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Implementação e descrição das aulas

CAPÍTULO IV – DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

4.2. Implementação e descrição das aulas

A implementação das aulas foi realizada ao longo de dois meses, entre 09 de maio a 11 de julho de 2017, referente ao ano letivo 2016/2017, com um total de vinte e duas aulas. A intervenção acontecia duas vezes por semana, no horário das disciplinas de EA, mais precisamente às terças e quintas- feiras, no período de tarde. Numa primeira fase deu-se prioridade às aulas teóricas, com registos nos cadernos, para de seguida passarem as aulas práticas, de construção do instrumental Orff e de ensaios das partituras não convencionais (Orquestra de pautas 1, 2 e 3). Em sequência, segue-se a descrição das aulas desenvolvidas durante o decorrer do ciclo dois:

• Aula 1 e 2 - Educação Musical

Conteúdos: Música/Som - Área Temática: Voz Objetivos:

• Apresentar e conhecer os interesses dos alunos face à temática em estudo; • Entender o som como elemento fundamental da música;

• Distinguir a música do som;

• Distinguir o compositor de um intérprete;

45 Descrição reflexiva

A primeira aula iniciou-se com um diálogo com os alunos sobre a temática em estudo, que ia decorrer durante os meses de maio a julho. A turma ficou entusiasmada quando ficaram a saber que iam ter a possibilidade de construir os seus próprios instrumentos musicais, e depois aplicá-los na partitura não convencional. A investigadora explicou ainda aos alunos que, no final do estudo, haveria uma apresentação pública em outra comunidade escolar, para dar a conhecer os seus trabalhos. Foi nesse momento que as crianças começaram a falar todos ao mesmo tempo dizendo: A 6: “Sempre foi meu sonho ter um instrumento musical” A1:“Professora o que significa partitura não convencional? Nunca ouvi falar nessa coisa.” (Notas de campo).

A aula prosseguiu com um diálogo, tirando algumas dúvidas sobre a atividade, e respondendo também a algumas curiosidades que iam surgindo ao longo da conversa. De seguida apresentou-se um Power Point interativo que falava sobre a música.. Para terminar essa primeira parte da aula, foi lançada uma questão: Mas afinal, quem faz e executa a música? Depois de refletirem alguns responderam que, quem faz e executa a música é o cantor. Foi ali que a investigadora falou sobre o compositor e o intérprete na música, mostrando a diferença que existe entre eles.

Para a segunda aula, perguntou-se aos alunos qual seria o aparelho responsável por fazer chegar o som até ao nosso cérebro e todos responderam, que se tratava do aparelho auditivo. Em sequência disso, visualizaram um pequeno vídeo (Apendice 11) explicando com se processa o som até ser descodificado no nosso cérebro. Ficaram a conhecer toda a viagem que o som faz desde que entre no canal auditivo até chegar ao cérebro

• Aula 3 - Educação Musical

Conteúdos: Música/Som - Área Temática: Voz; Corpo Objetivos:

• Escutar e distinguir sons provenientes de diferentes fontes sonoros; • Produzir diferentes tipos de sons;

46 Descrição reflexiva

A aula foi planeada para dar continuidade às aulas anteriores. Primeiramente tiveram que fechar os olhos, deitar nas mesas, e escutar os sons que os rodeavam. Feito isso, descreveram os sons, agrupando cada um quanto à sua origem. Seguidamente, produziram sons usando alguns corpos sonoros. Os alunos estiveram sempre à vontade para realizar essa atividade, demonstarando muita criativdade no exercício. Esta atividade serviu para reafirmar os propósitos da EA existentes no programa do 2º ciclo do EB que diz que a criança:

Utiliza a voz e o corpo como instrumento de comunicação e representação musical, explora materiais diversos para conhecer as suas potencialidades sonoras. Executa movimentos do corpo, quando escuta uma música. A descoberta do seu próprio corpo e da sua voz, a exploração das propriedades dos materiais, o manuseamento e a modificação de objetos, permitem desenvolver as finalidades da área artística, a saber: imaginação, criatividade, destreza manual, sentido estético, concentração e a coordenação motora (Ministério, 2017, p. 4).

