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6. Opções de gestão de recursos hídricos simuladas e resultados

6.3. Opções estruturais analisadas

6.3.3. Importação da barragem de Santa Clara

6.3.3.1. Descrição da opção A barragem de Santa Clara

maioritariamente alocada à agricultura beneficiários. Este regadio público

concelho de Aljezur. A albufeira de Santa Clara apresenta uma capacidade total de 485 hm somente uma capacidade útil de 240

mostrou que é possível efectuar um reforço ao abastecimento público do Algarve a partir da albufeira de Santa Clara, da ordem dos 20 hm

anos admitido para o estudo. recursos hídricos uma importação de 20 hm3 por ano, ou seja 650 l/s.

Figura 6.12

Subsiste no entanto uma incógnita no que diz respeito à

inicialmente apontadas duas soluções para esta medida. A primeira consistiria n directamente no canal do Mira

desvantagem mais óbvia prende suportar custos adicionais para comprar

da Associação de Beneficiários do Mira. A segunda solução, com um custo de investimento superior, passaria por realizar

solução, para além de exigir implica outras diligências tais como

essas desvantagens económicas e certamente também temporais têm que ser ponderadas perante o facto desta solução permitir à

Associação de Beneficiários do Mira poderá representar uma séria vantagem

revelou vantagens óbvias na segunda opção. De facto, os custos de aquisição da água calculados O abastecimento público de água na região do Algarve: caracterização e perspectivas de ev

.3. Importação da barragem de Santa Clara

.3.1. Descrição da opção

barragem de Santa Clara (Figura 6.12), com entrada em exploração em 1970, está ariamente alocada à agricultura, sendo o regadio público do Mira

beneficiários. Este regadio público é abastecido através do canal do Mira e c

A albufeira de Santa Clara apresenta uma capacidade total de 485 hm de útil de 240 hm3. O estudo levado a cabo pela Hidroprojecto (2005) mostrou que é possível efectuar um reforço ao abastecimento público do Algarve a partir da , da ordem dos 20 hm3/ano, com garantia de 100%, no período de 50 . Desse modo, parece razoável considerar como opção de gestão de uma importação da barragem de Santa Clara até à ETA de Alcantarilha

ou seja 650 l/s.

2: Barragem de Santa Clara (http://cnpgb.inag.pt

uma incógnita no que diz respeito à origem da captação. De facto, foram inicialmente apontadas duas soluções para esta medida. A primeira consistiria n

mente no canal do Mira, que permitiria reduzir a extensão da rede adutora desvantagem mais óbvia prende-se com o facto da empresa Águas do Algarve, S.A.

adicionais para comprar a água, traduzindo-se numa consequente “dependência” ciação de Beneficiários do Mira. A segunda solução, com um custo de investimento superior, passaria por realizar uma captação directamente na albufeira de Santa Clara solução, para além de exigir um maior custo de investimento na conduta adutora também implica outras diligências tais como um processo para licenciamento dessa captação

essas desvantagens económicas e certamente também temporais têm que ser ponderadas ta solução permitir à empresa AdA uma total independência

Associação de Beneficiários do Mira, o que, em termos de gestão do Sistema Multimunicipal poderá representar uma séria vantagem. Mais ainda, o estudo de viabilidade económica

ias na segunda opção. De facto, os custos de aquisição da água calculados O abastecimento público de água na região do Algarve: caracterização e perspectivas de evolução

, com entrada em exploração em 1970, está o regadio público do Mira um dos principais canal do Rogil, já no A albufeira de Santa Clara apresenta uma capacidade total de 485 hm3 mas . O estudo levado a cabo pela Hidroprojecto (2005) mostrou que é possível efectuar um reforço ao abastecimento público do Algarve a partir da , com garantia de 100%, no período de 50 como opção de gestão de da barragem de Santa Clara até à ETA de Alcantarilha de cerca

http://cnpgb.inag.pt)

