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Indicadores “Japan For Sustainability” (Japan For Sustainability Indicators)

2.5. Modelos conceptuais e operacionais Em seguida apresentam‐se dois modelos: 

2.6.15. Indicadores “Japan For Sustainability” (Japan For Sustainability Indicators)

      

Relativamente à difusão na sociedade, os utilizadores podem aceder à Série Essencial na página de Internet da  EEA e utilizar as ferramentas disponíveis e os dados para fazer as suas análises e apresentações. A EEA publica  resultados  na  Internet  desde  2001  (European  Environment  Agency,  2005).  Tem  também  desenvolvido  ferramentas  de  apoio  da  educação  ambiental  e  comprometeu‐se  a  desenvolver,  testar  e  comunicar  novas  e  melhores abordagens para a criação de avaliações ambientais (Caspersen, 2007).  

 

Os  utilizadores  que  recorrem  à  Série  Essencial  da  EEA  para  obter  dados  os  seus  estudos  são  convidados  a  atentar criticamente na série e a contribuir para desenvolvimentos futuros. A EEA revê a série regularmente  com os seus Estados‐Membros, assim como com outras partes interessadas, sendo que os resultados e acções  que daí se retiram são sujeitos a aprovação pelo quadro de gestão da EEA. A EEA desenvolveu um serviço de  gestão  dos  indicadores  (Indicator  Management  Service  ‐  IMS),  que  permite  aos  especialistas  num  tema  ou  sector,  gerir  as  séries  e  facilita  a  comunicação  dos  seus  trabalhos.  A  relação  entre  o  acesso  aos  dados  e  a  obrigação  de  reporte  são  fornecidas  pelo  serviço  de  dados  da  EEA  e  pela  ROD  (Reporting  Obligations 

Database). Este sistema liga directamente os dados fornecidos pelos países, permitindo transparência, fluxos 

de  informação  eficientes  e  igual  qualidade  dos  dados  na  fonte  original  e  a  nível  europeu  (European  Environment Agency, 2005).  

 

Desenvolvimentos futuros na integração e uso dos dados ambientais são influenciados pela Inspire, iniciativa  europeia que tem por objectivo a criação de uma infra‐estrutura de informação espacial para distribuir serviços  de  informação  espacial  integrada  aos  utilizadores.  Os  dados  ambientais  acabarão  por  ser  completamente  integrados nesta infra‐estrutura. O estabelecimento de uma capacidade europeia para a monitorização global  do  ambiente  e  segurança  (European  capacity  for  global  monitoring  of  environment  and  security  ‐  GMES)  contribui para assegurar a provisão de informação ambiental. Esta capacidade vai englobar um grande leque de  fontes de informação da observação da Terra, fazendo uso completo das capacidades de monitorização in‐situ  assim como das aéreas e espaciais. Ligações entre o Inspire e o GMES vão assegurar que as novas capacidades  de  observação  e  monitorização  estabelecidas  sejam  integradas,  acessíveis  e  utilizáveis  dentro  do  modelo  do  Inspire. Algumas organizações internacionais têm actividades para desenvolver modelos e séries de indicadores  sobre problemas ambientais, integração do sector ambiental e problemas de desenvolvimento sustentável. A  EEA procura contribuir com a sua Série Essencial de Indicadores para alargar a visão na área dos indicadores,  sendo  responsável  por  assegurar  a  qualidade  dos  dados  utilizados.  Também  garante  que  os  utilizadores  conhecem  as  incertezas  associadas  aos  dados  e  indicadores,  em  termos  de  valores  e  conceitos,  assim  como  quando  estas  se  devem  à  qualidade  dos  dados  de  entrada.  Procura  pois  atingir  um  elevado  grau  de  transparência, o que traz credibilidade às avaliações feitas, mesmo quando os dados são recolhidos por outras  organizações, que não a EEA (Caspersen, 2007). 

 

Relativamente  à  disseminação  da  Série  Essencial  a  nível  de  tomada  de  decisão,  esta  é  também  dirigida  aos  políticos, sendo um dos critérios de selecção dos indicadores, a relevância política (Caspersen, 2007). Na página  de Internet da EEA é possível encontrar curvas referentes às principais mensagens chave35. 

