• Nenhum resultado encontrado

Hábitos de Cooperação e Caracterização das Relações de Cooperação

6. Apresentação e Discussão dos Resultados da Investigação

6.2 Apresentação dos Resultados da Investigação Empírica

6.2.2 Hábitos de Cooperação e Caracterização das Relações de Cooperação

Em relação ao estabelecimento de relações de cooperação com outros stakeholders turísticos (ver Figura 4), verificamos que a grande maioria dos entrevistados, tanto no concelho da Covilhã (85%) como no de Seia (81,58%) costumam estabelecer relações de cooperação (ver Anexo 20).

40

Figura 4: Estabelecimento de Relações de Cooperação no Âmbito do Turismo Fonte: Elaboração própria

Relativamente àqueles que não costumam estabelecer relações de cooperação, quisemos saber as razões por que não o fazem. O facto de nunca terem considerado a hipótese de estabelecerem relações de cooperações é o motivo mais vezes referido pelos stakeholders do concelho da Covilhã (50% do total de respostas obtidas neste concelho), enquanto que para os stakeholders do concelho de Seia, o motivo mais frequentemente mencionado está relacionado com o facto de serem empresas que iniciaram a actividade há pouco tempo, representando 42,86% das respostas dadas neste concelho (ver Anexo 21).

No que respeita aos stakeholders que disseram ter hábitos de cooperação, consideramos importante saber que aspectos inovadores, a existirem, foram impulsionados pelas relações de cooperação. Como se pode verificar pela leitura da figura seguinte (Figura 5) o aspecto inovador mais vezes referido pelos stakeholderes do concelho de Seia foi a melhoria na qualidade dos produtos/serviços, enquanto que, no concelho da Covilhã, o aspecto inovador mais vezes referido pelos entrevistados diz respeito a novas formas de comercialização e promoção dos produtos/serviços. É de sublinhar que apenas 4 dos entrevistados afirmaram não terem sido introduzidas inovações decorrentes das relações de cooperação (ver Anexo 22). Dos outros aspectos inovadores, acrescentados pelos stakeholders, o mais referido foi a forma de vender os produtos/serviços (ver Anexo 23).

41

Figura 5: Introdução de Aspectos Inovadores nas Empresas/Instituições Fonte: Elaboração própria

Relativamente às relações de cooperação entre os stakeholders, constatamos (ver Figura 6), que a maioria dos contactos estabelecidos pelos entrevistados do concelho de Seia (70,90%) ocorre apenas várias vezes ao ano. Quanto aos do concelho da Covilhã, apesar de 39,54% ocorrerem também várias vezes ao ano, 20,91% ocorrem permanentemente (ver Anexo 24).

Figura 6: Frequência dos Contactos Estabelecidos pelos Stakeholders Fonte: Elaboração própria

Quanto à definição das regras destes contactos, verificamos (ver Figura 7), que na maioria dos contactos estabelecidos, tanto pelos stakeholders do concelho da Covilhã (83,44%), como pelos do concelho de Seia (83,95%), as regras são definidos mutuamente entre as

42

empresas/instituições. Constatamos também que em nenhum dos contactos, as regras são definidas completamente, pelas próprias empresas/instituições ou pelos stakeholders com que estas cooperam (ver Anexo 25).

Figura 7: Definição das Regras dos Contactos Estabelecidos pelos Stakeholders Fonte: Elaboração própria

Os objectivos dos contactos estabelecidos pelos stakeholders diferem entre os dois concelhos em estudo (ver Figura 8). Para os stakeholders do concelho de Seia, o objectivo que apresenta um valor percentual mais elevado (39,20%) consiste em dar/receber informações, enquanto para os stakeholders do concelho da Covilhã, o objectivo que apresenta um valor percentual mais elevado (36,48%) consiste na colaboração em iniciativas conjuntas com outros stakeholders (ver Anexo 26).

43

Figura 8: Objectivos dos Contactos Estabelecidos pelos Stakeholders Fonte: Elaboração própria

Em relação a outros objectivos mencionados pelos stakeholders, aquele que apresenta valores percentuais mais elevados, tanto no concelho de Seia (64,29%) como no da Covilhã (34,36%) consiste na divulgação das próprias empresas/instituições e dar a conhecer aos turistas aquilo que existe na região (ver Anexo 27).

