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Grelha de auxílio ao processo

No documento UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA (páginas 119-149)

NÍVEL DE IMPORTÂNCIA: 1 2 3 PROCEDIMENTOS A ADOPTAR:

5. Aplicação a estudo de caso

5.3. Grelha de auxílio ao processo

Tendo em consideração que um dos objectivos é a facilidade de utilização e aplicação do processo é, de todo, essencial que se promova a criação de elementos que cativem a utilização do mesmo. Assim, optou-se por desenvolver uma grelha auxiliar com uma estrutura sequencial de desenvolvimento tendo em vista constituição de um referencial operativo para a eficácia do processo. Esta grelha deverá ser adaptada sempre à realidade da intervenção em causa. A mesma grelha foi desenvolvida com duas finalidades de utilização distintas: 1 – auxílio à equipa projectista; 2 – auxílio à avaliação e aprovação do plano.

Este posicionamento é devido à pretensão de que o processo tenha uma aplicabilidade alargada face aos objectivos do desenvolvimento sustentável e na persecução dos meios para a conservação dos recursos naturais pré-existentes.

Deste modo, considera-se é importante a criação de todos os mecanismos possíveis para a aplicabilidade do processo da forma mais expedita possível.

Contudo, importa referir que a grelha de auxílio ao processo apresenta, na etapa 2 –

Situação de referência, os dados e elementos que se considerarem essenciais ao caso de

estudo, mas que, pela estrutura aberta que o processo possui, deve a mesma ser alargada ou mesmo reduzida, em função da intervenção em concreto. A grelha de auxílio ao processo, constitui o Anexo 3.

5.4 Aplicação a estudo de caso

Empreendimento Quinta de Vale de Cobro - Setúbal

terreno situado numa zona de expansão urbana prevista em PDM, com três tipos diferenciados de envolvente - zona habitacional recente, zona habitacional antiga e zona verde e expectante, e ainda pelo facto de parcialmente constituir as parcelas 9 e 24 do Plano Integrado de Setúbal da sua segunda fase do Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado.

A conjunção destas três situações torna mais profícua a sua utilização para aplicação do processo face à diversidade de relações que se podem operar.

fig.nº 7 Limite de propriedade

▬ limite da propriedade

▬ linha de água existente

▬ construções existentes

Acresce ainda o facto de, para a zona se encontrar já definida e com estudo prévio aprovado pela Câmara Municipal de Setúbal, o traçado de uma via de dupla faixa de rodagem para cuja determinação não existiram quaisquer estudos de cariz ambiental. Essa via, por seu lado e de acordo com o Decreto-Lei 38/90, de 27 de Novembro, está sujeita à realização de EIA.

fig. nº 8 Vias sobre foto aérea

▬ via estruturante

▬ vias pré-existentes

▬ vias distribuidores propostas

▬ vias pedonais e ciclo-vias

Programa e objectivos da intervenção

Independentemente da situação de aplicação a caso de estudo para aferição das vantagens do processo, torna-se necessário que se definam quais os objectivos que, com a presente aplicação, se desejam ver satisfeitos e posteriormente aferidos.

Como objectivos teóricos, e de modo a no final se poder proceder a uma comparação entre o processo e a mera aplicação dos parâmetros urbanísticos, estipula-se que o programa e os objectivos são:

Satisfação dos parâmetros urbanísticos definidos em PDM;

Cumprimento das orientações de infra-estruturas definidas pela CMSetúbal; Satisfação das necessidades e expectativas da população;

Satisfação da vertente económica da intervenção; Respeito pela capacidade de carga do meio natural;

Enquadramento da intervenção no conceito de desenvolvimento sustentável.

Informação de viabilidade urbanística

A viabilidade camarária, emitida no âmbito da legislação em vigor ao início deste trabalho, aponta para uma informação dos tipos de classes de espaços, dos parâmetros urbanísticos aplicáveis, das cedências para efeitos da portaria nº 1182/92 de 22 de Dezembro e das condicionantes da estrutura viária, (ver Anexo 1).

Foram ainda disponibilizadas pelos Serviços de Planeamento da Câmara Municipal de Setúbal planta de ordenamento do PDM, planta geral a escala 1/25000, planta de cadastro a escala 1/5000 e planta da via estruturante a escala 1/2000. Estes elementos constituem o Anexo 1. Mais foi ainda possibilitada a consulta do Plano Director Municipal de Setúbal, datado de Marco de 1994.