 

2.6.15. Indicadores “Japan For Sustainability” (Japan For Sustainability Indicators)   

Após  a  Conferência  de  Quioto  sobre  Alterações  Climáticas  em  1997,  as  actividades  que  enquadram  os  problemas ambientais adquiriram maior expressão no Japão e expandiram‐se a diversos sectores. Actualmente  existem  muitas  iniciativas  a  nível  dos  governos  nacionais  e  locais,  indústria,  institutos  de  investigação,  universidades,  ONGs  e  cidadãos  individuais.  A  JFS  considera  que  o  Japão  pode  contribuir  para  a  sustentabilidade através do seu exemplo do período Edo (período do início do século XVII até ao final do século  XIX  em  que  o  Japão  foi  auto‐suficiente  em  alimentos  e  energia,  tinha  um  baixo  crescimento  populacional  e  realizava reciclagem de quase todos os materiais). Existe muito pouca informação em matéria de ambiente e  sustentabilidade traduzida de japonês para inglês e a sua distribuição a nível mundial é geralmente limitada. A 

 

35

  Mais  informações  em:  “European  Environment  Agency”  ‐  http://www.eea.europa.eu/,  acedido  em  25  de  Setembro  de  2009 

JFS  surgiu  em  2002  com  o  objectivo  de  inverter  essa  situação,  através  da  partilha  de  informação  acerca  do  desenvolvimento e actividades do Japão, promovendo assim a sustentabilidade mundial (Kobayashi, 2007).     36:   As principais actividades da JFS são   • Fornecer informação do Japão a nível de ambiente e sustentabilidade de uma forma generalizada;  

• Abordar  os  desenvolvimentos  actuais,  conhecimentos  tradicionais,  hábitos,  práticas  quotidianas  e  actividades locais;  

• Desenvolver parcerias na Ásia procurando identificar caminhos de sustentabilidade;  

• Melhorar os esforços e actividades na Ásia através da partilha e do feedback a nível mundial;   • Criar uma visão de um Japão sustentável através do debate entre as várias partes interessadas.    

Estas  actividades  têm  como  objectivos  evidenciar  problemas,  gerar  debate  de  forma  abrangente  acerca  das  formas  de  construir  uma  sociedade  sustentável  no  Japão  e  promover  a  adopção  de  uma  estratégia  de  sustentabilidade  nacional.  Para  manter  as  suas  actividades,  esta  organização  conta  com  a  ajuda  de  400  voluntários  e  com  a  parceria  de  82  organizações  e  200  nomes  individuais.  As  fontes  de  dados  são  muito  diversas36.  

 

A JFS seleccionou 20 indicadores de topo para analisar a sustentabilidade, baseando‐se na análise de mais de  200  séries  de  diversas  categorias.  Os  20  indicadores  foram  seleccionados,  tendo  por  base  quatro  áreas  (natureza, bem‐estar, economia e sociedade) e cinco composições de valor (capacidade e recursos, justiça ao  longo do tempo, justiça ao longo do espaço, diversidade, vontade humana e de grupos) 36.       Figura 2.21 ‐ Estrutura da série de Indicadores da JFS (Fonte: Adaptado de Japan For Sustainability37)    Esta métrica inclui o PIB e abrange aspectos ambientais, sociais, económicos do desenvolvimento sustentável  (Kobayashi, 2007). Do ponto de vista metodológico esta métrica pode‐se considerar uma série de indicadores  de políticas de desenvolvimento sustentável (Wesselink et al., 2007).            36  Mais informações em: “Japan For Sustainability” ‐ http://www.japanfs.org/en/, acedido em 26 de Setembro de 2009  37  Mais informações em: “Japan For Sustainability” ‐ http://www.japanfs.org/en/, acedido em 26 de Setembro de 2009  Bem‐estar Natureza  Economia Sociedade Vontade Humana e de Grupos  Vontade individual e de participar  Diversidade 

Sustentar  e  desenvolver  a  diversidade  do  bem‐estar,  sociedade,  economia  e  ambiente

nas actividades sociais

Capacidade e Recursos 

Reconhecer  a  capacidade  social  e  económica  do  ambiente  e  manter  e  desenvolver  os  recursos  de  forma  permanente 

Justiça ao longo do tempo 

Desenvolver  o  bem‐estar  actual sem diminuir o bem‐ estar das gerações futuras 

Justiça ao longo do espaço 

Desenvolver  o  bem‐estar  sem  diminuir  os  outros  aspectos  do  desenvolvimento sustentável