De facto, as crianças exploraram o corpo sobre todas as vertentes produzindo sons interessantes, percutiram em vários objetos sonoros e tiraram o máximo partido de todos os objetos sonoros. Descobriram que com o corpo e a voz, podemos comunicar com outros, e produzir imensos sons, de forma lúdica e criativa. Em análise a aluna (A15) referiu “isso é interessante! Eu gostei de inventar e produzir sons no nosso corpo, e com os objetos da nossa sala de aula” (Notas de campo). Já no final da aula, foram desafiados a ouvir alguns excertos musicais de cantores caboverdianos, identificando o intérprete. Para ter certeza que os alunos já sabiam distinguir a voz de alguns intérpretes, fez-se um pequeno exercício onde se colocaram algumas músicas, e os alunos foram identificando os intérpretes das canções. Naquele momento houve uma pequena disputa entre os alunos em querer acertar os intérpretes e a investigadora realmente viu que aquela atividade chamava muito a atenção dos alunos.

Todos os envolvidos naquela aula, dialogaram sobre as suas experiências musicais vividas, quer como intérprete, quer como ouvinte. No final, cada aluno teve a oportunidade de dizer a música que mais gostava. A professora/investigadora considerou que a turma inteira participou na aula, e devido a natureza das atividades, houve uma certa inquietação por parte dos alunos. Todos queriam produzir sons ao mesmo tempo, explorar as potenciais sonoras do corpo e dos objetos da sala. Todos queriam dizer ao mesmo tempo o nome do intérprete da canção que escutaram, ficando alguns alunos zangados porque queriam participar sozinhos nas atividades (Diário de bordo, 11 de maio, às 18horas).

47 A professora/investigadora relembrou aos alunos, do que tinham deabatido na primeira aula, sobre a necessidade de se respeitarem, e se ajudarem uns aos outros. Explicou ainda que, mesmo que seja uma atividade interessante, todos e todas têm o direito de participarem, respeitando a vez de cada um.

Figura 1: Escuta de sons Figura 2: Execução de sons

(Fonte: autora) (Fonte: autora)

• Aula 4 e 5 - Educação Musical

Conteúdos: Propriedades do som:Intensidade, Timbre, Altura e Duração – Área Temática: Voz; Corpo

Objetivos:

• Entender que o som possui determinadas propriedades ou caraterísticas; • Conhecer as propriedades do som;

• Definir timbre e intensidade;

• Distinguir e identificar diferentes tipos de timbres; • Identificar e produzir sons fortes e sons fracos.

Descrição reflexiva

Essa intervenção foi estruturada em duas aulas: A primeira parte da aula (50 minutos) consistiu na apresentação de um Power Point sobre as propriedades do som. Inicialmente explorou os pré- requisitos dos alunos sobre o assunto, e nenhum foi capaz de identificar as propriedades ou as caraterísticas que um som pode apresentar. Foi uma aula essencialmente teórica, em que a investigadora explicou de uma forma simples, de acordo com o nível escolar dos alunos, os

48 conceitos sobre o timbre e a intensidade do som. Ficaram a saber que o mundo é rico em termos sonoros, tendo uma grande diversidade de sons, e nós temos a capacidade de distingui-los. E, tudo isso graças a uma das propriedades do som, que é o timbre. A investigadora esclareceu ainda que reconhecemos uma pessoa a falar através do seu timbre, que é a voz da pessoa. Falou-se também um pouco sobre o timbre dos instrumentos musicais, e de outras fontes sonoras.

Para complementar essa primeira parte, foi apresentado outra propriedade do som - a intensidade dos sons. Para que os alunos pudessem compreender essa propriedade, a professora deu um exemplo prático de quando começa a chover, a chuva cai bem mansinho e vai ficando cada vez mais forte, e depois à medida que termina de chover, começa-se a ficar mais fraquinho. Os alunos conseguiram assimilar os conhecimentos sobre essa propriedade do som, e deram vários exemplos de sons fortes e fracos. Para assimilar ainda mais os conhecimentos, os alunos visualizaram um pequeno vídeo, explicando de uma forma pedagógica o timbre e a intensidade.

A segunda aula dessa intervenção baseou-se nos outros 50 minutos de prática. Para a propriedade do timbre fez-se três exercícios práticos (Apêndice 8). De seguida orientou-se os alunos, de forma que não houvesse discórdia entre eles, escolhendo apenas três alunos para participar naquela atividade, e durante a sessão, os alunos identificaram com rapidez o timbre de cada exercício. Para que o resto dos alunos pudessem participar na aula, propôs-se fazer um jogo sobre intensidade e dinâmica dos sons (Apêndice 8).

