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UMA SESSÃO DE TREINAMENTO DE FORÇA

CAPÍTULO V

INFLUÊNCIA DO INTERVALO ENTRE AS SÉRIES SOBRE A

PRESSÃO ARTERIAL E VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA

CARDÍACA APÓS UMA SESSÃO DE TREINAMENTO DE FORÇA

EFEITOS AGUDOS DO TREINAMENTO DE FORÇA SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL PÓS- ESFORÇO E VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM HOMENS: INFLUÊNCIA DAS

VARIÁVEIS DA CARGA DE TREINAMENTO

Figueiredo, T, Willardson, JM, Miranda, H, Bentes, CM, Reis, V, Simão, R. Influence of rest interval length between sets on blood pressure and heart rate variability after a strength training session: J Strength Cond Res, submitted, 2015.

CAPÍTULO V. INFLUÊNCIA DO INTERVALO ENTRE AS SÉRIES SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA APÓS UMA SESSÃO DE TREINAMENTO DE FORÇA

CAPÍTULO V. INFLUÊNCIA DO INTERVALO ENTRE AS SÉRIES

SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E VARIABILIDADE DA

FREQUÊNCIA CARDÍACA APÓS UMA SESSÃO DE TREINAMENTO

DE FORÇA

INTRODUÇÃO

O exercício físico tem sido recomendado com uma intervenção comportamental não farmacológica para prevenir e tratar doenças cardiovasculares. O treinamento de força (TF) é um importante componente de um programa de exercícios, e promove reduções agudas na pressão arterial (PA), um fenômeno denominado hipotensão pós-exercício, que pode contribuir no controle da hipertensão arterial e no risco cardiovascular. Uma pequena redução na PA (3mmHg) reduz a possibilidade de infarto agudo do miocárdio, doença arterial coronariana em indivíduos normotensos e hipertensos, desta forma, o TF pode ser uma ferramenta importante para alterar a PA durante uma parte do dia e cronicamente (1,2,5,10).

Estudos prévios examinaram a resposta hipotensiva pós-exercício após sessões de TF realizadas com

diferentes métodos e variáveis como: treinamento em circuito comparado ao treinamento tradicional (19), diferentes números de séries (14), intensidades de carga (15), e ordem dos exercícios (8). No entanto, apenas dois estudos comparam o efeito de diferentes intervalos de descanso entre as séries e os exercícios após sessões de TF com o controle sistemático de variáveis metodológicas que possam interferir no efeito hipotensivo como o número de séries e exercícios, a intensidade da carga e a ordem dos exercícios, o que pode confundir os resultados da resposta hipotensiva pós-exercício (6,21).

De Salles e colaboradores (6) analisaram o efeito de dois intervalos entre as séries e os exercícios (ex. Um minuto e dois minutos) em homens idosos, normotensos, com experiência prévia em TF. Dezessete homens idosos com no mínimo um ano de experiência em TF participaram deste estudo. Após a determinação das cargas para 10 repetições máximas (10RM) para sete exercícios, os sujeitos realizaram duas sessões de TF. No primeiro dia, os voluntários realizaram três séries de 10 repetições por exercício com carga a 70% de 10RM com um ou dois minutos de intervalo entre as séries e exercícios em ordem aleatória. No segundo dia, os procedimentos foram similares, porém com o outro intervalo entre as séries e exercícios. Reduções significativas foram encontradas para pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) em ambas as condições em relação aos valores de repouso. No entanto, não houve diferenças significativas para PAS e PAD entre as condições em qualquer medida. Baseado no cálculo do tamanho do efeito, os autores reportaram que dois minutos de intervalo entre as séries e os exercícios promovem hipotensão pós-exercício por mais tempo.

Além deste estudo, Veloso e colaboradores (21), analisaram três diferentes intervalos entre as séries e os exercícios (ex. Um minuto, dois minutos e três minutos) em homens, jovens, normotensos. Dezesseis homens

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procedimentos foram similares, porém com o outro intervalo entre as séries os exercícios. Não foram encontradas mudanças significativas para PAS e reduções significativas foram encontradas em duas condições (ex. Um e três minutos de intervalo) em relação aos valores de repouso. Por outro lado, não houve diferença na PAS e PAD entre os intervalos em nenhum tempo de medida. Além disso, os autores relataram aumentos significativos na PAS e pressão arterial média (PAM) após sessões realizadas com alta intensidade (ex. 80% de 1RM), independentemente da utilização do intervalo de um ou três minutos entre as séries e os exercícios em homens, jovens, normotensos e destreinados. Em resumo, não há consenso na literatura no que se refere ao intervalo de descanso entre as séries e os exercícios durante uma sessão de TF e sua influência sobre a resposta hipotensiva pós-exercício.