A  primeira  avaliação  numérica  (cálculo  de  teste)  realizada  para  a  sustentabilidade  do  nacional  do  Japão  foi  publicada em 2005, incluindo uma comparação entre a sustentabilidade em 1990 e em 2005. Deste modo, a  nível da Natureza, verificou‐se um aumento da sustentabilidade de 16,4 em 1900 para 24 em 2005. Quanto à  economia, esta sofreu uma grande quebra: de 37,6 em 1990 para 18,2 em 2005. No que concerne a aspectos  da  sociedade,  verifica‐se  uma  diminuição  da  sustentabilidade  de  43,4  em  1990  para  35,4  em  2005.  Relativamente ao bem‐estar, este sofreu um declínio de 67,6 em 1990 para 56,4 em 2005. A nível global, tem‐ se  um  valor  de  33.5  pontos  para  2005  em  relação  a  um  valor  perfeito  hipotético  para  2050  de  100.  A  pontuação  do Japão  em  1990  foi  de  41,3 pontos,  o  que  significa  que a  sustentabilidade  teve  um  declínio  de  19% de 1990 a 200537.      Figura 2.22 ‐ Resultados das quatro áreas de indicadores JFS para 1990 e 2005 (Fonte: Adaptado Japan For  Sustainability37)    Número de países   Limitações, dificuldades e críticas A  JFS  tem  por  objectivo  mostrar  a 

perspectiva  de  sustentabilidade  do  Japão,  sendo  que  a  sua  série  de  indicadores  é  apenas  aplicada  a  este país. 

‐ Com apenas 20 indicadores não se pode medir o progresso de uma  forma  abrangente,  sendo  que  esta  é  sempre  uma  crítica  possível  a  apontar38. 

‐  No  início  do  desenvolvimento  dos  seus  trabalhos,  para  tentar  simplificar,  a  JFS  estudou  a  “visão  de  sustentabilidade”  e  os  indicadores  separadamente.  Disto  resultou  alguma  falta  de  consistência  entre  as  duas  componentes  do  trabalho.  Deste  modo,  num  estágio  mais  avançado,  realizou‐se  uma  revisão  para  fazer  as  alterações necessárias, contudo, segundo alguns participantes, alguns  elementos que eram essenciais perderam o enfoque pelo aumento da  abrangência38. 

Periodicidade/ Publicação 

A  série  foi  calculada  para  1990  e  2005  e  os  seus  resultados  foram  publicados na página de Internet da  JFS (Kobayashi, 2007). 

 

Relativamente à difusão desta métrica na sociedade em geral, a JSF foi fundada com o principal objectivo de  consciencializar os japoneses, contudo, a página de Internet que a organização produziu, atraiu mais a atenção  de  outros países  do  que  do Japão  (a  JFS disponibilizou  informação  em  inglês  para  que  as  suas  iniciativas  em  matéria  de  sustentabilidade  se  tornassem  conhecidas  internacionalmente,  pois  anteriormente  não  existia  informação  em  inglês  disponível  na  Internet  sobre  as  actividades  relacionadas  com  ambiente  e  sustentabilidade do Japão). A comunicação social contribuiu na disseminação da informação e a JFS adquiriu  popularidade  e  recebeu  bastante  feedback 39.  Na  página  de  Internet  anterior  da  organização  havia  uma  iniciativa com objectivos pedagógicos, “Create your own future”, que tinha por objectivo, encorajar as crianças  a  adquirir  conhecimento  acerca  dos  problemas  ambientais  e  a  pensar  e  agir  de  forma  independente  como  resposta.  A  JFS  tem  actualmente  uma  nova  página  de  Internet  onde  publica  a  sua  informação.  Através  de  reedição  e  do  uso  de  referências,  a  informação  é  difundida  a  nível  internacional  e  a  JFS  recebe  inquéritos  frequentes sobre a sustentabilidade do Japão38.            38  Mais informações em: “Japan For Sustainability” ‐ http://www.japanfs.org/en/, acedido em 26 de Setembro de 2009  71 

