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a 2 anos# ambos côm freqüência de 22,35% Observou-se en tre esses grüpos hiómero mais freqüente de sujeitos : com

5.1.3 Informações previas acerca da gravidez

a) Informações sobre gravidez, adquiridas pelos sujeitos, antes do casamento

Quanto às informações sobre gravidez, antes do casamento, a maioria dos sujeitos, €5,89% da amostra, não soube especificar os conhecimentos que possuía a respei - to. Apenas 34,11% especificaram as informações que pos suiam. Isto significa que os homens, de um modo geral,p'o£ suem poucas informações ou informações elementares sobre

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o assunto, resultados estes referidos por PIKUNAS , se gundo o quai; os indivíduos estão despreparados para o casamento.

Quanto aos motivos que levaram os sujeitos a pro curarem informações, temos; necessidade de esclarecimento e/ou de i n f o m a ç ã o e/ou de segurança. Aqui# parece que o motivo ünico era o de sentirem segurança frente â situa­ ção de gravidez, através da aquisição de conhecimentos-e£ pecificos. Isto parece concordar com GONÇALVES^^ , citan­ do Bion, o qual refere que as pessoas sentem inseguran­ ça quândo desconhecem a situação e por isso se sentem in capazes de controla-la.

b) Fontes e motivos para a busca de informações acerca de gravidez «

■^Entre os que não procuraram informações, repre - sentados por 54,12% da amostra, prevaleceram aqueles com a escolaridade de 19 grau incompleto. Isto parece confir mar a referência de CAPLAN^^ ,o qual diz que, quanto mais baixo o nível de conhecimento, menor ê a percepçio do pro blema. Portanto, menos da metade da amostra, 45,88%, pro curou informar-se e,desses, por ordem decrescente de fre qtiência, procuraram parentes e conhecidos, livros e o u ­ tras pessoas, livros e revistas e, por fim, cursos. Veri­ fica-se, também, que os mecanismos formais são os mais

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utilizados pelos sujeitos possuidores do 39 grau completo ou incompleto de escolaridade. Será então que esses meca­ nismos de informação não são acessíveis para a população de um modo geral ? E, então, s5 lhe resta recorrer aos pa rentes e conhecidos como o ünico recurso capaz de forne­ cer as informações desejadas? .

c) Freqüência e avaliação dos ctirsos de noivos

Entre os sujeitos que freqüentaram o curso de noivos, representados por 57,65% da amostra, nota-se xama diversidade de opiniões referentes ã avaliação do curso. Dos 8,23% que avaliaram negativamente, a maioria possuia o 39 grau completo ou incompleto de escolaridade. Esta a-

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valiação parece corroborar os dados de PIKÜNAS , quan do refere que os cursos de noivos geralmente têm sido in suficienteé. Verificou-se, ainda, que o grupo dos que pos suem o 39 grau dé èscoláridade |irocurou informações atra­ vés de livrós e revistas, o que denota que os cursos de nóivos talvez tenhaiíi ofereòido ménos informações do que os meios àntes procurados, ou seja, o curso não lhes adi­ cionou conhecimentos alêm dos anteriormente adquiridos a- travês de meios formais de informações.

Já 44,71% da amostra avaliaram positivamente o curso de noivos, portanto a maioria. Porem, esta avalia - ção não deve ser considerada quanto ã sua validade ou ní­ vel, pois ela depende dos conhecimentos prévios sobre o assunto possuídos pelos sujeitos. Ela pode ter ocorrido porque os respondentes possuíam conhecimentos vagos a res peito do assunto e, assim, qualquer informação adicional, por mais elementar que fosse, poderia ter sido avaliada como positiva.

, CIüLLA^^ afirma que os cursos dè noivos geral - mente são insuficientes porque são ministrados de forma râpidá e imediatamente antes dò casamento, não proporcio­ nando reál formação para o desempenho do papel familiar.

ÍEÍm nosso meio, os cursos de noivos são ofereci -

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dos principálmente por instituições religiosas e nos mol-

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deá èemelhantés aos referidos por CIULLA e, por isso,os seus resultados merecem estudos mais aprofundados.

Õ ideai seria que âá Õrientações sobre o cresci­ mento e desenvolvimento dos indivíduos,, com seus princi - pais envolvimentos, fossem fornecidos concomitantemente ã sua educação, por meios formais e informais. Mas o que se observa ë que os pais, muitas vezes, transferem essa res­ ponsabilidade para as escolas, e estas geralmente enfocam mais a parte de conhecimentos referentes ã biologia, sem dar muita ênfase ã parte relacionada ao homem como ^ ser biopsicossocial, pertencente a xima sociedade onde, normal^ mente, ao atingir a fase adulta enfrenta o casamento com todos os seus envolvimentos, mudanças, adaptações e res - ponsabilidades.

d) Época do planejamento do número de filhos

Dos representantes da amostra, 62,05% pensaram planejar o número de filhos que desejavam ter; e destes,a

maioria o fez durante o periodo de noivado/ mesmo que os sujeitos tivessem gasto pouco tempo em namoro e noivado.

Isto parece acontecer com mais freqüência, atual mente, dêvido â disponibilidade de métodos anticoncepcio­ nais, que possibilitam o planejamento da prole.

e) Número de filbos desejados

Pelos resultados obtidos,' 37,65% da amostra pia nejaram tér 2 filhos; e 17,64%, 3 filhos; ou seja, houve prêvalericia dos que preferem ter 2 filhos. Isto coincide

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com a citaçao de RENER , baseado no censo de 1970, cuja média dos casais brasileiros, em regiões urbanas, é ter 2

a 3 filhos.

f) Motivos do planejamento do número de filhos

O fator econômico foi citado por 25,89% da amos tra como sendo o principal motivo do planejamento do nume ro de filhos; seguindo em ordem decrescente, temos â cons telação familiar, citada por 23,53% da amostra, e o fator educacional, citado por 11,76% da amostra. Isto parece es

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tar de acordo com RENER , quando refere que o número i- deal de filhos ê determinado pelos condicionamentos do meio social com os quais a familia interage e se estrutu­

conômicas é sòciais do meio onde ela estã inserida. Pare­ ce põrtanto que, talvez, a baixa renda mensal e o baixo nível de escolaridade tenham sido os motivos de os suje^ tos desta pesquisa terem planejado dois filhos ou não te­ rem feito o planejamento familiar; pois, dos que querem ter 2 filhos, a maioria gânha de 1 a 3 salários mínimos , e, dos que não planejaram o numero de filhos, a metade possui o 19 gtan incompleto. Já a maioria dos universitá­ rios, que planejaram o niómero de filhos que desejam ter, preferem ter de 3 a 4 filhos.

Associando-se o nível de escolaridade com a ren da mensal, parece que os achados deste trabalho estão de acordo com a citação de COHEN^^ , o qual relaciona co mo motivo do planejamento do niômero de filhos o intuito de atender, entre outras, a demanda econômica.

5.1.4 Percepções e experiências do casal vivenciadas