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38 Informação por segmentos secundários

No documento Relatório Financeiro 2005 Janeiro - Junho (páginas 38-46)

Banca Comercial

O conjunto da Banca Comercial do Grupo Santander obteve um resultado antes de impostos de 2.991 milhões de euros, que implicam um crescimento de 51,2% face ao primeiro semestre de 2004, ou de 33,8% excluindo o Abbey, com um bom comportamento, tanto na Europa Continental como na América Latina.

A Banca Comercial na Europa Continental mantém no trimestre a tendência de crescimento em volumes e resultados. Dentro destes últimos, a margem financeira aumenta 13,4% face ao primeiro semestre de 2004, o resultado de exploração fá-lo em 18,5% e o resultado antes de impostos em 37,7%, com todas as unidades (Rede Santander Central Hispano, Comercial Banesto, Santander Consumer, Comercial Portugal e Banif) a crescer a bons ritmos (de dois dígitos no resultado de exploração e resultados).

São quatro as notas a destacar que, com carácter geral, permitem estes fortes aumentos de resultados: os crescimentos em actividade, maiores créditos, ainda que também em recursos de clientes; uma melhor gestão de

preços numa conjuntura de taxas mais estável, que está a permitir uma estabilização dos diferenciais; o controlo dos custos, onde se destaca a Rede Santander Central Hispano e Portugal, e as menores dotações necessárias para insolvências de créditos, dada a elevada qualidade dos activos e a cobertura atingida.

As operações da Banca Comercial do Abbey contribuíram para o Grupo com proveitos de 1.519 milhões de euros, um resultado de exploração de 443 milhões de euros e um resultado antes de impostos de 344 milhões de euros.

A Banca Comercial na América Latina apresenta também um bom comportamento dos resultados, com base nos fortes crescimentos da actividade com clientes, na boa evolução das margens financeiras e comissões, e nas menores necessidades de dotações para créditos, o que se reflecte em aumentos de 13,6% na margem comercial, de 23,8% no resultado de exploração e de 24,9% no resultado antes de impostos, todos em euros.

Janeiro - Junho 2005

Áreas operativas Banca Comercial

Variação (%) Variação (%)

Jan-Jun 05 Total Sem Abbey Jan-Jun 05 Total Sem Abbey

Resultados

Margem financeira 5.342 31,93 9,97 5.113 38,79 13,42

Resultados por equivalência patrimonial 15 (25,17) (32,42) 15 (39,37) (45,25)

Comissões líquidas 2.885 26,12 7,10 2.371 27,64 6,74

Actividade de seguros 399 405,93 37,29 — — —

Margem comercial 8.640 34,27 9,15 7.499 34,73 10,93

Resultados líquidos de operações financeiras 979 110,97 68,46 510 174,46 69,89

Produto bancário 9.619 39,43 13,14 8.009 39,24 12,84

Serv. não financ. (liquido) e outros result. de exploração 98 8,70 (10,06) 106 7,02 (10,03)

Custos de transformação (4.551) 44,78 6,74 (3.987) 42,95 6,45

Custos com pessoal (2.747) 38,82 5,69 (2.450) 38,97 5,53

Gastos gerais (1.803) 54,90 8,53 (1.537) 49,78 8,02

Amortizações (475) 21,36 1,97 (440) 23,07 2,08

Resultado de exploração 4.691 35,81 19,63 3.689 36,37 20,01

Imparidade (634) (14,78) (36,11) (636) (5,10) (28,79)

Outros resultados (49) (14,17) 92,32 (62) 8,74 115,77

Resultado antes de impostos 4.008 51,08 33,71 2.991 51,21 33,81

Magnitudes do negócio

Total activo 719.031 97,59 20,32 573.119 148,35 26,54

Crédito a clientes 390.310 105,83 19,21 364.031 128,43 25,36

Depósitos de clientes 292.457 79,90 12,61 258.647 101,39 16,22

Resultados e actividade segmentos secundários Milhões de euros

O crescente peso do negócio com clientes em todos os países devido ao forte desenvolvimento comercial realizado nos passados trimestres reflecte-se, com carácter geral, em significativos aumentos na sua margem comercial, resultado de exploração e resultado antes de impostos.