Relativamente à divulgação desta métrica a nível da tomada de decisão, a página de Internet da JFS é de um  modo geral conhecida entre os governos oficiais, pois estes necessitam de se manter informados das questões  referentes à sustentabilidade. A JFS recebeu um prémio em Dezembro de 2007 pelas suas “Actividades para  Combater o Aquecimento Global”38, o que revela uma tendência crescente da sua influência a nível da tomada  de decisão.    2.6.16. Índice de Vulnerabilidade Ambiental (Environmental Vulnerability Index ‐ EVI)    Para promover a sustentabilidade e desenvolver metas, é importante medir o quão vulnerável é cada aspecto e  identificar formas de aumentar a sua resilência. O Índice de Vulnerabilidade Ambiental (EVI) surgiu em 1999 e  foi elaborado com o objectivo de se utilizar em conjunto com métricas de vulnerabilidade económica e social,  no estudo de processos que podem influenciar negativamente o desenvolvimento sustentável. Estas métricas  fornecem um método padronizado, que permite uma caracterização rápida da vulnerabilidade de forma global  e a identificação de problemas nos três pilares de sustentabilidade (ambiental, social e económico) de um país.  O desenvolvimento é muitas vezes atingido por trade‐offs entre os pilares (SOPAC; UNEP, 2005).   

O  EVI  foi  desenvolvido  inicialmente  pela  SOPAC  para  as  SIDS  (Small  Island  Developing  States),  sendo  depois  expandido  a  outras  ilhas.  Numa  segunda  fase,  foi  testado  em  5  países  e  divulgado  num  workshop  da  UNEP  (Geneva,  2001).  Mais  tarde,  a  sua  metodologia  foi  melhorada  e  reuniram‐se  mais  séries  de  dados,  o  que  conduziu  à  apresentação  de  um  “EVI  preliminar”  na  12ª  Comissão  das  Nações  Unidas  em  Desenvolvimento  Sustentável  (Nova  Iorque,  Abril  de  2004).  Houve  um  segundo  lançamento  nas  ilhas  Fiji  (Outubro  de  2004),  antes  da  sua  apresentação  final  no  Encontro  Internacional  de  Mauritus  (Janeiro  de  2005).  Mais  de  300  especialistas  contribuíram  para  o  seu  desenvolvimento  e  actualmente  o  índice  está  pronto  a  aplicar  a  nível  nacional em todos os países (SOPAC; UNEP, 2005). 

 

Esta  métrica  foi  desenvolvida  sobretudo  pela  SOPAC  (South  Pacific  Applied  Geoscience  Commission)  e  UNEP  (United  Nations  Environment  Programme),  entre  outros,  tais  como  a  AOSIS  (Alliance  of  Small  Island  States),  ISDR (International Strategy for Disaster Reduction), WMO (World Meteorological Organization), CROP (Council  of Regional Organizations in the Pacific) e Universidade de Malta. Os dados provêm essencialmente de fontes  públicas,  reconhecidas,  que  têm  mecanismos  de  controlo  de  qualidade  (e.g.  FAO,  WRI,  WCMC,  NOAA,  entre  outros). Alguns dados são obtidos de fontes nacionais oficiais (SOPAC; UNEP, 2005). 

 

A nível metodológico, este índice baseia‐se na perspectiva de que os bens e serviços de um ecossistema podem  ser  afectados  por  acidentes  naturais  e  humanos.  Os  indicadores  do  EVI  são  "indicadores  inteligentes",  seleccionados  porque  reflectem  a  variedade  de  condições  e  processos  da  vulnerabilidade  ambiental,  minimizando  a  quantidade  de  dados  necessária  e  permitindo  uma  boa  caracterização  da  vulnerabilidade  ambiental.  O  EVI  tem  por  base  50  indicadores:  32  indicadores  de  risco,  8  indicadores  de  resistência  e  10  indicadores que medem o dano. Os 50 indicadores têm igual ponderação e são agregados através de médias  aritméticas,  pois  estas  são  facilmente  compreendidas  e  modelos  mais  complexos,  aparentemente  não  ofereciam  nenhuma  vantagem  para  a  expressão  ou  utilidade  do  índice.  A  escala  para  a  normalização  do  EVI  varia  entre  o  valor  1  (alta  resilência/baixa  vulnerabilidade)  e  7  (baixa  resilência/elevada  vulnerabilidade)  (Böringher & Jochem, 2007; SOPAC; UNEP, 2005).     Esta é pois uma métrica que, do ponto de vista metodológico, se pode considerar compósita, agregada num só  valor (Wesselink et al., 2007). Não inclui aspectos económicos, logo não inclui o PIB e mede a vulnerabilidade  ambiental, que é um aspecto ambiental do desenvolvimento sustentável (Böringher & Jochem, 2007; SOPAC;  UNEP, 2005).   

