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INSTALAÇÃO DE UTILIZAÇÃO

No documento PROJECTO DE INSTALAÇÃO ELÉCTRICA (páginas 10-16)

A instalação de utilização é uma instalação tipo (modelo).

Dado se tratar de uma instalação Standard dimensionada para o equipamento específico que possui, será apresentado o dimensionamento do cabo de alimentação desde a caixa de entrada (P100) até ao armário técnico operador e o esquema do quadro eléctrico respectivo.

As instalações para o edifício em causa são da categoria C pelo facto de serem alimentadas a partir do Distribuidor Público Local em Baixa Tensão.

Segundo a Secção 801.1 das R.T.I.E.B.T. o espaço distinto para a presente intervenção (Cabine técnica para estação de telecomunicações) é classificado quanto à sua utilização como Local Afecto a Serviços Técnicos (Secção 801.4 das R.T.I.E.B.T.).

Tendo em conta a classificação das influências externas, indicadas nas Secções 320.2 a 323.2 das R.T.I.E.B.T., a estação de telecomunicações e o armário / cabine técnica de cada operador destinado à sua instalação, atendendo às suas condições de estabelecimento, é considerada segundo as condições ambientais, de utilização e de construção dos edifícios os descritos na tabela seguinte, sendo todo o seu equipamento adequado às suas condições de ambiente (A), de utilização (B) e estrutura dos edifícios (C).

Local A B C

Todas as canalizações seguirão percursos rectos e paralelos às linhas gerais do edifício e serão convenientemente fixas, não se admitindo arqueamentos ou deformações.

Os materiais constituintes das canalizações serão não propagadores de fogo.

Os cabos serão assentes em abraçadeiras baquelite, fixadas por pernos de aço ou buchas plásticas, e serão instalados de forma a não se afastarem das superfícies de apoio ou a manterem-se paralelos à mesma quando delas devam estar afastadas.

Os condutores quando instalados em caminhos de cabos serão criteriosamente ordenados, fixos por meio de abraçadeiras apropriadas e com etiquetas de identificação do circuito respectivo quer nos percursos horizontais quer nos verticais.

Quando instalados em travessias de paredes, os cabos serão protegidos mecanicamente por tubagem termoplástica de características não inferiores às do tubo VD (Designação NP 1070)

Nas travessias pelo chão os cabos serão protegidos mecanicamente por tubagem termoplástica de características não inferiores às do tubo ERM (Designação NP 1070)

Nas canalizações enterradas, estas serão estabelecidas a uma profundidade mínima de 0,60m e serão colocadas fitas plásticas sinalizadoras, a cerca de 0,30m do nível do solo, com a indicação “Electricidade”.

3.2 CABOS E CONDUTORES

Os cabos utilizados nos circuitos de alimentações de quadros, iluminação normal, iluminação de segurança de emergência, tomadas e alimentações específicas, estão de acordo com as características dos equipamentos a alimentar.

Para o seu dimensionamento teve-se em consideração a selectividade dos dispositivos de protecção, as quedas de tensão e o RTIEBT, pelo que a integração destes requisitos conduziram, por vezes, a um sobredimensionamento das canalizações.

A protecção mecânica das canalizações encontra-se assegurada e, em caso de dúvida, deve-se obedecer aos regulamentos de segurança aplicáveis e já anteriormente mencionados.

A ligação dos cabos a caixas de derivação, aparelhagem de manobra ou de utilização, aparelhos de iluminação e quadros eléctricos será efectuada por bucins estanque com sede e porca.

Nesta instalação vão ser estabelecidas canalizações do seguinte tipo:

Nas canalizações fixas, ocultas, constituídas por condutores isolados, rígidos, protegidos por tubos, os condutores não deverão ter características inferiores às dos tipos H07V ou VV (0,6/1 kV).

Nas canalizações fixas, à vista, constituídas por cabos rígidos, isolados, ou protegidos por tubos, os cabos isolados não deverão ter características não inferiores às dos tipos XV (0,6/1 kV), XG (0,6/1 kV) ou VV (0,6/1 kV).

Nas canalizações fixas, enterradas, constituídas por cabos do tipo VAV (0,6/1 kV) ou XAV (0,6/1 kV) ou LSVAV (0,6/1 kV), assentes directamente no solo ou protegidas por tubos PEAD corrugados.

Os condutores deverão ser identificados de acordo com o indicado na Norma IEC 60446.

3.3 REDE DE TUBAGEM

A rede de tubagem terá um diâmetro ou dimensão da secção recta que permita um fácil enfiamento ou desenfiamento dos condutores isolados ou cabos utilizados nos circuitos respectivos.

Para o seu dimensionamento teve-se em consideração o regulamentado, quanto ao diâmetro do tubo e ou calha de protecção das canalizações.

A solução projectada prevê também a instalação de uma rede de caminhos de cabos a montar sempre que o número assim o justifique.

No caso do caminho de cabos servir para passagem de cabos de energia e correntes fracas, será instalado separador metálico para separação física dos mesmos.

A esteira será montada em consola ou suspensa ao tecto, ou em suporte aparafusado ou soldado às estruturas, incluindo todos os acessórios necessários a um perfeito acabamento, dimensionados para o peso total máximo a instalar por esteira.

Com o objectivo de garantir a maior flexibilidade na exploração das instalações, previu-se a montagem, nos espaços técnicos, de calhas técnicas.

As calhas previstas para a instalação serão de cor branca em PVC rígido, dispondo de separadores de caixas de aparelhagem e de derivação próprias, construídos no mesmo material.

As calhas deverão ser de marca e tipo equivalente a DLP, da marca Legrand. Esta calha tipo DLP deverá apresentar um índice de protecção contra acções mecânicas ( IK ) não inferior a 08.

3.4 ILUMINAÇÃO NORMAL

A distribuição, número de pontos de luz, e tipo de armaduras foram tidas em atenção as disposições técnicas e regulamentares em vigor, no que concerne às condições do presente projecto, seja aplicável.

Os circuitos de iluminação normal serão estabelecidos utilizando condutores do tipo H07V-U ou XV-R com a secção mínima de 1,5mm2, enfiados em tubos VD e protegidos nos quadros respectivos, contra sobreintensidades, por intermédio de disjuntores magnetotérmicos de 10A.

Todos os circuitos terão condutor de protecção.

A protecção mecânica dos cabos deve ser assegurada ao longo de todo o seu comprimento, esta protecção deverá ser realizada com materiais adequados e aprovados.

3.5 TOMADAS

Todas as tomadas a instalar serão do tipo schuko do tipo obturador, com ligação de terra, de intensidade nominal de 16A, ao qual será ligado o condutor de protecção usado nas canalizações.

Os circuitos de alimentação das tomadas serão estabelecidos por intermédio de condutores do tipo XV-R ou H07V-U com a secção de 2,5mm2, enfiados em tubos VD, e serão protegidos contra sobreintensidades colocando nos quadros respectivos disjuntores magnetotérmicos de 16A.

Todos os circuitos de tomadas deverão ser dotados de condutor de protecção.

3.6 ALIMENTAÇÕES A EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

Estas instalações compreendem aparelhos e equipamentos que não devem ser alimentados pelos circuitos de tomadas de usos gerais, os quais pela fiabilidade que deve ser exigida à respectiva alimentação, necessitam de circuitos destinados exclusivamente a esse fim.

Os circuitos de alimentação dos equipamentos específicos serão estabelecidos por intermédio de condutores do H07V-U ou XV-R com a secção mínima de 2,5mm2 e de 4mm2, enfiados em tubos VD, e serão protegidos contra sobreintensidades colocando nos quadros respectivos disjuntores magnetotérmicos por receptor e contra contactos indirectos mediante diferenciais de média sensibilidade (300 mA), para todas as saídas.

