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3.1 AS EMPRESAS

O Grupo IDIS é um grupo de empresas reestruturado em 2007 com atividade em diversas vertentes. O grupo é alicerçado na contínua inovação e melhoria de forma a alcançar diariamente a satisfação do seu cliente. Neste momento está em contínuo crescimento e expansão de forma a conquistar novos mercados, oferecendo produtos de elevada qualidade e um parceria constante quer com os seus clientes quer com os seus fornecedores.

O Grupo é composto por 6 empresas, a maioria vocacionadas para o ramo alimentar, tendo no entanto diferentes áreas de atuação conforme os produtos/ingredientes comercializados. O grupo subdivide-se assim em:

 Transneiva - Sociedade de Transportes, Lda - Empresa de transportes nacionais e internacionais [23];

 FineCook Ingredients, Lda. – armazenamento, comercialização e distribuição de produtos alimentares, sobretudo produtos secos e congelados. Tem como área de atuação o canal horeca- hotéis, restaurantes e cafés [23];

 GoodFood Horeca, Lda. – armazenamento, comercialização e distribuição de produtos alimentares, essencialmente produtos de charcutaria e lacticínios. Tem como área de atuação hipermercados, supermercados, talhos [23];

 Cergold Indústrias, Lda. – Moagem de cereais e produção de misturas em pó para pastelaria e padaria [23];

 Irca Ibérica S.A. – armazenamento, comercialização e distribuição de ingredientes para pastelaria e padaria. Tem como área de atuação clientes de grande volume, trabalhando apenas com distribuidores em toda a península ibérica [23];

16  Leopoldo Bakery Ingredients – armazenamento, comercialização e distribuição de produtos para pastelaria e padaria [23]. Tem como área de atuação padarias e pastelarias.

No que diz respeito às empresas que se dedicam em concreto ao mercado de produtos para pastelaria e padaria, a Cergold Indústrias, Lda. possui uma unidade automatizada para moagem de cereal e uma unidade para produção de misturas em pó. Esta unidade fabrica apenas farinhas de milho, arroz e centeio, que se dividem em diversos tipos consoante o fim específico exigido pelos clientes, sempre cumprindo os regulamentos legislativos e específicos na área em causa. Nas misturas em pó, a panóplia de ingredientes usados é diversa consoante o produto final pretendido. Na Figura 3.2, podemos observar os silos de armazenamento de cereais para a produção automática.

Figura 3.2 - Silos de armazenamento da Cergold Industries, Lda.

A Irca Ibérica S.A., Figura 3. comercializa ingredientes para pastelaria e padaria como diferentes coberturas de chocolate, brilhos, geleias, levedura, cacau, recheios e misturas de pastelaria e padaria para as mais variadas finalidades [23]. Presta apoio técnico a todos os parceiros, tendo uma equipa técnica (pastelaria e padaria) à disposição para auxiliar em todas as áreas com maior dificuldade, divulgando produtos e colaborando nas vendas.

17 A Leopoldo Bakery Ingredients, Figura 3.3, foca-se essencialmente na distribuição de produtos para pastelaria e padaria, desenvolvendo marcas próprias como Farcer. O seu volume de negócios centra-se essencialmente na venda de farinhas de centeio, trigo, milho e arroz, promovendo a marca Farcer em diversos mercados.

Figura 3.3 - Instalações da Irca Ibérica e Leopoldo Bakery Ingredients.

As empresas FineCook Ingredients, Lda. e GoodFood Horeca, Lda., Figura 3.4, são empresas que se especializaram na comercialização e distribuição de diversos produtos alimentares, como produtos secos, congelados, charcutaria e lacticínios. A FineCook tem como seu mercado alvo o canal horeca e ainda escolas e instituições trabalhando essencialmente com os produtos secos e congelados. Já a GoodFood foca-se principalmente em talhos, pastelarias, padarias, supermercados e grandes superfícies como os Intermarché e MiniPreço, comercializando charcutaria, lacticínios e guloseimas.

