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Capítulo 4 – Metodologia de Investigação

5. Análise e interpretação dos dados do inquérito por questionário

5.3. Impactos do Contrato de Autonomia

Gráfico 18 – Mudanças desencadeadas pelo Contrato de Autonomia na gestão do plano administrativo/organizativo

No Gráfico 18, relativo à apreciação sobre as mudanças desencadeadas pelo Contrato de Autonomia na gestão do plano administrativo/organizativo, a grande percentagem (62,1%) não tem opinião, cerca de 27,3% dos inquiridos respondem que se registaram mudanças e 0,6% respondem não se registaram mudanças.

É notório que uma percentagem elevada de respondentes não conhece o documento e o seu impacto na gestão no plano administrativo/organizativo.

Os 16 docentes que consideram que o Contrato de Autonomia desencadeou mudanças no plano administrativo/organizativo, referiram como exemplo, uma maior gestão dos recursos materiais e humanos, nomeadamente na contratação de um Psicólogo.

Gráfico 19 – Mudanças desencadeadas pelo Contrato de Autonomia na gestão do plano pedagógico/didático

Os docentes quando questionados se consideram que o Contrato de Autonomia desencadeou mudanças na gestão do plano pedagógico/didático, a maioria (65,2%) respondeu sem opinião, 19,2% respondeu que não e 16,7% respondeu afirmativamente (Gráfico 19).

A percentagem de respostas que se obteve sem opinião foi elevadíssima e ainda assim, a percentagem de docentes que considera que o Contrato de Autonomia não trouxe mudanças no plano pedagógico-didático é superior a quem refere que trouxe mudanças.

Os dez inquiridos que entendem que se registaram mudanças na gestão no plano pedagógico-didático mencionam em termos gerais como aspetos positivos que passaram a ser implementadas coadjuvações na prática letiva, que o psicólogo trabalha com os alunos no sentido de minorar a indisciplina, que existe mais liberdade curricular como por exemplo com as ATE, tutorias e outros; Tem havido um maior esforço para o cumprimento das metas; e uma melhor

gestão e distribuição de horários. Como mudanças negativas registámos que as turmas de 7º ano de Francês nível I perderam 45 minutos quinzenais, ficando com 2 tempos e meio por semana; que estas mudanças obrigam a um envolvimento muito grande por parte dos docentes e um desgaste igualmente grande; e um aumento das burocracias.

Gráfico 20 – Valor atribuído ao impacto do Contrato de Autonomia, na capacidade de decisão, no plano administrativo/organizativo

Os 66 docentes que responderam ao inquérito, indicaram o valor que atribuíram ao impacto do Contrato de Autonomia na capacidade de decisão (autonomia), no plano administrativo/organizativo. A distribuição foi feita segundo a frequência que cada professor considerava que o motivo ocorria (Muito pouco, Pouco, Médio, Grande impacto ou Sem opinião).

A grande percentagem (59,1%) respondeu sem opinião, cerca de 16,7 % referiu ter pouco impacto,15,2% respondeu ter médio impacto, 7,6% muito pouco impacto e só 1,5% referiu ter grande impacto (Gráfico 20).

Está a ficar claro que a maioria dos docentes desconhecem o documento e os que respondem assinalam que o Contrato de Autonomia teve pouco impacto na capacidade de decisão (autonomia), no plano administrativo/organizativo.

Gráfico 21 - Valor atribuído ao impacto do Contrato de Autonomia, na capacidade de decisão, no plano pedagógico/didático

Relativamente à questão sobre o valor que atribui ao impacto do Contrato de Autonomia na capacidade de decisão (autonomia) no plano pedagógico/didático, os 66 docentes indicaram a sua opinião de acordo com a frequência que consideravam que o motivo ocorria (Muito pouco, Pouco, Médio, Grande impacto ou Sem opinião).

A grande percentagem (60,6%) respondeu sem opinião, cerca de 18,2 % referiu ter pouco impacto,10,6 % referiu ter médio impacto, 7,6% muito pouco impacto e só 3% referiu ter grande impacto (Gráfico 21).

Os dados continuam a demonstrar um desconhecimento dos docentes pelo documento e assinalam pouco impacto do Contrato de Autonomia na capacidade de decisão (autonomia) no plano pedagógico/didático.

Gráfico 22 – Aspetos menos positivos no (do) processo do Contrato de Autonomia

Em relação aos aspetos menos positivos no (do) processo do Contrato de Autonomia, 69,7% responderam sem opinião, 12,1% mencionaram a capacidade do Agrupamento não poder tomar decisões que vão ao encontro das suas necessidades/prioridades, 9,1% indicaram que havia muitas reuniões e burocracia, 3% assinalaram maior poder de decisão dos órgãos de Direção, mas menos peso/autonomia dos docentes e igual percentagem responderam existir uma gestão que não zela pelos interesses prioritários do Agrupamento e 1,5% referiram que as metas eram muitas vezes difíceis de cumprir (Gráfico 22).

Estes dados são reveladores que os docentes que participam têm uma visão negativa face ao documento.

Gráfico 23 – Aspetos mais positivos no (do) processo do Contrato de Autonomia

Em relação aos aspetos mais positivos no (do) processo do Contrato de Autonomia, 68,2% responderam sem opinião, 24,2% mencionaram a possibilidade de contratar/gerir os recursos humanos, 4,5% indicaram a flexibilização, 1,5% assinaram uma autonomia responsável e colaborativa e igual percentagem responderam a resolução imediata dos problemas (Gráfico 23).

A grande maioria dos docentes não tem opinião e é de salientar que a resposta da possibilidade de contratar/gerir os recursos humanos, referida poderá indiciar que existe pouco poder emancipatório.

Gráfico 24 – Renovação do Contrato de Autonomia

Quando interrogados sobre a relevância da renovação do Contrato de Autonomia, os docentes com maior percentagem (75,8%) assinalaram sem opinião e com igual percentagem (12,1%) responderam sim e não (Gráfico 24). Estes dados são muito significativos, uma vez que a percentagem de docentes que não têm opinião sobre a relevância de renovação do Contrato de Autonomia é muito elevada (75,8%) e a existência de um equilíbrio entre as respostas do sim e do não (8 docentes).

Os inquiridos quando foram solicitados a darem sugestões para a melhoria deste processo, referiram que as alterações deveriam ser mais profundas e ao nível das estruturas e recursos que o governo disponibiliza para

quadro, para dispensar a burocracia anual; Terem "efetivamente" mais autonomia; receio de uma certa "responsabilização" das competências do próprio ME; Melhorando no sentido de o Agrupamento poder tomar decisões a nível pedagógico; que a autonomia devia ser mais abrangente; Deveria haver mais confiança nas escolas, nomeadamente na gestão financeira; e uma maior autonomia por parte das escolas/Agrupamento, por forma a cumprir o espírito da designação de tais contratos.

6. Entrevistas e caracterização dos entrevistados