No quadro que se segue, aprecia-se como os três países principais aumentam, em conjunto, a sua produto bancário (em euros) em 16,5%, crescimento que aumenta para 22,5% o resultado de exploração e que se mantém no resultado antes de impostos (+23,5%).

Gestão de Activos e Seguros Banca Wholesale Global

Variação (%) Variação

Jan-Jun 05 Total Sem Abbey Jan-Jun 05 (%)

Resultados

(33) — 60,92 262 (26,68) Margem financeira

— (100,00) (100,00) — (100,00) Resultados por equivalência patrimonial

290 29,21 8,40 223 8,94 Comissões líquidas

399 405,93 37,29 — — Actividade de seguros

656 114,06 18,79 485 (13,71) Margem comercial

23 577,93 488,53 447 62,36 Resultados líquidos de operações financeiras

678 119,10 23,89 932 11,27 Produto bancário

(0) — — (8) (28,77) Serv. não financeiros (liquido) e outros result. de exploração

(299) 149,42 1,46 (265) 12,98 Custos de transformação

(138) 87,92 (1,98) (159) 11,67 Custos com pessoal

(161) 247,23 6,93 (106) 15,02 Gastos gerais

(9) 3,32 (7,03) (26) 3,47 Amortizações

370 102,09 38,53 633 11,70 Resultado de exploração

(0) — — 2 — Imparidade

9 — — 4 198,83 Outros resultados

379 108,14 44,24 638 29,45 Resultado antes de impostos

Magnitudes do negócio

8.087 29,36 29,36 137.825 8,63 Total activo

249 (33,39) (33,39) 26.030 (12,93) Crédito a clientes

23 13,80 13,80 33.787 (0,97) Depósitos de clientes

Resultados e actividade segmentos secundários Milhões de euros

Produto Resultado de Resultado

bancário exploração antes de impostos

Jan-Jun 05 Var. (%) Jan-Jun 05 Var. (%) Jan-Jun 05 Var. (%)

Europa Continental 4.018 11,01 2.302 18,53 1.892 37,71

dos quais: Espanha 3.007 8,48 1.721 15,75 1.471 32,07

Portugal 451 12,93 216 28,67 175 63,05

Reino Unido (Abbey) 1.519 — 443 — 344 —

América Latina 2.472 15,94 944 23,77 755 24,93

dos quais: Brasil 914 16,48 292 12,41 223 19,16

México 573 12,58 205 9,30 175 (0,85)

Chile 410 22,41 213 61,05 151 86,13

Total Banca Comercial 8.009 39,24 3.689 36,37 2.991 51,21

Banca Comercial. Resultados Milhões de euros

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Informação por segmentos secundários Janeiro - Junho 2005

Patrimonio Var. (%) s/ gerido Jun. 04

Espanha 73.432 4,09

Restante Europa Continental 5.371 12,01

Reino Unido (Abbey) 1.602 —

América Latina 20.237 40,23

Total* 100.642 12,11

* Sem Abbey: +10,3%

Fundos de investimento. Junho 2005 Milhões de euros

Patrimonio Var. (%) s/ gerido Jun. 04

Espanha 7.611 13,08

Restante Europa Continental 980 13,98

Reino Unido (Abbey) 14.698 —

América Latina 16.205 27,34

Total* 39.495 94,40

* Sem Abbey: +22,1%

Fundos de pensões. Junho 2005 Milhões de euros

Gestão de Activos e Seguros

O resultado antes de impostos do segmento atinge os 379 milhões de euros no primeiro semestre de 2005 (+108,1% em relação a igual semestre de 2004; +44,2% sem incluir a contribuição do Abbey). Os activos geridos em fundos de investimento e pensões atingem os 140.000 milhões de euros (+12% em doze meses e antes do Abbey), e os passivos por contratos de seguros aproximam-se dos 46.000 milhões (correspondendo 83% ò Abbey).