Os alunos estiveram um pouco atrapalhados nessa atividade, devido a falta de concentração, e a professora/investigadora teve que apelar aos alunos mais concentração e dedicação no jogo.

Figura 3: Visualização de vídeos sobre intensidade e timbre (Fonte: autora)

Posteriormente foi colocado um vídeo nessa aula, os alunos interessaram-se pelo mesmo e estiveram muito atentos, participativos e curiosos. O vídeo chamou muito a atenção dos alunos por ter um formato de desenho animado, onde uma menina explicou como podemos entender melhor o timbre e a intensidade. Acentuaram a curiosidade e colocaram questões de entre as quais se destacam:

49 “Professora na próxima aula, vamos ter a oportunidade de ver outro vídeo sobre as propriedades do som? Eu gostei do vídeo. É como um desenho animado.” (A12, Notas de campo).

• Aula 6 e 7 - Educação Musical

Conteúdos: Propriedades do som - Área Temática: Voz; Corpo Objetivos:

• Identificar as propriedades do som; • Definir altura e duração;

• Produzir e identificar sons graves e sons agudos; • Produzir e identificar sons longos e sons curtos.

Descrição reflexiva

A intervenção foi estruturada em duas aulas: A primeira intervenção iniciou-se com um conjunto de questões relacionadas com as propriedades do som estudadas anteriormente - intensidade e timbre, onde o objetivo foi fazer um ponto de ligação entre as aulas estudadas, e o que ia ser trabalhado. Seguidamente iniciaram outras propriedades do som - altura e a duração do som. A investigadora explicou qua na linguagem musical, dizemos que um som é agudo quando é fino e grave quando é grosso. Fez-se a relação entre um som agudo que pode ser fino e alto, e entre um som grave, que pode ser grosso e baixo. Para melhor entendimento sobre o conceito explorado, deu-se alguns exemplos de comparação entre a voz fina de um gato e o som grosso de um trovão. Foi naquele momento que os alunos entenderam melhor o conceito de altura de um som, e fizeram alguns comentários: “professora a voz dos rapazes são mais grossa do que a voz das meninas, não é verdade?” (A5, Notas de campo).

A professora esclareceu as dúvidas e para finalizar a primeira parte da intervenção, fizeram duas tarefas: uma primeira que consistiu em formar dois grupos (rapazes e meninas), em que um grupo produziu com a boca sons agudos e outro grupo produziu sons graves. Foi um exercício feito com o intuito de fazer os alunos entenderem e distinguirem melhor um som agudo de um som grave.

A última tarefa despertou a curiosidade dos alunos porque a professora/investigadora, tocou numa flauta notas musicais agudas e graves, em que os alunos colocaram as mãos em cima para o som agudo e mãos em baixo para o som grave.

50 A segunda aula incidiu sobre a duração do som, explicando aos alunos o seu conceito de uma forma simples, sem entrar em muitos detalhes. Os alunos ficaram a saber que a duração é uma caraterística que o som tem de ser longo ou curto, ou seja quanto tempo dura uma música. Sem entrar em muitos pormenores, explicou-se ainda que a música tem símbolos que traduzem a duração do som e do silêncio. Conheceram as figuras musicais para que pudessem saber o que estava a ser explicado, o que permitiu aumentar o conhecimento a nível musical. Para terminar a segunda aula, visualizaram um vídeo pedagógico sobre a altura e a duração dos sons.

Figura 4: Exercício sobre a duração das figuras musicais (Fonte: autora)

• Aula 8 - Educação Musical

Conteúdo: Instrumental Orff - Área Temática: Instrumentos musicais Objetivos:

• Conhecer Carl Orff e os seus instrumentos musicais; • Agrupar os instrumentos musicais Orff por família; • Conhecer símbolos que representam o instrumental Orff;

• Conhecer e distinguir instrumentos de altura indefinida e instrumentos de altura definida.

Descrição reflexiva

Depois de uma conversa exploratória com os alunos em relação ao instrumental Orff (Anexo 5), a investigadora não teve muito sucesso porque os alunos não tinham conhecimentos sobre o conteúdo

51 que estava em estudo. Reconhecerem apenas alguns instrumentos musicais, mas sem saber se faziam parte de um grande grupo de instrumentos da sala de aula, da orquestra Orff. Seguidamente, foi apresentado um Power Point (Apêndice11) onde explanou um pouco da história de Carl Orff e os seus instrumentos musicais, e o porquê da introdução daqueles instrumentos na sala de aula.