Recolha e análise de dados Acção 1 – 2 - 3

Climáticos

Para análise dos dados climáticos foram utilizados os dados disponíveis das Estações de Setúbal e Setúbal/Setenave relativamente aos períodos de 1951/80 e 1974/88, respectivamente.

Foram utilizados os dados das estações atrás mencionadas relativos a:  Temperatura  Precipitação  Evaporação  Insolação  Nebulosidade  Vento  Humidade relativa,

Estas estações foram seleccionadas por serem as mais próximas da área de intervenção e enquadrarem algumas das componentes do ambiente, a poente e nascente da área de intervenção.

Temperatura do ar

fig.nº 9 Temperatura Média Mensal

0 Jul Jun Mai Abr Mar Fev

Jan Ago Set Out Nov Dez MESES

20 10 T (ºc) 22,1 19,8 17,2 14,5 12,5 11,0 10,3 10,6 13,2 17,4 20,6 22,3 13,7 12,1 11,2 15,1 17,0 20,3 22,4 22,5 21,4 17,8 14,2 12,1

Os dados apresentados mostram e relacionam as temperaturas médias mensais nas duas estações, durante um ano.

Verifica-se que, durante todo o ano, as temperaturas médias da estação de Setúbal - Setenave são ligeiramente superiores às de Setúbal (sensivelmente mais 1ºc) com excepção do caso pontual de Maio, em que as temperaturas das duas estações se aproximam, sendo, neste caso, a da estação de Setúbal superior em 0,2ºc à da estação de Setúbal - Setenave.

O período mais quente do ano encontra-se entre Julho e Setembro, com temperaturas médias de 22,1-20,6 para a estação de Setúbal e de 22,4-21,4 para a estação de Setúbal - Setenave.

O período do ano de maior frequência de temperaturas baixas é curto e vai desde Dezembro até ao fim de Janeiro, com temperaturas de 10,6-10,3 para a estação de Setúbal e de 12,1-11,2 para a estação de Setúbal - Setenave.

A subida da temperatura primaveril, a partir de Março/Abril é mais lenta do que a descida a partir de Setembro, para ambas as estações.

fig.nº 10 Temperaturas Máxima e Mínima médias

10 8,2 Abr Estação: SETÚBAL Médias de 1951/80 Mar Fev Jan 0 7,5 5,6 6,4 Out Set Jul

Mai Jun Ago

MESES Dez Nov 5,9 T (ºc) 40 30 20 17,5 15,7 15,0 22,9 26,9 28,6 22,8 25,7 29,0 14,4 11,8 15,6 11,5 9,3 13,8 15,6 19,8 15,4 18,2 T e m p e r a t u r a M á x i m a M é d i a T e m p e r a t u r a M í n i m a M é d i a Abr Médias de 1974/88 Estação: SETÚBAL SETENAVE

8,3 6,9 Mar Fev 0 Jan 40 T (ºc) 30 20 10 18,2 15,9 9,1 15,4 Set Out Jul

Mai Jun Ago

MESES Nov Dez 26,5 22,4 28,6 28,2 16,5 16,6 21,7 25,6 19,4 13,0 15,1 12,4 10,8 16,3 18,8 9,7 16,2 8,1 T e m p e r a t u r a M á x i m a M é d i a T e m p e r a t u r a M í n i m a M é d i a

Em relação às temperaturas máximas médias, verificou-se que o mês que apresenta valores mais elevados, para ambas as estações, é o de Agosto com valores de 29ºc e 28,6ºc para Setúbal e Setúbal-Setenave, respectivamente.

As temperaturas mínimas médias que se apresentam mais baixas ocorreram durante o mês de Janeiro, em ambas as estações, com valores de 5,6ºc e 6,9 para Setúbal e Setúbal- Setenave, respectivamente.

fig.nº 11.Temperaturas Máxima e Mínima absolutas

É possível verificar, através da análise dos dados relativos às temperaturas máximas e mínimas absolutas, que a estação que apresenta um intervalo maior entre os valores máximos e mínimos é a de Setúbal, estação esta mais afastada do local de intervenção. Em Julho e Agosto chegam-se a atingir as temperaturas máximas de 41ºc e 40,9 ºc, sendo a mesma estação que apresenta também o maior número de meses com registos de temperaturas mínimas inferiores a 0ºc. A temperatura mínima registada foi em Fevereiro com o valor de 5,3 ºc negativos.

