• Nenhum resultado encontrado

5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

5.3 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS QUALITATIVOS

5.3.2 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO GRUPO DE

Nesta fase da pesquisa tem-se como principal finalidade identificar se há, e como, no Grupo de Apoio, um ambiente propício ao aprendizado.

Nonaka (1999) defende a ideia de um espaço de conhecimento compartilhado que encoraje e fomente a participação em muitos níveis diferentes, promovendo a convivência. Lave e Wenger (1991) definem que, já que o conhecimento se torna uma fonte de vantagem competitiva, o processo de aprendizagem adquire especial relevância para a formulação de estratégias e para as demais ações que visam aumentar a competitividade da empresa.

5.3.2.1 Em relação à estrutura física do espaço onde o Grupo de Apoio se reúne Cinco Gestores consideraram a estrutura adequada e/ou suficiente, entendendo aqui a disponibilidade de espaço físico, mesa, computador, impressora e acesso à internet.

Dois destes Gestores relataram que a estrutura física de seus grupos é variável, pois como não possuem um espaço exclusivo para os encontros, acabam aproveitando a disponibilidade de locais das instituições que muitas vezes não foram planejados para esta atividade, como salas de aulas em período ocioso.

O entrevistado da Universidade B relatou que a estrutura física do seu grupo é diferenciada:

“É excelente, tem boas dimensões, é arejada, com mobiliário e ferramentas necessárias para o desenvolvimento das atividades e atendem todos os requisitos de limpeza, iluminação, ventilação e conservação”.

Um compartilhamento adequado ocorre quando a informação flui por toda a organização, alcançando os distintos níveis hierárquicos. Para tanto, é preciso utilizar os meios mais adequados, ou seja, os canais mais apropriados. Um adequado compartilhamento deve permitir à organização conhecer-se melhor, o que envolve, dentre outros aspectos, aquele que diz respeito ao funcionário ter acesso às informações necessárias ao adequado desenvolvimento de suas funções.

Davenport e Prusak (1998) descrevem que há vários fatores que inibem o aprendizado, entre eles a falta de confiança mútua, vocabulários e quadros de referência, falta de tempo e de locais de encontro, ideia estreita de trabalho produtivo, crença de que o conhecimento é prerrogativa de determinados grupos e intolerância com erros ou necessidade de ajuda.

5.3.2.2. Em relação ao perfil ideal de um colaborador que faz parte do Grupo de Apoio

As respostas dos gestores com relação ao perfil dos colaboradores foram bem diversificadas.

Quatro entrevistados apontaram como perfil mais relevante o alinhamento entre a visão do colaborador com a missão, a visão e os valores da instituição. Três Gestores consideraram como perfil ideal características como relacionamento interpessoal, capacidade de trabalhar em equipe, visão crítica dos processos e profundo conhecimento da instituição.

Dois deles relataram que seus colaboradores precisam ser proativos e com competências variadas e múltiplas, destacando-se comprometimento, colaboração, foco em resultados e a identificação prévia de problemas.

Destaca-se a fala do Gestor da Faculdade E, para quem o colaborador é antes de tudo um profundo conhecedor dos processos que envolvem uma instituição de ensino superior:

“O mais importante é que ele tenha grande conhecimento sobre legislação educacional, sistemas avaliativos e as regras que compõem a regulação da educação superior”.

Conforme Tavares (2011) um Grupo de Apoio deve ser constituído por pessoas que estejam diretamente envolvidas e comprometidas, de algum modo, com o presente e com o futuro da organização. Os participantes devem ter visão conceitual da organização e do setor, visão crítica da organização, ter credibilidade junto aos colegas e subordinados, representarem todas as áreas envolvidas no processo e serem capazes de cumprir os compromissos assumidos.

As pessoas que fazem parte da composição desse grupo possuem algumas responsabilidades como difundir o processo, compartilhar e disseminar o conhecimento, obter participação e envolvimento de seus colegas e identificar problemas e disfunções, contribuindo para que os mesmos sejam eliminados, minimizados ou mantidos sobre controle.

5.3.2.3 Em relação à criação e/ou ao desenvolvimento de competências dos colaboradores que participam do Grupo de Apoio

A opinião dos Gestores, quanto à criação e/ou ao desenvolvimento de competências dos colaboradores que participam do Grupo de Apoio, foi quase unânime.

Seis disseram que o fato dos colaboradores participarem de seus Grupos de Apoio faz com que eles criem e desenvolvam competências. O relato do Gestor do Centro Universitário C descreveu bem a opinião da maioria entrevistada:

“Lógico que sim. O trabalho no Grupo é muito colaborativo e compartilhado. Há grandes discussões, troca de opiniões e muitas vezes até negociações para se chegar a um denominador comum. Isto faz com que o colaborador que faz parte crie e aprimore competências individuais e que em grupo enriquecem as ações da instituição”.

Na opinião de Barbosa (2008), a gestão do conhecimento e aprendizado nas organizações é um conjunto de processos por meio dos quais as empresas buscam, organizam, disponibilizam, compartilham e usam a informação e o conhecimento com o objetivo de melhorar seu desempenho.

Para compartilhar é necessário que o indivíduo tenha vontade ou desejo de comunicar-se diretamente com o outro, doando conhecimento e ajudando os colegas.

5.3.2.4 Em relação às atividades desenvolvidas no Grupo de Apoio permitirem aprendizagem comprometida com o saber coletivo

A construção do Saber Coletivo está relacionada aos conceitos de participação e engajamento; neste caso faz-se necessário analisar a perspectiva de envolvimento e comprometimento das pessoas que fazem parte do grupo de apoio.

O envolvimento representa a identificação das pessoas com a proposta, enquanto o comprometimento refere-se ao estabelecimento e cumprimento de compromissos em relação ao que se propõe a realizar.

A percepção do grupo é em grande parte um somatório das percepções de cada um dos envolvidos no processo. À medida que cada um explicita seu grau de comprometimento, fica mais fácil avaliar as perspectivas de sucesso do processo de compartilhamento (TAVARES, 2011).

Todos os entrevistados afirmaram que o Grupo criou uma condição para que o aprendizado fosse coletivo. A resposta do entrevistado da Faculdade G corroborou tal entendimento:

“O aprendizado não fica somente no âmbito do Grupo, ao se transformarem em conhecimento são compartilhadas por toda a instituição. Desta forma são propostas ações que têm reconhecimento junto aos professores e colaboradores, constatando-se assim a institucionalização dos processos”.

5.3.3 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO E