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INQUÉRITO ÀS ESCOLAS: O QUE DIZEM OS PROFESSORES

No documento Avaliação do Plano Nacional de Leitura (páginas 30-42)

Dimensões de análise e aplicação

Um dos instrumentos fundamentais desenvolvidos para a avaliação regular do PNL nas escolas, de forma extensiva e quantificável, é um inquérito por questionário dirigido a todas as escolas regis- tadas no Plano.

O inquérito abrange um conjunto alargado de dimensões, entre as quais: as actividades desen- volvidas pelas escolas no âmbito do PNL; as entidades participantes nessas actividades; o envol- vimento de professores e alunos; a presença no processo das bibliotecas escolares e da Rede de Bibliotecas Escolares; a participação dos pais; o modo de organização e planeamento das actividades; o grau de concretização das mesmas e as dificuldades enfrentadas; os resultados e impactes; a percepção quanto ao acompanhamento por parte da coordenação do PNL; e ainda, uma opinião de ordem geral quanto ao PNL, no que concerne à sua importância para o país e às suas orientações e propostas. Pode consultar-se no Anexo I a versão integral do inquérito.

A primeira aplicação deste instrumento dirigiu-se aos jardins-de-infância e escolas com 1.º e 2.º ciclos, tendo o universo de referência sido constituído pelas 7567 escolas que, no ano lectivo de 2006/2007, se registaram no Plano. O pedido de preenchimento do inquérito, estruturado para resposta on-line, foi feito por e-mail dirigido às escolas em Junho de 2007, ou seja, no final do ano lectivo. A resposta foi assegurada pelo professor de contacto para o PNL em cada escola, ao qual foi solicitada a prévia recolha, junto dos colegas, dos dados e informações objecto de inquirição.

Nesta primeira edição de teste respondeu uma proporção muito significativa de escolas: 2699, o que corresponde a uma taxa de resposta de 35,6%.

Quadro 3.1

Inquérito às Escolas: população e amostra

Fonte: CIES-ISCTE, Avaliação do PNL, Inquérito às Escolas, 2007.

As escolas inquiridas apresentam uma distribuição, segundo as principais variáveis de caracteri- zação, muito semelhante à do universo (Quadro 3.1). Seja quanto à distribuição regional, à tipologia de escola, ou mesmo à natureza da escola (público / privado), observam-se apenas pequenos desvios em algumas categorias, os quais não comprometem a adequada representação das principais variáveis. O único aspecto a assinalar tem a ver com as escolas pertencentes à RBE, com um peso ligeiramente mais elevado na amostra.

Tipologia EB1 3415 045,1 1198 044,4 EB1,2 0243 000,0 0291 000,0 EB1/JI 1158 015,3 0415 015,4 EB2 1819 020,3 0687 020,3 EB2,3 3539 047,1 1258 039,6 Total 7567 100,0 2698 100,0 Total 7566 100,0 2699 100,0 Privado/Público Privado 3126 041,7 1136 041,3 Público 7440 098,3 2663 098,7 Total 7566 100,0 2699 100,0 Pertença à Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) Pertence à RBE 1918 025,3 1865 032,0

Não pertence à RBE 5648 074,7 1834 068,0

EB2,3/ES 3167 040,9 1131 031,1 EBI 3165 040,9 1030 031,1 EBI/JI 3129 040,4 1010 030,4 EBM 3121 040,0 1021 030,0 ES/EB3 3123 040,0 1025 030,2 ESA 3121 040,0 1020 030,0 JI 2098 027,7 1696 025,8 Outra 3169 042,2 1046 031,7 Região Alentejo 0505 006,7 0203 007,5 Algarve 0242 003,2 0292 003,4 Centro 1856 024,5 0696 025,8 Lisboa 1839 024,3 0686 025,4 Norte 3124 041,3 1022 037,9 Total 7567 100,0 2699 100,0 População % Amostra %

Actividades realizadas

Um dos principais objectivos deste inquérito é conhecer as actividades desenvolvidas pelas escolas, no âmbito do Plano Nacional de Leitura.

Figura 3.1

Actividades realizadas nas escolas no âmbito do PNL

Fonte: CIES-ISCTE, Avaliação do PNL, Inquérito às Escolas, 2007.

Os resultados mostram que, no decorrer no ano lectivo 2006/2007, praticamente todas as escolas realiza - ram actividades relacionadas com o Plano, com particular destaque para a leitura em sala de aula que, nos níveis de ensino em análise (jardim-de-infância, básico 1 e básico 2), abrangeu mais de 95% das escolas (Figura 3.1).

%

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Leitura em sala de aula

Ilustração/expressão plástica

Dramatizações, fantoches, etc. Actividades de escrita relacionadas com os livros – com preenchimento de fichas de leitura Actividades de escrita relacionadas com os livros – com registo nos cadernos diários Actividades de escrita relacionadas com os livros – com outros registos

Recitais de poesia Encontro(s) com escritor/ilustrador/outros convidados

Concursos/prémios/jogos

Feira(s) do livro

Outras actividades

Visitas de estudo relacionadas com os livros lidos Actividades de escrita relacionadas com os livros – com uso de instrumentos online

Jardins-de-infância Básico 1 Básico 2

95,7 97,6 96,0 69,4 91,0 91,5 60,6 79,0 90,3 90,3 75,0 12,9 77,4 74,5 6,0 65,7 69,9 60,0 50,6 35,4 33,9 58,9 32,9 24,9 72,9 30,2 23,2 68,9 29,3 29,4 39,7 21,2 29,8 26,9 18,3 29,9 28,3 18,1 5,9

Além da leitura em sala de aula, outras actividades surgem com forte expressão. A nível dos jardins- de-infância e do 1.º ciclo, quase todas as escolas declararam ter realizado actividades como a ilustração / /expressão plástica e as dramatizações. As práticas de escrita relacionadas com os livros são pouco expressi- vas nos jardins-de-infância, mas a sua presença aumenta substancialmente no 1.º ciclo e, sobretudo, no 2.º ciclo. Neste nível de ensino, a maioria das escolas organizou ainda outro tipo de actividades, como concursos e outros jogos, feiras do livro e encontros com escritores e outros convidados.

O âmbito em que se inserem as várias actividades é predominantemente lectivo, especialmente no caso nos jardins-de-infância. No básico 1 e, de forma ainda mais marcada, no básico 2, outros tempos da vida escolar são utilizados para a concretização de acções relacionadas com o PNL, nomeadamente ou- tras actividades curriculares e mesmo não curriculares. Exemplos disso mesmo são as feiras do livro e os concursos / jogos (básico 2), ou a leitura em sala de aula (básico 1 e básico 2) (Anexo I, Quadro 10).

Figura 3.2

Participação das escolas em actividades desenvolvidas no âmbito do PNL

Fonte: CIES-ISCTE, Avaliação do PNL, Inquérito às Escolas, 2007.

Ao longo do ano lectivo as escolas puderam ainda participar em actividades específicas dirigidas à promoção da leitura. A adesão a algumas dessas iniciativas foi bastante significativa, tendo quase 60% participado na Semana da Leitura, 52% celebrado o Dia Mundial do Livro e 37% o Dia Mundial do Livro Infantil (Figura 3.2).

Relativamente ao número de turmas abrangidas pelas actividades, os resultados revelam alguma variabilidade. De destacar, antes de mais, o facto de mais de 90% das escolas terem declarado que a leitura em sala de aula envolveu todas as turmas (Quadro 3.2). Está-se, assim, perante uma actividade

%

Semana da Leitura

Celebração do Dia Mundial do Livro

Celebração do Dia Mundial do Livro Infantil

Concurso Nacional de Leitura

Concurso CTT/PNL: Onde leva a imaginação?

Concurso Sapo Challenge/Ler +

Passatempo Linhas e Letras

Concurso Rómulo de Carvalho/António Gedeão

58,7 51,7 37,1 4,5 3,4 0,9 0,6 0,6 0 10 20 30 40 50 60 70 %

com forte implementação nas escolas e que, no ano lectivo em análise, abrangeu a quase totalidade dos alunos. Outras actividades terão registado uma menor abrangência. É o caso das visitas de estudo, dos recitais de poesia e das dramatizações que envolveram, numa elevada percentagem de escolas, especialmente no 2.º ciclo, menos de metade das turmas (Anexo I, Quadro 9).

Quadro 3.2

Leitura em sala de aula: número de turmas abrangidas e frequência da actividade

Fonte: CIES-ISCTE, Avaliação do PNL, Inquérito às Escolas, 2007.

Ainda a propósito da leitura em sala de aula, importa referir que, na grande maioria das escolas, esta ocorreu pelo menos semanalmente (Quadro 3.2). Enquanto em muitos jardins-de-infância se tra- tou mesmo de uma actividade diária (65%), as escolas do 1.º ciclo apresentaram uma prática diversi- ficada (36% fizeram leitura diária, 15,4% bissemanal, e 36,9% semanal) e as escolas do 2.º ciclo optaram, na sua maioria (62,4%), pela leitura semanal.

O número de livros lidos foi relativamente elevado, decrescendo à medida que se avança no nível de ensino: mais de 20 livros em quase metade das salas dos jardins-de-infância, entre 4 e 9 livros em 41% das turmas do 1.º ciclo, e entre 1 e 3 livros em 52% das turmas das escolas de 2.º ciclo (valores modais) (Anexo I, Quadro 13).

Praticamente todas as escolas recorreram às listas de livros disponibilizadas pelo PNL. Na grande maioria dos casos, essas listas serviram de base à selecção de pelo menos uma parte das obras lidas em sala de aula. Mesmo assim, é de destacar a maior utilização das listas de livros no básico 2, nível em que 75% das escolas as tomaram como referência para a maioria, ou mesmo para a totalidade, das escolhas feitas (Figura 3.3).

% em coluna N.ode turmas abrangidas Todas as turmas 99,1 95,9 91,8 Mais de metade 00,8 03,4 07,0 Menos de metade 00,1 00,7 01,2 Frequência da leitura Diária 65,0 36,0 10,0 Bissemanal 11,4 15,3 09,1 Semanal 16,3 36,9 62,4 Quinzenal 03,0 05,4 10,6 Esporádica 04,3 06,4 07,9

Figura 3.3

Utilização dos livros recomendados pelo PNL na leitura em sala de aula

Fonte: CIES-ISCTE, Avaliação do PNL, Inquérito às Escolas, 2007.

De um modo geral, a opinião das escolas sobre a adequação dos livros propostos é unânime: 88% dos jardins-de-infância, 95%, das escolas com 1.º ciclo e 96% das escolas com 2.º ciclo conside- ram que os livros recomendados são adequados ou mesmo muito adequados (Anexo I, Quadro 15).

Participação de professores, outros agentes educativos e alunos

Em 86% das escolas a maioria dos professores e educadores esteve envolvida nas actividades do Plano Nacional de Leitura (Quadro 3.3), com especial destaque para os professores de português no caso das escolas do 2.º ciclo. Essa participação foi considerada forte, ou mesmo muito forte, em mais de 75% das escolas (Anexo I, Quadro 26).

Além dos professores, registou-se o envolvimento de outros agentes na organização e dinamiza- ção das actividades, nomeadamente dos responsáveis das bibliotecas escolares (em 41% das escolas), de outros funcionários (30%) e, em algumas escolas, também dos pais (28%) (Quadro 3.3).

%

Básico 2

Básico 1

Nenhum

Muito poucos

Apenas uma parte, alguns não fazem parte das listas

A maioria, um pequeno número não faz parte das listas

Todos Jardim-de- -infância 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 0,0 3,3 21,7 37,0 38,0 5,1 13,7 31,5 32,5 17,2 5,3 24,8 40,0 22,6 7,4

Quadro 3.3

Agentes envolvidos nas actividades do PNL

Fonte: CIES-ISCTE, Avaliação do PNL, Inquérito às Escolas, 2007.

Relativamente à participação dos pais, refira-se que, segundo a informação apurada, esta foi prevista na maioria das escolas, para pelo menos uma parte das actividades. Mas esse envolvimento foi requerido de forma mais acentuada nos jardins-de-infância, decrescendo no básico 1 e ainda mais no básico 2: neste último nível, apenas 16,4% das escolas declararam que todas ou uma parte considerável das actividades desenvolvidas requereram a participação dos pais, face a 44% dos jardins-de- -infância. De registar ainda que foi nos jardins-de-infância que essa participação tendeu a ser avaliada de forma mais positiva (Anexo I, Quadros 30 e 31).

Quadro 3.4

Adesão dos alunos às actividades

Fonte: CIES-ISCTE, Avaliação do PNL, Inquérito às Escolas, 2007.

Quanto à adesão dos alunos às actividades propostas, esta foi entendida como forte, ou mesmo muito forte, nos vários níveis de ensino (90% nos jardins-de-infância, 86% no 1.º ciclo e 83% no 2.º ciclo), o que indicia uma boa recepção do PNL e das acções propostas junto do público-alvo a que este se dirigiu no ano em análise (Quadro 3.4).

