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PROCESSOS E ÁREAS DE CONHECIMENTO

IV.2 Processos versus Áreas de Conhecimento

IV.2.8 H Gestão do Risco

A gestão do risco inclui os processos relativos à identificação, análise e resposta à incerteza e aos riscos do projecto. Inclui aproveitar da melhor forma os eventos positivos e minimizar as consequências dos eventos negativos. Os processos mais relevantes na gestão do risco do projecto são (ver figura IV.13): identificação do risco, quantificação do risco,

desenvolvimento de soluções e controlo do risco.

Inputs PROCESSOS Outputs

Descrição do produto Fontes de risco

‘Outputs’ de outros planos Eventos de risco potencial

Informação histórica Sintomas de risco

H.1

Identificação do

Risco ‘Inputs’ para outros processos

Tolerância ao risco Oportunidades ameaças responder

Fontes de risco Oportunidades ameaças ignorar

Eventos de risco potencial Estimativa de custos Estimativa temporal

H.2

Quantificação do Risco

Oportunidades ameaças responder Plano de gestão (risco)

Oportunidades ameaças ignorar ‘Inputs’ para outros processos

Planos de contingência Reservas H.3 Desenvolvimento de Soluções Acordos contratuais

Plano de gestão (risco) Acções correctivas

Eventos de risco actuais Plano gestão (risco) actualizado

Identificação riscos adicionais

H.4

Controlo do Risco

Figura IV.13: Área de conhecimento 'Gestão do Risco'

IV.2.8.1 H.1 Identificação do Risco

A “Identificação do Risco” é o processo que determina quais os riscos passíveis de afectar o projecto e documentar as características de cada um. Tal como muitos outros processos, a identificação do risco é um processo que deve ser efectuado de uma forma sistemática e regular ao longo do projecto. Os riscos podem ser internos (que podem ser controlados ou influenciados pela equipa de gestão do projecto, como por exemplo a

processos e áreas de conhecimento

Página IV.31 atribuição de pessoal) ou externos (para além do controlo ou influência da equipa de projecto, como por exemplo uma acção governamental ou uma alteração do mercado).

Como inputs este processo conta com a descrição do produto cuja natureza será de extrema importância para a identificação do risco (produtos que dependem de tecnologia dominada têm riscos diferentes de produtos que envolvam inovação, criatividade ou tecnologia de ponta), a informação histórica dos projectos da organização, e deverá ser feita uma revisão aos resultados de outras áreas de planeamento (WBS, estimativas, planos de gestão de pessoal e de serviços) no sentido de identificar abordagens mais ou menos agressivas ao planeamento que venham a necessitar de atenção especial.

As ferramentas, métodos e técnicas passíveis de utilizar são as listas de verificações, os diagramas que podem ajudar a perceber melhor as causas e efeitos do risco, e as entrevistas orientadas à identificação do risco.

Como outputs este processo tem a identificação das fontes de risco, dos eventos de risco potencial, e quais são os sintomas de risco. Este processo alimenta outros com resultados relevantes para os mesmos (p. ex., os constrangimentos e assunções).

IV.2.8.2 H.2 Quantificação do Risco

A “Quantificação do Risco” é o processo que avalia os riscos e as suas interacções para determinar o alcance das suas possíveis implicações. A sua principal preocupação é determinar quais os eventos de riscos que merecem resposta. Este processo de análise é complicado por vários factores: as oportunidades e as ameaças são interactivas (atrasos na agenda podem forçar uma nova estratégia que reduz a duração do projecto), um evento de risco pode ter vários efeitos (o atraso na entrega de um componente provoca atrasos na agenda e incremento de custos), as oportunidades de uns são as ameaças de outros (redução de custos pode implicar redução de receitas), etc.

Como inputs este processo conta com a identificação das tolerâncias ao risco, as

fontes de risco, os eventos de risco potencial, as estimativas de custos do projecto, e a

estimativa de duração das actividades.

As ferramentas, métodos e técnicas passíveis de utilizar são o valor monetário expectável para a quantificação do risco, as somas estatísticas para identificação do risco associado aos custos, as árvores de decisão que associam as decisões e a sorte aos resultados, as simulações, e a análise por especialistas.

modelo de gestão por actividades com base na gestão de projectos

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Como outputs este processo tem a lista de oportunidades e ameaças a responder, e a

lista das oportunidades e ameaças a ignorar.

IV.2.8.3 H.3 Desenvolvimento de Soluções

O “Desenvolvimento de Soluções” é o processo que define os passos de melhoramentos para as oportunidades, e as respostas para as ameaças. As respostas às ameaças podem ser englobadas em uma das seguintes categorias: evitar (eliminar a ameaça eliminando a causa), reduzir (reduzir o valor monetário expectável reduzindo a probabilidade de ocorrência do risco e/ou o valor do risco), e aceitar (aceitando as perdas ou desenvolvendo um plano de contingência).

Como inputs este processo conta com a lista de oportunidades e ameaças a responder, e a lista das oportunidades e ameaças a ignorar

As ferramentas, métodos e técnicas passíveis de utilizar são o recurso à

subcontratação como meio de diminuir o risco, o desenvolvimento de planos de contingência e de estratégias alternativas para resolver situações de risco identificadas, e os

seguros.

Como outputs este processo tem o plano de gestão do risco, os planos de contingência e de estratégias alternativas para resolver situações de risco identificadas, as

reservas ao plano de projecto, e os acordos contratuais como forma de partilha de risco.

IV.2.8.4 H.4 Controlo do Risco

O “Controlo do Risco” é o processo envolvido na execução do plano de gestão do risco, de modo a responder aos eventos de risco ocorridos no decurso do projecto. Sempre que ocorram alterações o ciclo identificação, quantificação e resposta é repetido.

Como inputs este processo conta com o plano de gestão do risco, os eventos de risco actuais, e a identificação de riscos adicionais.

As ferramentas, métodos e técnicas passíveis de utilizar são as técnicas de desenvolvimento de alternativas não planeadas e de desenvolvimento adicional de

respostas ao risco.

Como outputs este processo tem as acções correctivas como resultado das respostas planeadas ao risco, e as actualizações ao plano de gestão do risco.

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