Como podemos ver na Figura 9, a maioria dos contactos estabelecidos pelos stakeholders do concelho da Covilhã (61,90%) são considerados, por estes, muito importantes para o funcionamento e objectivos da empresa/instituição. Quanto aos contactos estabelecidos pelos stakeholders do concelho de Seia, 42,81% também são considerados muito importantes e 25,75% são fundamentais para o funcionamento e objectivos das empresas/instituições que os estabelecem. Não se verifica nenhum entrevistado que refira que os contactos que estabelece não sejam importantes (ver Anexo 28).

44

Figura 9: Importância dos Contactos Estabelecidos pelos Stakeholders para o Funcionamento e Objectivos da Empresa/Instituição

Fonte: Elaboração própria

Relativamente à compatibilidade entre as empresas/instituições, verificam-se diferenças entre os dois concelhos em estudo (ver Figura 10). Enquanto os stakeholders do concelho da Covilhã consideram que em mais de metade dos contactos que estabelecem (51,14%), os seus objectivos e a sua forma de funcionamento são, apenas, relativamente compatíveis com os das empresas/instituições com as quais cooperam. Os do concelho de Seia consideram que na maior parte dos contactos que estabelecem (54,18%) estes são muito compatíveis. Não se verifica nenhum stakeholder que refira que estes não sejam compatíveis (ver Anexo 29).

Figura 10: Compatibilidade dos Contactos Estabelecidos pelos Stakeholders Fonte: Elaboração própria

45

Em relação à coordenação entre as empresas/instituições, verifica-se o contrário daquilo que ocorre com a compatibilidade (ver Figura 11). Com os stakeholders do concelho da Covilhã a referirem, que em mais de metade dos contactos que estabelecem (52,38%), as actividades das suas empresas/instituições são bem coordenadas com as actividades das empresas/instituições com as quais cooperam. E os do concelho de Seia a considerarem, que na maioria dos contactos que estabelecem (61,20%) estas são, apenas, relativamente coordenadas e em 22,07% destes, não existe coordenação (ver Anexo 30).

Figura 11: Coordenação dos Contactos Estabelecidos pelos Stakeholders Fonte: Elaboração própria

Como podemos ver na Figura 12, dos motivos que estão na base dos contactos estabelecidos pelos stakeholders do concelho de Seia, aquele que apresenta um valor percentual mais elevado (29,44%), consiste na percepção do potencial do destino e maximização dos recursos disponíveis, enquanto que para os stakeholders do concelho da Covilhã, têm um peso relativamente idêntico a percepção do potencial do destino e maximização dos recursos disponíveis (24,13%) e a construção de propostas para o desenvolvimento do turismo (24,01%) (ver Anexo 31).

46

Figura 12: Razões que estão na Base dos Contactos Estabelecidos pelos Stakeholders Fonte: Elaboração própria

Em relação a outros motivos mencionados pelos stakeholders, os do concelho de Seia, referem como principal razão a divulgação das empresas/instituições e da própria região (86,7%). Os do concelho da Covilhã, mencionam como principal motivo a realização de trocas comerciais (63,04%) (ver Anexo 32).

Na maior parte dos contactos estabelecidos, tanto pelos stakeholders do concelho da Covilhã (59,45%) como pelos de Seia (71,91%), não se verificam desentendimentos entre as empresas/instituições (ver Figura 13). Quanto aos motivos que levam à ocorrência de desentendimentos, aquele que apresenta valores percentuais mais elevados, tanto no concelho da Covilhã (26,32%) como no de Seia (12,08%), consiste em diferentes perspectivas dos stakeholders, na resolução de aspectos específicos (ver Anexo 33).

47

Figura 13: Razões dos Desentendimentos entre os Stakeholders Fonte: Elaboração própria

Quanto aos desentendimentos que ocorrem por outros motivos, 94,74% destes acontecem devido a discordâncias nos pontos de vista, por parte dos stakeholders (ver Anexo 34).

6.2.3 Estruturas em Rede. Opinião e Percepção dos Stakeholders