De todas as aulas esta foi a que mais cativou os alunos, pelo simples fato de terem chegados ao instrumental Orff, e de terem a oportunidade de conhecê-los e construi-los. Foi uma intervenção que permitiu aos alunos conhecer todo o instrumental Orff, desde o agrupamento dos instrumentos por famílias (madeiras, metais e peles), até aos instrumentos de altura definida e indefinida. Seguiu-se depois uma pequena discussão sobre os instrumentos que iam ser construídos. Chegou-se à conclusão que seriam os instrumentos de altura indefinida, e dentro dos instrumentos de peles, seriam construídos somente o tambor e a pandeireta com pele, por serem mais simples de construir. Assim ficou acordado que os instrumentos a serem construídos seriam: maracas, clavas, caixa chinesa, reco-reco, castanholas, triângulo, guizeira, pandeiretas e o tambor. No entanto surgiu a ideia de construir outros instrumentos que não pertenciam ao grupo do instrumental Orff, como por exemplo o xequeré e o afoxé.

Depois dos comentários a professora tranquilizou os alunos dizendo para não se preocuparem porque tudo já estava organizado e planificado, desde dos materiais que iam utilizar na construção dos instrumentos, bem como a forma como iam ser construidos. Para colocar término na aula, fez- se um pequeno exercício onde os alunos agruparam no quadro os instrumentos por famílias. Novamente houve, muito interesse por parte dos alunos em querer ir ao quadro.

Figura 5: Exercício sobre agrupamento do instrumental Orff por famílias (Fonte: autora)

• Aula 9 - Educação Musical

52 Objetivos:

• Conhecer o conceito de partitura não convencional;

• Identificar símbolos utilizados na partitura não convencional; • Ouvir e interpretar partituras não convencionais.

Descrição reflexiva

O conceito sobre a partitura não convencional foi outro assunto tratado durante as intervenções na sala de aula, e os alunos desconheciam esse conteúdo. A professora/investigadora explorou a partitura não convencional através de um Power Point onde por meio de um diálogo participativo, fez os alunos aprenderem de uma forma rápida o significado de partituras não convencionais. Fez- se uma relação entre os símbolos do instrumental Orff com algumas partituras não convencionais que iam ser utilizadas durante a atividade. Foi apresentado uma partitura à turma (Marcha Turca de Mozart), fizeram a sua exploração oral, interpretando cada símbolo que representava os instrumentos musicais. Já no final da aula, escutaram um áudio que representava a Marcha Turca de Mozart e fizeram um pequeno ensaio seguindo o áudio. A aluna (A15) muito curiosa expressou: “Huau adorei essa partitura! Não vejo a hora de começarmos a construir os instrumentos musicais” (Notas de Campo).

Figura 6: Exploração de uma partitura não convencional (Fonte: autora)

• Aula 10 - Expressão Plástica

Conteúdos: Forma; Material - Área de exploração: Construção tridimensional Objetivos:

53 • Distinguir as possibilidades dos diferentes instrumentos;

• Aproveitar materiais de desperdício para recriar instrumentos; • Construir e manipular instrumentos musicais Orff.

Descrição reflexiva

Para iniciar a aula, a professora/investigadora teve que passar novamente um PowerPoint com os instrumentos musicais selecionados pelos alunos, que iam ser construídos. Identificaram os instrumentos em que o som se obtém através da fricção e da percussão.

Para obter maiores e melhores resultados, a turma foi dividida em grupos, e cada elemento do grupo tinha uma tarefa a fazer, respeitando sempre a sua vez de participar. Assim deu-se início a construção dos instrumentos musicais, pelos alunos, e como haviam prometido, levaram para a aula alguns materiais de desperdícios (paus de vassouras velhas, latas de refrigerantes). Organizaram a sala e num primeiro momento os rapazes ficaram com a responsabilidade de construir as clavas e as meninas com as castanholas.

Figura 7: Construção de clavas (Fonte: autora)

54 A professora/investigadora esteve presente, orientando os alunos durante a construção dos instrumentos, e teve a preocupação de explicar os passos para a confeção das clavas e das castanholas. Chamou a atenção para a segurança e proteção, no momento de cortar e serrar alguns materiais. A aula foi muito produtiva, tendo os alunos desempenhado as atividades com muita dedicação, concentração, e espírito de ajuda mútua. Trabalharam com muito empenho para que o resultado fosse perfeito. No final da aula, a alegria era bem visível no rosto dos alunos, por terem construído os dois primeiros instrumentos musicais. Também se mostraram surpresos, e registou-se os seguintes comentários dos alunos:

Assim, de acordo com o aluno A 14:“Os outros alunos da escola vão ficar com ciúmes de nós quando terminarmos de construir todos os instrumentos musicais. Eu tenho a certeza que todos vão ficar muito bonitos” (Notas de campo).

