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7.3 Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais Classes de Consumo:

Residencial; Industrial; Comercial; Rural; Poder público; Iluminação pública; Serviço público; e Consumo próprio

A partir do Artigo 5º da Resolução ANEEL 414 de 9 de setembro de 2010, fez-se um breve resumo sobre as características de cada uma das classes de consumo (o texto a seguir não é uma transcrição literal do referido artigo, mas sim um resumo baseado nesse artigo, com o objetivo de tornar o tema claro e compreensível ao leitor deste Formulário):

A classe residencial caracteriza-se pelo fornecimento à unidade consumidora com fim residencial, sendo subdividida em:

I – residencial;

II – residencial baixa renda;

III – residencial baixa renda indígena; IV – residencial baixa renda quilombola; e

V – residencial baixa renda benefício de prestação continuada da assistência social – BPC.

A classe industrial caracteriza-se pelo fornecimento à unidade consumidora em que seja desenvolvida atividade industrial, conforme definido na Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, assim como o transporte de matéria-prima, insumo ou produto resultante do seu processamento, caracterizado como atividade de suporte e sem fim econômico próprio, desde que realizado de forma integrada fisicamente à unidade consumidora industrial.

A classe comercial, serviços e outras atividades caracterizam-se pelo fornecimento à unidade consumidora em que seja exercida atividade comercial ou de prestação de serviços, sendo subdividida em:

I – comercial;

II – serviços de transporte, exceto tração elétrica;

III – serviços de comunicações e telecomunicações; IV – associação e entidades filantrópicas; V – templos religiosos;

VI – administração condominial: iluminação e instalações de uso comum de prédio ou conjunto de edificações; VII – iluminação em rodovias: solicitada por quem detenha concessão ou autorização para

administração em rodovias;

VIII – semáforos, radares e câmeras de monitoramento de trânsito, solicitados por quem detenha concessão ou autorização para controle de trânsito; e

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

A classe rural caracteriza-se pelo fornecimento à unidade consumidora que desenvolva atividade relativa à agropecuária, incluindo o beneficiamento ou a conservação dos produtos agrícolas oriundos da mesma propriedade, sujeita à comprovação perante a distribuidora, considerando-se as seguintes subclasses:

I – agropecuária rural: localizada na área rural, cujo consumidor desenvolva atividade relativa à agropecuária, incluída a conservação dos produtos agrícolas e o fornecimento para:

a) instalações elétricas de poços de captação de água, para atender propriedade rural com objetivo agropecuário, desde que não haja comercialização da água; e

b) serviço de bombeamento de água destinada à atividade de irrigação.

II – agropecuária urbana: localizada na área urbana e cujo consumidor desenvolva atividade relativa à agropecuária, observados os seguintes requisitos:

a) a carga instalada na unidade consumidora deve ser predominantemente destinada à atividade agropecuária; e

b) o titular da unidade consumidora deve possuir registro de produtor rural, expedido por órgão público ou outro documento hábil que comprove o exercício da atividade agropecuária.

III – rural residencial: localizada na área rural, com fim residencial, utilizada por trabalhador rural ou aposentado nesta condição, incluída a agricultura de subsistência;

IV – cooperativa de eletrificação rural: atividade relativa à agropecuária, que atenda os requisitos estabelecidos na legislação e regulamentos aplicáveis, ou outra atividade na mesma área, desde que a potência disponibilizada seja de até 45 kVA;

V – agroindustrial: independente de sua localização, que se dedicar a atividades agroindustriais, em que sejam promovidos a transformação ou beneficiamento de produtos advindos diretamente da agropecuária, mesmo que oriundos de outras propriedades, desde que a potência disponibilizada seja de até 112,5 kVA;

VI – serviço público de irrigação rural: localizada na área rural em que seja desenvolvida a atividade de bombeamento d'água, para fins de irrigação, destinada à atividade agropecuária e explorada por entidade pertencente ou vinculada à Administração Direta, Indireta ou Fundações de Direito Público da União, dos Estados, DF ou dos Municípios; e

VII – escola agrotécnica: localizada na área rural, em que sejam desenvolvidas as atividades de ensino e pesquisa direcionada à agropecuária, sem fins lucrativos, e explorada por entidade pertencente ou vinculada à Administração Direta, Indireta ou Fundações de Direito Público da União, dos Estados, DF ou dos Municípios.

VIII – aquicultura: independente de sua localização, que se dedicar a atividade de cultivo de organismos em meio aquático e atender, no caso de localizar-se em área urbana, cumulativamente, aos seguintes requisitos:

a) a carga instalada na unidade consumidora deve ser predominantemente destinada à atividade aquicultura; e

b) o titular da unidade consumidora deve possuir registro de produtor rural, expedido por órgão público ou outro documento hábil, que comprove o exercício da atividade de aquicultura.

A classe poder público caracteriza-se pelo fornecimento à unidade consumidora solicitado por pessoa jurídica de direito público que assuma as responsabilidades inerentes à condição de consumidor, incluindo a iluminação em rodovias e semáforos, radares e câmeras de monitoramento de trânsito, exceto aqueles classificáveis como serviço público de irrigação rural, escola agrotécnica, iluminação pública e serviço público, considerando-se as seguintes subclasses:

I – poder público federal;

II – poder público estadual ou distrital; e III – poder público municipal.