Em relação à estação de Setúbal-Setenave, temos uma diferença entre as temperaturas máximas e mínimas ao longo do ano, inferior à verificada na estação de Setúbal. As máximas são atingidas nos meses de Julho e Agosto com valores de 39,7 ºc e 39 ºc, respectivamente. As mínimas são atingidas em Dezembro e Janeiro, com valores negativos de - 0,5ºc e 1,7ºc,

T (ºc) 0 MESES Jul -10 Mai Jun Mar Abr Fev Jan Médias de 1951/80 Estação: SETÚBAL -2,5 -5,3 -5,1 T e m p e r a t u r a M á x i m a T e m p e r a t u r a M í n i m a Nov Set Out Ago Dez -3,7 -2,4 40,9 41,0 40 30 20 10 5,4 3,0 1,0 38,9 36,9 30,5 27,7 25,6 20,6 1,7 7,5 9,0 7,6 24,5 28,2 36,4 39,5 T e m p e r a t u r a M í n i m a 23,0 Dez 20 T e m p e r a t u r a M á x i m a Jan Médias de 1974/88 Estação: SETÚBAL SETENAVE -10

Fev Mar Abr 0

10

Ago

Mai Jun Jul Set Out Nov T (ºc) 30 40 28,8 21,3 25,0 28,5 36,0 38,0 39,7 39,0 28,5 32,0 37,5 MESES -1,7 -0,1 1,0 3,5 7,0 9,5 10,5 10,0 9,5 4,5 2,0 -0,5

Ventos

Estação: SETÚBAL

Da análise ao quadro relativo ao regime mensal do vento, é possível verificar que a frequência dos ventos se situa aproximadamente ente 0,3% e os 48%. É notável a frequência dos ventos do quadrante Norte/Noroeste, nomeadamente nos meses de Abril a Setembro. A sua frequência mais alta varia entre os 22% e os 48%. Como se pode verificar é do quadrante Noroeste que a frequência é maior, tendo valores da ordem dos 35 a 48%, enquanto que a frequência do quadrante Norte varia dos 22 aos 27%. Interessa verificar um aumento significativo na frequência dos ventos de Noroeste a partir de Março/Abril até Setembro, o restante período é dominado pelo quadrante Norte. Esta situação constitui um elemento importante de condicionamento para o desenvolvimento da proposta.

Quadro nº 26 Regime mensal de ventos da estação meteorológica de Setúbal.

Em termos gerais é possível afirmar que os registos de maiores velocidades são de Abril a Setembro com maior realce para o quadrante Norte. Os ventos mais fortes do quadrante Norte aproximam-se dos 15 km/h durante o mês de Julho. O quadrante Este chega a ter períodos em Outubro e Novembro em que o vento não ultrapassa os 4,4 km/h.

Pode-se assim concluir que os ventos dominantes são de Noroeste mas é de Norte que vêm os ventos de maior intensidade, apesar de concentrados num curto período de tempo.

N NE E SE S SW W NW Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novenbro Dezembro

Estação: SETÚBAL - SETENAVE

Ao analisarmos o regime mensal de vento, é possível verificar que a frequência dos ventos neste estação se situa aproximadamente entre os 0,8% e os 40%. É marcante o domínio do quadrante Norte em termos de frequência dos ventos com valores que variam durante todo o ano entre os 26 e os 40%. Nos meses de Maio/Julho a Setembro o quadrante Sul/Sudoeste ganha alguma expressão, no entanto é sempre dominado pelo quadrante Norte.

Quadro nº 27 Regime mensal de ventos da estação meteorológica de Setúbal-Setenave.

Os maiores registos são os do quadrante Norte e Noroeste, durante os meses de Maio/Junho a Agosto. Os ventos mais fortes surgem do quadrante Noroeste com velocidades entre os 16 e os 17km/h seguido do quadrante Norte com velocidades similares, mas no cruzamento com o quadro das frequências percebe-se que é o quadrante Norte que tem mais preponderância.

