estrutura; ∑ P¹ = Somatório das pontuações observadas nos indicadores que compunham a dimensão processo; ∑ E² = Somatório das pontuações esperadas nos indicadores que compunham a dimensão estrutura; e ∑ P² = Somatório das pontuações esperadas nos indicadores que compunham a dimensão processo.

GI =

Na dimensão unitária (município do Recife), os percentuais das variáveis, subcomponentes, componentes e das dimensões e o GI do VIVA contínuo foram obtidos a partir da soma da pontuação dos consolidados das US e dos DS e do NC, assim:

∑ ¹ ∑ ¹ /

∑ ² ∑ ² / ∗ 100

Onde, ∑ E¹ = Somatório das pontuações observadas nos indicadores que compunham a dimensão estrutura no consolidado das US, dos DS e do NC; ∑ P¹ = Somatório das pontuações observadas nos indicadores que compunham a dimensão processo no consolidado das US, dos DS e do NC; ∑ E² = Somatório das pontuações esperadas nos indicadores que compunham a dimensão estrutura no consolidado das US, dos DS e do NC; e ∑ P² = Somatório das pontuações esperadas nos indicadores que compunham a dimensão processo no consolidado das US, dos DS e do NC.

Para o julgamento de valor do GI do VIVA contínuo consideraram-se os seguintes pontos de corte: < 25,0% - não implantado; de 25,1% a 50,0% - implantação incipiente; de 50,1% a 75,0% - parcialmente implantado; e > 75,1% - implantado.

Desse modo, para a análise dos dados quantitativos, advindos das entrevistas estruturadas, consulta a documentos e ao Sinan, e da observação direta, foi utilizada a estatística descritiva.

Antes de serem analisados, os questionários preenchidos foram revisados para identificar possíveis lacunas e/ou incoerências nos dados coletados. Após esta revisão, foi construído um banco de dados no Excel, com dupla entrada de dados para checar possíveis erros de digitação. A análise estatística também foi feita no Excel.