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Para acelerar a interpretação dos dados, os dashboards tornam-se imprescindíveis e necessitam ser colocados no contexto da organização, uma vez que a partir da utilização do dashboard são demonstrados números reais, comparando com o que foi planejado. O

dashboard influencia as decisões dentro de uma organização em um contexto geral, em

qualquer área em que está sendo utilizado, pois apresenta dispositivos especializados de visualização para definir e comparar a evolução, atuando de forma consistente no controle interno das organizações e no seu planejamento (Turban et al., 2009).

Segundo Pinto (2007), no planejamento estratégico da organização, o dashboard funciona como um sistema que monitora a gestão estratégica, o sistema de comunicação do controle de gestão e o instrumento de gestão. Um dos objetivos do dashboard é atrair a atenção dos gestores para indicadores que influenciem o desempenho das organizações e que, assim, se possa mostrá-los para sua equipe, por meio de uma fonte visível e acessível de informação, o que irá forçá-los a estabelecer metas mensuráveis e aprimorar a transparência administrativa, considerando que todos irão refletir sobre seus objetivos (Pinto, 2007).

Em conformidade ao exposto, Kaushik (2010) descreve que, com a utilização dos

dashboards, a percepção de todos os envolvidos na organização frente ao processo

decisório torna-se ágil, fácil e com menor risco para erros. Os gestores selecionam o que desejam monitorar e com quem, e se desejam compartilhar, dinamizando a comunicação interna e corporativa por meio dessas informações, pois os dados são visualizados em

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uma única tela, de forma a possibilitar a visualização de todos os indivíduos, e todos os setores passam a acessar as informações e processos de maneira interligada (Kaushik, 2010).

Sallam et al. (2015) relatam que, para haver monitoramento de indicadores e métricas, é necessário a construção de um dashboard eficaz, desta maneira, o conhecimento dos objetivos que a organização deseja alcançar é imprescindível, para que a construção dessa ferramenta (dashboard) personalizada, seja de fácil acesso e reduza os desperdícios.

Com a utilização dessa ferramenta, evitam-se tarefas manuais na elaboração e manutenção de relatórios e planilhas gerenciais, direcionando os esforços para outras áreas da organização (Sallam et al., 2015). Uma das formas de utilização dessa ferramenta é a apresentação de algumas métricas relacionadas à gestão de pessoas em que está a valorização do potencial humano, possibilitando favorecer o desenvolvimento profissional das equipes, melhorar o clima organizacional e colaborar para a atração e retenção de talentos (Kaushik, 2010).

Em consonância com o exposto, Andra (2006) ressalta a importância da construção de ferramentas que tornem o processo de decisão mais ágil, que auxiliem na qualidade dos processos internos e auxiliem os gestores de pessoas em decisões mais concisas relacionadas ao seu capital intelectual.

Nesse sentido, o dashboard pode ser utilizado como ferramenta de gestão, realizando a análise da concorrência e considerando que esta é, na sua forma mais simples, uma representação gráfica de dados, pois, com a compilação de todas as informações, há um ganho na qualidade dos processos internos, na tomada de decisões, e, através de uma visão mais abrangente, é possível refazer as rotinas, tornando a organização mais ágil e eficaz, corrigindo possíveis falhas, identificando as tendências no mercado de trabalho (Kaushik, 2010).

Com a correção das falhas, ocorre ganho na qualidade dos processos, aumento na produtividade e, como consequência, redução do stress, pois o dashboard auxilia a

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organização como um todo a reduzir incertezas através de informações precisas (Kaushik, 2010). No processo de análise, é necessário que a solução para os problemas seja imediata, e, para tanto, o dashboard emite sinais de alerta, favorecendo, assim, o acompanhamento do processo com maior frequência (Resnick, 2006).

Andra (2006) também menciona a facilidade no fluxo de informações estratégicas e informações personalizadas para o negócio dentro e fora da empresa com a utilização dos

dashboards, sendo possível obter e reforçar uma cultura de informação, pois o

compartilhamento de conhecimento deve ser constante, útil e efetivo. Considerando essa facilidade no fluxo de informação, a gestão empresarial é favorecida como um todo, permitindo melhores resultados e gerando, assim, diferencial competitivo. O BI é uma ferramenta promissora se implantada de forma correta e com eficiência, pois suas funcionalidades e melhorias são percebidas por todos os envolvidos, tornando-se uma vantagem competitiva para a organização (Inácio, 2017).

Kaushik (2010) relata que um dos melhores jeitos de economizar dinheiro é utilizando a inteligência artificial, pois, por meio do dashboard, ocorrerá o compartilhamento de dados e o gerenciamento das metas da equipe, proporcionando, assim, uma empresa mais eficiente e eficaz, estimulando a participação dos colaboradores na gestão da organização, fomentando a capacitação contínua de membros e colaborador, aumentando a produtividade e auxiliando na utilização de uma forma eficiente dos recursos alocados.

Inácio (2017), menciona que utilizar dashboard é uma das formas mais seguras para dinamizar o trabalho de gestão de um determinado departamento ou da empresa de uma forma geral, a otimização do tempo gerado utilizando o dashboard é considerável, ao mesmo tempo tem-se acesso as informações de forma clara e concisa sobre assuntos específicos, em uma única tela, visto que são dados realmente relevantes naquele determinado momento, os dados são atualizados em tempo real e de forma automática, dispensando a utilização de profissionais para atualização, com isso otimiza-se o tempo disposto para aquela tarefa. O Quadro 2.3 mostra o modelo conceitual do dashboard relatado acima, conforme Turban et al. (2009); Pinto (2007); Kaushik (2010); Sallam et al. (2015); Andra (2006); Resnick (2006) e Inácio (2017).

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Quadro 2.3

Modelo conceitual do dashboard

Quantidades As influências com a utilização dos dashboards

1. Dashboard: as influências nos negócios

2. Planejamento estratégico

3. Transparência administrativa

4. Percepção dos colaboradores frente ao processo decisório

5. Comunicação interna corporativa

6. Monitoramento de indicadores e métricas

7. Redução do desperdício

8. Valorização do capital humano

9. Correção de falhas e qualidade nos processos

10. Análise da concorrência

11. Funcionalidades e melhorias percebidas com o uso do business intelligence e aumento da produtividade

12. Identificação de tendências

13. Facilidade no fluxo de informações estratégicas e informações personalizadas

14. Diferencial competitivo

15. Compartilhamento de dados e gerenciamento de metas da equipe

16. Participação dos colaboradores na gestão da organização

17. Impulsiona o desempenho da equipe e fomenta na capacitação contínua

18. Eficiência dos recursos alocados

Fonte: Adaptado do modelo de Turban et al. (2009); Pinto (2007); Kaushik (2010); Sallam et al. (2015); Andra (2006); Resnick (2006); Inácio (2017)

Dessa maneira, percebe-se que as influências dos dashboards são inúmeras dentro das organizações, auxiliando na redução de desperdícios, na comunicação corporativa, na agilidade do fluxo das informações, agindo como diferencial competitivo, trabalhando na correção de falhas e na melhoria da qualidade dos processos, entre outros.

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