% em coluna Jardins-de-Infância Muito forte 42,2 34,9 24,3 Forte 48,0 51,1 58,4 Razoável 49,1 12,4 16,8 Fraca 40,6 11,6 10,6 1.oCiclo 2.oCiclo Actividades do PNL em que estiveram envolvidos

professores e educadores (% coluna)

Agentes responsáveis pela dinamização das actividades (% “Sim”)

Todas ou a maioria 85,7

Uma parte considerável 89,9

Apenas uma minoria 84,3

Professores 96,1

Responsável da Biblioteca Escolar 40,8

Conselho Executivo / Directivo 27,1

Outros funcionários da escola 29,8

Entidades envolvidas

As bibliotecas escolares tiveram um papel destacado nas actividades realizadas. Mesmo assim, o grau de envolvimento terá sido variável: 31% das escolas afirmam que abrangeu uma pequena parte das actividades, 29% uma parte considerável e 26% a maioria ou mesmo todas as actividades (Figura 3.4).

Figura 3.4 Papel da biblioteca escolar

Fonte: CIES-ISCTE, Avaliação do PNL, Inquérito às Escolas, 2007.

A importância da participação das bibliotecas escolares nas actividades promovidas nas escolas é amplamente reconhecida: 98% das escolas atribuem-lhe um carácter importante ou mesmo muito importante (Figura 3.4).

Mais reduzido terá sido o envolvimento das bibliotecas municipais, ainda assim mencionado por 56% das escolas e avaliado como sendo importante, ou muito importante, em cerca de 88% delas. O apoio prestado pelas autarquias às escolas neste primeiro ano do PNL foi considerado razoável, ou forte, por 41% das escolas (Anexo I, Quadros 20 e 21).

Percepção de resultados e impactes

Uma das vertentes consideradas na avaliação do PNL tem a ver com os possíveis resultados e im- pactes ao nível da promoção das práticas de leitura e das competências de literacia.

As respostas ao inquérito indiciam uma percepção muito favorável desses impactes nos alunos, a diferentes níveis (Figura 3.5). A forte adesão e envolvimento nas actividades desenvolvidas (atrás já

%

Todas ou a maioria Uma parte considerável Apenas uma pequena parte Nenhuma Muito importante Importante Pouco importante Nada importante 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 25,8 29,2 30,6 14,3 67,0 30,6 2,1 0,3 En v

olvimento nas actividades

Apreciação da impor

destacados) ter-se-ão traduzido no incremento das práticas de leitura, especialmente no âmbito da sala de aula, mas também noutros tempos e espaços da vida escolar.

Menos expressivo, mas ainda assim significativo, parece ter sido o aumento das práticas de leitura para além do contexto escolar. Segundo os professores inquiridos, também o interesse e o gosto pela lei- tura, assim como as competências neste domínio, terão sido reforçados. Ainda a este propósito, refira- se que questionadas as escolas especificamente sobre os progressos dos alunos no domínio da leitura, 70% das respostas indicam que os professores notaram melhorias, pelo menos parciais (Anexo I, Quadro 43).

Figura 3.5

Percepção dos efeitos, nos alunos, das actividades desenvolvidas

Nota: Percentagem de respostas a “muito significativo” + “bastante significativo”. Fonte: CIES-ISCTE, Avaliação do PNL, Inquérito às Escolas, 2007.

%

Envolvimento e participação nas actividades

Intensificação das práticas de leitura em sala de aula

Intensificação das práticas de leitura na escola, no âmbito de outras actividades Intensificação das práticas de leitura fora da escola,

relacionadas com o estudo Intensificação de outras práticas de leitura,

não relacionadas com a escola Aumento da frequência de utilização da biblioteca escolar

Aumento da frequência de utilização de outras bibliotecas

Aumento do interesse/gosto pela leitura de livros

Aumento do interesse/gosto pela leitura de outros suportes escritos Desenvolvimento/melhoria das competências de leitura/literacia

Melhoria dos resultados escolares

Aumento do interesse e participação nas actividades escolares

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Jardins-de-infância Básico 1 Básico 2

97,2 97,5 97,9 94,6 95,0 93,3 70,4 84,6 83,6 51,7 64,7 50,0 41,6 58,4 52,2 77,9 70,2 71,5 22,4 32,1 34,1 86,6 93,8 94,9 68,7 83,3 90,4 74,2 84,1 85,4 31,9 61,0 78,3 57,4 69,9 84,8

Retomando a análise global dos efeitos das actividades desenvolvidas no que aos alunos diz respeito, e atendendo aos resultados por nível de ensino, é de salientar que, apesar da proximidade das respostas obtidas, parece existir em muitos dos indicadores uma percepção ligeiramente menos favorável dos resultados e impactes nos alunos do básico 2 (Figura 3.5).

Figura 3.6

Percepção dos efeitos das actividades desenvolvidas nos professores e na relação da escola com outros agentes

Nota: % de respostas a “muito significativo” + “bastante significativo”. Fonte: CIES-ISCTE, Avaliação do PNL, Inquérito às Escolas, 2007.