Radiação

Quadro nº 28 Radiação global

Radiaçao global

Anual

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Lisboa 0,43 0,48 0,52 0,55 0,58 0,5 0,64 0,65 0,6 0,53 0,49 0,5 0,55

Kh

Estaçao

Kh

Valor médio mensal do índice de claridade

N NE E SE S SW W NW Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novenbro Dezembro

O quadro anterior traduz os valores médios mensais e anuais de Kh verificados durante o período 1965-1974, tendo os valores de H sido recolhidos nos Boletins Actinométricos publicados pelo Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica. A análise dos valores climatológicos permite-nos ter o conhecimento do clima radioactivo do local.

Quadro nº 29 Radiação difusa

Radiaçao difusa

Anual

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Lisboa 0,5 0,42 0,38 0,36 0,31 0,29 0,23 0,21 0,29 0,38 0,41 0,38 0,35

Kd

Estaçao Valor médio mensal K

d

Pelos valores da radiação difusa (Kd), constantes do quadro anterior, é possível verificar-se que estes são mínimos durante os meses de Verão (Agosto) e máximos no período de Inverno (Janeiro). A maior nebulosidade está associada a valores mais elevados de Kd. A radiação difusa em dias de céu limpo é função da quantidade de partículas, de dimensões superiores às dimensões características das moléculas. Exceptuam-se o vapor de água, o dióxido de carbono e o azoto que têm concentrações constantes, sendo a difusão que provocam pouco variável. A radiação difusa faz-se em função da turvação da atmosfera (quantidade e distribuição das partículas e vapor de água na atmosfera). Em dias de céu parcialmente nublado a radiação difusa é, de um modo geral, superior à que se observa em dias de céu totalmente nublado, pois nestes dias muita da radiação difundida nas nuvens pelas gotas de água e cristais de gelo é absorvida pelo vapor de água.

Estes dados são importantes para a consideração das condições de segurança rodoviária e de utilização dos espaços públicos nos períodos de ocorrência de maior nebulosidade, bem como da definição dos materiais de revestimento acumuladores de energia radiante.

Percentagem de insolação.

O número de horas de céu descoberto varia devido a factores astronómicos e meteorológicos. Para que a variação de insolação reflicta unicamente a influência de factores meteorológicos é necessário filtrar o efeito de factores astronómicos. Para isso calcula-se, em cada dia, a percentagem de horas de céu descoberto em relação ao número de horas do dia, que constitui a insolação máxima possível em cada dia. O valor assim calculado constitui a percentagem de insolação. Para saber qual a insolação máxima possível ou astronómica num dia é necessário determinar, para esse dia, o nascer e o pôr do Sol. Para conhecer o número de

horas em cada dia é necessário conhecer a latitude do lugar e a declinação do Sol para esse dia. Para o Cálculo da média mensal da percentagem de insolação, divide-se a média mensal da insolação pela média mensal de insolação astronómica. O quadro seguinte mostra o valor da média mensal da insolação astronómica.

Quadro nº 30 Insolação astronómica

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Lisboa 9,7 10,6 11,8 13,1 14,1 14,7 14,4 13,5 12,3 11,0 9,9 9,4

Estaçao Valores médios mensais da Insolaçao astronómica (horas)

Depois de calculada a percentagem diária de insolação para cada mês procede-se em seguida ao cálculo da média para o período de dez anos (1965-1974).

Quadro nº 31 Percentagem de Insolação

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Lisboa 0,44 10,60 11,80 13,10 14,10 14,70 14,40 13,50 12,30 11,00 9,90 9,40

Estaçao Valores médios mensais da percentagem de insolaçao

Os valores médios mensais da percentagem de insolação, comparados com o valor médio mensal do índice de claridade, permitem observar uma variação muito semelhante, o que indica uma possível correlação entre insolação e radiação global. A comparação dos valores médios mensais da percentagem de insolação e o valor médio mensal da radiação difusa, dá-nos a variação da insolação e da radiação difusa mostrando uma correlação negativa. O estudo deste tipo de correlações permite obter relações a utilizar nos métodos indirectos da determinação da quantidade de radiação e as suas implicações ao nível da orientação solar das vias, edifícios, espaços livres e praças públicas, bem como os sistemas de sombreamento a prever.