Figura 3.4 - Instalações da FineCook Ingredients, Lda e GoodFood Horeca, Lda.

Apesar das duas empresas caminharem em sentidos diferentes, ambas partilham as mesmas instalações, sendo o Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) e Segurança Alimentar

18 implementado conjuntamente para ambas as empresas. Durante o desenvolvimento deste trabalho de revisão da implementação do SGQ, um dos pontos relevantes focou-se na junção de registos, procedimentos e objetivos de ambas as empresas, de forma a simplificar e agilizar o funcionamento do SGQ. Importa frizar que um ponto forte das empresas é o sistema informático PHC (sistema de gestão), que possibilita uma eficaz e rápida rastreabilidade dos produtos e de ações internas, permitindo o registo contínuo de informações relevantes diárias.

3.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS EMPRESAS

As empresas dividem-se em diferentes departamentos, todos eles componentes do sistema de Gestão de Qualidade. Assim, é necessário compreender todo o funcionamento interno das empresas para se conhecer a implementação do SGQ e poder proceder à revisão do mesmo.

Todo o processo se inicia no Departamento de Compras (DC) que entra em contacto com os fornecedores e negoceia os produtos a comercializar. A procura de novos produtos e fornecedores é impulsionada pela equipa comercial, que recolhe informação no mercado dos produtos com maior interesse.

Esta fase é sempre acompanhada pelo Departamento de Qualidade e Segurança Alimentar (DQSA) que verifica a qualidade dos produtos através de ações de degustação, de forma a apurar se o produto é o pretendido pelo cliente. Procede também à averiguação da conformidade e cumprimentos de todos os requisitos legalmente exigidos e estabelecidos na empresa, tais como:

 A autorização de laboração do novo fornecedor;

 Implementação de SGQ e/ou Segurança Alimentar (HACCP e/ou outro);  Planos de controlo analítico do produto a adquirir;

 Fichas técnicas de produto a adquirir;  Certificados Ponto Verde;

 Declaração de ausência ou presença de OGM no produto pretendido;  Declaração de alergénios do produto.

19 Após aferida a concordância destes pontos, é dado seguimento à encomenda. A encomenda é sempre efetuada no sistema informático da empresa - sistema PHC - originando uma nota de encomenda, sendo anexado o registo de encomenda interno do SGQ efetuado pelo colaborador responsável pelas encomendas.

Posteriormente, o produto é rececionado, armazenado e manipulado pelos colaboradores, segundo as regras estabelecidas com base no Codex Alimentarius, que serão abordadas no capítulo 4 deste trabalho.

Para a expedição de produto são introduzidas as encomendas de clientes tanto pelo escritório como pela equipa comercial; sendo que as introduzidas pelo escritório chegam via fax, email e/ou telesseling (sistema de vendas pelo telefone) e as introduzidas pela equipa comercial resultam das visitas que este fazem aos clientes.

Seguidamente, as encomendas são verificadas informaticamente, é criado o sistema de

picking que segue para o armazém, onde são separadas as quantidades pedidas. No

armazém é efetuada a leitura ótica do produto que é colocado na respetiva palete para a rota de distribuição. Assim que todas as quantidades de produto estão lidas, o picking está pronto a ser faturado.

Durante o período da noite é feito o carregamento das viaturas de distribuição de forma a minimizar as oscilações de temperatura por parte dos produtos a expedir, que será analisada no capítulo 4. Este fator é um dos mais críticos nesta empresa, tendo em conta que este processo necessita de um espaço de tempo considerável para ser executado eficazmente, podendo provocar alterações nas características dos produtos.

Portanto, da parte de toda a estrutura da empresa, bem como no decorrer deste trabalho, há um grande empenho em minimizar os tempos de exposição a temperaturas inadequadas, com o objetivo de reduzir os danos e problemas com os produtos alimentares.

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4. REVISÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DE

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