As canalizações dos diferentes circuitos serão executadas de forma idêntica aos da instalação de tomadas de usos gerais, nomeadamente, no que se refere à forma de estabelecimento e tipo de condutores.

3.7 APARELHOS DE LIGAÇÃO, CORTE E COMANDO

Todos os aparelhos e ligadores obedecem ao estabelecido na secção 526 das Regras Técnicas no que diz respeito às ligações. Serão adequados quer ao tipo de canalizações adoptadas, quer ainda à natureza do ambiente onde estão envolvidas.

Os aparelhos de comando e controlo obedecem em tudo, ao que está estabelecido pela normalização de construção em vigor, cumprindo, no aplicável, o estipulado na secção 53 das Regras Técnicas.

3.8 APARELHOS DE PROTECÇÃO

Obedecem quanto ao seu poder de corte, correntes de funcionamento, à forma de encerramento do elemento fusível e aos seus dispositivos que permitam sem meios especiais verificar o seu funcionamento, ao que está estabelecido nas secções 253 e 254 das Regras Técnicas.

As protecções contra sobreintensidades encaram de modo simultâneo a existência de protecção contra sobrecargas e contra curto-circuitos, colocadas na origem das canalizações e de funcionamento selectivo quando usadas em montagem em cascata.

As protecções sensíveis à corrente diferencial-residual são adequadas à função de assegurar, directa ou indirectamente o corte omnipolar do circuito em que estão inseridos e são dotados de dispositivos que permitam sem meios especiais, verificar o seu estado de funcionamento.

3.9 QUADRO ELÉCTRICO

O quadro eléctrico a fornecer deve ter as características técnicas de acordo com o local onde é instalado e possuir dimensões tais que possibilitem a correcta montagem da aparelhagem a instalar a eles inerentes. Estes comportarão a aparelhagem esquematizadas em peças desenhadas em anexo, e será construído de acordo com as normas portuguesas ou em sua substituição pela norma NP EN 60439 da classe

II de Isolamento ou de isolamento equivalente dotados de marcação CE de instalação saliente e / ou de encastrar.

Os quadros deverão ser dotados de um barramento de protecção ao qual, serão ligados os condutores de protecção. Os barramentos de distribuição serão em cobre electrolítico de secção rectangular, dimensionados para a densidade de corrente mínima de 2A/mm2..

As ligações dos barramentos à aparelhagem e entre este e os bornes de saída, serão executados com condutores H07V, de secções apropriadas, e nas cores regulamentares.

Toda a aparelhagem a utilizar na execução do quadro deverá ser de boa qualidade, de marcas representadas em Portugal e deverá ter um poder de corte não inferior a 6KA.

Todos os circuitos de saída dos quadros, serão identificados por etiquetas de forma clara e permanente.

Os índices de protecção mínimos do quadro eléctrico será os indicados nas peças desenhadas ou na sua falta de acordo com os definidos para cada local de instalação.

4 SISTEMAS DE PROTECÇÃO

4.1 PROTECÇÃO DAS CANALIZAÇÕES ELÉCTRICAS

A protecção global contra sobreintensidade será feita apenas nos condutores de fase, por meio de disjuntores térmicos e electromagnéticos, devidamente calibrados e colocados nos quadros que os alimentam.

4.2 PROTECÇÃO DAS PESSOAS CONTRA CONTACTOS DIRECTOS

A protecção de pessoas contra contactos directos será, em regra, realizada pelas observações e prescrições estabelecidas nas Regras Técnicas da Instalações Eléctricas de Baixa Tensão, a que se vem fazendo menção, nomeadamente o estipulado na secção 412.

Esta protecção será estabelecida pela utilização dos isolamentos e afastamentos, impostos pelas

Normas de Segurança Regulamentares, nomeadamente:

Recobrimento das partes activas das instalações com isolamento apropriado, tendo em conta a sua duração ao longo do tempo;

Afastamento das partes activas das instalações, colocando-as de forma a que seja

impossível, directa ou indirectamente, o contacto fortuito a partir dos locais onde as pessoas se encontrem ou circulem.