A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é um reflexo das mudanças no sistema nervoso autônomo que exerce influência no coração. O estudo dessa variável é muito importante para verificar a integração do sistema nervoso autônomo e do sistema cardiovascular. Além disso, a redução da VFC em indivíduos aparentemente saudáveis ou após o infarto agudo do miocárdio aumenta o risco de mortalidade (4,22). Existem evidências para demonstrar o papel do exercício aeróbico na melhoria da VFC em pacientes com risco cardiovascular aumentado (3). Por outro lado, até o presente momento, poucos estudos investigaram o efeito do TF sobre a VFC (8,15), e nenhum estudo prévio comparou os efeitos de diferentes intervalos entre as séries e os exercícios do TF sobre a VFC. Este estudo torna-se importante para delinear os efeitos do TF sobre a PA e VFC e pode ajudar o profissional de educação física na escolha da melhor prescrição do TF para indivíduos saudáveis e populações que possuam risco cardiovascular aumentado.

Este estudo é necessário para melhor entendermos a influencia de diferentes volumes de TF no controle da PA e VFC. Até o presente momento, nenhum estudo analisou o efeito das variáveis citadas acima. Essas evidências irão fornecer informações para alternativas em complementar ou substituir o treinamento aeróbico tradicional para a prevenção e tratamento do risco cardiovascular e controle da PA. Desta forma, o objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de um, e dois minutos de intervalo entre as séries e os exercícios em uma sessão de TF sobre a PA e VFC em homens com experiência prévia em TF. Nossa hipótese é que o intervalo mais curto gerará um maior efeito hipotensivo sobre a pressão arterial e redução significativa da VFC.

MÉTODOS

DESENHO DO ESTUDO

A PA e a VFC foram mensuradas antes (após 10 minutos de repouso) e cada 10 minutos, durante 60 minutos após as duas sessões de TF. As medidas de PA e VFC pós-exercício, foram realizadas um minuto após o término da sessão de TF. Os procedimentos para determinação da carga de uma repetição máxima (1RM) ocorreram em quatro dias, com 72 horas de descanso entre as medidas, antes das sessões experimentais. Após a verificação das cargas de 1RM para o supino reto (SR), puxada no pulley alto (PPA), desenvolvimento de ombros (DO), flexão de cotovelo (FC), extensão de cotovelo (EC), leg press (LP), cadeira extensora (CE) e cadeira flexora (CF), os sujeitos realizaram duas sessões de TF com no mínimo 72 horas de intervalo. Na sequência1 (S1) os sujeitos realizaram três séries de oito a 10 repetições com 70% da carga de 1RM e um minuto

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de intervalo entre os exercícios na seguinte ordem: SR, PPA, DO, FC, EC, LP, CE, e CF. Na sequência2 (S2), os indivíduos realizaram o mesmo protocolo, porém com dois minutos de intervalo entre as séries e os exercícios respectivamente. Os procedimentos foram os mesmos com exceção do tempo de intervalo de descanso entre as séries e os exercícios. Antes de iniciarem cada sessão, os participantes foram orientados a não consumir nenhuma bebida com cafeína ou álcool e a manterem seus hábitos alimentares durante o período de estudo.

Sujeitos

Participaram deste estudo onze homens com experiência prévia em TF. As características dos participantes estão na Tabela 1. O programa de TF realizado antes do estudo envolvia séries múltiplas, intensidade moderada para alta, um a dois minutos de intervalo entra as séries e os exercícios com frequência de três vezes por semana.

De acordo com o critério estabelecido pelo Sétimo comitê nacional (5) os critérios a seguir foram adotados para recrutamento dos sujeitos: (a) não fumantes; (b) não portador de doenças metabólicas; (c) ausência de lesões articulares ou ósseas; (d) não ser usuário de qualquer medicação que possa influenciar a resposta cardiovascular. Os sujeitos foram informados sobre os procedimentos do estudo, dos possíveis riscos e benefícios e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Antes do inicio das sessões de TF, os sujeitos foram informados e instruídos a manter suas atividades diárias e hábitos alimentares durante o período de estudo.