Precipitação

Os dados relativos à precipitação total são expressos em mm e em ambas as estações se verifica que os seus valores mínimos ocorrem nos meses de Julho e Agosto. É de salientar que a estação de Setúbal apresenta, na maioria dos meses, valores de precipitação totais superiores aos da estação de Setúbal-Setenave.

fig. nº 12 Precipitação Total

Em relação aos valores máximos, estes verificam-se entre os meses de Novembro e Fevereiro, sendo notório que, a partir de Março, se verifica uma descida acentuada dos níveis de precipitação totais, que se prolonga até final do mês de Julho.

fig. nº 13 Precipitação Máxima Diária

Comparando as situações do nível de precipitação máximos diários, expressos também em mm, das duas estações, constata-se que a situação da estação de Setúbal apresenta na maioria dos meses, valores bastante superiores aos de Setúbal-Setenave, elemento esse que nos interessa dada a maior proximidade com a estação de intervenção.

E s t a ç ã o : S E T Ú B A L S E T E N A V E E s t a ç ã o : S E T Ú B A L

Jun

Médias de 1951/80 e 1974/88 0

Jan Fev Mar Abr Mai Jul Ago Set Out Nov

MESES Dez 50 100 R (mm) 80,6 50,2 69,7 50,8 58,2 13,1 44,6 22,8 57,8 97,5 88,4 74,6 54,0 31,8 37,2 34,5 17,0 16,0 21,0 7,1 49,0 57,0 59,0 65,0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

0 Médias de 1951/80 e 1974/88 E s t a ç ã o : S E T Ú B A L MESES R (mm) E s t a ç ã o : S E T Ú B A L S E T E N A V E 50 100 123,7 106,1 96,0 51,1 41,8 19,7 2,8 4,5 26,9 73,0 90,8 110,0 74,4 82,2 35,8 57,6 20,0 9,6 3,4 3,0 21,0 51,8 69,9 86,7

Os valores máximos atingidos na estação de Setúbal, dizem respeito aos meses de Outubro e Novembro, e os mínimos aos de Julho e Agosto.

Em relação aos dados relativos à estação de Setúbal-Setenave, o valor de precipitação máxima diária atingido foi durante o mês de Dezembro, sendo os valores mínimos atingidos no mês de Agosto.

Este dado é importante para a definição das áreas impermeabilizadas o tipo de revestimento e recolha e tratamento de aguas pluviais.

Insolação

fig. nº 14 Insolação Total em horas

A insolação expressa em horas representa, como o nome indica, o número de horas de sol descoberto, no local. Os níveis que se verificam dependem, entre outros factores, do grau de nebulosidade que possa ter ocorrido durante o dia.

Em relação aos dados referentes à estação de Setúbal, é no mês de Julho que se atinge o máximo de horas de sol descoberto, enquanto o mínimo se regista no mês de Janeiro.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 0 136,4146,3 182,1 237,1 296,0 310,5 337,1 242,7 200,7 159,4 144,1 359,7 Médias de 1951/80 e 1974/88 E s t a ç ã o : S E T Ú B A L MESES I Total (h) E s t a ç ã o : S E T Ú B A L S E T E N A V E 110,1 111,9 181,5 209,2 264,0 267,1 290,6 258,0 206,0 175,0 116,9 98,1 100 200 300

Na estação de Setúbal-Setenave, e à semelhança do que acontece na estação referida anteriormente, também é no mês de Julho que se atingem os valores máximos de insolação total sendo os valores mínimos nesta estacão atingidos em Dezembro.

O estudo deste tipo de correlações permite obter indicações a ter em consideração ao nível da orientação solar das vias, edifícios, espaços livres e praças públicas, bem como ao nível dos sistemas de sombreamento a prever.

Insolação em Percentagem

fig. nº 15 Percentagem de insolação

A percentagem de insolação representa o quociente entre o número de horas de sol e a duração astronómica do dia no local de observação.

À semelhança do que se verificou no ponto anterior, também neste caso se verifica que a percentagem de insolação, na maioria dos meses, é superior na estação de Setúbal.