Gestão de Activos. O negócio global de fundos de investimento e de pensões integrado no Santander Asset Management gerou no primeiro semestre um volume total de comissões de gestão para o Grupo de 937 milhões de euros, 21,6% superior ao de igual período do passado ano (+10,7% sem o Abbey). Deduzidas as comissões cedidas às redes de distribuição e os custos de exploração, o resultado antes de impostos elevou-se aos 184 milhões de euros, 35,9% superior ao do primeiro semestre de 2004.

Em Espanha, o Santander Asset Management gere, no fecho de Junho, mais de 73.000 milhões de euros em fundos e sociedades de investimento, o que o situa como líder destacado no sector (quota de 26,1% em fundos de investimento mobiliários e imobiliários segundo a Inverco). No semestre, de destacar a contratação de quase 4.000 milhões de euros em fundos garantidos (Superselecção Acções 1, 2 e 3) e de 271 milhões em fundos de rendimento variável. Este último valor representa 56% da captação líquida da indústria neste tipo de fundos, situando a nossa gestora como a de maior aumento.

Também se reforçou a liderança em inovação com novos produtos adequados às necessidades dos nossos clientes. Assim, a gama de fundos "conceito" completou-se com fundos que investem tanto em Espanha (Small Caps Espanha) como em fundos de fundos internacionais (Selecção Rendimento Fixo).

Em gestão alternativa, a Optimal elevou o seu património para os 3.700 milhões de euros após um aumento inter anual de 34%, o que confirma a preferência dos investidores pelos fundos de fundos de gestão alternativa. Em fundos imobiliários, também se reforçou a liderança em captação,

com um aumento líquido no semestre de cerca de 600 milhões de euros, o que situa o seu património sob gestão em mais de 3.000 milhões com uma quota de 56%.

Em relação a este desempenho, o Santander Asset Management foi galardoado como "Melhor Gestora em Espanha" pelo Thomson Financial, numa sondagem anual em que participam 7.000 clientes e quase 2.000 profissionais de 70 países.

No que se refere aos planos de pensões em Espanha, o volume gerido no fecho do semestre supera os 7.600 milhões de euros, 13% mais que em Junho de 2004. Em planos individuais, que registam um crescimento de 12% nos últimos doze meses, o Grupo mantém a liderança, com uma quota de mercado de 17%.

Em Portugal, os fundos de investimento e os planos de pensões aumentam em relação a Junho de 2004 em 12% e em 14%, respectivamente. A estratégia de crescimento em fundos de investimento permitiu ao Santander Asset Management Portugal situar-se como a segunda gestora do mercado com uma quota superior a 18%.

Na América Latina, o património gerido em fundos de investimento eleva-se a 19.500 milhões de euros, 20% mais que em Junho de 2004 sem efeito taxa de câmbio, com notáveis crescimentos em todos os países. Esta evolução é o resultado de uma estratégia diferenciada por países que combina o conhecimento dos mercados e as necessidades locais com o aproveitamento das capacidades globais em gestão e desenvolvimento de produtos de elevado valor acrescentado.

Por países, destaca-se o México com um aumento de 31% sem efeito taxa de câmbio, que situa o seu património nos 5.600 milhões de euros. Nos últimos doze meses elevou acentuadamente as suas quotas de mercado em termos de património (+248 p.b.) e de proveitos (+420 p.b.), ascendendo ao segundo lugar no mercado. Características como a rápida reacção com produtos adequados às conjunturas de mercado, os fundos de gestão dinâmica e um conhecimento profundo do produto por parte da rede de balcões situam o Santander Asset Management México como uma das gestoras com maior potencial do país.

O Brasil, cujo volume gerido aumentou 15% em termos inter anuais, sem taxas de câmbio, para os 9.900 milhões de euros, concentrou o seu alvo no segmento retalhista. O sucesso dos lançamentos no primeiro semestre de fundos garantidos a um e dois anos reforçou o carácter inovador das gestoras do Grupo e elevou a quota de mercado no segmento minoritário para cerca de 8% no último ano. Em complemento, lançou novos fundos especializados para a banca privada que completam a gama do Santander Asset Management Brasil, concretamente os denominados Multimercado.

