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VERSUS AMÉRICA LATINA – REGIÃO ANDINA

2 A PARTICIPAÇÃO DOS EUA NO COMBATE ÀS DROGAS NA REGIÃO ANDINA E SEU CONCEITO DE SEGURANÇA

2.3 A INICIATIVA ANTIDROGAS DO ANO FISCAL

Em fevereiro de 2002, o presidente Bush solicitou US$979,80 milhões para a Iniciativa Andina Regional (ARI), com US$731 milhões para assistência antidrogas sob a ACI. (LARRY STORRS, K., SERAFINO, Nina M, agosto, 2003, p. 3).

Os EUA, mediante a ACI, oferecem assistência aos países produtores de cocaína e heroína na região andina com a finalidade de diminuir a demanda em seu país. Além disso, têm o interesse de proteger os oleodutos de dois grandes produtores de petróleo na região

andina, a Venezuela e o Equador, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que fornecem quantidades significativas de petróleo para os EUA.

Segundo o Relatório LARRY STORRS, K., SERAFINO, Nina M, de agosto de 2003, as quantias aproximadas atribuídas a cada país foram:

Colômbia: US$597,30 milhões em financiamento para a IRA, o que inclui US$433 milhões em financiamento da ACI e US$93 milhões em FMF para o treinamento e equipamento de uma brigada do exército colombiano, com a finalidade de proteger a jazida de petróleo do país. A isso se acrescenta o Suplemento Emergencial de US$105,10 milhões, consistindo US$34 milhões para a ACI, US$34 milhões dos fundos do Departamento de Defesa (DOD) para interdição e atividades antidrogas e para financiar totalmente o programa FMF, do qual US$20 milhões poderiam ser transferidos da conta da ACI, além de outro montante de US$17,10 milhões em FMF.

Bolívia: US$132,60 milhões em financiamentos para IRA, incluindo US$91 milhões em ACI, com US$49 milhões em interdição e erradicação, US$41,70 milhões em alternativas de desenvolvimento. Além disso, a Bolívia recebeu US$18,50 milhões para financiar o programa de sobrevivência e saúde infantil, US$12,20 milhões em assistência ao desenvolvimento, US$10 milhões em fundos de ajuda econômica e US$1 milhão em FMF.

Brasil: US$22,2 milhões em financiamento para a IRA, que inclui US$6 milhões na ACI, e o restante em financiamento de programas de aplicação da lei. Além disso, o Brasil recebeu US$9,80 milhões para o programa, sobrevivência e saúde infantil e US$6,40 milhões em ajuda ao desenvolvimento.

Equador: US$54,50 milhões em financiamento para a IRA, que inclui US$30,90 milhões em ACI, consistindo de US$15 milhões para programas de interdição e aplicação da lei e US$15,90 milhões para alternativas de desenvolvimento. Além disso, o país recebeu US$7,10 milhões em ajuda ao desenvolvimento, US$15,50 milhões em apoio econômico e US$1 milhão em FMF.

Panamá: US$13,40 milhões em financiamento da IRA, incluindo US$4,50 milhões em ACI, composto em grande parte do controle das fronteiras e programas de aplicação da lei. Além disso, o Panamá recebeu US$4,90 milhões em assistência ao desenvolvimento, US$3 milhões no financiamento de apoio econômico e US$1 milhão na FMF.

Peru: US$176,20 milhões em financiamento para a IRA, que incluem US$128,10 milhões em financiamento da ACI, com US$59,50 milhões em assistência antidrogas e US$68,60 milhões para o desenvolvimento alternativo. Além disso, quase US$22 milhões em financiamento para a Sobrevivência e Saúde Infantil, US$16,30 milhões em ajuda ao desenvolvimento e US$9 milhões em fundos de ajuda econômica, e mais de US$1 milhão em financiamento da FMF.

