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Hábitos de leitura dos Encarregados de Educação.

Parte II – Enquadramento Empírico

5.1.2. Hábitos de leitura dos Encarregados de Educação.

Os encarregados de Educação são maioritariamente mães, havendo apenas um pai a exercer essa função. – Ver Gráfico n.º 47 – Grau de parentesco que o

Encarregado de Educação tem com o educando (Anexo IX) Atitudes face à leitura

Tal como os seus educandos, a maioria dos inquiridos respondeu ter uma atitude positiva face à leitura. É importante relembrar que há quatro Encarregados de Educação que são analfabetos e que por esta razão não lhes foram aplicadas algumas das questões.

Para conseguirmos obter os dados destes quatro Encarregados de Educação, relativamente aos inquéritos, tivemos que proceder à leitura das questões e registo das respetivas respostas. – Ver Gráficos n.º 48 e n.º 49 – Atitude genérica dos

Encarregados de Educação face à leitura (Anexo IX)

Esta afirmação justifica claramente o conceito que os Encarregados têm relativamente à leitura. A maioria vê no ato de ler uma atitude basicamente cognitiva. Para a generalidade dos inquiridos a leitura é considerada uma forma de aprender. – Ver

Gráfico n.º 50 – Conceito de Leitura (Anexo IX)

Apenas quatro encarregados de Educação dizem ter tido hábitos de leitura na adolescência. Já na idade adulta e relativamente a este número, verifica-se um decréscimo, passando de quatro para três as pessoas que dizem ler muito. – Ver

Gráficos n.º 51 e n.º 52 – Hábitos de leitura (Anexo X)

Perante os resultados verificados nos dois processos de investigação, ficamos

com a ideia que uma grande maioria não possui hábitos de leitura, confessando uma grande parte dos inquiridos que nunca lê, ou que só faz leituras esporádicas. – Ver

Gráfico n.º 53 – Hábitos de leitura atuais (Anexo X)

Para os que afirmam ler ou que leem de vez em quando as suas preferências de leitura recaem nas revistas. Apenas dois Encarregados de Educação dizem ler livros e

um aponta as suas preferências para o jornal. – Ver Gráficos n.º 54 e n.º 55 –

Preferências de leitura (na entrevista foi escolhida mais do que uma opção). (Anexo X) Práticas de mediação de leitura na Infância do seu educando

A maioria dos inquiridos não dedicou momentos de leitura ao seu educando na infância. Perante os números apresentados, e tendo nós consciência que são os pais o primeiro elo de ligação da criança com o mundo, deveriam ter sido eles os primeiros mediadores de leitura de forma a aproximar o educando do livro e da leitura (McGuinness, 2006), fazendo-lhes leituras diárias e em voz alta e falar-lhes sobre os livros, mas tal não aconteceu. – Ver Gráficos n.º 56 e n.º 57 – Mediação de leitura na

infância do seu educando. (Anexo XI)

A maioria refere que o seu educando raramente lê, ou que nunca o vê ler. Apenas dois Encarregados de Educação afirmam que os seus educandos revelam hábitos de leitura frequentes. Dez dos inquiridos referem que os seus educandos liam mais quando eram novos, reconhecendo um decréscimo nos seus hábitos de leitura. – Ver Gráficos

n.º 58 e n.º 59 – Avaliação que o Encarregado de Educação faz dos hábitos de leitura do seu educando (Anexo XI)

A ausência de hábitos de leitura dos seus educandos é justificada apontando claramente o desinteresse pela leitura. Há quatro Encarregados de Educação que acham que os alunos não leem porque são mais apreciadores das novas tecnologias. Três inquiridos apontam a ausência de incentivo por parte da família e dois responsabilizam a escola, no papel dos professores. – Ver Gráfico n.º 60 e n.º 61 – Justificação da

ausência de hábitos de leitura dos seus educandos (Anexo XI)

Perante a ausência de hábitos de leitura dos seus educandos, a maioria dos Encarregados de Educação admite ficar preocupada e assume que é a falta de tempo que os impede de incentivar os seus filhos para a prática da leitura. Neste universo de catorze inquiridos, apenas quatro referem que além de ficarem preocupados também procuram incentivar os seus filhos para a leitura. – Ver Gráfico n.º 62 – Reação dos

Encarregados de Educação face à ausência de hábitos de leitura dos seus educandos.

(Anexo XII)

A quase totalidade dos inquiridos reconhece nos seus filhos hábitos de leitura insuficientes. Apenas um Encarregado de Educação admite que o seu educando lê o suficiente. – Ver Gráfico n.º 63 – Avaliar a frequência de leitura do seu educando (Anexo XII)

Em ambos os métodos de recolha de dados, a totalidade dos Encarregados de Educação considera que a prática de leitura por parte dos seus filhos poderia ser um meio de estes conseguirem aprender mais e consequentemente ter melhores resultados escolares. A apresentação destes dados deixa bem clara a função pragmática (relativa à aquisição de conhecimentos) que os inquiridos atribuem ao ato de ler. Quatro dos inquiridos acreditam que os seus filhos poderiam conseguir “um futuro melhor” se eles adotassem hábitos de leitura. – Ver Gráficos n.º 64 e n.º 65 – Relação entre os hábitos

de leitura dos seus educandos e os resultados escolares (Anexo XII) Incentivos à leitura por parte da família

Uma grande parte dos incentivos apresentados pelos entrevistados remete a atitudes passivas, nomeadamente a atitudes como “mando-o ler”. Relativamente a este desígnio reiteramos uma expressão de Pennac “o verbo ler não suporta o imperativo” (1993:11). É nesta linha de pensamento que o autor critica esta atitude dos pais perante os filhos, já que, na sua opinião, em vez de ser exigida leitura deviam preocupar-se em partilhar com eles o prazer de ler (1993:77). – Ver Gráfico n.º 66 – Avaliar de que

modo o entrevistado incentiva o seu educando à leitura (Anexo XIII)

Tal como já foi admitido pelos alunos, também a maior parte dos inquiridos reconhece que os seus filhos não usufruíram de momentos de leitura na família. Para os restantes a mãe continua a ser a mediadora de excelência na família, apesar de apontarem outros mediadores (pai, avós, tios, irmãos mais velhos). – Ver Gráfico n.º 67 – Mediação de leitura na Infância (Anexo XIII)

Metade dos investigados não reflete uma envolvência no incentivo à leitura dos seus educandos, afirmando que nunca ou raramente lhes pediram para praticar atividades de leitura na sua presença. Consequentemente, também não é frequente os Encarregados de Educação ouvirem ler os seus filhos, refletindo estes dados a falta de hábitos de leitura dos mesmos. – Ver Gráficos n.º 68 e n.º 69 – Incentivos à leitura por

parte da família (Anexo XIII)

A quase totalidade dos entrevistados refere que são os professores que incentivam os alunos a ler. – Ver Gráficos n.º 70 e n.º 71 – Agentes responsáveis pelos incentivos à

leitura (Anexo XIV)

A maior parte dos inquiridos assinalou que ficaria muito contente com a ideia dos seus educandos virem a revelar hábitos de leitura. – Ver Gráfico n.º 72 – Reação

dos Encarregados de Educação face à possibilidade de ver os seus educandos com hábitos de leitura. (Anexo XIV)

Importância que os entrevistados atribuem à leitura

A grande maioria dos entrevistados vê na leitura um meio de adquirir saber/ conhecimento. – Ver Gráficos n.º 73 e n.º 74 – Compreender a importância que o

Encarregado de Educação atribui à leitura (Anexo XIV)