No Chile, onde o Grupo continua a ser líder em fundos garantidos com uma quota de 53%, em particulares e banca privada, completou-se a gama de rendimento variável com o lançamento de fundos especializados (Acções Selectas, Retail & Consumo). A quota total de mercado situa-se em cerca de 21%.

Porto Rico apresentou um forte crescimento do seu património para cerca de 27% sem efeito taxa de câmbio. A Argentina consolidou a sua evolução em fundos de rendimento fixo o que permitiu quase duplicar o seu património sem efeito taxa de câmbio nos últimos doze meses.

No que diz respeito aos planos de pensões na América Latina, o património conjunto gerido atingiu os 16.200 milhões de euros, com um aumento de 17% sem efeito taxa de câmbio, após ter aumentado em todos os países.

Seguros. O negócio gerido pelas companhias seguradoras do Grupo apresentou no primeiro semestre um resultado antes de impostos de 195 milhões de euros (+316,4% em termos inter anuais; +68,3% sem o Abbey), uma vez desembolsadas as comissões de distribuição às redes. Incluídas estas, o total de proveitos líquidos gerados pela actividade seguradora do Grupo ascendeu a 833 milhões de euros, superior em 164,1% ao de 2004 (+31,3% sem o Abbey), apoiada na capacidade de distribuição dos bancos do Grupo e numa gestão de banca de seguros diferenciada por países.

Em Espanha, o Santander Seguros manteve a tendência de crescimento do seu negócio estratégico de banca de seguros e ampliou a sua capacidade de comercialização com a incorporação de dois novos canais (Hispamer e UCI), que se associam ao canal principal da rede do Banco Santander

Central Hispano. No primeiro semestre, a sua contribuição total para o Grupo, incluindo comissões e resultado antes de impostos da companhia, ascendeu a 92 milhões de euros, 20% superior ao de igual período de 2004. Os prémios totais emitidos no semestre aumentaram 43% em termos inter anuais, destacando-se a individualização no produto estratégico de desemprego (+72%) e na venda de produtos não vinculados a operações de activo (+40%). Com esta evolução, associada à do Banesto Seguros, o Grupo Santander em Espanha atinge a sua posição natural no mercado, consolidado entre os líderes nos seus dois produtos chave, vida-risco individual e lar.

Em Portugal, a estratégia do Santander Seguros combina a distribuição de seguros de risco relacionados com operações de crédito com os seguros de capitalização-poupança. No semestre, iniciou-se a comercialização do primeiro produto de vida-risco não vinculado ao crédito. Em actividade, destaca-se o crescimento de 29% em comparação com 2004 dos prémios vinculados a créditos e de 27% do resultado antes de impostos, incluídas as comissões de comercialização.

No Reino Unido, a actividade seguradora do Abbey apresenta no segundo trimestre um aumento da actividade em relação ao trimestre anterior. Em termos concretos, as vendas de produtos de investimento duplicaram face ao primeiro trimestre, em parte devido ao vencimento e renovação de um produto estruturado, e em parte devido ao lançamento de novos produtos garantidos. Também a produção de seguros de protecção e de seguros gerais, muito relacionados com a actividade hipotecária, aumentaram em 11% e 4% face ao trimestre anterior, embora ainda em níveis inferiores aos registados na primeira metade de 2004.

Na América Latina o grupo continuou a desenvolver no semestre a sua estratégia de crescimento na distribuição de seguros através dos bancos locais. Sustentados nos produtos ligados aos créditos, avançou-se na comercialização de produtos de banca de seguros não vinculados através de ofertas personalizadas aos nossos clientes (em produtos de vida, automóvel e lar). Por países, de destacar o Brasil, o México, o Chile, a Argentina e a Venezuela, com um avanço conjunto em resultados gerados de 51%, sem efeito da taxa de câmbio.