origem da captação. De facto, foram inicialmente apontadas duas soluções para esta medida. A primeira consistiria numa captação permitiria reduzir a extensão da rede adutora a construir. A Águas do Algarve, S.A. ter que consequente “dependência” ciação de Beneficiários do Mira. A segunda solução, com um custo de investimento uma captação directamente na albufeira de Santa Clara. Essa ento na conduta adutora também captação. No entanto, essas desvantagens económicas e certamente também temporais têm que ser ponderadas A uma total independência em relação à , o que, em termos de gestão do Sistema Multimunicipal estudo de viabilidade económica realizado ias na segunda opção. De facto, os custos de aquisição da água calculados

revelaram que seria mais económico investir numa conduta adutora desde a barragem, apesar de apresentar maior extensão e por isso maior custo de investimento.

Com a introdução desta nova importação da albufeira de Santa Clara, tenta-se obviamente reduzir a dependência do sistema de abastecimento nas albufeiras existentes na região, nomeadamente na albufeira do Funcho permitindo maior disponibilidade de água para satisfazer as necessidades associadas aos regadios públicos abastecidos pela albufeira do Arade, a jusante da albufeira do Funcho.

Para efeitos de simulação, admitiu-se a entrada em funcionamento da captação de água na albufeira de Santa Clara em 2008. No entanto, parece pouco provável que seja possível, em tão curto espaço de tempo, realizar os estudos necessários e levar a cabo o processo de licenciamento. No entanto, os resultados aqui obtidos quase somente difeririam em termos temporais, uma vez que o atraso da implementação da opção de 1 ou 2 anos não iria alterar o comportamento observado, nomeadamente para a taxa de cobertura do abastecimento público.

6.3.3.2. Estimativa dos custos associados

A construção da nova captação na albufeira de Santa Clara implica construir uma rede adutora que ligue essa captação à ETA de Alcantarilha. Analisando os elementos georreferenciados disponíveis e de acordo com o trabalho realizado pela Hidroprojecto (2005), essa rede adutora deverá ter um comprimento de perto de 55.5 km cujo custo estimado de investimento seria da ordem dos 27.500.000 €. O custo de operação e manutenção associado avalia-se em 0.036 €/m3 de água captada.

6.3.3.3. Resultados

A análise da taxa de cobertura para o abastecimento público (Figura 6.13) revela uma evolução da mesma muito semelhante à observado no caso da implementação de novas captações no aquífero Querença-Silves, devendo-se ao facto de ambas as opções consistirem na adução de um volume fixo de água, diferindo apenas no volume considerado. Como seria de esperar, uma vez que esta nova captação é usada como fonte prioritária de abastecimento, o volume captado é de 20hm3 logo no ano de 2008, mantendo-se este valor até ao fim do período de simulação. Assim, com a implementação isolada desta nova captação, é possível, para os dois cenários considerados manter a taxa de cobertura acima de 95% até 2016, atingindo-se um mínimo de cerca de 83% em 2035.

O abastecimento público de água na região do Algarve: caracterização e perspectivas de evolução

Figura 6.13: Santa Clara – Taxa de cobertura para abastecimento público da região do Algarve

A implementação desta nova captação de água na albufeira de Santa Clara, usada como fonte prioritária para o Sistema Multimunicipal, permite, como já referido anteriormente, aumentar, pelo menos durante alguns anos, as descargas da albufeira do Funcho para a albufeira do Arade, beneficiando assim os regadios públicos que dela dependem.

A introdução da nova captação na albufeira de Santa Clara acarreta um aumento de custos tanto directos como ambientais muito semelhantes para os dois cenários (Figura 6.14). No caso dos custos directos, este aumento relativamente ao caso de referência é de 11.2% para o cenário C1 e 11.6% para o cenário C2. Os custos ambientais por sua vez sofrem um aumento de 8.7% no cenário C1 e 8.9% no cenário C2. Uma vez que o volume captado atinge sempre o máximo permitido, a diferença verificada nos dois cenários está estritamente relacionada com as alterações que a implementação da medida origina no funcionamento do sistema.

Figura 6.14: Santa Clara – Custos directos e custos ambientais para os cenários C1 e C2 (Milhões €)