Venezuela: US$2,60 milhões (pediu US$8,50 milhões) em financiamento IRA, incluindo US$2,10 milhões em ACI, que consistem em programas de aplicação da lei e da administração da justiça. A Venezuela também recebeu US$500.000 em fundos de ajuda econômica.

2.4 A INICIATIVA ANTIDROGAS DO ANO FISCAL 2004

Em fevereiro de 2003 o presidente Bush solicitou a FY2004, composta de US$990,70 milhões para a IRA, incluindo o financiamento militar para a Colômbia. Desse montante solicitado, US$731 milhões seriam para a Iniciativa Andina Antidrogas (ACI), US$133,50 milhões para o FMF e com o restante do fundo financiariam programas de desenvolvimento econômico e de saúde (LARRY STORRS, K., SERAFINO, Nina M, agosto, 2003, p. 6).

Segundo o Relatório de LARRY STORRS, K., SERAFINO, Nina M, em agosto de 2003 o montante atribuído a cada país é distribuído da seguinte forma:

Colômbia: O montante total solicitado foi de US$573 milhões, dos quais US$463 milhões para ACI, consistindo de US$150 milhões para desenvolvimento alternativo, assistência humanitária e desenvolvimento institucional, e US$313 milhões para interdição de

drogas e programas de erradicação. O pedido total também incluiu US$110 milhões em FMF, e US$1,60 milhões em Educação e Treinamento Internacional Militar (IMET).

Bolívia: A administração solicitou US$91 milhões em fundos ACI, consistindo de US$42 milhões para o desenvolvimento alternativo, assistência humanitária e de desenvolvimento institucional, e US$49 milhões para a interdição de drogas e programas de erradicação. O pedido total também incluiu US$4 milhões na FMF e US$900.000 em IMET.

Brasil: A administração solicitou US$12 milhões em fundos ACI, particularmente nas forças de interdição de drogas e programas no fortalecimento da lei, US$500.000 em IMET. Além disso, recebeu US$12 milhões na sobrevivência e saúde infantil e US$8,20 milhões em ajuda ao desenvolvimento.

Equador: A administração solicitou US$35 milhões em fundos ACI, consistindo de US$15 milhões para o desenvolvimento alternativo, assistência humanitária e de desenvolvimento institucional e US$20 milhões para a interdição de drogas e programas de erradicação. O pedido total também incluiu US$15 milhões na FMF, US$650.000 em IMET, US$300.000 em sobrevivência e saúde infantil, US$7,10 milhões em assistência ao desenvolvimento e US$14 milhões em fundos de apoio econômico.

Panamá: A administração solicitou US$9 milhões em fundos ACI, especialmente em interdição de narcóticos e programas no fortalecimento da lei. O pedido total também incluiu US$2,50 milhões em FMF, e US$200.000 em IMET, US$5,70 milhões em ajuda ao desenvolvimento e US$3,50 milhões em fundos de apoio econômico.

Peru: A administração solicitou US$116 milhões em fundos ACI, consistindo de US$50 milhões para o desenvolvimento alternativo, assistência humanitária e desenvolvimento institucional e US$66 milhões para a interdição de drogas e programas de erradicação. O pedido total também inclui US$2,50 milhões na FMF e US$700.000 em IMET. O governo acrescentou um pedido de US$16,70 milhões em sobrevivência e saúde infantil, US$15,30

milhões em assistência para o desenvolvimento e US$9 milhões no fundo de segurança econômica.

Venezuela: A administração solicitou US$5 milhões em fundos ACI, especialmente em interdição de narcóticos e programas para fortalecer a lei e US$700.000 em IMET. Além disso, recebeu US$500.000 em fundos de apoio econômico.

Este projeto ressalta o destinado em FMF para a Colômbia (que subsidia recursos para o treinamento, armamento, empréstimo das aeronaves e fundos para a infraestrutura destinada ao Exército, às brigadas das forças especiais, à marinha e à força aérea) em comparação com os outros países, com o objetivo de apoiar as operações para combater as agrupações guerrilheiras e proteger o oleoduto do país.