Produto Resultado de Resultado

bancário exploração antes de impostos

Jan-Jun 05 Var. (%) Jan-Jun 05 Var. (%) Jan-Jun 05 Var. (%)

Fundos de investimento 131 22,13 87 27,01 88 26,69

Fundos de pensões 158 16,04 97 43,84 96 45,54

Seguros 390 484,69 186 294,61 195 316,40

dos quais: Abbey 295 — 116 — 116 —

Total Gestão de Activos e Seguros 678 119,10 370 102,09 379 108,14

Gestão de Activos e Seguros. Resultados Milhões de euros

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Informação por segmentos secundários

Banca "Wholesale" Global

O resultado antes de impostos ascendeu a 638 milhões de euros no primeiro semestre de 2005, 29,5% superior ao de igual período de 2004. Este crescimento é consequência de um aumento dos proveitos em linha com o dos custos, o que implica um crescimento do resultado de exploração de 11,7%, e das menores necessidades de saneamento.

Em relação ao primeiro semestre de 2004, o conjunto de proveitos aumenta em 11,3% impulsionado pela maior actividade com clientes e as mais valias realizadas, e com uma menor contribuição da operação por conta própria nas tesourarias latino-americanas (decréscimo de 63 milhões de euros na produto bancário). Dentro destes proveitos, destacam-se os provenientes dos negócios de maior valor acrescentado com clientes (banca de transacções, trade finance, custódia, banca de investimento, tesouraria de clientes e rendimento variável) que já atingem os 432 milhões de euros em conjunto, com um aumento de 14,8% em termos inter anuais.

Os custos apresentam um crescimento de 12,0% relativamente ao primeiro semestre de 2004. Nesta evolução incide o efeito da expansão e o lançamento de projectos, como o Santander Global Connect e o Santander Global Markets, principalmente na Europa (+12 milhões de euros). Por último, de destacar as menores necessidades de saneamento devido ao menor impulso do financiamento básico.

Esta evolução da área, e em especial dos seus proveitos de maior valor acrescentado, é uma mostra da consolidação do modelo de negócio da Banca "Wholesale" Global construído com base num vector duplo de produto-cliente.

No vector cliente, a Banca "Wholesale" Global implementou

em 2003 o Modelo de Relação Global que fornece uma gestão global por produto e geografia aos principais clientes da área corporativos e institucionais do Grupo. O Modelo está a conseguir atingir os seus objectivos de crescimento de proveitos nos produtos de maior valor e de globalidade geográfica graças à existência de equipas globais integradas por um responsável global, responsáveis locais nos mercados em que opera o cliente e especialistas de produtos.

No primeiro semestre, a produto bancário do Modelo de Relação Global atinge os 242 milhões de euros, após um aumento dos proveitos pelo terceiro trimestre consecutivo. Dentro destes, a evolução dos produtos de valor acrescentado contraria a descida dos proveitos provenientes do financiamento básico. A elevada liquidez disponível nas grandes companhias e a redução generalizada das margens no financiamento explicam esta tendência.

O vector produto é constituído por 3 grandes áreas de produto:

1) Produtos Corporativos. Integra o financiamento básico, a banca de transacções, o trade finance e a custódia. Na sua evolução, de destacar o crescente peso dos produtos de transacções, do trade finance e da custódia, cujos proveitos aumentaram 8,4% em termos inter anuais face à queda mencionada dos proveitos de financiamento básico.

2) Banca de Investimento. Compreende as actividades de soluções de financiamento (financiamentos estruturados ou "project finance", sindicados, origem de rendimento fixo) e as actividades de corporate finance. O conjunto dos seus proveitos aumentou 6,1% em termos inter anuais.

Janeiro - Junho 2005

Modelo de negócio da Banca “Wholesale” Global

Vector produtos Vector cliente Modelo de Relação Global Restantes clientes Produtos corporativos Banca de Investimento Mercados

Em soluções de financiamento destacam-se as seguintes operações no trimestre: em financiamentos estruturados, a Petrobras no Brasil (900 milhões de dólares), oito parques eólicos e três mini-centrais da Enel y Unión Fenosa (250 milhões de euros) e um centro comercial em Cartagena; em sindicados, operações com a Endesa, Heineken, Iberdrola, Urbaser e Ebro Puleva, por um valor conjunto superior aos 6.000 milhões de euros.

