Rédito das vendas 10.977.195 8.197 10.985.392
Rédito dos serviços prestados 149.688 2.228 151.916
Outros rendimentos operacionais 91.317 (7.951) 83.366
Total de rendimentos operacionais: 11.218.200 2.474 11.220.674
Gastos operacionais:
Inventários consumidos e vendidos 9.429.399 (267.307) 9.162.092
Materiais e serviços consumidos 524.312 1.262 525.574
Gastos com o pessoal 284.687 (15.053) 269.634
Gastos com amortizações e depreciações 320.553 (13.757) 306.796
Provisões e imparidade de contas a receber 21.763 780 22.543
Outros gastos operacionais 85.692 (14.406) 71.286
Total de gastos operacionais: 10.666.406 (308.481) 10.357.925
Resultados operacionais: 551.794 310.955 862.749
Rendimentos financeiros 9.757 (801) 8.956
Gastos financeiros (63.004) 986 (62.018)
Ganhos (perdas) cambiais (19.802) 3.228 (16.574)
Resultados relativos a participações financeiras em empresas associadas 91.497 13.718 105.215
Rendimentos de instrumentos financeiros (9.475) 5.923 (3.552)
Outros ganhos e perdas (1.421) 37 (1.384)
Resultado antes de impostos: 559.346 334.046 893.392
Imposto sobre o rendimento (114.275) (74.561) (188.836)
Resultado antes de interesses minoritários: 445.071 259.485 704.556
Resultado afecto aos interesses minoritários (3.112) (787) (3.899)
Resultado líquido do exercício 441.959 258.697 700.657
A adopção do critério de custeio das saídas de inventário de LIFO para FIFO de acordo com o IAS 2 impacta o resultado líquido do Grupo em mEuros 267.307, sendo o maior impacto resultante da adopção dos IFRS.
35.
INFORMAÇÃO SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAISÀ actividade de Refinação, apresentam-se como principais desafios, o cumprimento dos objectivos de redução de emissão de gases com efeitos de estufa para o período compreendido entre 2008 e 2012, definido pelo Protocolo de Quioto, a redução do teor de enxofre dos combustíveis utilizados nas instalações e o aumento da eficiência energética.
O Decreto-Lei n.º 233/2004, de 14 de Dezembro, com a redacção que lhe foi dada pelo 243-A/2004, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 230/2005, de 29 de Dezembro, estabelece o regime do comércio de emissões de gases com efeito de estufa (Diploma CELE), e aplica-se às emissões provenientes das actividades industriais constantes no anexo I do mesmo, na quais estão incluídas instalações do Grupo Galp Energia.
As instalações abrangidas pelo Comércio de Emissões no primeiro triénio 2005 a 2008 - são a Refinaria de Sines e a Refinaria do Porto ambas respeitantes à Petrogal e as instalações de Cogeração respeitantes às empresas Carriço Cogeração - Sociedade de Geração de Electricidade e Calor, S.A. e Powercer - Sociedade de Cogeração da Vialonga, S.A , do grupo Galp Power.
Pelo Despacho conjunto 686-E/2005 de 13 de Setembro de 2005, foi aprovada a lista de instalações existentes participantes no comércio de emissões e a respectiva atribuição inicial de licenças de emissão para o período 2005/2008.
Assim foram atribuídas às instalações das empresas anualmente, as seguintes licenças:
Empresa Instalações Licenças
Ton/CO2 atribuidas
Petrogal Refinaria de Sines 2.313.908
Refinaria de Porto 951.969
Subtotal Grupo Petrogal 3.265.877
Carriço Cogeração Cogeração 139.284
Powercer Cogeração 38.498
Subtotal Grupo Galp Power 177.782
Total Grupo Galp Energia 3.443.659
No ano 2005, foram emitidas as seguintes quantidades de gases com efeito de estufa (Ton/CO2) pelas instalações supra mencionadas:
Gases emitidos Licenças Ton/CO2
Empresa Instalações durante 2005 em carteira
Petrogal Refinaria de Sines 2.063.718 2.313.908
Refinaria de Porto 945.319 951.969
Subtotal Grupo Petrogal 3.009.037 3.265.877
Powercer Cogeração 38.809 38.498
Carriço Cogeração Cogeração 112.556 139.284
Subtotal Grupo Galp Power 151.365 177.782
Total Grupo Galp Energia 3.160.402 3.443.659
O Grupo Galp Energia entendeu não reflectir nas suas demonstrações financeiras o reconhecimento de uma eventual valorização ou desvalorização das mesmas licenças, por se entender não existir ainda um mercado regulado que permita o registo o reconhecimento apropriado de tais desvios.