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Capítulo V Tabela 1 - Características Físicas e Funcionais dos Sujeitos

Variáveis Media ± Desvio-padrão Número de Sujeitos 11 Idade (anos) 26,1 ± 3,5 Massa Corporal (Kg) 74,1 ± 8,0 Estatura (cm) 172,0 ± 4,0 IMC (Kg/m2) 25,0 ± 1,9 Percentual de Gordura 18,3 ± 6,3 Experiência em Treinamento de força (anos) 1,7 ± 0,8 PAS Repouso S1/S2 (mmHg) 133,9 ± 10,1 / 130,0 ± 9,8 PAD Repouso S1/S2 (mmHg) 72,9 ± 7,1 / 73,5 ± 6,5 PAM Repouso S1/S2 (mmHg) 93,2 ± 7,5 / 92,3 ± 6,8 LFnu Repouso S1/S2 68,8 ± 20,0 / 69,4 ± 25,8 HFnu Repouso S1/S2 35,6 ± 19,0 / 30,6 ± 25,5 RMSSD Repouso S1/S2 33,9 ± 7,9 / 32,2 ± 11,2 1RM Supino Reto (kg) 91,5 ± 16,9 1RM Puxada pela Frente (kg) 94,6 ± 9,7 1RM Desenvolvimento (kg) 27,4 ± 4,9 1RM Flexão de cotovelo (kg) 21,5 ± 2,2 1RM Extensão de cotovelo (kg) 43,6 ± 4,0 1RM Leg press (kg) 178,0 ± 21,4 1RM Cadeira Extensora (kg) 142,9 ± 9,9 1RM Cadeira Flexora (kg) 108,8 ± 19,0

IMC – Índice de Massa Corporal; PAS – Pressão Arterial Sistólica; PAD – Pressão arterial diastólica; PAM – Pressão Arterial Média; S1 – sessão realizada com um minuto de intervalo; S2 – sessão realizada com dois minutos de intervalo; LF- nu – unidades normalizadas de baixa frequência; HF-nu – unidades normalizadas de alta frequência; RMSSD – desvio- padrão das diferenças entre intervalos R-R adjacentes normais; 1RM – uma repetição máxima.

PROCEDIMENTOS

Teste de uma repetição máxima (1RM)

Durante a primeira visita ao laboratório, foram mensuradas a estatura e a massa corporal através de uma balança analógica e de um estadiômetro (Toledo, Brasil), e logo após foi realizado o teste de 1RM. Antes de iniciar o teste, foi realizado aquecimento com 50% da carga prevista para 1RM. Após cinco minutos de repouso, os sujeitos foram encorajados a realizar uma repetição com a maior carga possível. Se a tentativa fosse bem sucedida, a carga era aumentada até que fosse encontrada a carga para 1RM. Após 72 horas, a segunda visita foi realizada, o teste de 1RM repetido, e a maior carga levantada nas duas sessões foi considerada a carga de 1RM. Esses procedimentos foram utilizados para estabelecer a confiabilidade (20).

Os exercícios realizados foram SR, PPA, DO, FC, EC, LP, CE e CF. Os testes de 1RM foram divididos em um período de quatro dias. No primeiro e no terceiro dias SP, CE, FC e CF foram testados e retestados, no

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segundo e no quarto dias PPA, LP, DO e EC foram realizados. Para minimizar os erros durante os testes de 1RM, as seguintes estratégias foram adotadas: a) instruções padronizadas sobre os procedimentos do teste foram passadas aos participantes antes do inicio do teste; b) os participantes receberam instruções padronizadas para a técnica de cada exercício; c) estímulos verbais foram utilizados durante o teste de 1RM; d) a massa de todos os pesos e barras utilizados foi determinada, através de escala. A carga de 1RM foi determinada em no máximo três tentativas, com o intervalo de descanso de cinco minutos entre as tentativas e 10 minutos antes de iniciar os procedimentos para outro exercício. A amplitude de movimento utilizada foi similar a de Simão e colaboradores (20). Os dados dos testes de 1RM foram analisados através do coeficiente de correlação intraclasse (SR r=0,99, PPA r=0,96, DO r=0,98, FC r=0,94, EC r=0,97, LP r=0,97, CE r=0,90 e CF r=0,97) e demonstraram alta confiabilidade.