Em corporate finance, o Grupo continuou a dar mostras do seu conhecimento sectorial e liderança nos mercados domésticos em que opera. De destacar no trimestre: a emissão de preferenciais da Unión Fenosa; a assessoria aos accionistas vendedores e ao management no secondary MBO da Pepe Jeans; a assessoria à Fagor na aquisição do ElcoBrandt, líder francês em electrodomésticos; e a assessoria à Ercros na compra da divisão química da Uralita, entre outras operações.

3) Mercados: Incorpora as actividades de rendimento variável e das tesourarias. Em conjunto, esta área apresenta um aumento dos seus proveitos de 13,5% relativamente a igual período do passado ano, apresentando diferentes evoluções em função da natureza dos mesmos.

A evolução mais favorável corresponde aos proveitos provenientes de negócios com clientes (rendimento variável, venda de produtos de tesouraria a clientes) que apresentam um aumento de 24,1% em termos inter anuais, e que se somam às contribuições por vendas de participações. Pelo contrário, a actividade de tesouraria por conta própria diminui devido à evolução das tesourarias latino-americanas já mencionadas. O Brasil e o Chile concentram as descidas devido ao impacto das maiores taxas de juro e dos elevados proveitos registados no primeiro trimestre de 2004.

Analisando a evolução dos diferentes negócios que compõem a área de Mercados, o Rendimento Variável elevou os seus proveitos em 10,4% inter anuais, consolidando a liderança em intermediação em Espanha (12% de quota com o Banesto Bolsa) e em Portugal (2º, quota de 13%). Esta evolução também se reflectiu na melhoria dos principais rankings do sector, tanto na Península Ibérica (melhor casa de análise de rendimento variável para Espanha e Portugal da Thomson Extel) como na América Latina (2º do ranking ponderado por activos da Institutional Investor).

A Tesouraria Europa manteve durante o segundo trimestre a boa evolução do trimestre anterior, apoiada no negócio com clientes e nas posições próprias.

Em Espanha, destaca-se o crescimento sustentado dos resultados com clientes impulsionados pelo Santander

Global Connect, o nosso projecto de soluções de gestão de risco para clientes da rede comercial, e pelo Santander Global Markets, que desenvolve produtos estruturados de tesouraria para clientes institucionais e corporativos. Em complemento, durante o primeiro semestre aumentou-se a capacidade de estruturação e reforçaram-se as equipas de vendas de clientes. Em Portugal, o negócio de clientes registou um forte crescimento impulsionado pela actividade de derivados e originação com clientes corporativos, o que ratifica o sucesso da implementação do Santander Totta Global Connect.

Por seu lado, a Tesouraria de Nova Iorque também melhorou os seus resultados contribuindo com soluções para os clientes corporativos, institucionais e de retail. Para o efeito, tira partido do conhecimento e da liderança do Santander nos mercados latino-americanos.

Na América Latina, o Santander continua a constituir a tesouraria de referência em todos os mercados. A crescente coordenação das tesourarias locais com Madrid e Nova Iorque permite aumentar a oferta de soluções globais aos clientes e a geração de vendas cruzadas.

O Brasil continuou a captar boas oportunidades de negócio com clientes, principalmente no segmento "wholesale", beneficiando também de um bom segundo trimestre em "market making". No México a tesouraria concentrou os seus esforços na actividade com clientes. Os resultados melhoraram relativamente ao primeiro trimestre, principalmente devido à evolução da operação com clientes e mercados. O Grupo mantém a liderança como criador de mercado de rendimento fixo e no Mercado Organizado de Derivados (MEXDER).

O Chile mantém os seus bons resultados, ocupando as primeiras posições nos rankings de divisas, swaps de taxas de juro e rendimento fixo local. Começou a sua implementação de um novo sistema para transacções de dólares por Internet, único no mercado e cujo objectivo é chegar directamente aos clientes com preços on-line. A Argentina mantém no segundo trimestre os seus bons resultados em clientes e em trading. Ocupa uma muito boa posição na operação de divisas com clientes, enquanto

No documento Relatório Financeiro 2005 Janeiro - Junho (páginas 38-46)

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