Acrescenta-se ainda, que foi uma aula muito produtiva e divertida, os alunos terminaram de construir as clavas e as castanholas, colocaram-se a produzir sons e a brincar com eles. Fizeram demonstrações de como se usam e no final da aula recolheram-nos para não serem danificados.

• Aula 11 - Expressão Plástica

Conteúdos: Forma; Material - Área de exploração: Construção tridimensional Objetivos:

• Aproveitar materiais de desperdício para recriar instrumentos; • Desenvolver habilidades de destreza manual;

• Desenvolver capacidades de concentração, empenho e interajuda; • Construir e manipular instrumentos musicais Orff.

Descrição reflexiva

A sessão decorreu como havia sido planificado, fez-se um balanço da atividade anterior em que haviam construído as clavas e as castanholas. Os alunos manifestaram-se satisfeitos e entusiasmados com a aula anterior e rapidamente deu-se início à construção de guizeiras e triângulos. Para tal, a professora/investigadora dividiu novamente os alunos em grupos de tarefas, identificaram as formas dos instrumentos que iam construir e prepararam todo o material necessário à construção.

Seguidamente, organizaram-se e iniciaram a construção dos instrumentos musicais destacados para aquela aula. Previamente foi necessário construir numa oficina de carpintaria, alguns moldes que

55 serviram de pegadas das guizeiras, de modo a facilitar a sua construção e utilização das mesmas. A professora/investigadora arranjou ainda um torno de bancada para facilitar a construção dos triângulos.

Ao longo da atividade, verificou-se a alegria e motivação dos alunos, mostrando sempre interesse em querer participar na construção das guizeiras. Tiveram sempre muito cuidado com os instrumentos, certificando que estes ficassem com um bom acabamento.

Figura 9: Construção de guizeiras com pegadas e com cabos (Fonte autora)

Figura 10: Construção de triângulos (Fonte: autora)

Para finalizar a aula, todos os envolvidos, arrumaram a sala, os materiais, e recolheram os instrumentos. Fez-se uma retroação da aula sobre o que acharam da atividade feita, e muitos

56 referiram ter gostado, e que foi uma atividade um pouco cansativa. A aluna A7 expressou: “Hoje estivemos a trabalhar na sala como se fossemos carpinteiros. Mas nós conseguimos” (Notas de campo).

Seguidamente a investigadora relembrou aos alunos os materiais que cada um teria que levar para a próxima aula.

• Aula 12 - Expressão Plástica

Conteúdos: Forma; Material - Área de exploração: Construção tridimensional Objetivos:

• Desenvolver habilidades de destreza manual;

• Desenvolver capacidades de concentração, empenho e interajuda; • Construir e manipular instrumentos musicais Orff.

Descrição reflexiva

A aula iniciou com um pequeno diálogo em que todos os alunos exprimiram as suas opiniões sobre os instrumentos construídos; Depois da preparação do espaço da sala, em que seguidamente os alunos tiveram que identificar a forma e a estrutura das caixas chinesas e das maracas, a professora orientou os estudantes no sentido de seguirem alguns passos, para confecionar os instrumentos.

As bases para as caixas chinesas foram feitas num oficina de carpintaria, por se tratar de um instrumento que requer uma madeira fina e especial. As maracas foram feitas com casca de coco, em que retiraram para fora todo o alimento, que existia dentro dos frutos, ficando os mesmos com um buraco oco e vazio lá dentro.

Como suporte das maracas, fez-se algumas pegadas de mão, moldadas, também em carpintaria. A investigadora distribuiu tarefas e os alunos estiveram sempre com atenção nas orientações dadas; reforçou ainda a necessidade de utilizar as ferramentas de trabalho com cuidado, com segurança e higiene no local; por último fez-se uma pequena demonstração de utilização correta de algumas ferramentas para assegurar um bom uso das mesmas.

A turma foi divida em grupos de trabalhos e enquanto um grupo lixavam as bases para as caixas