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IDENTIFICAÇÃO DOS PROJETOS COMUNS I Parte FED

Identificação dos projetos FED ACP

A preparação dos projetos de cooperação divide-se em duas fases: identificação e formulação, a que se seguirão o financiamento e a fase de execução. O processo de decisão do financiamento implica a identificação de um projeto ou programa, a verificação técnica e económica, bem como da viabilidade financeira do projeto ou programa, a elaboração e a aprovação de uma proposta de financiamento/ficha de ação e de uma decisão de financiamento pela Comissão Europeia. Quando a decisão é tomada, os fundos ficam reservados para o projeto/programa (a denominada «autorização financeira global»).

Em relação a cada tipo de cooperação, a execução de cada uma dessas duas fases é pormenorizadamente explicada nos manuais correspondentes e nas orientações disponíveis na intranet da EuropeAid.

Durante a fase de identificação, a EuropeAid lança os estudos preparatórios necessários e gere os aspetos técnicos, contratuais e financeiros. As propostas do programa ou projeto em causa, selecionadas na fase de identificação, são desenvolvidas em projetos operacionais. O objetivo dessa fase é examinar a exequibilidade e viabilidade dos projetos.

Os estudos são geralmente realizados por contratantes externos. Os beneficiários e as outras partes interessadas participam na descrição pormenorizada da ação. É nesta etapa que se produz o quadro lógico pormenorizado, com indicadores, o calendário de execução e os calendários para as atividades e os recursos. Estes diversos elementos servem de base à elaboração de uma ficha de ação.

Formulação dos projetos FED ACP

A fase de formulação inclui, em regra, tarefas semelhantes à fase de identificação. Essas tarefas são as seguintes:

- um estudo de exequibilidade, com a elaboração do respetivo caderno de encargos, - um quadro lógico que define os indicadores e a forma de os verificar, bem como uma estimativa dos recursos necessários e dos custos associados,

- um calendário de execução, que especifique em termos gerais as diversas fases do projeto e as instituições responsáveis, com uma indicação da responsabilidade de cada interveniente,

- uma análise do documento pelo grupo de apoio à qualidade (Quality Support Group), na sede.

Disposições específicas relativas à fase de identificação dos programas FED-PTU O gestor orçamental territorial ou regional e a delegação da União, em coordenação com a EuropeAid (Task Force PTU e direção geográfica em causa), e com base numa proposta do TAO/RAO, partilham a responsabilidade pela elaboração do projeto de ficha de identificação. Essa ficha resulta das consultas realizadas pelo TAO ou o RAO junto de um conjunto de agentes o mais diversificado possível.

Após essas consultas, o TAO/RAO apresenta à delegação da União o projeto de ficha de identificação, em conformidade com os modelos aplicáveis.

A delegação da União examina o projeto de ficha de identificação e transmite-a à EuropeAid (TF PTU e direção geográfica), que a avaliam e, se necessário, solicitam informações e/ou dados complementares. A delegação da União, em cooperação com o TAO/RAO, apresenta as informações solicitadas.

A EuropeAid (direção geográfica, em coordenação com a TF PTU) finaliza o projeto de ficha de identificação e submete-o à apreciação do «Quality Support Group I».

Fase de Formulação dos programas FED-PTU

A fase de formulação consiste na elaboração de uma ficha de ação onde se descrevem pormenorizadamente as ações previstas, bem como o calendário de execução e o plano financeiro. Uma vez aprovada a ficha de identificação, o gestor orçamental territorial apresenta à delegação da União um projeto de ficha de ação. A delegação da União analisa a ficha e, se considerar que o processo está completo, transmite-o à EuropeAid (direção geográfica competente e Task Force PTU), que o avalia e pode pedir, se necessário, informações e/ou alterações suplementares. Caso sejam necessárias informações complementares e/ou alterações suplementares, estas serão fornecidas pela delegação da União, em cooperação com o TAO/RAO.

A EuropeAid (direção geográfica em colaboração com a TF OCT) finaliza o projeto de ficha de ação e submete-o à apreciação do Quality Support Group II.

II Parte FEDER

Identificação dos projetos FEDER

Nos programas de cooperação, o princípio de identificação baseia-se num convite à apresentação de projetos (em média, esses convites são efetuados de 18 em 18 meses). Os convites à apresentação de projetos estão relacionados com um ou mais objetivos temáticos.

