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A GRUPAMENTO DE E SCOLAS PVC

No documento Ser professor: um ser em construção (páginas 41-44)

O Agrupamento Vertical PVC foi constituído a 11 de julho de 2003, integrando cinco escolas da freguesia de Paranhos: Escola EB2,3 PVC, que é a sede do Agrupamento, a Escola EB1/JI da A., a Escola EB1 da A., a Escola EB1/JI de M. e a Escola EB1/JI de ST. Estas escolas situam-se numa área geográfica bastante limitada, na freguesia de Paranhos, favorecendo a comunicação e o contacto entre as mesmas. Para além da existência das escolas referidas no Agrupamento PVC, na freguesia de Paranhos existem outras escolas pertencentes a outros agrupamentos de escolas públicas, bem

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como três instituições de ensino privadas e vários estabelecimentos de ensino superior.

A freguesia de Paranhos é, em termos demográficos, a maior freguesia do concelho do Porto e a quinta maior freguesia do país (Junta de Freguesia de Paranhos, 2011). Este elevado crescimento populacional é explicado pelo processo de urbanização que Paranhos sofreu e pela construção de vários bairros sociais. Outro factor que também contribuiu para este crescimento foi a construção do Pólo Universitário (Projeto Educativo do Agrupamento PVC, 2013-2017). A zona de Paranhos caracteriza-se pela heterogeneidade da sua população sendo visíveis alguns contrastes. Em termos habitacionais confrontam-se bairros sociais e as novas urbanizações com condomínios fechados, assim como casas senhoriais antigas (Regulamento Interno do Agrupamento PVC, s.d.). A população de Paranhos é constituída, maioritariamente, por adultos e idosos de acordo com os Censos de 2011.

Grande parte dos habitantes da freguesia tem a sua atividade económica relacionada com o setor dos serviços e uma grande percentagem encontra-se reformada. Paranhos apresenta uma população com uma taxa elevada de analfabetismo e baixos níveis de escolarização, embora a taxa de abandono escolar se encontre abaixo da média nacional, segundo os Censos de 2011 (Junta de Freguesia de Paranhos, 2011).

No Agrupamento de Escolas PVC estão matriculadas cerca de 1060 crianças distribuídas pelos três níveis de ensino, 1.º, 2.º e 3.º ciclos e pela educação pré-escolar. Os jovens que frequentam as escolas do Agrupamento, na sua maioria, são residentes nos bairros da área envolvente à escola. Apesar da heterogeneidade da população que frequenta as escolas do Agrupamento, há uma parte bastante expressiva que apresenta uma situação económica, cultural e social desfavorável. Nesta situação destacam-se famílias cujos progenitores se encontram desempregados, famílias cujo único meio de suporte é o Rendimento Social de Inserção e famílias em que as crianças/jovens foram entregues aos avós ou outros parentes pelo facto de os seus progenitores se encontrarem presos. De acordo com o relatório da avaliação externa das escolas, no Agrupamento 3% dos alunos não são de nacionalidade portuguesa e mais de 60% dos alunos beneficia de auxílios económicos da ação social escolar (Cosme, Lobo & Parente, 2013).

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O agrupamento incorpora a rede de escolas do programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) desde 1 de junho de 2007. Este programa surge ao abrigo do despacho n.º 147- B/ME/96, com alterações efetuadas pelo normativo n.º 20/2012, designando de territórios educativos de intervenção prioritária “os agrupamentos de escolas ou as escolas não agrupadas com elevado número de alunos em risco de exclusão social e escolar, identificados e selecionados a partir da análise de indicadores de resultados do sistema educativo e de indicadores sociais dos territórios em que as escolas se inserem” (Despacho Normativo n.º 20/2012, artº. 2.º). Pretende-se que nas escolas que incorporam os TEIP Pretende-se promova o sucesso educativo de todos os alunos, através da “melhoria da qualidade de aprendizagem”, combatendo-se o abandono escolar e as saídas prematuras, procedendo-se “à criação de condições que favoreçam a orientação educativa e a transição qualificada da escola para a vida ativa” (Despacho Normativo n.º 20/2012, artº. 3.º). O Agrupamento de Escolas PVC, em resultado da integração no programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária, tem transformado e reformulado estratégias, tendo sido atingidas as metas contratuais estabelecidas com o Ministério da Educação (Projeto Educativo, 2013-2017).

O Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas PVC denomina-se

“Caminhar para o sucesso” e constitui uma pretensão do Agrupamento continuar a “criar condições potenciadoras do progresso escolar dos alunos, a par de um maior envolvimento da Família e da Comunidade”, com o objetivo de “construir uma escola de todos e para todos” (Projeto Educativo, 2013-2017, p. 5).

Ao nível de recursos, as escolas do Agrupamento contam com diferentes profissionais de educação, nomeadamente docentes responsáveis por grupo/turma; docentes do ensino especial (8); docentes do apoio educativo;

docentes sem componente letiva; assessores; docentes das Atividades de Enriquecimento Curricular, psicóloga; técnico profissional administrativo;

profissionais responsáveis pelo serviço de secretariado e ainda assistentes operacionais. Todos estes profissionais trabalham com o objetivo de concretizar com sucesso as metas propostas no projeto educativo. O Agrupamento apresenta ainda várias estruturas educativas no sentido de promover a aprendizagem e inclusão dos alunos, tais como o Grupo Disciplinar de Educação Especial, Apoios Sócio Educativos, Serviços de

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Psicologia e Orientação e Serviços de Ação Social Escolar. Neste âmbito, importa realçar a existência do Gabinete de Apoio ao Aluno que intervém em situações de indisciplina. O Agrupamento implementou práticas de coadjuvação, em sala de aula, nas áreas da Matemática, Português e Inglês, com o objetivo de combater as dificuldades dos estudantes (Cosme, Lobo &

Parente, 2013). Ao nível dos recursos físicos, o agrupamento está equipado com bibliotecas, na escola sede e em algumas escolas do 1.º ciclo, sala de matemática, sala TIC., sala de apoio, equipamento audiovisual, como quadros interativos, computadores, projectores e equipamentos de som (Projeto Educativo, 2013-2017).

No documento Ser professor: um ser em construção (páginas 41-44)