4.3 PROTECÇÃO DAS PESSOAS CONTRA CONTACTOS INDIRECTOS

Esta protecção será realizada pela aplicação dos sistemas (TT), de ligação directa das massas à terra (secção 232.8) através de condutores de terra inseridos directamente ou através de condutor geral de protecção nos circuitos que alimentam equipamentos acessíveis ao toque humano de modo que a tensão de contacto não exceda os 25V, e o emprego de aparelhos de protecção, de corte automático, sensíveis às correntes diferenciais residuais de média ou alta

sensibilidade, conforme indicação nos esquemas dos quadros respectivos associados, de acordo com o indicado nas alíneas b) das secções 481.3.1.1 e 413.1.4.2.

As secções (secção 543.1.2) dos condutores de protecção e a sua natureza (secção 543.2) estão indicadas nas Peças Desenhadas e o seu estabelecimento é feito nas mesmas condições dos condutores activos da canalização que respeitem.

São identificados nas condições referidas na secção 514.3, o isolamento é de cor (verde/amarela) e ligados conforme prescrito na secção 543.3, não sendo o seu tipo inferior ao H07V.

Todos os aparelhos de utilização portáteis são da classe II de isolamento.

4.4 CIRCUITOS DE PROTECÇÃO

O circuito de terra de protecção estará presente em todos os quadros, por barramento de terra de onde partem os circuitos de protecção, conforme indicado nas peças desenhadas.

O Eléctrodo de terra de protecção será executado com varas de cobre cobreado com a dimensão mínima de 2m de comprimento e 15mm de diâmetro exterior, espetadas verticalmente no solo e com a parte superior a 80cm da superfície.

Os elementos metálicos servindo como eléctrodo de terra estão enterrados em locais tão húmidos quanto possível, em terra vegetal, fora de zonas de passagem e enterrados a distâncias convenientes de depósitos de substâncias corrosivas que possam infiltrar-se no terreno.

Para interligação entre o ligador amovível e o eléctrodo de terra de cada instalação de utilização, será utilizado um condutor de terra tipo H07VV-R 1G50 mm2, mas nunca inferior à secção do condutor de protecção da entrada com isolação de cor verde/amarelo e bainha exterior preta protegido por tubo até 0,60 m de profundidade.

Os condutores estão isolados para evitar que haja riscos de aparecimento, à superfície do terreno, de tensões de passo perigosas, resultantes de uma eventual passagem de corrente à terra.

O eléctrodo de terra de protecção obedecera a tudo o que está prescrito nas RTIEBT na secção 242. O valor da resistência terra a garantir será o mais baixo possível

4.5 REDE DE TERRAS DA ESTAÇÃO DE RADIOCOMUNICAÇÕES

Execução de uma rede de terras que irá ligar directamente à estação de radiocomunicações, onde serão ligadas todas as estruturas metálicas de suporte de antenas e outras.

O condutor de terra que estabelecerá a ligação entre o eléctrodo de terra, o ligador amovível e a estação de telecomunicações será um condutor de cobre FV50 (verde/amarelo) enfiado em tubo VD40 / FL63.

O ligador amovível ficará instalado na caixa de visita de energia existente no interior da instalação técnicia e será do tipo que obrigue à utilização de ferramenta para a sua abertura ou fecho.

Os eléctrodos de terra, serão constituídos por varetas de cobre de ᴓ15 com 2000mm enterradas na vertical, a pelo menos 0,8 metros de profundidade.

A ligação dos condutores de terra aos eléctrodos de terra será realizada por soldadura forte, ou ainda por meio de aperto mecânico de construção robusta e com dispositivo de segurança contra desaperto acidental.

No documento PROJECTO DE INSTALAÇÃO ELÉCTRICA (páginas 10-16)

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