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A classe iluminação pública, de responsabilidade de pessoa jurídica de direito público ou por esta delegada mediante concessão ou autorização, caracteriza-se pelo fornecimento para iluminação de ruas, praças, avenidas, túneis, passagens subterrâneas, jardins, vias, estradas, passarelas, abrigos de usuários de transportes coletivos, logradouros de uso comum e livre acesso, inclusive a iluminação de monumentos, fachadas, fontes luminosas e obras de arte de valor histórico, cultural ou ambiental, localizadas em áreas públicas e definidas por meio de legislação específica, exceto o fornecimento de energia elétrica que tenha por objetivo qualquer forma de propaganda ou publicidade, ou para realização de atividades que visem a interesses econômicos.

A classe serviço público caracteriza-se pelo fornecimento exclusivo para motores, máquinas e cargas essenciais à operação de serviços públicos de água, esgoto, saneamento e tração elétrica urbana ou ferroviária, explorados diretamente pelo Poder Público ou mediante concessão ou autorização, considerando-se as seguintes subclasses:

I – tração elétrica; e

II – água, esgoto e saneamento.

A classe consumo próprio caracteriza-se pelo fornecimento destinado ao consumo de energia elétrica das instalações da distribuidora.

ii. condições de competição nos mercado

As distribuidoras de energia elétrica, conforme já comentado anteriormente, atuam por meio de concessões públicas a regiões específicas do país, não havendo uma competição direta entre as diversas distribuidoras. O risco que uma distribuidora atualmente enfrenta é a saída de consumidores de sua base de clientes, em razão de algumas características desses consumidores, que os classificam como “potencialmente livres” ou “consumidores especiais”, conforme segue:

Consumidores Potencialmente Livres

Consumidores potencialmente livres são consumidores com uma demanda contratada acima de 3,0 MW que estão conectados em redes de distribuição da Companhia a um nível de voltagem de 69 kV, ou mais, a partir de 8 de julho de 1995. Para os conectados antes de 8 de julho de 1995, são potencialmente livres somente os que possuem demanda contratada acima de 3,0 MW conectados a um nível de voltagem de 69 KV ou mais.

O número de consumidores potencialmente livres da Companhia é relativamente pequeno, pois grande parte dos consumidores com demanda acima de 3,0 MW já migraram para o Mercado Livre. Estes consumidores representaram aproximadamente 7 grandes unidades consumidoras que correspondem uma média contratada de 30 MW no ano.

Consumidores Especiais

Consumidores especiais são consumidores com uma demanda contratada entre 500 KW e 3,0 MW, conectados em redes de distribuição das controladas da REDE ENERGIA em qualquer nível de voltagem, e que podem ser atendidos por geradores hidrelétricos, eólicos, solares ou que utilizem biomassa em seu processo de produção de energia e que possuem potencia injetada na rede de até 30,0 MW. Esses consumidores, quando atendidos por tais fontes, possuem desconto na tarifa de uso da rede de distribuição de 50% ou 100%. Este subsídio é distribuído pela ANEEL para pagamento pelos demais consumidores cativos das distribuidoras, nos processos de reajuste tarifário das distribuidoras, conforme legislação vigente no Brasil.

d) eventual sazonalidade

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e) principais insumos e matérias primas, informando:

i. descrição das relações mantidas com fornecedores, inclusive se estão sujeitas a controle ou regulamentação governamental, com indicação dos órgãos e da respectiva legislação aplicável

As empresas distribuidoras de energia podem repassar aos seus consumidores cativos através de suas tarifas de distribuição os custos de aquisição de energia elétrica comprada para venda (1) de acordo com contratos bilaterais livremente negociados entre as partes, celebrados até 16/03/3004;

(2) custos de energia comprada de Itaipu; (3) preços de energia comprada em leilões públicos e (4) custos de energia comprada de geração distribuída conectada diretamente à sua rede de distribuição.

De acordo com a Lei n° 10.848, de 15 de março de 2004, as negociações de compra e venda de energia elétrica serão realizados em dois mercados:

ACR – Ambiente de Contratação Regulada, no qual as distribuidoras adquirem a energia necessária para atendimento de seus consumidores cativos por meio de leilão público, que inclui a contratação de energia elétrica pelas empresas de distribuição por meio de leilões para o atendimento a todo o seu mercado; e

ACL – Ambiente de Contratação Livre, que inclui a compra e venda de energia livremente negociada por geradores, consumidores livres e comercializadores.

De acordo com a Lei n° 10.848, o procedimento de leilões públicos para o fornecimento de energia para o ACR não se aplica à energia gerada por:

Empreendimentos de geração distribuída com capacidade instalada até 30 MW, tal como PCHs e outras usinas de geração conectadas diretamente ao sistema da distribuidora;

Geradoras enquadradas na primeira fase do PROINFA; Itaipu; ou

Contratos bilaterais celebrados antes do sancionamento da Lei n° 10.848.

Uma vez que a compra de energia para os consumidores cativos passou a ser realizada no ACR, a contratação entre partes relacionadas (self-dealing), por meio da qual as distribuidoras podiam atender até 30% de suas necessidades de energia por meio da energia adquirida de empresas afiliadas, não é mais permitida, exceto no contexto dos contratos que foram devidamente aprovados pela ANEEL antes da promulgação da Lei n° 10.848, ou em função de leilões de energia onde empresas afiliadas atuarem concomitantemente como vendedoras e compradoras, num processo competitivo.

Para minimizar os efeitos de perdas resultantes dos consumidores potencialmente livres escolhendo se tornar consumidores livres, distribuidoras pode reduzir a quantidade de energia contratada com as geradoras existentes antes da promulgação da nova Lei do Novo Modelo do Setor, no valor exato do volume de energia que eles não irão mais distribuir aos consumidores livres.

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