Contudo, caso venha a ocorrer uma insuficiência de licenças serão constituídas as provisões adequadas, caso tal se revele o mais apropriado. Conforme supra indicado, em 31 de Dezembro de 2005 apenas no caso das instalações da Powercer, as licenças atribuídas revelam-se inferiores ao volume de gases emitidos, por um montante considerado não significativo e que pudesse vir a ter efeito nas demonstrações financeiras àquela data. Em 31 de Dezembro de 2005, as licenças atribuídas ao Grupo revelam-se superiores ao volume de gases emitidos, por conseguinte não foram constituídas provisões no exercício.
No decurso do exercício anterior, a Petrogal foi notificada da liquidação de taxas previstas no Regime Geral de Efluentes de Stº André (RGESA), relativas a descargas de efluentes da Refinaria de Sines, no montante de mEuros 1.263. Adicionalmente, a Petrogal foi notificada da liquidação de taxas agravadas relativamente a descargas que aquele mesmo Regulamento considera “proibidas”, no montante de aproximadamente mEuros 25.000. O Conselho de Administração da Petrogal, suportado em pareceres técnicos e jurídicos, discorda dos critérios de classificação das referidas descargas, bem como a licitude das mesmas, por considerar que as normas que lhe dão origem estão feridas de inconstitucionalidade. Nestes termos, encontra-se a decorrer uma contestação judicial referente àquela liquidação e os custos subsequentes, tendo sido constituída no decurso de 2004 uma provisão no montante de mEuros 3.737 (Nota 26), a qual se matem reconhecida à data do balanço, valor que considera manter-se adequado face à regulamentação anterior ao RGESA.
36.
APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASAs demonstrações financeiras foram aprovadas pela gerência e autorizado para emissão em 4 de Abril de 2006, contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.
RELATÓRIO DE AUDITORIA CONTAS CONSOLIDADAS
(Montantes expressos em milhares de Euros – mEuros) Introdução
1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas da Galp Energia, SGPS, S.A. (“Empresa”) e subsidiárias (“Grupo”), as quais compreendem os Balanços consolidados em 31 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro de 2004 que evidenciam um total de 5.934.272 mEuros e 5.492.381 mEuros, respectivamente e capitais próprios de 2.385.851 mEuros e 1.846.148 mEuros, respectivamente, incluindo um resultado líquido de 700.657 mEuros e 453.438 mEuros, respectivamente, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas, dos fluxos de caixa e das alterações no capital próprio dos exercícios findos naquelas datas e o correspondente Anexo.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa e do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações, dos seus fluxos de caixa e das alterações no seu capital próprio, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras consolidadas.
Âmbito
3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras consolidadas e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a verificação das operações de consolidação, a aplicação do método da equivalência patrimonial e de terem sido apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
Opinião
4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Galp Energia, SGPS, S.A. e suas subsidiárias em 31 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, bem como os resultados consolidados das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa nos exercícios findos naquelas datas, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia. Ênfase
5. Conforme divulgado na Nota 2.1. do Anexo a estas demonstrações financeiras, embora as demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, aprovadas pela Assembleia Geral de Accionistas, tenham sido preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal (“POC”), o Conselho de Administração da Galp Energia, SGPS, S.A. preparou agora, para efeitos de inclusão no Prospecto de Oferta Pública de Venda e de Admissão à Negociação de acções representativas de parte do capital social da Empresa, novas demonstrações financeiras consolidadas para aqueles exercícios, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia (“IAS/IFRS”), tendo observado as disposições previstas na IFRS 1 – Primeira Aplicação das Normas Internacionais de Relato Financeiro, na quantificação dos ajustamentos de transição, os quais foram reportados a 1 de Janeiro de 2004, data de transição aplicável às sociedades com títulos admitidos a cotação em mercado regulamentado em 31 de Dezembro de 2005. Os efeitos derivados da adopção das IAS/IFRS nos capitais próprios e resultado líquido como consequência dos ajustamentos efectuados no processo de transição encontram-se descritos na Nota 34
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Lisboa, 30 de Junho de 2006
___________________________________ DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por António Marques Dias