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3.3 Destinação e disposição final de RCD

4.2.2 Indicadores de geração de resíduos

Juntamente com o levantamento de dados primários na etapa de diagnóstico, dados primários também foram coletados na fase de elaboração de indicadores.

Quantitativos de ligações de esgoto por Sistema de Esgotamento Sanitário e situação de ligação de esgoto foram coletados no sistema ArcGIS e fornecidos através de planilha do programa Microsoft Excel pela equipe Comercial da BRK Ambiental. Em relação à situação de ligação de esgoto, foram consideradas para fins de elaboração de indicador apenas as matrículas com situação de: factível faturável; ligado fora de uso; ligado; e tamponado. Situações cujo status de ligação de esgoto era de potencial ou factível não foram considerados nos indicadores.

Através de extração no sistema ArcGIS e disponibilização de dados via planilha no programa Microsoft Excel pela equipe de Cartografia e Cadastro da BRK Ambiental, foi possível obter informações a respeito da quantidade de rede e poços de visita de esgoto operados, por Sistema de Esgotamento Sanitário e mês de atualização cadastral. Para fins de elaboração dos indicadores de geração de resíduos foram considerados os poços de visita e redes coletoras de esgoto operados, sendo desconsiderados os dispositivos cadastrados localizados em áreas não operadas ou não recebidas.

Com base em dados primários e secundários levantados ao longo das pesquisas, foi possível elaborar diversos indicadores, que se dividiram em indicadores gerais e indicadores de geração de resíduos.

Os indicadores gerais possuem a função de estimar a quantidade de obras em redes e ramais de esgoto em função de parâmetros de um Sistema de Esgotamento Sanitário já conhecidos, como número de ligações de esgoto, metragem de rede e quantidade de poços de visita cadastrados. As fórmulas de cálculo para os indicadores gerais podem ser descritas abaixo:

Obras por quilôme- tro de rede operada

(un/Km)

= Quantidade de obras por SES (un) (1)

Km de rede operada por SES (Km)

Obras por poço de visita operado

(un/un)

= Quantidade de obras por SES (un) (2)

Quantidade de poço de visita operado por SES (un)

Obras por ligação

de esgoto (un/un) = Quantidade de ligação de esgoto (un)Quantidade de obras por SES (un) (3)

Os indicadores de geração de resíduos visam estimar a quantidade de resíduos gerados. Os quantitativos de geração de resíduos puderam ter indicadores em função da quantidade de obras em redes e ramais de esgoto, rede de esgoto e poço de visita operados, per capita e por unidade de obra, como evidenciam as fórmulas abaixo:

Geração de resí- duos por Km de

rede operada (t/Km)

=

Resíduos de Construção e Demolição gera-

dos (t) (1)

Rede coletora de esgoto operada (Km)

Geração de resí- duos por poço de visita operado

(t/un)

=

Resíduos de Construção e Demolição gera-

dos (t) (2)

Poço de visita operado (un)

Geração de resí- duos por quantida-

de de ligações de esgoto (t/un)

=

Resíduos de Construção e Demolição gera-

dos (t) (3)

Quantidade de ligações de esgoto (un)

Geração de resí- duos per capita

(Kg/hab./dia)

=

Resíduos de Construção e Demolição gera- dos (kg)

(4) Habitante (hab.)

Dia (dia)

Geração de resí- duos por quantida-

de total de obras (t/un)

=

Resíduos de Construção e Demolição gera-

dos (t) (5)

Quantidade de obras (un)

Foram elaborados indicadores para estimativa de custos com o gerenciamento dos resíduos, incluindo transporte e destinação, correlacionando com os parâmetros de poços de

visita e rede operados, quantidade de ligações de esgoto, habitante e quantidade de obra. As fórmulas dos indicadores de custos são elencadas a seguir:

Custo com gerenci- amento de resíduos por Km de rede de

esgoto operada (R$/Km)

= Custo com transporte e destinação (R$)Rede coletora de esgoto operada (Km) (1)

Custo com gerenci- amento de resíduos por poço de visita

operado (R$/un)

= Custo com transporte e destinação (R$) (2)

Poço de visita operado (un)

Custo com gerenci- amento de resíduos por quantidade de ligações de esgoto

(R$/un)

= Custo com transporte e destinação (R$)Quantidade de ligações de esgoto (un) (3)

Custo com gerenci- amento de resíduos

por Habitante (hab.)