Sessões de Exercícios

Setenta e duas horas após os testes de 1RM, os sujeitos realizaram uma das duas sequências de

exercícios em um desenho randomizado. A segunda sessão foi realizada setenta e duas horas após a primeira sessão. As duas sessões de TF incluíram os mesmos exercícios, porém realizados com diferentes intervalos entre as séries e os exercícios. S1 foi realizada com um minuto de intervalo entre as séries e os exercícios e S2 foi realizada com dois minutos de intervalo entre as séries e os exercícios. Os exercícios foram realizados em um formato de série e repetições, onde o número de séries prescrito em cada exercício, deve ser realizado antes de passar ao próximo exercício. A ordem dos exercícios utilizada para as sequências foi SR, PPA, DO, FC, EC, LP, CE e CF. O supino reto, DO e FC foram realizados com pesos livres e PPA, EC, LP, CE e CF foram realizados em máquinas da marca Life Fitness – Optima Series – EUA.

O aquecimento para todas as sequências consistiu em uma série com 10 repetições do SR e LP com carga a 40% de 1RM. O intervalo de dois minutos foi realizado após o aquecimento e antes dos indivíduos iniciarem a sequência de exercícios. Todas as sequências foram realizadas com três séries para cada exercício, com cargas de 70% de 1RM, com um ou dois minutos de intervalo entre as séries e os exercícios. Durante as sessões, os sujeitos foram estimulados verbalmente para realizar oito a 10 repetições em todas as séries. Para uma repetição ser válida, deveria utilizar a amplitude de movimento completa, apresentada durante as sessões de teste de 1RM. Durante as repetições não foi dada pausa entre as fases concêntrica e excêntrica e a velocidade foi determinada pelo próprio sujeito. Durante as sessões de treinamento os participantes foram orientados a não realizar manobra de Valsava; o número total de repetições de cada série de cada exercício foi determinado para calcular o volume total (carga x número de repetições realizadas).

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medidas realizadas em repouso com cinco minutos de intervalo entre as medidas, após o indivíduo permanecer 10 minutos em repouso em ambiente tranquilo. Após a sessão de TF a PA foi mensurada a cada 10 minutos, durante um período de 60 minutos em um ambiente calmo, com temperatura entre 20° e 22°C, resultando no total de seis medidas após as sessões de TF.

Medida da frequência cardíaca e variabilidade da frequência cardíaca

Um monitor de frequência cardíaca (Polar RS800cx, Finlândia) foi utilizado por 10 minutos antes da

sessão de treinamento e por 60 minutos após a sessão de treinamento para monitorar a frequência cardíaca e a VFC. Os dados foram salvos no equipamento e baixados para o computador para serem analisados. Após esse procedimento, os dados foram digitalizados no programa Matlab (Matlab versão 6.0 Mathworks - Massachusetts - EUA) para análise no domínio do tempo e no domínio da frequência. A análise espectral no domínio da frequência foi realizada através da transformada de Fourier. Os parâmetros da VFC foram analisados de acordo com os componentes de baixa frequência com unidades normalizadas (LF-nu), que gera informação sobre o sistema nervoso simpático, alta frequência com unidades normalizadas (HF-nu) que gera informação sobre o sistema nervoso parassimpático, e o desvio padrão das diferenças entre intervalos R-R adjacentes (RMSSD), que gera informação sobre a predominância do sistema nervoso simpático ou parassimpático, após a transformada de Fourier e limpeza do sinal (4,22). Os dados foram coletados em repouso, antes e após a sessão de TF. Os sujeitos permaneceram em repouso na posição sentada em ambiente calmo e temperatura controlada entre 20° e 22°C.