Os  seus  resultados  incluem  o  índice  composto,  os  sub‐índices  temáticos  politicamente  relevantes  e  os  indicadores  individuais.  Assim,  além  de  mostrar  a  vulnerabilidade  de  uma  forma  global,  este  índice  também  permite identificar problemas específicos (SOPAC; UNEP, 2005). 

73 

Número de países   Limitações, dificuldades e críticas O  EVI  foi  calculado  em  2004 

para 235 países e territórios39. 

‐  É  necessário  ter  80%  dos  dados  totais  para  que  seja  possível  calcular  o  índice, sendo que, a falta de dados pode constituir um impedimento ao seu  cálculo, embora o índice tenha captado com sucesso a natureza e o âmbito  da vulnerabilidade ambiental.  

‐  Este  índice  deve  ser  considerado  em  conjunto  com  um  índice  de  vulnerabilidade  económica  e  de  um  índice  de  vulnerabilidade  social,  pois  só  assim  se  consegue  analisar  as  três  dimensões  da  sustentabilidade.  De  outra forma não fica completo.  

(SOPAC; UNEP, 2005)  Periodicidade/ Publicação 

Propôs‐se  o  seu  cálculo  de  5  em 5 anos, sendo que os seus  resultados  foram  publicados  num  relatório  em  2005  (Böringher  &  Jochem,  2007;  SOPAC; UNEP, 2005). 

 

No que concerne à sua difusão na sociedade, ao longo do desenvolvimento do EVI realizaram‐se workshops,  onde se sugeriu que esta métrica fosse utilizada como ferramenta de consciencialização para as questões de  vulnerabilidade  e  sustentabilidade.  Sugeriu‐se  também  que  esta  métrica  fosse  utilizada  na  actualização  e  melhoria  de  dados  internacionais  (promovendo  a  sua  partilha  e  padronização  e  contribuindo  para  acordos  multilaterais),  assim  como  na  transformação  de  dados  pouco  difundidos  ou  utilizados  (melhorando  a  sua  eficiência)  (SOPAC;  UNEP,  2005).  O  EVI  apresenta  também  potencial  no  que  concerne  à  possibilidade  de  coordenação  das  partes  interessadas,  incluindo  o  governo,  a  sociedade  civil,  as  ONGs,  os  utilizadores  de  recursos  e  os  gestores,  na  identificação  de  responsabilidades  individuais  e  conjuntas  (SOPAC;  UNEP,  2005).  Actualmente, a sua página de Internet40 inclui uma base de dados e permite realizar cálculos do EVI.  

 

A nível da sua difusão na tomada de decisão política, o EVI foi desenhado para alertar os decisores e políticos,  assim  como  apoiar  a  monitorização  e  avaliação  de  acções  políticas.  Contém  muita  informação  num  formato  simples  que  permite  a  identificação  de  vulnerabilidades  ambientais,  sendo  politicamente  relevante  (SOPAC;  UNEP, 2005). 

 

Fornece  perfis  ambientais  que  permitem  a  identificação  de  problemas  prioritários  e  áreas  de  acção  urgente,  incluindo  aqueles  que  não  podem  ser  directamente  influenciados  por  intervenções  humanas  (desastres  naturais e características inerentes), mas para os quais, a vulnerabilidade pode ser compensada pelo aumento  da resilência noutras áreas, permitindo assim o desenvolvimento de políticas que revertam as tendências de  aumento  de  risco  para  o  ambiente.  Foi  desenhado  para  captar  tendências  a  curto‐prazo,  permitindo  a  realização de previsões acerca dos maiores riscos e apoiando a gestão adaptativa (SOPAC; UNEP, 2005).    

Permite orientar a legislação e gestão de recursos com base em trade‐offs e em atingir um balanço sustentável  para os objectivos de desenvolvimento, podendo constituir uma base na alocação de orçamentos, incluindo a  doação  de  fundos  em  áreas  prioritárias  e  fundos  de  assistência,  bem  como  para  lidar  com  problemas  entre  fronteiras (SOPAC; UNEP, 2005). 

 

2.6.17. Série  de  Indicadores  de  Desenvolvimento  Sustentável  da  União  Europeia  (EU  set  of  Sustainable