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/ bastante irreal A centralização de vivências pode ocor­

3. MATERIAL E MÉTODO

Neste capítulo, procurou-se descrever o tipo de

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pesquisa escolhido, a caracterização do local da pesquisa, os critérios utilizados para a seleção da amostra, a ma neira pela qual se procurou proteger os direitos humanos dos sujeitos, as etapas seguidas na elaboração do instru­ mento para a coleta de dados, e os procedimentos seguidos na coleta e na análise dos dados.

3.1 Tipo de pesquisa*

Optou-se por pesquisa exploratôrio-descritivo e retrospectiva. Exploratória porque, dada a escasse^S de li teratura a respeito de percepções e experiências vivência das pelos homens do nosso meib,durante a gravidez de suas mulheres,pareceu-nos ser o tipo mais adequado para se pes quisar o tema em questão.E,retrospectiva porque,frente ãs possibilidades de tempo e recurso da pesquisadora,este pa receu ser o mais exeqüível,pois,com apenas uma entrevista

apôs o parto e em tempo relativamente curto» poder-se-ia le vantar os dados da população amostrai, atendendo ao obje­ tivo proposto.

3.2 Caracterização do local da pesquisa

O local escolhido pára a presente pesquisa foi u ma maternidade particular, que possui oitenta e cinco lei

tos e atende a uma média de quatrocentos partos mensais. Esta escolha foi proposital, considerando-se as razões 11^ gadas ao objetivo da pesquisa, e levando-se em conta os seguintes fatores;

a) grande freqüência no atendimento de primipa - ras;

b) grande freqüência de visita dos maridos,duran te o internamento das mulheres na maternidade;

c) diversidade de níveis sôcio-econômicos das

gestantes atendidas, devido ã variedade de convênios que » a instituição mantém;

d) facilidade de acesso da pesquisadora àquela instituição.

Na assistência à mulher durante os períodos de gestação, parto e puerpêrio, a referida maternidade segue o sistema de atendimento comum às maternidades do nosso meio, o que pode ser observado através da rotina de aten dimento. A assistência prê-natal ê realizada, também, na

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própria instituição, que conta com consultórios para esse fim. A consulta das gestantes ê feita pelos médicos; e al. guns deles ainda ministram aulas e orientam sofare o parto psicoprofilãtico . Não emprega enfermeira obstétrica no a tendimento pré-natal. Quanto â rotina de internação, a parturiente, ao chegar a maternidade, é examinada pelo mé dico de plantão, o qual, após fazer o diagnóstico de tra balho de parto, solicita a internação ou orienta a gestan te para voltar mais tarde, se for o casò. Se a parturien­ te é internada, a enfermagem prepara-a para o parto e a encaminha para a sala de pre-parto ou ao seu leito, en­ quanto o marido faz a internação junto ã secretária da ma ternidade. Durante o período de pré-parto, o controle da parturiente é feito pelos acadêmicos de medicina e/ou de enfermagem, sob a supervisão dos professores responsáveis e pelos médicos da maternidade. O parto ê-realizado pela equipe obstétrica, não sendo incluída na rotina a presen­ ça do marido na sala de parto. O atendimento ao recém-na£ eido ê feito no berçário,*que funciona conforme a rotina dos pediatras pertencentes ao quadro da maternidade,isto é, a criança recebe os cuidados da equipe de saúde e não da mãe. Excepcionalmente, o alojamento conjunto ê estabe­

lecido quando o pediatra da criança solicita, e isto ocorre com clientes particulares. Em relação ao atendimen to das puêrperas, segue a mesma rotina tanto para as con- veniadas como para as particulares. A rotina para a visi­ ta dos familiares tem horário restrito para as convenia - das e livre para as particulares.

3.3 População -• amostra

A população desta pesquisa representa todos os maridos de primiparas que as visitaram na maternidade es colhida. A amostra, em nümero de oitenta e cinco, ê repre sentada por todos os maridos que participaram da pesquisa e cujas esposas primiparas dèram à luz naquela maternida de nó período entre 10/08/80 e 30/09/80.

A localização dos sujeitos da amostra foi feita através de entrevistas com as primiparas internadas. En­ tretanto, a inclusão dos sujeitos na amostra sõ era con --

firmada no inicio da entrevista com os sujeitos; conforme se observa no ANEXO V, através da pergunta: "O senhor jâ foi pai alguma vez"? Caso a resposta fosse afirmativa, o sujeito era excluído. Portanto, os sujeitos componentes da amostra obedeceram aos seguintes critérios para a in­ clusão:

a) indivíduos que dissessem estarem sendo pais pela primeira vez, e cujas mulheres fossem primiparas;

b) indivíduos que fossem ã maternidade para visl^ tar suas mulheres, as quais deram à luz no período entre 10/08/80 e 30/09/80;

c) indivíduos que aceitassem participar da pes - quisa apôs receberem as devidas explicações.

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3.4 Proteção dos direitos humanos

Apôs estabelecer um "rapport", conforme ANEXO II, com os sujeitos, foi-lhes informado sobre o objetivo da pesquisa, sua contribuição para ajvidar os futuros pais e a importância da colaboração dos mesmos para sua realiza­ ção. Foi-lhes dito que seria mantido o anonimato dos par ticipantes em relação ãs respostas, e que por isso pode - riam expressar livremente as experiências vivenciadas du rante a gravidez e o parto de suas mulheres. Mostrou - se também o formulário onde seriam, registrados os relatos

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verbais e que não constava dele qualquer item referente à

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identificação do respondente.

O consentimento dos sujeitos, para participarem da pesquisa, foi dado livremente através de sua manifesta ção verbal.

^ ^ Instrumento para coleta de dados

O instrumento utilizado foi o "FORMULArIO DE EN TREVISTA DE MARIDOS DE PRIMÍPARAS INTERNADAS EM UMA MATER NIDADE DE CURITIBA" (ANEXO V ) . A escolha da técnica de entrevistas teve a justificativa pelo objetivo proposto relacionado à identificação, através de relatos verbais , das percepções e das experiências vivenciadas pelos mari dos durante a primeira gravidez e parto de sua mulher.

0 instrumento foi desenvolvido pela autora da pre