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4. APLICAÇÃO DO MÉTODO NO DISTRITO FEDERAL

4.5. IDENTIFICAÇÃO DOS HORÁRIOS DE FLUXO LIVRE NO DISTRITO FEDERAL

Conforme apresentado no Capítulo 3 (Etapa 5), decidiu-se adotar um fluxo de 200 veic/h/f para determinação do horário de fluxo livre como critério geral para e execução da presente pesquisa.

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Para levantar o fluxo de tráfego ao longo do trajeto da pesquisa era imperiosa a realização de pesquisas de contagem de tráfego. Na busca de outra solução para o problema, uma vez que realizar pesquisas de tráfego consumiria tempo e demandaria custos originalmente não computados, obteve-se o volume médio horário das vias, para os diferentes dias da semana, a partir de dados fornecidos pelo órgão executivo de trânsito - DETRAN/DF. O banco de dados de contagem volumétrica de veículos do DETRAN/DF é alimentado por meio dos equipamentos eletrônicos de fiscalização de velocidade e de avanço de sinal vermelho instalados nas vias urbanas do Distrito Federal. É importante esclarecer que os equipamentos de fiscalização de velocidade instalados nas vias do Distrito Federal têm a função suplementar de realizar inventários, registros, classificação e ordenação de dados de contagem volumétrica de todos os veículos que passam por um dado ponto de instalação do equipamento. No entanto, não foi possível adotar os dados brutos recebidos pelo órgão, uma vez que os equipamentos eletrônicos apresentam falhas durante a sua operação, como falta de energia, o que acarreta na ausência de contagens em alguns períodos ou sub-contagens em outros e, sendo assim, a utilização direta dos volumes fornecidos pelos mesmos não é recomendável. Desta forma foi necessária, para a perfeita manipulação dos dados, a realização de procedimentos de verificação e ajuste dos mesmos. Na presente pesquisa, a técnica usada para identificação dos valores que deveriam ser imputados na base de dados foi a de reamostragem de Jackknife (Mota, 2012).

Foi identificado junto ao DETRAN/DF que nos segmentos 3, 4 e 6 (Figura 4.4) havia a presença de equipamentos de controle de velocidade. Para cada um desses equipamentos foram gerados gráficos mensais de volume de tráfego x hora, com informações consolidadas por dia da semana (médias diárias), conforme mostrado na Figura 4.8, a partir das planilhas de contagem horária e diária de cada um desses equipamentos, ao longo de todo o ano de 2011.

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Figura 4.8: Exemplo do gráfico de volume de tráfego x hora para o mês de junho/2011

Para identificar os melhores dias e horários para a realização da pesquisa de campo, foram utilizadas as médias dos dados obtidos nos meses de abril, maio e junho de 2011. A escolha foi feita em função dos meses em que a pesquisa em campo seria realizada, ou seja, abril, maio e junho no ano de 2013.

Baseado no critério de 200 veic/h/f para fins de obtenção de velocidade de fluxo livre, e considerando o número de faixas de cada via, foram obtidos os valores de apresentados na Tabela 4.2.

Tabela 4.2. Definição de horários de fluxo livre para os segmentos que possuem equipamentos de fiscalização eletrônica usados para fins de levantamento do VMD

Seg Via N o

máximo admitido de veic/h/sentido

Horários de fluxo livre Dias úteis

Horários de fluxo livre Sábados

Horários de fluxo livre Domingos

3 Via do

Autódromo 600

Manhã: até às 6 horas Manhã: até às 6 horas

Livre Tarde: sem horário Tarde: sem horário

Noite: após às 20 horas Noite: após às 20 horas

4 W5 Norte 600

Manhã: até às 7 horas Manhã: até às 10 horas

Livre Tarde: sem horário Tarde: após às 14 horas

Noite: após às 20 horas Noite: livre

6 Via N1 1200

Manhã: até às 6 horas Manhã: até às 9 horas Manhã: até às 11 horas Tarde: sem horário Tarde: sem horário Tarde: sem horário Noite: sem horário Noite: após às 20 horas Noite: após às 21 horas

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Para efeito da determinação dos horários de fluxo livre foram analisados os segmentos 3, 4 e 6 (Tabela 4.2), pois eram os únicos que dispunham de equipamentos eletrônicos.

Como os horários eram muito diferentes entre si (Tabela 4.2), houve a necessidade de se buscar horários comuns a todas as vias para a realização da pesquisa em campo.

Importante salientar que não havia como levantar os dados de fluxo de tráfego da EPAA (Segmento 1) no ano de 2011. O mesmo ocorreu nos Segmentos 2 e 5, partes integrantes da poligonal da pesquisa, que nunca tiveram qualquer tipo de equipamento de fiscalização eletrônica instalado. Para mitigar o problema, uma pesquisa de reconhecimento foi feita nos horários escolhidos para a realização da pesquisa de campo, função da interseção dos horários constantes da Tabela 4.2, onde se concluiu que os segmentos em questão se adaptavam bem às escolhas de horário feitas para as demais vias do percurso.

Levando em consideração que todas as coletas de dado em campo seriam realizadas com a luz do dia, pois se tratava de um elemento de controle, e posto que cada teste durava aproximadamente 10 minutos (tempo necessário para vencer uma distância de 7,3 quilômetros a uma velocidade média de 40 km/h), os momentos estabelecidos para a coleta de dados em campo ficaram restritos aos seguintes horários:

Dia de semana: As coletas poderiam ser realizadas durante as manhãs, até o horário limite das 6:00 horas.

Sábado: As coletas poderiam ser realizadas durante as manhãs, até o horário limite das 9:00 horas.

Domingo: As coletas poderiam ser realizadas durante as manhãs, até o horário limite das 11:00 horas.