Consoante os programas, os projetos também podem ser diretamente apresentados a um comité de programação, sem passarem por um convite à apresentação de projetos.

A escolha do método de identificação (convites à apresentação de projetos, apresentação direta ou combinação dos dois métodos) depende de uma decisão tomada pelo comité de acompanhamento no quadro do seu regulamento interno. (Não há nenhuma disposição regulamentar que obrigue à organização de convites à apresentação de projetos).

Os pedidos de financiamento de projetos são instruídos por um secretariado conjunto e depois apresentados ao comité de acompanhamento, que seleciona os projetos propostos e decide o montante da subvenção concedida pelo FEDER.

Essa seleção pode ser efetuada por um comité de seleção, sob a responsabilidade do comité de acompanhamento, ou diretamente por este último. No processo de seleção, o comité de seleção/comité de acompanhamento aplica os critérios de seleção fixados pelo comité de acompanhamento.

Em regra, cada projeto compreende, no mínimo, dois beneficiários, devendo, pelo menos, um deles estar situado num Estado-Membro da UE e o outro num país ACP ou PTU. Um dos beneficiários é o «beneficiário principal», coordenador do projeto. Uma particularidade do beneficiário principal é o facto de receber o montante total da ajuda pública e ser responsável por redistribuí-lo pelos outros beneficiários, em conformidade com o plano de financiamento do projeto. Em determinadas condições, o beneficiário principal pode estar situado num país terceiro que participe no programa.

Uma operação pode ser executada num único país, desde que isso beneficie toda a zona abrangida pelo programa.

Os beneficiários cooperam em pelo menos dois dos quatro critérios seguintes: elaboração, execução, dotação de pessoal e financiamento das operações.

Anexo III

Fluxograma projetos de cooperação FED FEDER Primeira fase: programação

(Comum a todos os tipos de cofinanciamento)

1. Reunião de concertação entre as autoridades competentes (nomeadamente a

autoridade de gestão do FEDER e os gestores orçamentais nacionais e/ou territoriais e/ou regionais do FED).

2. Na sequência dos resultados dessa reunião e em conformidade com as disposições regulamentares FED e FEDER, em cada zona (Caraíbas, Oceano Índico, África Ocidental), criação de uma plataforma de coordenação pelas autoridades competentes. Essa plataforma reúne-se uma ou duas vezes por ano.

3. Identificação e disponibilização dos fundos FED e/ou FEDER para os projetos de cooperação comuns.

4. Transmissão pela plataforma das propostas aos gestores orçamentais territoriais, nacionais ou regionais do FED e ao comité de acompanhamento do FEDER, para validação e apropriação.

5. Instrução de projetos/programas e decisões de financiamento, através dos serviços competentes do FED e do FEDER.

Durante a execução:

Acompanhamento pela plataforma destas propostas e avaliação periódica dos progressos realizados em matéria de coordenação dos programas.

Segunda fase: aplicação Cofinanciamento paralelo

1. Uma proposta de ação identificada pela plataforma poderá ser objeto de

financiamentos separados por parte do FED e do FEDER. O «projeto» é dividido em (pelo menos) duas «operações»/componentes claramente identificáveis, cada uma delas financiada por uma fonte de financiamento diferente.

2. Criação de um comité diretor comum para acompanhar a ação.

3. Do lado do FEDER, os fundos serão executados pela autoridade de gestão de acordo com as disposições aplicáveis ao FEDER.

4. Em relação ao FED, a gestão seguirá as disposições aplicáveis ao FED, após a adoção de uma decisão de financiamento e da assinatura de uma convenção de

financiamento, a realização de convites à apresentação de propostas ou, se for caso disso, de um ADGI (Acordo de Delegação em regime de Gestão Indireta).

Cofinanciamento conjunto: delegação da gestão dos fundos FED (ACP e/ou PTU) na autoridade de gestão do FEDER

Condição prévia: A Autoridade de Gestão FEDER é submetida a uma auditoria dos

pilares ou a um processo equivalente, a fim de poder executar os fundos FED.

1. Uma proposta de ação identificada pela plataforma de diálogo FED-FEDER poderá ser objeto de financiamento conjunto FED-FEDER, com a disponibilização dos fundos FED à autoridade de gestão do FEDER.

2. Assinatura de um (ou mais) ADGI entre a Comissão e a autoridade de gestão do FEDER.

Anexo IV

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