E s t a ç ã o : S E T Ú B A L S E T E N A V E E s t a ç ã o : S E T Ú B A L

Jun

Médias de 1951/80 e 1974/88 0

Jan Fev Mar Abr Mai Jul Ago Set Out Nov

MESES Dez I (%) 50 100 46 49 50 61 68 71 81 81 66 59 53 50 43 40 52 54 62 68 76 78 63 56 45 38

Os meses de Julho e Agosto são, naturalmente, aqueles onde se verifica maior percentagem de insolação em ambas as estações. A percentagem de insolação referente aos dados da estação de Setúbal chega a atingir os 81%, tendo como percentagem mínima 46%, no mês de Janeiro.

Em relação à estação de Setúbal-Setenave o registo máximo de insolação atinge os 78% e mínimo 40%, este último verifica-se no mês de Fevereiro.

Na generalidade, e em ambas as estações, apresentam-se valores que permitem afirmar que a zona em estudo possui um elevado índice de insolação, que poderá ser aproveitada em termos de ganhos energéticos, térmicos e lumínicos.

Balanço Hídrico

Para a análise do balanço hídrico cruzam-se os valores da precipitação totais com os da evaporação. Quando os níveis de precipitação superam os de evaporação, o balanço hídrico designa-se positivo, quando se verifica a situação contrária o balanço hídrico é negativo.

fig. nº 16 Balanço hídrico estacão Setúbal/Setenave

E v a p o r a ç ã o

9,6

Médias de 1974/88 Estação: SETÚBAL SETENAVE

P r e c i p i t a ç ã o

Mar Jan 0

Fev Abr Mai Jun Jul

3,4 100 35,8 20,0 57,6 Dez Out Set Ago 3,0 Nov MESES 21,0 51,8 74,4 82,2 200 69,9 86,7 EVAPORAÇÃO PRECIPITAÇÃO TOTAL E v a p o r a ç ã o 70,6 75,6 112,7 128,6 162,1 170,8 210,6 211,3 149,8 113,6 79,3 70,8 (mm)

Entre Março e meados de Outubro, como os dados indicam, regista-se um balanço hídrico negativo, verificando-se os níveis de evaporação mais altos (Julho e Agosto) e os níveis de precipitação mais baixos. Em Dezembro e Janeiro ocorre a situação inversa, com um balanço hídrico positivo com a duração de 3 meses, sensivelmente.

fig. nº 17 Balanço hídrico estacão Setúbal

Em relação aos dados referentes à estação de Setúbal-Setenave, pode concluir-se que o período de tempo de balanço hídrico positivo é menor do que na estação anterior, situando-se apenas entre meados de Novembro e princípios de Fevereiro, devido aos níveis de precipitação que são visivelmente inferiores aos da estação de Setúbal, sobretudo no período de tempo entre Novembro e Março.

Entre Fevereiro e Outubro, como os dados indicam, observamos o balanço hídrico negativo, onde se verificam, à semelhança do que acontece na estação anteriormente referida, os níveis de evaporação mais altos (Julho e Agosto) e os níveis de precipitação mais baixos.

Médias de 1951/80 E v a p o r a ç ã o P r e c i p i t a ç ã o 73,0 Abr Jan 0 Fev Mar 100 200 106,1 96,0 Jul Mai Jun 41,8 19,7 Ago 2,8 4,5 Set 26,9 51,1 (mm) 123,7 Nov Out Dez MESES 90,8 110,0 Estação: SETÚBAL PRECIPITAÇÃO TOTAL EVAPORAÇÃO B a l a n ç o H í d r i c o p o s i t i v o B a l a n ç o H í d r i c o n e g a t i v o 54,6 64,5 87,0 118,5 145,1 158,1 196,0 201,0 146,6 106,1 71,8 58,3

Gráfico Termopluviométrico

Nesta análise, relacionam-se os valores da precipitação totais com os valores da temperatura média de cada mês.

Quando os valores da precipitação superam os valores da temperatura, encontramo- nos no período húmido, pelo contrário, quando se verifica a situação inversa significa que nos encontramos no período seco.

fig. nº 18 Balanço hídrico estação Setúbal

Em relação aos dados da estação de Setúbal, o período seco verifica-se a partir de Maio e prolonga-se até princípios de Setembro. Na estação de Setúbal-Setenave, o período seco é ligeiramente mais longo do que na estação anterior, sobretudo devido aos níveis de precipitação inferiores, prolongando-se até meados de Setembro.

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