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Logo após a batalha do Armagedom, uma multidão de sobrevi­ ventes da Grande Tribulação (Ap 19.21), absolvida no julgamento das nações, ingressará no Milénio com todas as possibilidades de

estar com Cristo por toda a eternidade (Mt 25.34,46b), a menos que se desvie da verdade, depois do Reino Milenar (Ap 20.7,8). Quanto aos representantes das nações condenados no aludido jul­ gamento, irão — como já vimos — imediatamente para o Inferno final (Mt 25.41).

Quem crê, hoje, no Senhor Jesus Cristo já tem a vida eterna por antecipação (Jo 3.16,36; At 16.31). Da mesma forma, den­ tre os povos naturais que ingressarem no Milénio, os indivíduos que crerem no Salvador do mundo e nEle permanecerem terão a mesma certeza: Daí estar escrito: "irão para a vida eterna" (Mt 25.46). Segue-se que haverá salvação em massa no Milénio. Com a difusão do conhecimento do Senhor, muitas pessoas se conver­ terão (Is 33.6; 62.1; Zc 8.13).

E quanto a esses salvos, dentre os povos naturais, que vierem a morrer durante Milénio (Is 65.20), em que momento ressusci­ tarão? E os salvos que estiverem vivos, no fim do Reino Milenar? Quando eles receberão um corpo glorificado, visto que em carne e osso ninguém poderá participar do Reino Eterno?

Em Apocalipse 21, vemos a descrição de um novo céu e uma nova Terra, onde realmente não haverá mais espaço para o que é mortal e corruptível (1 Co 15.50). A partir deste fato, podemos afirmar que, logo após o Juízo Final, todos os que estiverem com Cristo — vivos ou mortos — já terão sido transformados, mas não há como saber o momento exato em que isso acontecerá.

Sabemos que, antes do Juízo Final, todos os mortos hão de ressuscitar. Porém, a ressurreição dos salvos que morrerem du­ rante o Milénio não deve ser entendida como uma terceira res­ surreição. A Palavra de Deus só apresenta a primeira ressurreição (que abrange, grosso modo, os mortos em Cristo, por ocasião do Arrebatamento, e os mártires da Grande Tribulação), e a segunda

ressurreição, mencionada claramente como uma ressurreição para

a condenação (Jo 5.29b; Ap 20.5,6).

Considerando que o texto de Apocalipse 20 não menciona uma terceira ressurreição, é possível que os santos mortos durante o Milénio ressuscitem às vésperas do Trono Branco (vv. 12,13), mas não para comparecerem diante do Justo Juiz na qualidade de réus.

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Afinal, nenhuma condenação há para quem crê no Senhor Jesus Cristo e nEle permanece (Jo 5.24; Rm 8.1,38,39). Não se esqueça de que, no Juízo Final, o livro da vida, no qual estão os nomes de todos os salvos, também será aberto (Ap 20.12).

No Arrebatamento da Igreja, logo após a ressurreição dos mor­ tos em Cristo, haverá a transformação dos santos que estiverem vivos (1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51,52). Considerando que os salvos mortos durante o Milénio também deverão ressuscitar antes do Ju­ ízo Final, juntamente com os outros mortos (Ap 20.12), é provável que, nesse mesmo instante, ocorra a glorificação dos corpos dos fiéis que estiverem vivos no fim do Reino Milenar.

Há ainda muitas outras questões escatológicas difíceis, relacio­ nadas com o Milénio, para as quais não temos respostas precisas à luz da Bíblia. Nem tudo nos foi revelado por Deus em sua Palavra (Rm 8.18; 1 Pe 5.1). Deixemos, pois, "as coisas encobertas" para o Senhor e fiquemos com "as reveladas" (Dt 29.29).

terra passaram, e o m ar já não existe. — Apocalipse 21.1, AR

A

D

epois do jantar, Isadora Dora e Marionete conversam sobre a gravação do CD, na sala. Enquanto isso, no mesmo local, seus maridos — depois de verem no telejornal que mais um grande terremoto aconteceu no Japão — continuam a conversa es-catológica, saboreando um delicioso café que Marionete acabara de preparar.

— Dorinha, qual será a canção principal do seu novo CD? Foi você que a compôs? — pergunta Marionete.

— A maioria dos hinos é composição minha e do Bibliófilo. O primo dele, o Musicófilo, que é ministro de louvor, também com pôs uma música e ajudou-nos com outras duas. Todas falam da volta de Jesus e das moradas celestiais. Mas o hino-tema é uma composição antiga.

— É mesmo?

— Sim. Bibliófilo me convenceu a resgatar dois hinos antigos, que marcaram a sua juventude, e um deles acabou ficando como o principal por encaixar-se perfeitamente com o título do CD: Man

sões Celestiais.

— Canta um pedacinho, querida — pede Bibliófilo, atento à conversa da esposa.

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— Canta, vai. Eu ajudo você.

— Canta! Canta! Canta! — gritam em coro Títere e Marionete, batendo palmas.

— Tá bom, tá bom... — responde Isadora Dora, um pouco constrangida, e começa a cantar, timidamente.

Este mundo jamais pode me separar dos valores celestiais que eu vou receber. Meu tesouro e esperança estão no meu novo lar. Sou herdeiro com Cristo, vou com Ele morar.

Céu, lindo céu. Céu, lindo céu. Há mansões celestiais todas fei­ tas por Deus. Céu, lindo céu. Céu, lindo céu. Eu vou pro céu, lindo céu com Cristo, eu vou morar no lindo céu.

— Que lindooo! — exclama Marionete. E todos aplaudem. Bibliófilo, com lágrimas nos olhos, começa a falar sobre o céu. Ele perdeu a sua mãe, irmã Glória, há alguns meses e sente muita saudade dela. Sua esposa já sabia que ele iria chorar... Ao vê-lo emocionado, sem conseguir falar com desenvoltura, ela o abraça e começa a cantar, bem baixinho, outro hino bastante conhecido.

Lá verei meu pai. Lá verei minha mãe. Lá verei Isaque e Jacó. Lá verei Abraão e serei seu irmão. Lá verei meu Jesus com as mar­ cas nas mãos.

O que era para ser apenas uma pequena amostra do CD de Isa­ dora Dora se transformou em um momento marcante. Todos sen­ tiram a presença real do Senhor e se alegraram muito. Abraçados, choraram copiosamente e glorificaram a Deus por terem a certeza absoluta de que os seus nomes estão escritos no livro da vida e de que, em breve, estarão para sempre nas mansões celestiais.