= Custo com transporte e destinação (R$) (4)

Habitante (hab.)

Custo com gerenci- amento de resíduos por quantidade to-

tal de obras (R$/un)

= Custo com transporte e destinação (R$)Quantidade de obras (un) (5)

Os custos com a aquisição de novos insumos para as obras de rede e ramal de esgoto também foram usados para elaboração de indicadores, correlacionando-os com diversos parâmetros, assim como evidenciam as fórmulas dos indicadores criados:

Custo com aquisição de novos insumos por Km de

rede de esgoto operada =

Custo com aquisição de novos insumos para reaterro e

base de pavimentação (R$) (1)

(R$/Km)

Custo com aquisi- ção de novos insu- mos por poço de

visita operado (R$/un)

=

Custo com aquisição de novos insumos para reaterro e

base de pavimentação (R$) (2

) Poço de visita operado (un)

Custo com aquisi- ção de novos insu- mos por quantida- de de ligações de

esgoto (R$/un)

=

Custo com aquisição de novos insumos para reaterro e

base de pavimentação (R$) (3

) Quantidade de ligações de esgoto (un)

Custo com aquisi- ção de novos insu- mos por quantida-

de de habitante (R$/hab.)

=

Custo com aquisição de novos insumos para reaterro e

base de pavimentação (R$) (4

) Habitante (hab.)

Custo com aquisi- ção de novos insu- mos por quantida- de total de obras

(R$/un)

=

Custo com aquisição de novos insumos para reaterro e

base de pavimentação (R$) (5

) Quantidade de obras (un)

De forma a entender como cada tipo de obra se comporta em relação à geração de resíduos, foram criados indicadores para avaliação desses aspectos. Foi realizada a divisão das obras por grupo, sendo eles: tubulações, poços de visita e caixas de inspeção. A partir dessa divisão, foi realizada a média aritmética dos valores quantitativos de resíduos gerados por tipo de obra, pelo número total de obras daquele tipo específico (PV e CI), ou pela metragem de tubulação, conforme fórmula:

Média geração de resíduos por tipo de obra (m³)

=

quantidade de resíduos gerados por tipo de obra (m³)

Número total do tipo de obra (un ou m)

conforme valor apresentado no dia 3 de setembro, de 19:32 UTC. Após a elaboração dos indicadores, foi possível projetar a geração de resíduos para todas as fases do projeto, assim como estimar os custos inerentes ao gerenciamento dos resíduos nesses períodos. Sendo assim, também foi obtido o quanto se gastará com gerenciamento de resíduos e aquisição de novos materiais até o final do projeto.

Para que isso acontecesse, foi realizada uma estimativa simples, especificamente uma regra de três, usando como premissa a quilometragem de rede de esgoto atual, o atual percentual de coleta de esgoto e o percentual de coleta de esgoto quando os serviços de esgotamento sanitário forem universalizados. Desta forma, sabendo que para um percentual de 37% de coleta de esgoto se tem 1.350.000,00 m de redes, para um percentual de coleta de 90% haverá um quantitativo de 3.283.783,78 m de rede operada.

O valor da rede coletora de esgoto a ser implantada foi dividido pelos anos restantes do projeto até o ano de universalização, no caso o ano de 2037. A partir da metragem de rede coletora de esgoto estimada, foram obtidas as informações necessárias para as projeções do projeto, aplicando a metragem calculada aos indicadores gerais e posteriormente aos indicadores de geração de resíduos.

O dashboard foi criado no programa Microsoft Excel, usando como base de dados todos os dados encontrados na etapa de criação dos indicadores, assim como na etapa de diagnóstico. Fundamentado nos resultados encontrados durante a pesquisa, o dashboard pôde ser criado de forma a servir como uma ferramenta para dimensionamento de quantidade de obras, quantidade de resíduos gerados, custos com gerenciamento e aquisição de novos materiais.