Análise estatística

A normalidade dos dados foi analisada através do teste de Shapiro-Wilk e a homedasticidade através do critério de Bartlett. Para as variáveis que tiveram distribuição normal, uma ANOVA de um caminho foi aplicada para comparar os seguintes parâmetros: teste e reteste de 1RM e o número total de repetições realizadas em S1e S2, os valores de repouso da PAS, PAD, PAM, RMSSD, LF-nu e HF-nu. Posteriormente os valores de repouso e pós-exercício foram comparados na sessão e entre as sessões através de uma MANOVA de medidas repetidas. Em todos os casos o post-hoc de Tukey foi aplicado para localizar as diferenças estatisticamente significativas. Além disso, para determinar a magnitude dos achados, o tamanho do efeito (ES – diferença entre as médias pré e pós-teste, dividida pelo desvio padrão pré-teste) foi calculado pelas diferenças padronizadas da média para PAS, PAD, PAM e RMSSD, para todas as sequências de TF. A escala proposta por Rhea (16) para indivíduos recreacionalmente treinados foi utilizada para determinar a magnitude do tamanho do efeito. Os níveis de significância utilizados nas análises foi de p<0,05 e todos os testes foram realizados no SPSS (IBM Corp. Released 2010. IBM SPSS Statistics for Windows, Version 19.0. Armonk, NY: IBM Corp).

RESULTADOS

Todas as variáveis testadas tiveram distribuição normal. Não foram encontradas diferenças

significativas entre o teste e o reteste de 1RM (p>0,05). O volume total para a sessão de TF realizada com um minuto de intervalo entre as séries os exercícios foi de 14667,85± 1257,73 kg, e o volume total para a sessão

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realizada com dois minutos de intervalo foi de 14821,62± 1168,65 kg. O volume total e número de repetições realizadas em cada série de cada exercício não foram diferentes entre S1 e S2, desta forma o volume total de trabalho realizado durante as sequências foi similar (p=0,954).

Não houve diferença para os valores de repouso em ambas as sequências (p>0,05) (Tabela1). Foram encontradas diferenças significativas entre um minuto (S1) e dois minutos (S2) de intervalo apenas aos 20 minutos após exercício para a PAD (p<0,05) (Capítulo V Figura2 e tabela2). Além disso, foram encontradas reduções significativas para a PAD dos 10 aos 40 minutos quando comparados ao repouso na S1 e dos 10 aos 50 minutos quando comparados ao repouso para S2 (Capítulo V Figura2 e Tabela2). Para a PAM, foram encontradas diferenças significativas entre os valores de repouso e dos 10 aos 50 minutos para S1 e dos 10 aos 40 minutos para S2 (p<0,05), sem diferenças significativas entre S1 e S2 em nenhum momento (Capítulo V Figura3 e Tabela2). Para S1 o tamanho do efeito demonstrou apenas um efeito moderado para a PAS, e efeitos grandes para a PAD dos 10 aos 50 minutos, e para a PAM aos 20, 40 e 50 minutos (Capítulo V Tabela2).

Diferenças significativas foram encontradas para HF-nu apenas para S1 aos 10 e 20 minutos após a sessão de TF (Capítulo V Figura 4). Os valores de RMSSD foram reduzidos por 30 minutos após S1 e S2. Porém RMSSD aumentou de forma significativa dos 40 aos 60 minutos após a S1 e aos 60 minutos após S2. O tamanho do efeito demonstrou a maior redução na magnitude do RMSSD aos 20 e 30 minutos especificamente após S1 (Capítulo V Tabela3). Não foram encontradas diferenças significativas em nenhum momento para LF-nu (Capítulo V Figura6).

Capítulo V Figura 1 - Resposta da pressão arterial sistólica para as duas sessões de treinamento de força (média + desvio-

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Capítulo V Figura 2 - Resposta da pressão arterial diastólica para as três sessões de treinamento de força (média + desvio-

padrão)

* Diferença significativa para o repouso na mesma sessão. (p<0,05). † Diferença significativa para 1 minuto na mesma sessão. (p<0,05). ] Diferença significativa entre os grupos (p< 0,05).

Capítulo V Figura 3 - Resposta da pressão arterial média para as duas sessões de treinamento de força (média + desvio-

padrão).

* Diferença significativa para o repouso na mesma sessão. (p<0,05). † Diferença significativa para 1 minuto na mesma sessão. (p<0,05).

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Capítulo V Figura 4 - Resposta da alta frequência para as duas sessões de treinamento de força (média + desvio-padrão).

* Diferença significativa para o repouso na mesma sessão. (p<0,05).

Capítulo V Figura 5 - Índice RMSSD para as duas sessões de treinamento de força (média + desvio-padrão).

* Diferença significativa para o repouso na mesma sessão. (p<0,05). # Diferença significativa para 1 minuto na mesma sessão. (p<0,05).

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