Os impactes das actividades desenvolvidas não se limitam aos alunos. Os resultados deste inquérito revelam também uma percepção muito favorável dos efeitos do PNL, no ano lectivo em análise, no que concerne à intensificação do trabalho em equipa entre os professores, à alteração das práticas pedagógicas e à dinamização de novas actividades lectivas, estas duas sobretudo nos jardins-

%

Alteração/inovação ao nível das práticas pedagógicas

Dinamização da biblioteca escolar

Dinamização de outros espaços da escola

Aumento da participação dos pais nas actividades da escola

Intensificação do trabalho entre a escola/biblioteca escolar e a biblioteca pública/municipal

Aumento da participação de outros agentes exteriores à escola

Dinamização de novas actividades lectivas

Dinamização de novas actividades não lectivas

Intensificação do trabalho de equipa entre os professores

50,4 61,0 61,8 80,3 67,8 73,4 39,6 41,2 49,9 21,0 30,2 52,1 31,8 41,5 43,8 19,2 25,3 31,5 51,3 64,5 68,7 47,4 42,4 40,9 69,2 68,4 69,3 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

de-infância e básico 1 (Figura 3.6). A dinamização de outros espaços da escola, em particular da biblioteca escolar, foi também considerada bastante significativa. Também o aumento da partici- pação dos pais nas actividades da escola foi referido, sobretudo nos jardins-de-infância.

Grau de concretização das actividades e dificuldades sentidas

O balanço que as escolas fazem do primeiro ano de vigência do Plano é claramente positivo, desde logo porque este terá possibilitado, segundo 83% das respostas, o reforço das actividades de promoção da leitura (Anexo I, Quadro 41).

Figura 3.7

Avaliação da concretização das actividades e dificuldades sentidas

%

Fonte: CIES-ISCTE, Avaliação do PNL, Inquérito às Escolas, 2007. Figura 3.8

Tipo de dificuldades sentidas

%

Fonte: CIES-ISCTE, Avaliação do PNL, Inquérito às Escolas, 2007.

Plenamente concretizadas Quase todas foram concretizadas Uma parte importante não foi concretizada A maior parte não foi concretizada

Nenhumas dificuldades Poucas dificuldades Algumas dificuldades Muitas dificuldades 17,0 68,9 10,8 3,3 4,9 28,6 58,8 7,7 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Escassez de recursos Falta de tempo

Dificuldades na articulação com os currículos

Falta de informação/apoio por parte da sede agrupamento

Falhas na organização por parte de alguns professores e/ou outros responsáveis da escola

Outras 77,0 49,3 11,6 2,7 2,6 14,9 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 A v aliação da concretização Dificuldades sentidas

Solicitadas avaliar o grau de concretização das actividades, 86% das escolas declararam que as actividades planeadas foram quase todas concretizadas, ou mesmo plenamente concretizadas. Ainda assim, 2/3 afirmaram ter sentido dificuldades consideráveis (Figura 3.7).

As principais dificuldades, neste primeiro ano, terão sido o tempo e os recursos disponíveis, estes últimos vistos como escassos por 77% das escolas (Figura 3.8).

Opinião das escolas sobre o PNL

Praticamente todas as escolas inquiridas (98,7%) declararam que consideram importante o lançamento do Plano (Anexo I, Quadro 52).

Quanto às orientações e propostas do PNL para as actividades a desenvolver a opinião recolhida foi também muito favorável. Estas foram, de um modo geral, consideradas totalmente, ou em grande parte, ajustadas às necessidades de promoção da leitura entre crianças e jovens (98%), exequíveis em sala de aula (98%), foram bem acolhidas pelos professores (98%) e representaram mesmo um avanço na promoção da leitura (97%) (Anexo I, Quadro 53).

Finalmente, relativamente à avaliação do acompanhamento prestado por parte do PNL, as escolas entendem que as informações e orientações dadas foram estimulantes (75%), claras (84%), suficien- tes (71%) e atempadas (54%) (Anexo I, Quadro 44).

Em suma, tendo em conta a opinião das escolas inquiridas, o balanço da actividade do PNL nas escolas neste primeiro ano é claramente positivo. Apesar de alguns problemas e dificuldades sentidas, o envolvimento dos vários actores no processo é significativo e os impactes das diversas actividades realizadas, nos alunos dos jardins-de-infância ao básico 2, terão já começado a fazer-se sentir.

No documento Avaliação do Plano Nacional de Leitura (páginas 30-42)

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